02 de novembro, em muitas tradições religiosas – especialmente a religião cristã – é um dia de contrição e tristeza. Dia de lembrar os entes queridos que se foram.

Para nós messiânicos, ao contrário, hoje é dia de festa. É dia de cultuar os nossos antepassados, lembrar-lhes, fazer-lhes as devidas reverências e recebê-los em nossos lares limpos, asseados e com flores e música. ‘Saudade sim, tristeza não’, como diz um eminente pároco da própria Igreja Católica.

Todo ano, no Solo Sagrado do Brasil – nosso principal templo, como mostrei aqui em outras ocasiões e local da foto de hoje – e nas igrejas de todo o país há a Prece às Almas dos Antepassados.

É dia de colocar a melhor roupa, limpar a casa, lembrar de nossos bons momentos e expressar gratidão a todos os que nos antecederam e abriram caminho para a nossa existência. Agora eles estão em outro plano, outra dimensão, mas sempre empenhados no Plano Divino. Em nossa tradição religiosa, é o dia único do ano onde nossos entes queridos que se encontram na outra dimensão podem estar mais próximos à gente.

Ando meio afastado do dia a dia da Igreja por questões que aqui não vem ao caso, mas a minha Fé continua inabalável.

Quanto mais felizes e desapegados estamos, mais felizes eles também estarão no Mundo Espiritual.

Aproveito para disponibilizar aos leitores Ensinamento que pode ser visto como reflexão na data de hoje. De autoria de Mestre Meishu Sama (Mokiti Okada), nosso Fundador, é a mensagem para o dia de hoje.

“Em poucas palavras, chama-se milagre a realização daquilo que achamos impossível, mas, na verdade, nada acontece por acaso. (…)

A idéia preconcebida de que determinada coisa nunca poderá acontecer, já constitui um erro, pois leva em consideração apenas aquilo que se manifesta exteriormente, isto é, as aparências. Como até agora o pensamento da maioria dos homens baseava-se em conceitos materialistas, se às vezes sucede algo diferente, eles pensam que se trata de milagre. Por exemplo: uma criança cair de um penhasco e não sofrer nada; um carro bater numa bicicleta e não haver ferimentos nem prejuízos; uma pessoa se salvar por ter se atrasado e perdido um trem que depois descarrilhou, virou ou colidiu com outro; um ladrão que estava entrando numa casa fugir, pela ministração do Johrei; uma pessoa recuperar o que lhe foi roubado; um incêndio que havia se alastrado até à casa do vizinho ser desviado, devido à repentina mudança de direção do vento, por efeito do Johrei.

Com os fiéis da nossa Igreja ocorrem constantemente grandes e pequenos milagres, isto é, fatos fora do comum. E por que motivo eles ocorrem? Onde está a causa? Creio que todos querem sabê-lo.

É claro que a verdadeira razão do milagre está no Mundo Espiritual. (…)

O  homem  possui  aquilo  a  que  chamamos  aura,  que  é  como  se  fosse  a vestimenta do espírito. (…) Sua largura é variável, e isso se deve ao grau de pureza do espírito; quanto mais puro ele for, mais larga é a aura. (…) Ao contrário, se o corpo e o espírito são impuros, a aura é estreita e tênue. Em caso de desastre, por exemplo, na hora exata em que um carro – que também possui espírito – vai bater numa pessoa, não conseguirá atingi-la se for alguém de aura larga. Ela se salva, porque é afastada para o lado. Pessoas assim, quando caem de um local alto, mesmo indo de encontro ao espírito da terra ou de uma pedra, não se machucam, apenas batem de leve.

As casas também possuem espírito, de modo que, se o dono for virtuoso, a aura da casa será larga; no caso de incêndio, o espírito do fogo não a atinge, pois é barrado pela aura. Por isso, na ocasião do grande incêndio de Atami, a sede provisória da nossa Igreja foi milagrosamente poupada. Se ocorre o contrário – o que é difícil – é porque há necessidade de queimar impurezas; por conseguinte, o fato obedece ao Plano de Deus. (…)

Como  vemos,  o  milagre  não  ocorre  absolutamente  por  coincidência  ou  por acaso; há sempre uma razão. Se compreenderem isso, verão que ele não tem nada de sobrenatural. Para mim, o natural é haver milagres; se não houver é que eu acho estranho. (…)

Creio que aqueles que têm fé profunda e acumularam virtudes, já passaram por muitas experiências nesse sentido. Portanto, se o homem pensar e praticar o bem, acumular virtudes e fizer esforços para tornar mais larga sua aura, jamais lhe acontecerão desgraças inesperadas.


Meishu-Sama em 5 de junho de 1951
 
Extraído do livro: Alicerce do Paraíso v. 2 (trechos)
Para saber mais: Igreja Messiânica