Sinceramente não acompanho o beisebol. Já tentei algumas vezes e mesmo reconhecendo que ele não é muito chato, o desenvolvimento do jogo não me agrada  muito – o que é problema meu, reconheço. Pois nessa última  terça-feira cheguei em casa, ajeitei o sofá para uma sessão fisioterápica de gelo no pé e dou de cara com Rômulo Mendonça (dos canais ESPN) aos berros por causa de uma jogada.

Pelo  escândalo,  parei  para  ver… E  a  questão  a  partir  dali  se  torna  muito  maior. Estamos diante de uma história sensacional, que tentarei descrever nas próximas linhas

O jogo em questão é Chicago Cubs contra St Louis Cardinals e nesse momento os Cubs passam a frente e fazem 5 a 4 na sétima entrada num Home Run sensancional, onde a bola passou por cima do telão do estádio. As questões do  jogo sinceramente se tornam irrelevantes  diante do que fico sabendo na sequência, com rápida pesquisa pela internet.

USP-MLB-NLDS-St.-Louis-Cardinals-at-Chicago-Cubs-011O ano é  1989.  Por  coincidência,  segundo o colega de colunas deste espaço Aloisio Villar é o ano que não acabou e pelo jeito podemos ter mais uma prova disso. É lançado o filme De Volta Para o Futuro 2. É a continuação de  um sucesso absurdo  de um   filme de  quatro anos antes, onde  um  garoto  viaja  pelo  tempo  a  bordo  de  uma  máquina  do  tempo  adaptada  num  De Lorean, carro esportivo da época.

Mc Fly conhece seus pais jovens e ao voltar a 1985 o filme já convida à sequência. Nesse segundo ele, o cientista Dr Brown e a namorada viajam ao futuro: exatamente  para  o  dia  21  de  outubro  de  2015. Após  Mart  salvar  seu  filho da  prisão ele encontra uma  pessoa  que  lhe  tenta  vender  uma  rifa  e  passam  a  olhar  um  telão –  que  passa resultados dos esportes.

Nesse momento é interessante vermos como Robert Zemekis achava que estaríamos em 2015. Carros voadores, roupas espaciais, skates sem rodas…

Mas telefones públicos  com telas e TVs com grande volume  ainda, contrastando com as finas TVs  de Led de hoje. A casa de Mcfly tem modernidades como forno acionado com voz e fruteira que desce do teto… Lembra  mais  a  casa  dos  Jetsons  (desenho  dos  anos  70)  do  que  o  que  temos  hoje.

Voltando à conversa com o vendedor, o garoto vê  os resultados e a certa altura diz que os Cubs ganhariam a World Series de 2015. Surpreso Mc Fly diz… Os Cubs ganham? World Series é como os americanos chamam a final do campeonato nacional de beisebol. Reúne os campeões das conferências, Americana e Nacional. Aqui e aqui o leitor pode ler dois artigos do colunista Glaydson Prado com as regras básicas.

Uma rápida pesquisa e vejo que desde 1945 o time não chega à final do campeonato – e não vence  desde 1908. Ou  seja. É uma espécie  de  Portuguesa, Schalke 04, Sunderland, Genoa e tantos  etc.  pelo  mundo afora. Estão (agora  estamos!!) a dois playoffs  do titulo que o filme profetizou, o que será sem dúvida a história do ano no mundo dos esportes. Prevejo até que o adversário  ficará constrangido de estragar a história. E o mundo lamentará muito se isso ocorrer, como aconteceu com Serena Willians recentemente.

Li que teremos comemorações pelo mundo afora no dia 21 de outubro com a  presença  dos atores e etc… Muito bacana.

Desde  ontem  sou  Cubs  desde  criança  crescida. A  história  é  demais, vibrei no Home Run seguinte e com a festa no estádio Wrigley  Field. De repente até um bonezinho passe a ornar minha espelhada e reluzente careca… Os filhotes mostram ao mundo que estão vivos… desde 1908… é claro.

De volta para o futuro!

DeVoltaImagens: USA Today, Newsday e Omelete