Diante de uma fase excelente, o Flamengo entrou em setembro louco para permanecer na briga pelo título. Se o agosto rubro-negro foi de boas lembranças, o mês seguinte seria praticamente maravilhoso. A retrospectiva desse mês em detalhes você acompanha agora.
Setembro
Vivendo boa fase, o clube entrou em setembro cheio de planos e metas. O primeiro jogo do mês era contra a Ponte Preta. Diante do bem armado time campineiro, o Flamengo precisava dos três pontos para manter a perseguição ao líder. Vivendo boa fase, o Fla começou com tudo e abriu o placar com Gabriel antes do 15 minutos. Só que o time parou por aí. Com uma atuação bem irregular o Flamengo foi para o intervalo com o resultado favorável, mas um desempenho complicado.
No segundo tempo, o time seguiu muito mal e a Ponte aproveitou. Aranha lançou bola do campo de defesa e achou William Pottker, que marcou o empate ponte-pretano. No desespero, o Flamengo colocou Fernandinho, Mancuello e Cirino e se lançou ao ataque. Numa investida já no minuto final do tempo regulamentar, Diego deu uma bicicleta que parou em Aranha, no rebote, Fernandinho marcou o gol da vitória. Festa em Cariacica. O Flamengo mantinha a diferença em três pontos para o líder e seguia na caça da liderança.
O jogo seguinte foi contra o Vitória em Salvador. Jogando na casa do adversário, os primeiros 30 minutos foram de pressão total do rival. O Vitória, aproveitando o fator casa, atacou sem parar e abriu o marcador com Zé Love. Só quando passou esse ímpeto inicial, o Flamengo saiu das cordas e teve calma para, em grande jogada de Pará pela direita, chegar ao empate com cabeçada firme de Fernandinho.
Depois do intervalo, o Flamengo voltou melhor e buscou a virada com a bola no chão. Linda tabela entre Gabriel e Diego resultou no golaço do primeiro. Com a virada, o Flamengo teve tranquilidade para manter a postura e não sofrer. Ao contrário, teve chances por duas vezes com Réver de ampliar o marcador e matar o jogo. Mas o terceiro gol não saiu e a vitória se consolidou em 2-1. O jogo seguinte seria em São Paulo contra o líder Palmeiras, que havia tropeçado deixando a diferença em apenas um ponto.
No duelo mais marcante do trimestre, o Flamengo fez uma partida excelente em São Paulo. Prejudicado pela expulsão de Márcio Araújo ainda no primeiro tempo e pela saída de seu jogador mais diferenciado, Diego, o Fla chegou ao primeiro gol com linda jogada que terminou no toque decisivo de Alan Patrick para marcar. Depois, o Fla teve grande chance de novo com Alan, desperdiçada. Foi fatal. Restando oito minutos para o fim, Gabriel Jesus acertou chute da entrada da área para fazer o gol de empate palmeirense. O jogo acabou em 1-1 e a sensação pro Fla era dúbia. Pelas condições adversas, não era um mau resultado. Pelo jogo em si, o resultado acabou sendo decepcionante.
O jogo seguinte era contra o Figueirense, de novo em São Paulo. Atuando no Pacaembu pela segunda vez no ano, o Fla contou com a presença deste autor in loco no jogo. Atuação irretocável, que só não fica livre de críticas devido aos INÚMEROS gols perdidos. Réver, Damião (duas vezes), Vizeu (outras duas) e Arão desperdiçaram claras oportunidades. Mesmo assim, os gols de Arão e Diego e o show da torcida rubro-negra foram motivos para sair do Pacaembu com a alma lavada e de aroma renovado rumo ao Chile para o confronto pela Copa Sul-Americana contra o Palestino.
No jogo de Santiago, o Flamengo, novamente usando um time misto, não sofreu grandes problemas e segurava o empate por quase todo o jogo. Só que já no fim da etapa decisiva, após grande jogada de Marcelo Cirino a bola sobrou para Emerson Sheik marcar o gol da vitória rubro-negra. Com o 1-0 na casa do adversário, o Flamengo voltava ao Brasil com a vaga nas quartas de final do torneio sul-americano bem encaminhada.
Na volta ao Brasil, o Flamengo retornou a Cariacica para receber o Cruzeiro. Após uma boa primeira hora de jogo, o rubro-negro não conseguia manter a intensidade e se viu sofrendo muito com os perigosos ataques do time mineiro. No segundo tempo, a situação se repetia e o Fla pedia para tomar o gol. Pedido prontamente atendido por Rafinha. O meia cruzeirense limpou três rivais e botou no ângulo do goleiro Alex Muralha.
Com o placar adverso, Zé Ricardo resolveu ir pro tudo ou nada com Mancuello na vaga de Márcio Araújo. Quando faltavam cinco minutos para o fim do tempo regulamentar, Guerrero recebeu bola tramada por Diego e Alan Patrick e, contando com a sorte, empatou para o Flamengo. Só que o empate ainda era ruim. Em contra-ataque aos 44, Alan Patrick recebeu bola de Diego e entregou para Mancuello colocar no ângulo de Rafael. Um golaço! Vitória rubro-negra, a sétima em Cariacica no ano, para manter vivo o cheirinho do sétimo título do campeonato brasileiro. O Flamengo seguia na cola do líder e com moral para a partida de volta contra o Palestino na mesma Cariacica.
Só que no último jogo do mês, deu tudo errado para o rubro-negro. O Flamengo fez um primeiro tempo bizarro e, totalmente desligado, viu a vantagem construída virar fumaça com dois gols do Palestino ainda no primeiro tempo. Depois do intervalo, o Fla até melhorou e conseguiu descontar em pênalti convertido por Alan Patrick, mas mesmo assim, o time não conseguiu o gol que lhe daria a classificação. Com a derrota, o Flamengo perdeu a invencibilidade no mês e impediu um setembro perfeito. Mesmo assim, o resumo foi extremamente positivo e a luta para transformar o aroma em perfume de sucesso nacional no fim do ano seguia.
Resumo dos jogos do mês:
Flamengo 2-1 Ponte Preta
Vitória 1-2 Flamengo
Palmeiras 1-1 Flamengo
Flamengo 2-0 Figueirense
Palestino 0-1 Flamengo
Flamengo 2-1 Cruzeiro
Flamengo 1-2 Palestino
Retrospecto: 5 vitórias, 1 empate e 1 derrota. Gols marcados: 11. Gols sofridos: 6
Artilheiros do mês: Fernandinho, Gabriel e Alan Patrick 2, Diego, Willian Arão, Émerson Sheik, Mancuello e Guerrero 1.
Balanço geral do terceiro trimestre
Embora a eliminação na Sul-Americana tenha prejudicado, o Flamengo teve um trimestre extremamente positivo. A chegada do meia Diego mudou o nível do time e trouxe o gás que faltava para transformar a proposta coletiva de alto padrão em time candidatíssimo ao título. Com 19 jogos no período e 13 vitórias, o Flamengo seguiu a evolução apontada no fim de junho e chegou a setembro com grandes resultados, mas com um pequeno porém. A parte física do time começava a dar sinais de alto desgaste e precisava ser dosada para manter o elenco na briga. O mês de outubro da caminhada no Campeonato Brasileiro você vai acompanhar na próxima parte do “Dissecando o Flamengo 2016”. Até lá!
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Que jogo difícil contra a Ponte, time fechadinho fechadinho, só que uma vez mais brilhou a estrela de Litte Fernando.
Contra o Palmeiras foi o jogo que fiquei mais nervoso, sem torcida nossa, pressão. O Fla tinha muitas chances de vencer o jogo (se acontecesse isso a história do campeonato talvez seria diferente) mas aí o menino Márcio Araújo resolve ser expulso, forçando o Zé a tirar o Diego.
Mesmo sendo campeão, a defesa do Palmeiras tá procurando o Alan Patrick até agora.
Deu pra saborear um pouco a liderança, mas aí veio o Gabriel Jesus e…
Sheik definir uma partida, eu vivi pra ver isso
Virada espetacular contra o Cruzeiro. O que eu via de palmeirense comemorando o tropeço do Fla não tava no gibi. Mas aí veio o Mancu e…
Me pergunto até agora o que foi aquele 1° tempo contra o Palestino em Cariacica. No 2°, um mísero gol de pênalti – o último do Alan Patrick, dispensado no dia de hoje – 14/12.
Que venha a parte 11.
Parte 10 hahahaha.
Jogo contra ao Palmeiras foi um dos melhores do Flamengo no campeonato, a vitória não veio por detalhes.
E esse gol do Sheik foi o ÚNICO dele fora Carioca e Amistosos.
E o gol do Mancuello, pra mim, é o momento do Flamengo na temporada.