O dia hoje foi bastante corrido, mas queria comentar algo que se modificou muito desde meus tempos de criança: os feriados.
Eu me lembro que quando era criança nenhum tipo de comércio abria aos feriados. No máximo eram as padarias, jornaleiros, bares – alguns – e havia uma farmácia de plantão que atendia a diversos bairros.
Ainda tínhamos sorte que tal drogaria era exatamente na rua em que eu morava no subúrbio. Por mais que fossem poucas as ocasiões em que necessitávamos de tais serviços sempre era cômodo.
À exceção da farmácia, depois das duas horas da tarde era bastante raro ter algo aberto na cidade. Ficavam as padarias até as seis e olhe lá.
Faço esta introdução para chamar a atenção dos leitores para a mudança trazida pela “modernidade”. Ontem, aproveitando o fato de estar sozinho na cidade empreendi um périplo a fim de resolver várias pequenas pendências que a correria do trabalho nos deixa.
Iniciei pela nova loja do Flamengo na sede da Gávea, onde fui renovar o meu estoque de camisas rubro negras. Ainda tirei foto com a taça do hexacampeonato brasileiro, como podem ver acima.
Um parêntese: é gritante a diferença da Olympikus para a fornecedora anteriora. A loja tem tudo quanto possa imaginar de produtos com a marca do clube. Ponto para a empresa.
Depois ainda fiz compras em supermercado, manutenção básica no meu carro – troca de óleo, lavagem, estas coisas – e fui ao shopping comprar dois presentes que estavam pendentes.
Na prática, “feriados” hoje são apenas para quem trabalha em escritório. O comércio e a indústria em geral trabalham normalmente, denotando grande mudança em relação aos tempos antigos. Falo de feriados mas também poderia me referir aos domingos, onde antigamente nada abria e hoje funciona normalmente.
Obviamente, para nós consumidores é uma comodidade e tanto, mas até escorado nos exemplos dos meus irmãos – que trabalharam em varejo por bom tempo – vejo o impacto que tais alterações trouxeram na vida dos trabalhadores. O domingo, que era o dia de sagrado descanso, é dia normal. Muitas vezes troca-se por uma folga em dia de semana, onde os filhos estão no colégio e o cônjuge, trabalhando.
Teoricamente a abertura aos domingos e feriados traria mais oportunidades de emprego, entretanto o que ocorreu foi o aumento das horas trabalhadas por parte dos empregados. É algo que demanda atenção e alguma regulamentação mais eficiente.
Na prática, os únicos feriados que ainda resistem a este fenômeno são os do final de ano e a terça feira de carnaval – onde o movimento não justifica a abertura dos pontos segundo ouvi de alguns empresários da área. O dia do Comerciário, comemorado na terceira segunda feira de outubro aqui no Rio, é outro exemplo, mas é força de acordo entre o sindicato dos comerciários e o patronal.

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