“Limpeza, incerteza, dia a dia
Sabia entretanto destino derradeiro
Carneiro, velório, casa eterna
Caserna aprisionada orgulhosa sensação
Coração empredernido finalmente repousa
Mariposa esvoaçante o sentimento leva
Leva de emoções finalmente libertas
Abertas comportas, fuga da solidão.

Lição emoldurada, colorida parede
Rede de volúpias represadas à frente
Tente controlar volúpia aprisionada
Nada tem poder de racionalizar
Apagar luxúria, campo do pensamento
Lamento poder fazer isto
Insisto em reprimir visão resguardada
Guardada força transformada em razão

Paixão pela frieza enfim desata
Mata a volúpia, a luxúria, o querer
Saber que é soldado do dever
Compreender que a emoção reside na escrita
Maldita rotina que a todos controla
Mola propulsora pessoal progresso
Regresso ao modelo bem viver denominado
Apaixonado dia a dia, correto sucessor
Pendor escorreito valorosa renúncia

Denúncia a coração fora da lei
Sei papel definido nesta peça
Meça com trena intestina guerra
Terra arrasada coberta está de gelo
Zêlo pela forma intrépida potência
Sequência correta é iceberg frio
Calafrio percorre fiel estrada
Calada explosão peito sufoca

Foca amestrada se torna o ser humano
Clamo a atender mundana demanda
Manda a rotina obrigatório atender
Entender que o sentir não importa
Porta fechada assim deve estar
Mata qualquer resquício de desejo
Manejo adequado é não bulir
Sair tangência despercebida lavra
Palavra solta sentido nenhum…”

P.S. – o título é um trocadilho do momento em que foi escrito, uma “Reunião de Coordenação”.