Continuando a análise do blog, iniciada brilhantemente pelo Leonardo Dahi,  sobre a troca dos 20 jurados de uma só vez feita pela LIESA no Grupo Especial em 2015, hoje comentarei focando mais as pessoas e menos os números, ao contrário do Dahi.

Alguns jurados foram promovidos da Serie A, outros já tem experiência no Grupo Especial mas não participaram do júri em 2014 e em um caso a pessoa acumula ambos. Ainda sim, muitos são totalmente novos sem qualquer experiência conhecida como julgador de Escola de Samba ou mesmo qualquer aproximação com o mundo do carnaval.

Então apresento abaixo um resumão comentado de quem entrou, quem saiu e quem ficou em relação ao júri de 2014 analisando quesito por quesito.

Obs: os jurados oriundos da Serie A estão com a indicação (Serie A) logo após o seu nome e os que já foram julgadores em anos anteriores estão marcados com um asterisco *.

FOTO-53MANGUEIRA-E-PORTELA-1984CASAIS-DE-MESTRE-SALA-E-PORTA-BANDEIRA-SE-CONFRATERNIZANDOMestre-Sala e Porta-Bandeira

Saiu: Tito Canha e Ilclemar Nunes

Entrou: Monica Barbosa (Serie A) e Luis Carlos Correa*

Ficou: Aurea Hammerli e Beatriz Badejo

Provavelmente era o quesito que mantinha seu forte quarteto por mais tempo. Todos os quatro eram jurados há mais de 10 anos.

Foi um quesito particularmente marcado nos últimos anos por notas rígidas para todas as escolas. Os jurados em suas justificativas davam a entender que na visão deles o quesito “parou no tempo” e precisava se modernizar.

Tal característica ficou especialmente presente nas justificativas das duas julgadoras mantidas, Badejo e Hammerli, que pedem reiteradamente, entre outras coisas, que os casais saiam do meio da pista e a utilizem por inteiro.

Tito Canha era um dos jurados mais famosos por sua fama de carrasco, mas justificava bem seus descontos. Em um ano de “limpa” não deve ter resistido.

O mesmo posso dizer de Ilclemar, apesar de conceder de que dos quatro ele é quem tinha as justificativas menos convincentes. Ainda sim, justificava melhor do que muitos que ficaram em outros quesitos.

Quanto aos novos, Luis Carlos Correa além deste quesito também já julgou Alegorias e Adereços no Especial. Particularmente, não lembro de nenhuma nota muito polêmica neste quesito de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, o mesmo já não posso dizer quanto a Alegorias.

Não conheço Mônica Barbosa, mas não houve reclamações dela em seus julgamentos da Serie A.

Mangueira - comissão de frente - 1999Comissão de Frente

Saiu: Fabiana Valor

Entrou: João Wlamir*

Ficaram: Raphael David, Marcus Nery Magalhães e Paulo Cesar Morato

Aqui apenas uma jurada foi trocada e de forma corretíssima: a polêmica Fabiana Valor. Em seus anos de julgamento ela coleciona um sem fim de polêmicas, das quais a mais famosa deve ser o 10 para a Beija-Flor em 2011. A apresentação da escola nesse ano no módulo de Valor foi recheada de problemas, a começar pela perda de direção do tripé que se chocou de forma violenta contra a proteção que separa as frisas da pista bem em frente ao seu módulo. Não obstante, a escola não foi despontuada.

Há também várias outras notas dessa julgadora que não agradaram a ninguém.

Como ela tem um facebook bastante conhecido por causa de sua empresa famosa no ramo, por várias vezes recebeu uma enxurrada de recados de fãs do carnaval reclamando de suas notas e até a ameaçando. Acredito que sua exclusão seja o melhor tanto para ela como para a LIESA.

Quanto aos 3 jurados que ficaram, eu não costumo concordar muito com as notas deles, mas nesse caso o problema é meu.

Sou tradicionalista demais para concordar com a excessiva teatralização, espetacularização e megalomania que toma conta desse quesito hoje, mas parece que é exatamente isso que a LIESA quer; logo eles julgam de acordo com o que se pede.

Particularmente acho que, se a ordem era renovação ampla, podiam aproveitar para trocar o Paulo Cesar Morato, cujas justificativas algumas vezes não convencem; mas sua permanência não compromete.

Quanto ao novo jurado, ele nada tem de novo. João Wlamir é velho conhecido do sambista. Ele já julgou este quesito em anos anteriores e depois fora remanejado para o quesito Conjunto, onde ficou até o ano passado. Com a extinção desse último, foi reaproveitado em seu quesito de origem. Já perdi a paciência com algumas notas dele de Comissão de Frente, mas darei um voto de confiança pelas últimas notas em conjunto que foram bastante honestas.

Além disso, Wlamir foi comentarista do SBT quando o mesmo transmitiu o Desfile das Campeãs, com comentários mais voltados para o público iniciante. Também foi conhecido por seu trabalho como jurado em um programa de calouros candidatos a dançarino na mesma emissora.

vilaFantasias

Saiu: Todos  (Lucia Simas, Patrícia Nunes, Paulo Paradela e Clívia Cohen)

Entrou: Helenise Gomes, Regina Oliva (Serie A)*, Rodolfo Santos da Silva e Desirée Bastos

Em fantasia tivemos um dos dois quesitos nos quais houve mudança total, a qual assino embaixo.

Os dois quesitos plásticos foram o calcanhar de Aquiles da apuração do ano passado e mesmo fantasia não sendo um dos quesitos que mais penalizaram de acordo com a “Escala Dahi” ficou a sensação de que escolas que deveriam ser penalizadas não o foram, não ao menos quanto deveriam. Enquanto isso, outras foram excessivamente penalizadas e aqui incluo a própria campeã, que apresentou boas fantasias e ainda perdeu décimos no quesito.

Quanto aos novos, Regina Oliva é a única já conhecida no ofício. Além de ter sido jurada da Serie A ano passado com boa atuação apesar de um extremo rigor contra a Em Cima da Hora, já julgou esse mesmo quesito no Especial em outros anos sem maiores polêmicas. A exceção fica por conta das notas dela em 2006, que causaram discussão.

Não conheço o trabalho de nenhum dos outros três nem de alguma experiência como julgador. Apenas achei na internet que Desireé Bastos é mestre em artes cênicas pela Escola de Belas Artes (EBA).

Isso me fez lembrar que um grande nome do carnaval, oriundo da mesma EBA começou trilhando sua brilhante trajetória justamente quando foi chamado para ser julgador. Seu nome? Fernando Pamplona.

Esperamos que os novos jurados trabalhem com dedicação e, caso realmente não conheçam, pesquisem as diferenças entre seus trabalhos do dia-a-dia e o carnaval e respeitem as características de cada escola.

20140304_051638Alegorias e Adereços

Saiu: Bruno Chateubriand, Helenise Guimarães e Emil Ferreira

Entrou: João Niemeyer, Chicô Gouveia e Madson Oliveira (Serie A)

Ficou: Walber Ângelo de Freitas

Depois do péssimo julgamento do quesito em 2014, o pior de todos na minha opinião, não se podia esperar nada menos que uma grande limpa nos jurados.

Fiquei até surpreso de ter sobrado um. Mas se era para ficar um, o menos pior era o Walber mesmo.

A situação de Helenise Guimaraes era insustentável mesmo sem reformulação. A nota dez dada a Vila Isabel é injustificável e dificilmente ela seria mantida para 2015. Bruno Chateubriand também não resistiria a uma reformulação já que todo ano estava envolvido em uma polêmica, seja por uma nota “fora de tom” seja por uma justificativa nada convincente.

Emil Ferreira também não se ajudou ao dar um 9,9 para a Vila Isabel, muito maior do que para outras escolas. Isso sem contar as justificativas que também não justificam muita coisa.

Quanto aos novos jurados o nome mais famoso é de João Niemeyer. Ele é sobrinho do grande arquiteto Oscar Niemeyer e há muito tempo é o responsável técnico do escritório que pertencia ao tio. Tem uma qualidade profissional reconhecidíssima. Vejamos como um arquiteto se comportará avaliando este quesito.

As credenciais de Chicô Gouveia são exatamente as mesmas: um dos arquitetos mais reconhecidos do Brasil. Só que diferentemente da família Niemeyer, ele é especializado em interiores.

Já Madson Oliveira fez um julgamento criterioso na Serie A, com notas e justificativas coerentes e ainda fez questão de escrever um texto de umas 10 linhas explicando minuciosamente o critério utilizado por ele na atribuição das notas. Só deu 10 para as três escolas que realmente se destacaram no quesito: Viradouro, Unidos de Padre Miguel e Estácio. A única ressalva que faço é quanto à nota do Império Serrano. Comparada a outras que o mesmo jurado deu, dava para tirar mais 1 ou 2 décimos da Serrinha.

20140302_000032Harmonia

Saiu: Monique Aragão e Sidney Martins Dantas

Entrou: Jardel Maia Rodrigues (Serie A) e Humberto Farjado (Serie A)

Ficou: Celia Souto e Miriam Orofino Gomes

Harmonia talvez seja o quesito mais difícil de se avaliar atualmente. A sonorização da avenida é cada vez mais imponente e abafa a voz vinda da pista. Se quem fica nas filas C e D das frisas, quase junto ao chão, já tem dificuldades em ouvir o som dos componentes cantando, imagina o coitado do jurado de harmonia que fica isolado lá no topo dos camarotes. Não resta outra opção senão tentar acompanhar a boca dos componentes.

Aqui também segundo o “data Dahi” saíram os dois jurados mais rigorosos. Pelo que vi onde estava, perto do módulo 1, as notas deste ano foram coerentes, sempre lembrando que a harmonia tende a ser mais descontada a medida que os módulos vão passando.

Quanto aos novos, Jardel Maia é regente especializado em corais. Não sei se ainda está lá, mas até algum tempo atrás era o regente do coral da UENF, em Campos, terceira maior cidade do estado do Rio. Suas notas na Serie A foram coerentes, porém nas justificativas senti uma certa embolação entre os quesitos harmonia e evolução, nada que não possa ser melhorado com o tempo.

Pelas justificativas na Serie A em 2014 percebe-se que Humberto Farjado é uma pessoa extremamente atenta a clareza do canto. Não sei qual é sua profissão, mas desconfio seriamente que seja algo relacionado à regência de coral, pois canetou várias escolas pela falta de clareza, ao meu ver até de forma excessiva. Também alegou algumas vezes um descompasso com a bateria que eu, na fila A das frisas, não reparei. Por outro lado, não canetou forte a Santa Cruz.

20130212_035501Evolução

Saiu: Carlos Pousa

Entrou: José Roberto Lages

Ficou: Salete Lisboa, Sonia Gallo e Paola Novaes

A comemorar aqui finalmente a saída de Carlos Pousa. Ele já estava fazendo tanta “hora extra” nesse corpo de júri, que praticamente já tinha dobrado o turno. Jurado há mais de vinte anos, carrega inúmeras polêmicas com ele. Provavelmente a mais famosa seja a nota 9,5 para a Portela em 1995 que deu o (muito) contestado título para a Imperatriz Leopoldinense.

Pousa se notabilizou durante esses anos por notas incoerentes e justificativas fúteis. Em 2013 ele chegou ao cúmulo de justificar todas as notas abaixo de dez com a mesma simplória e nada explicativa frase: “coesão e fluência perfeitas, na empolgação perde “x” décimo(s) em comparação com as melhores”. Isso no módulo 3, um módulo pródigo em dar problemas de evolução por causa do recuo da bateria.

Apenas na Inocentes ele além dessa frase escreveu que a escola perdeu mais um décimo pelo “grande número de componentes que passaram sem cantar”, algo que deveria ser julgado em Harmonia. Ou seja, ele está lá há 20 anos e pelo menos até 2013 não sabia até onde vai Evolução e onde começa Harmonia.

Porém, o sonho de alguns amantes dos desfiles não foi realizado e Salete Lisboa ficou mantida. Ela provavelmente é a jurada mais comentada no somatório dos últimos 5 ou 10 anos nos meios especializados e já é “top-of-mind” de jurada polêmica. Tem como característica não tirar muitos décimos e normalmente costuma relevar problemas. Em 2013 foram cinco 10 e quatro 9,9. Em 2014 sete notas 10 e três 9,9.

20130212_011301Sua polêmica recente mais famosa foi o 9,9 dado para a Beija-Flor em 2013. Para quem não se lembra, neste ano uma alegoria da escola de Nilópolis empacou na linha de início de desfile e a ordem para parar a escola não foi dada, resultando em um buraco gigantesco de dois setores inteiros na avenida (foto ao lado).

Talvez tenha sido o maior buraco da história do Grupo Especial carioca, sendo que o módulo dela estava exatamente no meio destes dois setores. Não obstante, a perda foi de apenas um décimo.

Sonia Gallo é jurada antiga com boas atuações. Paola Novaes estreou em 2014 e fez um trabalho primoroso.

Quanto ao novo jurado José Roberto Lages, não o conheço. Mas convenhamos que evolução não é um quesito para o qual se exija um conhecimento específico. Qualquer folião mais experiente que tenha curiosidade pelo trabalho das direções de harmonia pode julgar brilhantemente tal quesito, até mesmo o Editor deste blog. Torçamos para que tenha sido mais uma boa aquisição do corpo de júri.

Enredo

Saiu: Mariza Maline, Persio Gomyde Brasil e André Luiz da Silva Junior

Entrou: Fernando Bicudo, Marcelo Figueira (Serie A) e Sandra Moreira Monteiro

Ficou: Johnny Soares

20140303_224329Apesar de discordar em um décimo ou outro, este foi um quesito que fora bem julgado no carnaval passado. Não era necessária uma troca tão intensa.

O interessante de se notar é que o único julgador que foi mantido foi aquele que gerou uma das maiores polêmicas do ano passado quando deu nos subquesitos da nota do Império da Tijuca as notas 4,4 e 4,3 e disse que a nota final era 9,7.

É óbvio que o julgador errou a matemática, até porque a nota mínima de cada subquesito é 4,5, para na soma perfazer a nota mínima de 9, e ambas as notas ficaram abaixo deste mínimo. Mas mostra uma possível inversão de ordem na atribuição das notas: ao invés de julgar os subquesitos para somá-los e render a nota final, primeiro pensa-se em uma nota global e depois dá-se um jeito de encaixá-la nos subquesitos.

Quanto aos novos julgadores, o mais famoso é Fernando Bicudo, conhecido produtor e diretor de espetáculos, especialmente algumas montagens de óperas no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Já Marcelo Figueira julgou com bastante competência os enredos da Série A no ano passado e foi bem “promovido”. Desconheço quem seja a jurada Sandra Moreira Monteiro.

Samba-enredo

Saiu: Todos (Alexandre Wanderley, Alice Serrano, Marta Macedo e Maria Amelia Martins)

Entrou: Carlos Eduardo Prazeres, Clayton Fábio Oliveira, Felipe Barros e Ricardo Ottoboni

boni e raíssaSimplesmente não dá para entender o que as escolas quiseram aqui. Após muitos anos de enormes reclamações, o quesito samba-enredo fora muito bem julgado em 2013 e, sem dúvidas, foi o quesito mais bem julgado de 2014. Então o que fazem as escolas? Trocam todos os jurados. Deve fazer todo sentido e eu não consegui captar a lógica.

Pondere-se que, segundo o presidente da LIESA, Jorge Luis Castanheira, o afastamento de Alice Serrano se deu por problemas pessoais e não por veto.

Em relação aos novos jurados uma aposta interessante: que a melodia será julgada mais criteriosamente por pelo menos por dois jurados.

Carlos Eduardo Prazeres dispensa apresentações. Nome proeminente da regência erudita brasileira, é diretor da Orquestra Petrobrás, criada por seu pai Armando Prazeres e criador do projeto social da Orquestra Maré do Amanhã. É conhecido por gostar de misturar influências brasileiras com a música erudita, sendo um dos responsável pela gravação conjunta entre a Petrobrás Sinfônica e a bateria da Unidos da Tijuca em 2006. Para quem quiser ver, posto o vídeo abaixo.

Ricardo Ottoboni é baixista e compositor especializado em trilha sonora de filmes, programas de TV e afins, tendo já feito alguns trabalhos para famosos programas da Rede Globo.

Posso estar trocando homônimos, mas Clayton Fábio Oliveira é o nome de um famoso astrólogo das antigas aqui do Rio de Janeiro. Não conheço nenhuma ligação do mesmo com a música ou a poesia.

Não tenho informações sobre o jurado Felipe Barros.

Bateria

Saiu: Sergio Naidim

Entrou: Fabiano Rocha (Serie A)

Ficou: Xandy Figueiredo, Leandro Osíres e Cláudio Luiz Matheus

Por fim, bateria. Não tenho conhecimento teóricos sobre bateria nem música, logo não tenho condições de avaliar com propriedade as notas e justificativas dos jurados do quesito. Apenas fiquei surpreso que Leandro Osíres e Cláudio Luiz Matheus escaparam da degola.

Em quase todos os anos os dois são altamente contestados, inclusive por ritmistas por darem notas incoerentes e que as justificativas não batem com o que realmente ocorreu. Especialmente os torcedores da Mocidade ficam loucos ao ouvir ambos os nomes.

1971+-+Bateria+-+O+GloboNa minha mera opinião de leigo, creio que o problema neste quesito não seja de nomes, mas de concepção. A impressão que me passa é que os julgadores, por mais que justifiquem seus descontos, acabam não respeitando as características de cada escola e julgam cada bateria de acordo com alguma batida que eles considerem padrão.

Aí quando passa uma bateria totalmente diferente como a Mocidade, com seus surdos de afinação invertida e sua batida de caixa de alta complexidade na “mão boba” eles a consideram fora do padrão e canetam sem dó. Importante notar que nomes vem e vão nesse quesito e isso não muda.

Já Sergio Naidim pode funcionar como contraponto àqueles que defendem que apenas jurados exigentes foram cortados. Apesar de também não ter um histórico livre de polêmicas, ele distribuiu oito notas 10 em 2014. Ele sempre gostou de estudar as baterias e quem frequenta os Ensaios Técnicos já o viu algumas vezes observando as baterias nestes eventos. Em um quesito polêmico como bateria, é um corte entendível, mas que na minha opinião fica sem sentido com a manutenção dos dois julgadores citados acima.

Xandy Figueiredo tem feito bom trabalho e observações muito pertinentes em todos os anos ajudando a encontrar possíveis causas ocultas para os problemas encontrados.

O novo jurado, Fabiano Rocha, distribuiu muitos dez em 2014 como o Dahi já mencionou, ainda sim dois jurados distribuíram ainda mais notas dez, apesar de não terem tido tantas baterias de qualidade no acesso (até este leigo captou o fato). Talvez tenha sido algum parâmetro mais tranquilo utilizado na Serie A, já que esse foi um comportamento de vários jurados. Pelo menos os poucos décimos tirados foram tirados com coerência e justificados.

10 Replies to “O novo Corpo de Julgadores do Grupo Especial”

  1. A saída do Pousa já devia ter sido executada há anos – só falta a Salete, mas essa acho que é interminável. Uma pena que Tito Canha e o Alexandre Wanderley tenham saído, dois dos bons do quadro. E vou discordar do Rafic, acho o quesito enredo ainda com boas falhas, principalmente uma certa benevolência quando o Paulo Barros resolver ter uma de suas viagens maionésicas.

  2. Não resta dúvida, pela descrição detalhada acima, que existe forte influencia de 2 Escolas nas modificações de jurados para 2015, Beija Flor e Unidos da Tijuca.
    Primeiro percebe-se que os jurados que permaneceram foram sempre tolerantes com os erros cometidos pela Beija Flor descontado pouquíssimos décimos desses erros. Segundo que alguns dos jurados que entram, de uma maneira ou de outra, possuem ligação com estas escolas. Um participou de gravação da Bateria da Tijuca com a orquestra sinfônica da Petrobrás, outro especialista em trilhas sonoras de programas da TV Globo quando todos sabem que a Beija Flor juntamente com a Grande Rio são as escolas “queridinhas” da referida emissora. Em fim o cenário está armado vamos aguardar as notas.

  3. Texto Maravilhoso…

    E estou lamentando demais a degola de todos os jurados de Samba-enredo, concordo que era o quesito mais bem julgado dos dez.

  4. O texto tem uma intenção clara de ligar a troca de jurados a beija flor tanto que a escola e citada .duas vezes como beneficiada por augum jurado . alias aqui neste blog os erros da beija flor tem um destaque todo especial

    1. Prezado Herbert,

      Nada é tão simples quanto parece. Realmente notas polêmicas para a Beija-Flor são citadas duas vezes no texto. Porém o que você não reparou é que em uma delas, sobre Fabiana Valor, foi exatamente para exemplificar o seu correto corte do juri.

      Pergunto-te: qual insinuação eu estaria fazendo de favorecimento para a Beija-Flor na troca do juri se o jurado em questão foi retirado?

      As duas situações foram ricamente retratadas, seja pela TV em 2011 exatamente na apresentação complicada, seja pelas inúmeras fotos do “buraco-negro” de 2013 tiradas por espectadores e por serem recentes, ainda estão vivas na memória do amante de carnaval. Por coincidência, ambas foram com a mesma escola. Mas poderia ser de qualquer outra escola como citei outras situações, muitas famosas, ocorridas com várias outras escolas.

      Não dá para falar de favorecimentos. A Unidos da Tijuca foi favorecida porque 3 jurados caíram de um quesito no qual ela perdeu 3 décimos, ao meu ver injustamente? A Vila Isabel foi prejudicada porque os jurados que deram 10 para ela em Alegorias e fantasias também foram cortados?

      Está vendo, nada é simples.

  5. Tem gente aqui lamentando a troca de jurados ,estas mesmas pessoas em um passado não muito distante afirmavao que esses mesmos jurados foram comprados para beneficiar a beija flor,nada como um dia apos o outro

  6. A permanência da Salete Lisboa é um escárnio, bem como a troca de todos os jurados de samba-enredo. Basta ver qual das escolas em 2014 usou a mídia para bradar aos quatro ventos que tinha sido ‘prejudicada’. Por que a Beija-Flor não admite que seu samba era uma merda, um ponto fora da curva? Falta humildade à turma de Nilópolis. Pelo contrário… a arrogância de Laíla e sua turma falou mais alto e o Castanheira afinou. Faltou pulso à LIESA para manter os quatro jurados do quesito mais bem julgado do ano passado.

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