Em 2014, a equipe do Ouro de Tolo foi até bem nas previsões sobre os fatos do ano, com um aproveitamento decente. Isso é considerado como “bom”, já que normalmente quem se arrisca nesse ramo não acerta nada.

Lá nas proximidades do carnaval, o Migão reuniu o setor momesco do site, mais alguns ilustres convidados, para tentar adivinhar o que passaria nas avenidas cariocas e paulistanas. Com relação ao título, uma bela quebrada de cara. A maioria da equipe apontou a Beija-Flor como campeã do Especial 2014, muito devido à “força política” da escola.

Com muita força política e um desfile chatíssimo, na opinião deste colunista, a Beija-Flor conseguiu um “ótimo” resultado: sétimo lugar. Por outro lado, quem acertou em cheio foi o compositor da Ilha do Governador, Aloísio Villar, que no mesmo post cravou que “no Especial não há surpresas desde que Dondon jogava no Andaraí”.

porteladesfile2014bNa mosca. A Portela, que merecia ser uma surpreendente campeã, foi preterida pela já queridinha Tijuca. Continuamos sem manchetes. Outro acerto clínico de Villar foi dizer que a rebaixada de 2014 já estava definida desde a quarta-feira de cinzas de 2013. Leonardo Dahi e Emerson Braz também cravaram que a Mocidade Alegre seria campeã em São Paulo, mas isso Nostradamus já tinha previsto lá no século XVI.

Nossa equipe indicou a Portela com mais chances de fazer um desfile redentor do que a Mangueira. A Águia fez desfile de título, enquanto a Velha Manga, bem…

Com a Copa, mais uma vez os colunistas botaram seus talentos como pitonisas à prova. Eu mesmo cacifei cinco de 10 palpites. Aproveitamento bom, dado meu histórico errático nesta área. Lógico que tive uns erros crassos, como dizer que Holanda e Espanha seria um jogo chato sem gols, que a Suíça iria para as quartas-de-final e que a Bélgica cairia nas oitavas. Mas cravei o tropeço do Brasil na primeira fase, as eliminações precoces de Inglaterra e Portugal, e a vitória chilena sobre a Espanha no Maracanã.

Por pouco não acertei que Brasil e Argentina cairiam juntas nas semis, mas acertei em cheio o título alemão, no post escrito na abertura da Copa. Quase tive que ir para as ilhas remotas do Pacífico, como o Migão sugeriu.

20140628_163516Affonso Romero também resolveu dar seus pitacos. Acertou 11 dos 16 times que passaram as oitavas-de-final, cravando três confrontos (Brasil x Chile, França x Nigéria e Argentina x Suíça). Também foi auspicioso ao acertar em cheio que Brasil venceria a Colômbia, e que a Alemanha derrotaria a França nas quartas.

O ótimo desempenho do paulistano como oráculo só ficaria comprometido nas semifinais, quando os palpites eram Brasil e Argentina passando e o Uruguai (!) chegando nesta fase. A Argentina até foi finalista, mas nem o fator casa (que nem foi um fator) e as lesões impediram o tsunami alemão contra a seleção canarinho.

Ah, o nosso ilustre editor-chefe também resolveu palpitar quais seriam os melhores jogos da Copa. Apesar da sua má fama como palpitador, como a competição ajudou, ele só errou dois jogos, que foram um porre: Irã x Nigéria e Bélgica x Rússia. Mas vamos perdoar o Migão por Irã x Nigéria. No fundo todos queriam que o jogo não fosse a hecatombe anunciada que se consumou – pelo menos ele não pagou 30 reais para ver a partida in loco, apesar de ter sido divertido.

20140628_175133Migão também fez 11 dos 16 classificados à segunda fase naquele mesmo post. Além disso, também errou que Austrália x Holanda seria a primeira goleada da Copa. Foi sim um jogão, mas a primeira surra veio uns dias antes, com a mesma Holanda, contra a campeã defensora, a Espanha – quem diria?

Hora de tirar o chapéu para equipe do Ouro de Tolo, que em sua maioria, apostou no sucesso da Copa, antes dela começar, quando todos achavam o contrário. Nossos amigos Migão e Migãozinho foram dois que cravaram essa. Emerson Braz, mais cauteloso, apostou no sucesso da Copa e vai acertando no cenário de complicação econômica do Brasil.

No âmbito das eleições, o Ouro de Tolo teve o nosso mais jovem representante falhando miseravelmente. Leonardo Dahi apostou numa vitória tranquila de Dilma no primeiro turno. Tudo bem que o texto foi ao ar horas antes do avião de Eduardo Campos cair em Santos. Nunca antes na história deste blog um texto ficou datado de forma tão rápida. E o Editor Chefe afirmou que Romário (!) poderia ser uma alternativa do PSB após a tragédia. Dá zero pra ele, tio!

eduardocamposEntretanto, nos outros pitacos, no qual o imponderável não foi tão atuante, Dahi, o colunista de Atibaia – ou seria Bom Jesus dos Perdões? – errou o vencedor no governo gaúcho, o nivelamento da situação no Paraná e quem iria com Pezão para o segundo turno no Rio. Falando no segundo turno fluminense, Aloísio Villar acertou na mosca ao dizer que o povo do Rio estava em maus lençóis com as opções que tinha.

O Ouro de Tolo também teve pitacos em outras áreas. Fred Sabino foi preciso ao dizer, ainda em outubro, que o Atlético/MG tinha cara de campeão da Copa do Brasil. Um pouco mais cauteloso, Sabino também acertou que a Mercedes tinha cara de campeã na F1, isso em março. Porém, pisou um pouco no tomate ao dizer que Red Bull estava no mesmo nível, e que a McLaren podia beliscar vitórias. Os mercêdicos, como sabemos, nadaram de braçada no mundial deste ano.

Já eu viajei na maionese ao dizer que os Wizards e os Warriors iriam às finais da conferência Leste e Oeste, respectivamente, no início dos playoffs da NBA. Entretanto, acertei que Heat e Spurs fariam as finais da NBA (um palpite de uma dificuldade, assim, espetacular…), só que errando quando aconteceria a decisão do campeão. Chutei sete jogos, quando a final teve cinco.

voleifeminino2Rafael Rafic foi preciso ao dizer que as duas seleções de vôlei não tinham título mundial garantido, e também quanto ao resultado do escrete brasileiro masculino de basquete: as quartas-de-final. O enxadrista também foi clínico ao prever a derrocada da seleção feminina no basquete, o que não era lá tão difícil assim, convenhamos.

Também tivemos colunistas se arriscando no selvagem mundo das disputas de samba-enredo no Rio de Janeiro. Rafic não falhou ao dizer que a disputa portelense seria dividida, com leve vantagem para o escolhido samba assinado por Noca da Portela. Isso faz com que Rafael Rafic seja o melhor oráculo deste site em 2014, provavelmente.

Na União da Ilha, Aloísio Villar não teve problemas em acertar a vitória do samba de Djalma Falcão. Algo que até as pedras do Mar Vermelho, na época que Moisés o abriu, já sabiam. Já o Editor Chefe não somente cravou os vencedores de Estácio, Império Serrano e Cubango como ainda acertou que o preferido dele no Império da Tijuca não iria longe. Ainda em agosto.

Fecho esse balanço tresloucado com um erro involuntário. Ao avaliar a mídia na Copa, o mesmo Villar reclamava do pessoal nas redes sociais que achava que a “Alemanha ia enfiar um chucrute”. E não é que aconteceu? Pelo menos, não foi em todo mundo.

Enfim, espero que consigamos melhor nossa acurácia ao bancar a Mãe Dinah em 2015 e, não, nós não sabemos os números da Mega-Sena da Virada.

One Reply to “Retrospectiva: Os palpites da equipe Ouro de Tolo”

  1. Aproveito pra deixar minha previsão também: Superbowl apertado entre Seattle Seahawks e Pittsburgh Steelers em primeiro de fevereiro, com bicampeonato de Seattle e placar baixo, provavelmente 21 pontos ou menos.

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