Escolhi Enredo para encerrar essa série pois, além de ser um quesito prioritariamente plástico, com o fim do quesito Conjunto é o mais próximo dele que temos atualmente.

Também é dividido nos subquesitos Concepção e Realização, cada um deles variando entre 4.5 e 5.

A análise das escolas de segunda-feira ficou um pouco prejudicada por causa da não liberação pela LIESA do Livro Abre-alas das desfilantes do segundo dia, como já dito em fantasias. Enredo é um quesito no qual a referência do livro é fundamental.

Mas fiquei espantado por nenhum julgador de Enredo reparar o erro de argumentação da Grande Rio que a Regina Oliva (módulo 3 de Fantasias) descreveu em sua justificativa.

Assim como achei o percentual de 46% de notas 10 no quesito bastante alto.

Módulo 1

Julgadora: Sandra Moreira Monteiro

Notas

Viradouro – 9.9 (concepção 4.9)
Mangueira – 9.9 (realização 4.9 )
Mocidade – 10
Vila Isabel – 9.9 (concepção 4.9)
Salgueiro – 10
Grande Rio – 9.9 (realização 4.9)
São Clemente – 10
Portela – 10
Beija-Flor – 10
União da Ilha – 9.8 (concepção 4.9 e realização 4.9)
Imperatriz – 10
Unidos da Tijuca – 10

20150216_001022Temos mais uma chuva de 10. Foram sete em doze, sendo que das outras cinco notas nada menos do que quatro foram 9.9.

Para cada escola descontada ela apontou dois defeitos, a exceção da Ilha, na qual foram apontados três. Ainda sim, das poucas justificativas, quantidade considerável delas pode ser questionadas.

A Mangueira foi penalizada pois “no mesmo setor foi inserida a ala 11 sobre Clara Nunes entre as rainhas do rádio e Dalva de Oliveira”.

Mas a Mangueira em momento algum teve a pretensão de fazer um desfile cronológico. Clara foi inserida no meio do setores de cantoras de sucesso no Brasil. Qual erro há nisso? É o velho problema do julgador querer determinar o que a escola apresentará e como ela fará isso.

Realmente, salvo a inversão entre Clara e Dalva, a escola colocou as cantoras em ordem cronológica, mas o enredo em momento nenhum cita isso. É apenas uma ode às cantoras do Brasil. Poderia a ala de Elis Regina (a última do setor) vir na frente que nenhum problema haveria de interpretação do enredo.

20150216_053340Na Grande Rio ela questionou a inclusão do Crupiê no meio do setor dos aspectos populares do baralho. Segundo a julgadora “a ala 28 não se relaciona com este aspecto citado no enredo, pois estes são profissionais de grandes casas de jogos”. Será que julgadora pensou que eles talvez tenham sido inseridos no setor popular porque os crupiers, apesar de trabalhar em cassinos e afins, são oriundos de camadas mais populares da sociedade e ganham a vida com o baralho?

Essa minha linha até explicaria a crítica seguinte dela, que é falta de citação de cassinos no desfile (que alias, em momento nenhum aparece na sinopse e não faria sentido na linha argumentativa escolhida pela escola). Porém, a escola poderia ter explicado tal hipótese no livro abre-alas, o que não fez.

Alias, a defesa da fantasia referida é pobre lá e apenas cita que “a ala 28 apresenta o personagem designado no jogo de cartas a embaralhá-las e distribuí-las aos jogadores. Em nosso desfile a função do personagem é abrir caminhos para a sexta alegoria da escola.”.

Porém a sexta alegoria era a alegoria da velha guarda jogando carteado na praça e, convenhamos, não existe crupiê nesses jogos nas praças.

20150216_022722Por fim, na União da Ilha a julgadora justifica que “a introdução da temática infantil no setor 4 Histórias da carochinha a partir da analogia de mal igual a feio e bem igual a belo além de trazer muita subjetividade, não trouxe muita clareza só fez confundir, a referência estética da beleza adulta não é a mesma da criança e de conto de fadas.”.

É uma justificativa bastante subjetiva, mas pessoalmente não tive o menor problema em entender tal parte do enredo (e sem o roteiro dos desfiles).

Única nota 10 do Salgueiro no quesito.

Módulo 2

Julgador: Fernando Bicudo

Notas

Viradouro – 9.7 (concepção 4.9 e realização 4.8)
Mangueira – 9.9 (concepção 4.9)
Mocidade – 9.8 (concepção 4.8)
Vila Isabel – 9.7 (concepção 4.7)
Salgueiro – 9.9 (concepção 4.9)
Grande Rio – 10
São Clemente – 10
Portela – 10
Beija-Flor – 10
União da Ilha – 9.8 (concepção 4.9 e realização 4.9)
Imperatriz – 9.9 (realização 4.9)
Unidos da Tijuca – 9.9 (concepção 4.9)

Bicudo foi um dos julgadores que mais escreveu. Salvo as sete linhas da Mangueira, não teve justificativa na qual ele escreveu menos de 15 linhas; várias delas extrapolando o espaço destinado à escola no caderno.

Porém as justificativas ficaram a desejar em alguns pontos. Na Viradouro ele tirou um décimo de realização com uma justificativa sem sentido: “Para melhor entendimento das raízes do samba o subsetor das manifestações rítmicas (alas 14, 15 e 16) deveria anteceder ao invés do subsetor ‘cura e amamentação'”.

20150216_215441Provavelmente Bicudo iria emendar com outro subsetor que deveria vir logo após as manifestações rítmicas, mas ele terminou abruptamente a justificativa, de forma que ficou sem sentido.

A nota da Vila Isabel pode parecer pesada à primeira vista, mas Bicudo é diretor e produtor de óperas e já foi diretor do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ou seja: sabe demais sobre o enredo abordado pela Vila. Resultado: ele achou inúmeros defeitos técnicos tanto na argumentação da Vila como na distribuição das alas no enredo. O 9.7 ficou na medida.

Alias, interessante notar que o julgador também sentiu o mesmo problema na Vila que eu já havia adiantado nas análises de sinopse para o Ouro de Tolo lá em agosto: faltou Isaac Karabtchevsky em um enredo que seria em sua homenagem.

Pelo mesmo motivo, puniu a Unidos da Tijuca quanto a Clovis Bornay porque “senti falta do grande carnavalesco, mais sobre sua carreira”.

Aqui percebo mais uma vez algo que não deveria ocorrer mas que se tornou mania entre os julgadores de enredo nos últimos anos: eles não podem querer ditar o que a escola tem que mostrar ou não em seu enredo. Eles tem apenas que avaliar o que a escola pretendeu mostrar e o que ela efetivamente mostrou ou não.

20150217_050410No caso de Karabtchevsky, houve realmente um problema de argumentação, pois o enredo seria uma homenagem ao maestro. Porem a Tijuca em momento algum escondeu que Bornay seria apenas o “fio condutor”, que está na moda entre as escolas de sambas. Como fio condutor, não cabe mostrar muito da carreira de Bornay dentro do enredo proposto.

Até tenho a opinião que tenha faltado referências a Bornay. Mesmo sendo ele apenas fio condutor, nem essa função ele acabou cumprindo no desfile, mas não se poderia justificar o desconto por falta de dados biográficos de Bornay. O enredo era a Suíça, não Bornay.

No Salgueiro ele notou uma total inversão da cronologia da história mineira, atrelada à culinária, que não contribuiu para a elucidação do enredo. Ele reclamou da inversão entre a alegoria do banquete (alegoria 3) com a alegoria do ouro (alegoria 4), já que foi o ouro que deu condições para se ter a fartura do banquete. Esse problema cronológico do Salgueiro ainda será citado por outros jurados, de forma até mais abrangente.

20150216_035800O mais intrigante é que não havia tal problema na sinopse salgueirense. O equívoco foi cometido no momento de desenvolver as alas e alegorias do desfile (e houve problemas piores no desenvolvimento da escola, como comento no módulo 4).

Puniu Imperatriz, Mangueira e Ilha por falta de criatividade. Senti falta de maiores explicações na Mangueira. Ele apenas disse que não teve criatividade nas alegorias e alas, ficando até confuso e nada mais disse. Sequer sabemos em que parte do enredo ele ficou confuso. Já na Imperatriz, a falta de criatividade foi bem explicada com o excesso de fantasias se utilizando da “mesma linha”.

Por fim, achei a justificativa dele para a Ilha algo extremamente subjetivo e, com o perdão do trocadilho, de péssimo gosto. Transcrevo-a abaixo, mas fora as fantasias pesadas e imobilizantes, já aviso que em nada concordo com o julgador:

“Concepção: o carnavalesco querendo fazer ‘uma grande sátira nos costumes’, na prática transformou o enredo de “Beleza Pura” em ‘Feiura pura’. A escola não logrou  repetir sua tradicional leveza e alegria. Suas fantasias ficaram ‘pesadas’ querendo ironizar, por vezes beirou o mal gosto, como na ala performática ‘Beleza não põe mesa’ ao apresentar ‘amigos da onça’ servindo em bandejas pedaços do corpo humano. O enredo ficou maçante. (menos 0,1)”

Foi o julgador mais econômico em notas 10 nesse quesito, ainda sim foram 4.

Módulo 3

Julgador: Jhonny Soares

Notas

Viradouro – 9.7 (concepção 4.9 e realização 4.8)
Mangueira – 9.9 (realização 4.9)
Mocidade – 10
Vila Isabel – 9.6 (concepção 4.7 e realização 4.9)
Salgueiro – 9.9 (concepção 4.9)
Grande Rio – 10
São Clemente – 10
Portela – 10
Beija-Flor – 9.9 (realização 4.9)
União da Ilha – 10
Imperatriz – 10
Unidos da Tijuca – 9.9 (concepção 4.9)

20150217_033733Em um ano que cabeças de julgadores rolaram em ritmo “jacobino”, a permanência de Soares me causou surpresa, ainda mais sendo a única do quesito. Ano passado ele foi o responsável por uma das maiores polêmicas do julgamento ao errar a matemática dos subquesitos da Império da Tijuca (já escrevi sobre este caso em coluna anterior).

Quanto as notas, foi mais um julgador que deu 10 para metade das escolas.

Pelo menos as justificativas em si foram consistentes. Encontrou problemas de desenvolvimento na Viradouro e tirou ponto em concepção pois havia redundância em alas e “falta de uma ala que represente a amamentação no setor 4 (cura e amamentação)”.

Na Mangueira tirou décimo pela falta de dois adereços em alas que constavam do livro Abre-alas. Na Vila Isabel também encontrou vários problemas de setorização, semelhantes aos de Bicudo, além da falta de um adereço. No Salgueiro também descontou a inversão do 3° setor (novos modos e costumes) antes do 4° setor (ambição do ouro).

Na Beija-Flor tirou o único décimo da escola no quesito por causa da difícil assimilação do enredo pelas fantasias e alegorias por causa do excesso de informações e por “soluções iconográficas recorrentes” que dificultaram o entendimento da narrativa. Particularmente, acho esses dois pontos um problema recorrente da comissão de carnaval da Beija-Flor, mas poucos são os julgadores que os apontam.

Por fim, na Unidos da Tijuca ele foi mais um a sentir falta do “fio condutor” conduzir efetivamente o enredo. Porém, o final da argumentação dele é polêmico quando ele aponta que “sente-se a falta do olhar de Clovis Bornay no desfile, sobretudo no que diz respeito ao luxo das fantasias pelo qual Clovis Bornay foi sempre reconhecido. Apesar de criativas, muitas fantasias (alas 05, 09, 14, 15, 18) não representaram o olhar do mago dos concursos de fantasias.”.

20150217_051452Seria mais um caso de julgador querendo impor como a escola deve apresentar o enredo? Alias, não teria ele adentrado a uma questão pertinente do quesito fantasia? De qualquer forma, apenas a falta do “fio condutor” seria suficiente para o desconto do décimo.

Módulo 4

Julgador: Marcelo Rodrigues Figueira

Notas

Viradouro – 9.8 (realização 4.8)
Mangueira – 9.9 (realização 4.9)
Mocidade – 10
Vila Isabel – 9.8 (concepção 4.9 e realização 4.9)
Salgueiro – 9.9 (concepção 4.9)
Grande Rio – 9.9 (concepção 4.9)
São Clemente – 9.8 (concepção 4.8)
Portela – 10
Beija-Flor – 10
União da Ilha – 9.9 (realização 4.9)
Imperatriz – 10
Unidos da Tijuca – 10

Figueira é outro julgador que escreveu longas justificativas, até mais que Bicudo. Não me alongarei em suas justificativas sobre Viradouro e Mangueira pois ele apenas repetiu os problemas já descritos pelos outros julgadores.

Só na Vila começa a ter algo para se comentar. Além dele reparar os problemas de setorização já apontados por Bicudo e Soares, ele também não gostou da Fênix no último carro, conforme transcrevo abaixo.

“A menção ao desfile da agremiação em 2014 na alegoria 7, com a utilização da figura mitológica da fênix, ave que renasce das cinzas, foi pouco adequada pois destoou do sub-tema do setor que a antecedeu que falava das sinfonias populares. Apesar de na alegoria constarem alguns elementos plastico-visuais que indicassem a união do erudito com o popular, estes ficaram secundários a representação da fênix.”

20150216_032026Por favor, quanta falta de licença artística! Como a fênix é secundária? O desfile das escolas não é sempre comparado como uma “grande sinfonia popular a céu aberto”? O que a Vila fez foi nada mais do que aproveitar esse apelido e no setor de sinfonias populares fazer uma autorreferência à sua própria sinfonia popular do ano passado, extremamente mal executada.

Totalmente desnecessária essa “canetada”.

Outra posição discutível do julgador foi a premissa que ele partiu de que a alegoria tem que ser um resumo do setor que a antecede. Isso não está escrito em lugar algum: seja no manual do julgador, seja nos conhecimentos práticos dos desfiles.

As escolas organizam seus setores da forma que melhor entenderem. Se ela acha que o enredo ficará mais didático se os carros alegóricos forem tal síntese, ótimo. Porém se a escola acha que os carros alegóricos devem ter outra função no desfile, ótimo também caso isso não atrapalhe a explicação do enredo.

Não obstante ele tirou dois décimos da São Clemente por isso. Segundo o julgador a inclusão das alas 18 e 19, sobre a decoração do carnaval de rua feita por Pamplona no meio do setor que tratava os personagens exaltados por Pamplona no Salgueiro provocou um “descasamento entre alas e alegoria” já que a alegoria 4 era “Salgueiro e a Cultura Negra” além de “provocar uma mistura de subtemas que prejudicaram o entendimento dos setores”.

20150216_214326Aqui tenho que discordar veementemente do julgador. Rosa Magalhães optou por um desenvolvimento cronológico da vida e da carreira de Pamplona no enredo. Ocorre que entre suas duas passagens no Salgueiro, Pamplona voltou a se dedicar à decoração do carnaval de rua por alguns poucos anos. Logo, nada mais natural que em um enredo cronológico tenhamos duas alas sobre o carnaval de rua no meio dos enredos salgueirenses para representar tal hiato.

Como não há nada que force a alegoria a ser tal síntese e por não haver nenhum problema na explicação do enredo, pelo contrário, não haveria motivos para se descontar a São Clemente aqui.

Por esta mesma razão do “carro alegórico síntese” ele descontou a Grande Rio porque “a opção da representação da carta ‘Ás’ se utilizando de uma imagem que fazia alusão a Batalha de Waterloo, fez com que a alegoria que deve ser uma síntese do setor que a antecede tivesse sua compreensão prejudicada em relação as soluções plastico-visuais utilizada em todo o 2° setor.”

Mais uma vez, a Grande Rio aqui optou que o carro não fosse uma síntese do setor, mas que retratasse um aspecto importante do enredo, no caso a carta “Ás” que historicamente tem em seu verso cenas de momentos marcantes da história. No caso foi escolhida a importantíssima Batata de Waterloo. Qual o problema que há? Ao meu ver, nenhum.

20150217_021736Problema há sim com a observação abaixo transcrita que ele fez ao fim da justificativa da escola mas a qual ele não descontou, apenas alertou:

“Cuidado com alas como a de no 29 (“Os Vencedores”) que deveria representar algo mas não o fazia, estando a mesma ali apenas para abrigar os amigos da escola que devem, sim, ser homenageados frente à dificuldade para se fazer carnaval, porém com cautela. A referida ala se misturou a pessoas da diretoria com outra camisa, quando a bateria se apresentava logo atrás. Uma sugestão: fantasiem seus amigos para que a ala realmente represente o que ela pretende.”.

Já no Salgueiro o julgador foi certeiro e anotou o que foi para mim o maior problema do desenvolvimento do enredo do Salgueiro. A corrida do diamante ocorreu bem depois da corrida do ouro em Minas Gerais, com espaço de quase meio século entre o início de cada uma delas. Não obstante os diamantes foram apresentados na alegoria 2 e o ouro só na alegoria 4.

Pior de tudo: a sinopse em momento algum sequer passa perto de mencionar os diamantes, apenas o ouro. Isso é uma falha grave de desenvolvimento que nenhum dos quatro julgadores percebeu.

Isso sem contar a alegoria 3, do banquete, que se infiltrou entre elas quando deveria ter vindo depois como os julgadores dos 3 últimos módulos apontaram.

Na União da Ilha, ele descontou um décimo por falta de criatividade nas alegorias 3 e 4 sem maiores explicações. Com essa justificativa voltamos ao terreno da total subjetividade, na qual é difícil emitir comentários. O julgador achou que faltou criatividade, assim como eu achei que foram bem criativas. Complicado de analisar.

Por fim, o julgador emitiu a seguinte consideração final:

“Parabéns a todas as agremiações pelo brilhante carnaval realizado em 2015. Foi o melhor dos últimos 10 anos pelo menos! Vi um brilhantismo nas soluções dadas pelos artistas da festa, o que nivelou por cima o desfile. Não vi uma única apresentação com problemas graves. Tanto que minha menor nota foi 9.8. Isto se deve ao enorme esforço de todos vocês que proporcionaram ao público um excelente espetáculo. Deixo a sugestão para sempre encontrarem soluções plastico-visuais que  narrativas que facilitem o entendimento do público que é o outro polo deste espetáculo e que merece  compreendê-lo para amá-lo. Um abraço a todos.”.

20150217_015820É um bom texto para fechar essa longa série. Mais uma vez estamos no terreno da mera opinião, mas eu achei o exato oposto do julgador. Vimos desfiles eivados de erros: seja nas narrativas de enredo, nos quesitos de chão ou no acabamento das alegorias e fantasias. Ao final, estava difícil apontar um favorito, não por causa de uma grande batalha entre duas ou três escolas como ocorreu ano passado, mas porque não sabíamos como os julgadores pesariam tantos erros vistos. Para mim, 2015 como um todo foi o pior ano de desfiles dos últimos 10 anos. [1]

Até podemos tentar comparar com o complicado ano de 2009, mas ao menos o Salgueiro fez naquele ano um desfile para ninguém colocar defeito, o que o credenciou a um merecido título. Neste ano não tivemos isso.

As notas da classificação final podem não ter refletido essa percepção, mas os motivos foram amplamente discutidos nessas nove colunas que, espero, ajudem a melhorar a qualidade dos futuros julgamentos.

Não sou o dono da verdade, muito menos sou uma espécie de Laíla, com conhecimentos profundos em todos os quesitos, logo não devo ter razão em tudo que escrevi aqui. Mas exatamente por isso, tentei ao máximo me ater ao manual de julgamento e a mera lógica e coerência das justificativas, nos quesitos que menos conheço. Acredito que quem acompanha carnaval com o mesmo afinco que os colaboradores deste blog acompanham concordam muito mais do que discordam do que escrevi nesta pioneira série.

[N.do.E.: sobre os carnavais dos últimos anos, 2011 também foi bem aquém do esperado. PM]

20150221_232452Imagens: Ouro de Tolo

3 Replies to “Justificando o Injustificável – Enredo”

    1. Prezado Gabriel,

      Mais uma vez agradeço o link, mas repetirei a resposta dada em Fantasias, pois o problema continua no site da LIESA.

      Não adianta disponibilizar o Abre-alas 1, 2 ou 7 dias antes dos desfiles, se este link permanece oculto do público.

      Até hoje, 24/04, se eu for no caminho normal no site da LIESA, ou seja Carnaval < Livro Abre-Alas, o site apenas fornece o link do Abre-alas de domingo. O link do Abre alas de segunda-feira não está lá. Só se descobre sua existência graças a este link "codigo-secreto" que está postado em seu comentário. Esse "esconde-esconde" não pode acontecer em uma festa como o Carnaval. O que acho mais impressionante é que já se passaram 60 dias do carnaval e uns 15 dias da minha primeira resposta apontando o problema e ele ainda não foi resolvido.

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