Após um julho promissor, o Flamengo chegava ao oitavo mês do ano em alta e com expectativa positiva. Com Zé Ricardo, o Rubro-Negro cresceu na temporada e acreditava que com a chegada de reforços daria o salto definitivo para o topo. O agosto flamenguista você confere agora.

Agosto

Em agosto, o Flamengo chegou ao melhor momento no ano desde então. Após a vitória contra o Coritiba, o time foi até Cuiabá enfrentar o Santos e apesar do empate em 0-0, jogou melhor que o adversário durante os 90 minutos, tendo, inclusive, um pênalti ignorado pela arbitragem. Sem tempo para lamentar o empate, o time foi até Cariacica receber o Atlético-PR. Numa atuação perfeita, os rubro-negros cariocas dominaram amplamente o rival e cansaram de perder gols.

O jogo, que por conta da incompetência em fazer gols do Fla se encaminhava para 0-0, ganhou um toque especial gringo. Quer dizer, um toque de letra que tirou o zero flamenguista do placar. Com grande jogada de Fernandinho, Mancuello achou letra espetacular para dar os três pontos para o Flamengo. O time terminava o turno em alta em quarto lugar e perto do líder.

Com a chegada de Diego, o sonho do título começava a surgir no ar com a expressão “Cheirinho de Hepta”. Para a abertura do returno, o Flamengo iria até Recife encarar o Sport. A atuação no Recife foi bizarra. Nada do que Zé Ricardo vinha construindo no elenco foi apresentado naquele dia. O Flamengo, com um rendimento apático, foi batido por 1-0 – gol de Edmílson – naquela tarde e se viu novamente fora do G4.

flamengogremiobrasileiro2016Para o jogo seguinte, o clube contou com a estreia do meia Diego. Atuando novamente em Brasília, o rubro-negro voltou a encontrar o bom futebol. Com uma atuação inteligente, o Flamengo abriu o placar com Leandro Damião cobrando pênalti. No segundo tempo, o Fla, mesmo melhor, não conseguiu ampliar a vantagem até que Pará, num cruzamento espetacular, encontrou Diego, o estreante da manhã, livre para ampliar o placar para o Flamengo. Com o 2-0, a tranquilidade poderia aparecer se não fosse a bobeira do zagueiro Réver que gerou o gol do gremista Henrique Almeida dois minutos depois. Com o 2-1, o clima de apreensão seguiu até o fim, mas o Flamengo, com paciência, garantiu mais três pontos na conta.

No jogo seguinte, entretanto, era hora de dar um tempo no Brasileirão para focar na estreia na Copa Sul-Americana. Com um time misto e recheado de novidades (Paulo Victor, Donatti, Cuéllar, Mancuello, Alan Patrick e etc), o Flamengo enfrentou o Figueirense em Florianópolis. Com uma atuação, no mínimo, complicada, o Flamengo se atrapalhou no torneio. Rafael Moura abriu o placar. Alan Patrick empatou. Marquinhos e Rafael Moura, ainda no primeiro tempo, marcaram mais duas vezes, uma delas numa falha bizarra do argentino Donatti, o que levou o jogo para o intervalo com o Flamengo perdendo de 3-1. No segundo tempo, ainda no início, Rafael Moura, de novo, marcou em falha de Paulo Victor, ampliando a desvantagem rubro-negra. Marcelo Cirino, já no fim, descontou e amenizou o prejuízo do Flamengo no confronto. Com o 4-2, o Flamengo precisaria vencer por dois gols de diferença sem levar gols ou levando no máximo um para avançar no jogo de Cariacica.

Só que antes de tentar virar o resultado na Sul-Americana, o Flamengo tinha jogo importantíssimo diante da Chapecoense em Santa Catarina. O jogo, que começou arriscado para o Flamengo, foi ficando bom à medida em que o tempo passava. Num lance que virou rotina no time de Zé Ricardo, Pará foi ao fundo e serviu Diego, que da entrada da área fez um golaço. Com a vantagem, o Flamengo recuou e a Chapecoense aproveitou. Em rebote cedido por Muralha após chute forte de fora da área, Kempes empatou o jogo. Com o 1-1, o Flamengo foi para o intervalo, de novo, com a sensação de que poderia render mais.

No segundo tempo, com as mexidas de Zé Ricardo, o Flamengo melhorou e percebeu que a vitória estava perto. A partir daí, o Flamengo foi pra cima mesmo e chegou ao segundo gol com Leandro Damião cobrando pênalti sofrido por Guerrero. Com a vantagem, o Flamengo não recuou e manteve a bola no ataque chegando ao terceiro em jogada ensaiada que resultou num golaço do argentino Mancuello. Com a vitória, o Flamengo assumiu a vice-liderança do campeonato três pontos atrás do líder Palmeiras e começou a perfumar o campeonato com o seu ”Cheirinho”.

Passada a euforia pela vitória, o Flamengo tinha a dura missão de tirar a desvantagem e eliminar o Figueirense na Sul-Americana. Quando a bola rolou, o Flamengo se viu de cara com a situação piorada. Rafael Silva, ainda com 5 minutos de jogo, abriu o placar e forçou que para se classificar o Fla teria de fazer três gols.

flamengofigueirensesula2016Precisando de gols, o Flamengo foi pra cima. Sendo assim, Diego deu bola para Éverton na direita que carregou até a grande área dando leve toque por cobertura que contou com a sorte para encontrar o caminho das redes. O empate saiu. Diante da igualdade, o Flamengo não se acomodou, e após escanteio que rendeu sobra na entrada da área, Jorge, em chutaço acertou o ângulo do gol de Gatito. A virada veio e veio cedo. Só que o Fla ainda estava precisando de um gol. Sendo assim, o time tentou muito, mas não conseguia chegar ao gol salvador antes do intervalo.

No segundo tempo, a pressão se intensificou e se transformou em gol depois de jogada ESPETACULAR de Fernandinho que terminou em um golaço do Camisa 31. Com o 3-1 confirmado, o Flamengo só esperou o tempo passar e confirmou uma vitória heroica, daquelas com a raça rubro-negra característica. Finalmente, o time tinha emplacado na temporada e a expectativa era da torcida era de cada vez mais vitórias.

Resumo dos jogos do mês:

Santos 0-0 Flamengo

Flamengo 1-0 Atlético Paranaense

Sport 1-0 Flamengo

Flamengo 2-1 Grêmio

Figueirense 4-2 Flamengo

Chapecoense 1-3 Flamengo

Flamengo 3-1 Figueirense

Retrospecto: 4 vitórias, 1 empate e 2 derrotas. Gols marcados: 11; Gols sofridos: 8

Artilheiros do mês: Mancuello 2, Leandro Damião 2, Diego 2, Éverton, Jorge, Fernandinho, Alan Patrick e Marcelo Cirino 1.

O mês rubro-negro terminou em alta e o Flamengo chegava ao fim daquele período com só duas derrotas. Com muita intensidade, o time conquistou a torcida graças às vitórias categóricas diante de Grêmio e Chapecoense pelo Brasileiro e Figueirense na Sul-Americana. Para setembro, a meta seria manter o ritmo e a perseguição ao líder. O setembro rubro-negro você acompanha na próxima parte da série. Até lá!

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4 Replies to “Dissecando o Flamengo-2016 – Parte VIII”

  1. Sendo bem direto, o Fla foi assaltado na cara dura contra o Santos. Pênalti claro ignorado. Se fosse para o outro lado…

    Que LETRAÇA do Mancu contra o CAP. Pena que a liderança durou 24 horas.

    Perdi o jogo contra o Sport achando que seria em outro horário, mas fui compensado com a vitória da Seleção Olímpica naquela noite.

    Que bizarrice foi aquele jogo em Santa Catarina. Time apático, Donatti patinando… pelo menos, torci pelo 4×2

    Em Cariacica, Rafael Silva achou que ainda estava jogando no Vasco pra fazer aquele gesto de decepar, mas dessa vez, se deu mal. Jogo de três golaços e o começo do ápice de Fernandinho.

    Diego chegou dando as caras e mostrando que o meio-campo seria muito diferente.

    Que venha a nona parte.

    1. Flamengo de fato foi prejudicado contra o Santos. Mancuello decisivo contra o CAP e fundamental na entrada do Flamengo entre os melhores. Esse jogo do Sport foi o ÚNICO que não vi no ano inteiro. Contra o Figueirense na Sulamericana foi isso mesmo. Dois jogos totalmente distintos.

        1. Foi durante os jogos olímpicos, eu não vi. Foi na mesma hora de Brasil x Argentina no Basquete. Depois, vi o VT.

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