A terceira parte de nossa série.

Ginástica de Trampolim

Classificado: Rafael Andrade

Chance de medalha: zero, como o evento teste mostrou.

Ginástica Rítmica

Classificados: equipe e Natalia Gaudio no individual.

Chances de medalha: pequenas.

Golfe

Classificados: por ser o país-sede o Brasil tem garantida uma vaga no masculino e uma vaga no feminino. O nome será fechado apenas quando sair o ranking de 11 de julho. Não se deve esaperar outras classificações, embora no último ranking divulgado haja duas brasileiras entre as classificadas – mas no limite.

Chance de medalha: zero.

Handebol

Classificados: equipes masculina e feminina já classificadas pela vaga de país sede.

Chances de medalha: boas com a equipe feminina. O Brasil, surpreendeu o mundo do handebol ao ganhar o mundial de 2013. Mesmo com a eliminação nas oitavas no mundial de 2015, a equipe feminina mostrou que está em alto nível mundial e é um dos países que disputará o ouro na competição. O handebol feminino é aquele tipo de esporte que tem 7 ou 8 equipes que podem conseguir o ouro, sem qualquer favoritismo.

rio2016_100dias_ArenaDoFuturo_016_1501_-c-2016_AndreMotta_HeusiActionJá equipe masculina tem chances de medalha bastante reduzidas e só uma classificação para as quartas de final já seria um bom resultado

No sorteio das chaves, foi dado ao Brasil, ao final dele, escolher qual grupo ele queria jogar por ser o país sede. Marten Soubak escolheu o grupo da morte para a equipe feminina. O Brasil está no grupo A com Noruega, Romenia, Montenegro, Espanha e Angola. A exceção de Angola, a baba de toda competição, todas as 5 equipes estão naquele grupo de 8 seleções que disputam o ouro. Como só 4 classificam, isso significa que uma delas volta para casa ainda na 1ª fase.

Mas a escolha de Soubak faz sentido: mesmo sendo o grupo da morte, são 4 vagas para 5 equipes. Apesar do outro grupo ter equipes fortes como Russia, Suécia e Coreia do Sul, ainda sim serão confrontos e quartas de final ligeiramente menos complicados do que se o Brasil escolhesse o grupo B.

Já no masculino, Jordi Ribera sabe das limitações da equipe e escolheu o grupo mais fácil. Brasil estará no grupo B com Polônia, Eslovênia, Suécia, Alemanha e Egito. Missão difícil para o Brasil passar para as quartas de final: os alvos são Egito e Eslovênia, mas tenho fortes dúvidas se o Brasil consegue tal vaga.

A tabela detalhada ainda não foi divulgada.

Hipismo Adestramento

Classificação: por ser país-sede Brasil tem equipe completa já classificada.

Chances de medalha: tendentes a zero.

Hipismo Concurso Completo de Equitação

Classificação: por ser país-sede Brasil tem equipe completa já classificada.

Chances de medalha: pequenas. A equipe não é favorita para levar medalha, mas tem um tiro longo. É aquela competição para ficar ligado nos resultados, só para garantir.

rio2016_fevereiro_Hipismo_Deodoro_014_8372_Hipismo Saltos

Classificação: por ser país-sede Brasil tem equipe completa já classificada.

Chances de medalha: médias. Brasil será um candidato ao bronze por equipes e é possível dizer que com possibilidades diferentes, todos os conjuntos brasileiros tem alguma chance de disputar medalha no individual, mesmo que nada próximo ao favoritismo.

Hóquei sobre a Grama

Classificação: a seleção masculina, de forma histórica até, conseguiu cumprir o requisito mínimo estabelecido pela Federação Internacional de Hóquei na Grama e garantiu a vaga de país-sede. O feminino não conseguiu e está fora dos Jogos Olímpicos.

Chances de medalha: zero.

Judô

Classificação: por ser país-sede o Brasil tem direito a um atleta por categoria (o que o Brasil conseguiria com tranquilidade mesmo se não fosse país sede).

Chances de medalha: enormes. Mesmo com a recuperação da equipe brasileira, que em 4 meses de 2016 já conseguiu melhores resultados do que em todo 2015, não compartilho com o otimismo do COB de achar que virão 2 ou 3 ouros só no judô. Pelo contrário, tenho dúvidas se haverá um ouro e, se houver, acho difícil haver um segundo ouro.

Porém, mesmo eu com meu pessimismo não consigo imaginar que o Brasil saia zerado do judô. Não é nenhum absurdo dizer que todos os 14 judocas brasileiros disputam medalha e uns 8 ou 9 disputam o ouro. O problema é que hoje o judô é o esporte olímpico mais competitivo e em cada categoria há pelo menos uns 10 ou 15 judocas com todas as capacidades para ser campeão olímpico em 2016.

O grande problema aqui está sendo a disparidade dos gêneros. A equipe feminina consistentemente tem conseguido bons resultados nas competições em 2016. Sarah Menezes voltou de lesão já com um ouro em Grand Prix, Erika Miranda, Rafaela Silva, Maria Portela, Mayra Aguiar e Maria Suellen Altheham tem conseguido frequentemente chegar as lutas finais no circuito mundial.

parque-olmpico-arena-carioca-2-renato-sette-camara_prefeitura-do-rio_1Porém a equipe masculina continua com resultados bem complicados. Mesmo ainda sem a confiança de antes da lesão, os únicos que tem resultados promissores são Rafael “Baby” Silva e David Moura. Porém os dois são da mesma categoria e só um deles poderá ir aos Jogos Olímpicos, no que alias está sendo a disputa mais acirrada para fazer parte da equipe brasileira.

De qualquer forma, mesmo sem resultados, a equipe masculina também é uma equipe rodada e tem totais condições de conseguir ao menos uma medalha.

Espero 3 ou 4 medalhas do judô, com 1 ouro. Torço para não estar errado.

Obs: se o Brasil sair zerado do judô, admitirei que o pé frio sou eu (estarei em 6 dos 7 dias de competição do judô).

Dicas de ingresso: aqui não há muitas dicas, todos os dias são importantes e não tem finais baratas, que estão quase esgotadas no site de ingresso. A dica aqui é ficar de olho no dia 26/05 ao 12h, quando a Rio 2016 liberará novos ingressos do esporte, inclusive para finais. Talvez seja jogo comprar para as preliminares, nas quais se assistirá várias lutas a um preço de até R$ 250,00.

Levantamento de Peso

Classificação: o Brasil por ser país sede tem direito a inscrever 3 homens e 2 mulheres na competição. Como uma possível classificação retira a vaga destinada ao país-sede, é certo dizer que o Brasil irá com apenas esses 5 atletas.

Chances de medalha: remotas. Nosso único destaque  no esporte, Fernando Reis,  ainda está ligeiramente distante do grupo que disputa medalha.

Luta Olímpica (Greco-Romana e Livre)

Classificação: a vaga é dada para o país, sem ser individual, mas é certo afirmar que o Brasil levará Joice Silva (feminina livre até 58kg), Lais Nunes (feminina livre até 63kg), Gilda Oliveira (feminina livre até 69kg) e Aline Ferreira, ou Aline Silva, como preferirem (feminina livre até 75kg). A única dúvida fica na categoria greco-romana até 130kg, na qual a federação tem que decidir entre o veteraníssimo Antoine Jaoude e o armeno naturalizado Eduard Soghomonian.

A história do que ocorreu os dois beira o inacreditável (no bom sentido) e pode ser lida aqui.

Chances de medalha: boas. Aline Ferreira foi vice-campeã mundial em 2014 e bronze em 2015. Ela é candidatíssima a medalha nos Jogos Olímpicos, inclusive ao ouro. Joice Silva também tem boas chances mesmo sem ser favorita. Lais e Gilda tem chances reduzidas, mas a luta feminina ainda não é muito desenvolvida mundialmente e as vezes zebras ocorrem.

Já Jaoude ou Soghomonian não deverá ir longe.

20151214_CO_PQO_AA_arena_carioca-14-1600x1067Dica de ingresso: talvez aqui seja a maior pechincha de toda a série. Aline Ferreira luta no mesmo dia de Lais no dia 18/08, com finais as 16h. É uma rara grande chance de medalha brasileira com preços módicos entre R$ 70 (categoria C, com direito a meia) e R$ 210 (categoria A). Além disso a luta será na Arena Carioca 2, a mesma do judô, com direito a cadeira individual, cobertura completa e climatização. Podem procurar que todas as outras chances grandes de medalha do Brasil ou são bem mais caras ou são ao ar livre.

Caso você não possa dia 18, vá dia 17/08, dia de Joice e Gilda. Os ingressos tem o mesmo preço e o horário é o mesmo do dia seguinte.

Todos os ingressos estão amplamente disponíveis no site.

Maratona Aquática

Classificação: Poliana Okimoto, Ana Marcella Cunha e Allan do Carmo já estão classificados pelos resultados no mundial de Esportes Aquáticos.

Chances de medalha: muito boas. Os três atletas estão no pelotão de elite da modalidade e deverão estar no grupo de atletas que disputarão o sprint final pelas medalhas. Ana Marcela inclusive foi prata o último mundial na distância de 10km, a única que está no programa olímpico. Já Poliana foi ouro no mundial de 2013 na mesma distância. Não será impossível, aliás, duas medalhas no feminino.

Nado Sincronizado

Classificação: por ser país-sede o Brasil tem direito a equipe completa e um dueto.

Chances de medalha: zero.

20160306_121616Natação

Classificação: a equipe foi definida mês passado e Cesar Cielo ficou de fora por poucos centésimos, perdeu a vaga para Ítalo Manzine. A equipe completa ficou:

Equipe masculina: Bruno Fratus (50m livre), Ítalo Manzine (50m livre), Marcelo Chierighini (100m livre, 4x100m livre e 4x100m medley), Nicolas Oliveira (100m livre, 200m livre e 4x100m livre), João de Lucca (200m livre e 4x100m livre), Matheus Santana (4x100m livre), Gabriel Santos (4x100m livre), Luiz Altamir (400m livre), Brandonn Almeida (1500m livre e 400m medley), Miguel Valente (1500m livre), João Gomes Jr (100m peito e 4x100m medley), Felipe França (100m peito), Tales Cerdeira (200m peito), Thiago Simon (200m peito) , Guilherme Guido (100m costas e 4x100m medley), Leonardo de Deus (200m costas e 200m borboleta), Kaio Marcio (200m borboleta), Henrique Martins (100m borboleta e 4x100m medley), Marcos Macedo (100m borboleta), Henrique Rodrigues (200m medley), Thiago Pereira (200m medley).

Equipe feminina: Etiene Medeiros (50m livre, 100m livre, 100m costas e 4x100m livre), Graciele Herrmann (50m livre), Larissa Oliveira (100m livre, 200m livre, 4x100m livre e 4x200m livre), Jessica Bruin (4x200m livre), Gabrielle Roncatto (4x200m livre), Manuella Lyrio (200m livre, 4x100m livre e 4x200m livre), Daiene Dias (100m borboleta), Daynara de Paula (100m borboleta e 4x100m livre), Joanna Maranhão (200m medley e 400m medley)

Quanto aos revezamentos, o Brasil conseguiu classificação pelo Mundial no 4×100 livre masc., 4×100 medley masc., 4×100 livre fem. e 4x200m livre fem.

Falta apenas as vagas nos 4x200m livre masc e 4x100m medley fem.. No 4x200m livre são 4 vagas e hoje o Brasil é o primeiro dos ainda não classificados, mas é preciso esperar até o dia 31 de maio de 2016. No 4×100 medley fem. o quadro é mais incerto.

Chances de medalha: de médias para boas, mas sem grandes perspectivas de ouro.

Acho que o único nadador que possa ter alguma chance de ouro é Bruno Fratus no 50m livre; mesmo assim não é o favorito, que hoje está com Florent Manaudou.

Porém chances de prata e bronze temos algumas. Acho que as maiores são a de Thiago Pereira nos 200m medley, mesmo com a volta de Phelps, e a do revezamento 4x100m, que terá que remar bastante para conseguir esse bronze, mas que é totalmente possível.

Um nível abaixo, desses, mas também com chances, vejo Marcelo Chieriguini nos 100m livre. Nessa prova, caso esteja em uma grande semana, até Nicolas Oliveira poderia causar uma boa surpresa, mas é “tiro longo”.

Ainda como “tiros longos” posso indicar Felipe França nos 100m peito que é irregular, e o 4x100m medley, que, caso todos façam tempos fenomenais juntos podem disputar alguma coisa.

Na equipe feminina, infelizmente não vejo grandes chances. Etienne não está tendo um grande 2016, logo fica difícil confiar.

Dica de ingresso: os ingressos da natação estão entre os mais difíceis de todos, até para eliminatórias. Mas haverá uma nova liberação de lotes ao 12h do dia 12/05.

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