Mal termina um carnaval, já começa outro. Esse ano não é diferente e as sinopses do Grupo Especial já estão na rua, para deleite dos compositores (ou nem tanto assim em alguns casos). Como sempre, também é hora de o Ouro de Tolo fazer a sua já tradicional análise das sinopses.

Igualmente aos outros anos, lembro que a sinopse não define o resultado da escola, muito menos a qualidade do samba (que o digam algumas escolas de 2015, apesar dos 30 pontos dos julgadores…). Mas a sinopse é importante para já percebermos de onde cada escola parte.

Uma sinopse complicada tem boas chances em se refletir em um desfile complicado. Já em um tema que à primeira vista pode parecer complicado, a sinopse pode achar uma linha de argumentação tão boa que se transforma em um ótimo desfile. Os grandes exemplos disso são a Vila Isabel de 2013 (homem do campo) e a Grande Rio de 2014 (Maricá).

Esclarecimentos feitos, vamos às análises, como sempre em ordem de desfile. Hoje as escolas de domingo e amanhã as de segunda-feira, já na ordem de desfile que foi anunciada no dia 9 de junho.

20150215_040652Estácio de Sá

Enredo: Salve Jorge! O Guerreiro na Fé.
Carnavalesco: Chico Spinosa
Autor da sinopse: não assinado.

Finalmente o santo mais adorado entre os foliões cariocas ganhará um enredo no Grupo Especial (o Império da Tijuca já fez um senhor desfile com esse enredo em 2007 no Grupo de Acesso), mesmo que seja às custas do Império Serrano, que, diz a “lenda”, estava guardando esse tema para a sua volta ao Grupo Especial.

A sinopse não é pequena, mas seu autor (apesar de não assinar, parece ser do próprio Spinosa) não inventa muito e faz apenas o básico, o que já é mais do que suficiente quando se trata de São Jorge, especialmente para o carioca e para o carnaval.

A sinopse já separa direitinho os cinco setores de desfile. Os dois primeiros tratam da vida de São Jorge na Capadócia (com detalhes bem interessantes como a origem da palavra troglodita) e o martírio e as provas de fé em Roma.

O terceiro trata da expansão da devoção a São Jorge, mostrando sua importância no mundo. Aqui vem o único deslize da sinopse: quando trata do Reino Unido, apenas o identifica como reino (em letra minúscula). Não sei se foi algo proposital com alguma intenção, nada leva a crer nesta possibilidade, mas é facilmente entendível que se trata do Reino Unido devido as menções em sequência aos reis Eduardo III, Arthur e Ricardo Coração de Leão, além do mais é bastante conhecido vínculo do país com o santo que tem nele seu protetor de longa data. Mas isso se conserta para o Livro Abre-Alas em questão de segundos se for o caso.

O quarto setor é dedicado à lenda da batalha de São Jorge com o dragão e o quinto, à devoção ao santo em terras brasileiras, no qual é citado o sincretismo com Ogum.

Em suma, enredo simples e ao mesmo tempo completo, muito bem construído sobre um tema que tem tudo para emocionar componentes e o público, especialmente o carioca, que, de tão devoto, criou um feriado dedicado a ele em seu dia 23 de abril.

A Estácio não poderia ter escolhido tema inédito melhor.

Nota: dez, dez, nota dez!

ilha12União da Ilha
Enredo: “Olímpico por natureza… Todo Mundo se Encontra no Rio”
Carnavalescos: Paulo Menezes e Jack Vasconcelos
Autor da sinopse: não assinado.

A sinopse não é assinada, mas ela foi construída de uma forma bem parecida com as sinopses de Paulo Menezes para a Portela em 2012 e 2013.

Os deuses gregos e os esportes olímpicos são apenas o fio condutor para o objetivo do enredo, que é mostrar o Rio de Janeiro. E tasca-lhe aquilo que já vimos inúmeras vezes: Sol, praia, o aplauso ao por-do-sol, os golfinhos da Baia de Guanabara (eles quase não existem mais, mas são os guardiões do brasão da cidade, que é citada na sinopse), os rios e lagoas, a geografia acidentada e única da cidade, os voos de asa-delta e o jeito carioca de ser, descontraído, simpático e festeiro. Tudo isso entremeado por versos do belo samba da União da ilha de 1977, “Domingo”.

Quantas vezes já vimos isso na avenida? Incontáveis. Então, qual a solução achada pela Ilha para fazer algo diferente? Nenhuma. A tentativa é usar os deuses gregos desembarcando no Rio para os Jogos Olímpicos, mas eles mesmos só aparecem no inicio do enredo e no fim. Todo o desenvolvimento os ignora, focando apenas em esportes nos quais o carioca “pratica por natureza”. Então a natação para mostrar as águas, a corrida para mostrar a geografia, o voo (que não é olímpico) para os esportes com asa, etc.

Até que chega no jeito de ser carioca e, por falta de esporte, entra um “nasceu para curtir” para cobrir o buraco.

Como é a Ilha, uma escola alegre e brincalhona por natureza, os carnavalescos até podem conseguir achar uma linha divertida, brincalhona mesmo, e “levar” esse enredo, talvez seja exatamente esse o motivo pela escolha das citações de “Domingo”. Mas provavelmente será sem maestria, apenas para cumprir tabela.

É uma solução de difícil execução plástica, até pela precariedade do vínculo entre uma coisa e outra em uma sinopse reta.

Pode sair um samba leve, também nessa linha brincalhona e salvar algo, mas aí tudo bate na decisão controversa do presidente da escola de trocar a sua posição para ser a segunda escola para desfilar domingo e tudo fica mais complicado, já que é uma posição que não tem por característica aceitar bem esse enredo mais “leve”.

Nota: 5

20140303_043003Beija-Flor

Enredo: Mineirinho Genial! Nova Lima – Cidade Natal. Marquês de Sapucaí – O Poeta Imortal
Carnavalesco: Comissão de Carnaval formada por Laíla, Fran Sérgio, Victor Santos, André Cezari, Bianca Behrends e Cláudio Russo.
Autores da sinopse: Laíla, Fran Sérgio, Victor Santos, André Cezari, Bianca Behrends e Cláudio Russo.

É impressionante a diferença que fez a adição de Claudio Russo na Comissão de Carnaval da Beija-Flor. Se antes as sinopses nilopolitanas eram um emaranhado de informações desconexas, abruptamente dispostas no papel, as duas últimas sinopses são um exemplo de texto bem costurado.

A ideia de falar da figura daquele que dá nome à rua dos desfiles cariocas, Marquês de Sapucaí, não é nova. A Rosa Magalhães já fez esse enredo, de forma magistral, na Imperatriz em 1993. Porém, a ótica da Beija-Flor nessa sinopse é diferente. Rosa abordou o Marquês focalizando o lado folião; já a Beija-Flor tenta, ao menos em sua parte inicial, fazer um enredo mais biográfico mostrando o lado profissional do Marquês, sua ida a Coimbra estudar Direito, sua carreira de jurista e depois político, além de tutor do futuro Imperador Pedro II. Até que, naturalmente, ele morre.

Só que a morte ainda ocorre no meio da sinopse. Daí para a frente, a Beija-Flor se utiliza de uma figura na qual o Marquês, por espírito, fica encarnado na rua que leva o seu nome e passa a contar grandes fatos que ocorreram na rua em si, mesmo que nada tenha a ver com a vida do Marquês contada até então.

É aqui que a Beija-Flor precisa tomar cuidado. Primeiro porque precisa costurar bem essa história no enredo para não quebrá-lo abruptamente como fez com o enredo do Mangalarga, já que o tempo entre um fato e outro é considerável. Depois para não terminar no clichê de encerrar o desfile em folia pura. Rosa saiu-se muito bem, criando inclusive uma alegoria inesquecível para encerrar o desfile gresilense. Conseguirá a tradicionalmente quadrada Comissão de Carnaval da Beija-Flor também pensar em algo diferente? Se estão pensando, a sinopse não dá dicas.

Quanto à inclusão da cidade de Nova Lima no título, parece-me que é apenas um artifício para tentar um patrocínio, pois a sinopse não dispensa atenção maior a cidade a não ser a devida no início pelo fato de ser a cidade natal do biografado.

Agora, o “Poeta Imortal” é um exagero. Sequer conheço a obra literária de Cândido Joze de Araujo Vianna (seu nome de batismo), mas posso garantir que além dela passar longe dos livros atuais de literatura, a sinopse simplesmente não menciona essa veia do Marquês. A não ser que haja paráfrases ocultas na sinopse as quais não descobri.

Nota: 7

20150216_053804Grande Rio

Enredo: Fui no Itororó Beber Água, não achei. Mas Achei a Bela Santos, e por Ela Me Apaixonei.
Carnavalesco: Fábio Ricardo
Autores da sinopse: Fábio Ricardo e Roberto Vilaronga

Essa é a prova que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Se Fábio Ricardo fez um grande enredo da insossa Maricá, da movimentada Santos pouco ou nada saiu.

É um enredo curto mas sem uma linha argumentativa clara, com quebras drásticas.

Após rápida apresentação da lenda que cerca o córrego do Itororó, que forneceu água a Santos em seus primórdios, a sinopse cita rapidamente o porto natural que a fez ser ocupada desde os primeiros anos da vinda dos portugueses e a economia açucareira da Capitania de São Vicente ainda no sec. XVI.

Dela, pula para um parágrafo entre aspas (ou seja, parece ser uma citação, mesmo que eu não tenha a reconhecido) que dá impressão de juntar o ataque corsário de Cavendish e a abertura dos portos as nações amigos. Só que os dois fatos são separados historicamente por nada menos que 217 anos e a única relação que guardam entre si é que nestes 217 Santos viveu uma longa decadência (que também não é retratada na sinopse).

Desse parágrafo tumultuado, passa-se a febre do café, quando o Porto de Santos explodiu por ser o principal ponto de partida dos navios que exportavam o grão.

Nesse ponto, sem mais nem menos, há uma quebra argumentativa gigantesca, deixa-se a narrativa histórica de lado e passa-se ao “esporte e lazer” da cidade, citando em uma linha o surfe e o remo.

No fundo, isso é apenas desculpa para passar a falar do Santos Futebol Clube. Mas nem isso a sinopse faz com maestria, já que a sinopse resume o Santos praticamente a Pelé e acha um gancho qualquer para finalizar essa parte chamando Robinho e Neymar de príncipes da realeza de Pelé.

O fim do enredo é aquele típico de CEP em que se exalta algo moderno na cidade – no caso o novo porto – para promovê-la.

Sinopse bem complicada, seja do ponto de vista argumentativo como do desenvolvimento plástico; ao menos espero que a Grande Rio não cometa o mesmo erro de desenvolvimento que cometeu esse ano com o significado do naipe de ouros (que estava certo na sinopse, foi retratado errado na fantasia e o erro passou desapercebido pelos julgadores de enredo).

Para piorar o que já não é bom, mesmo não gostando de reclamar do que não se coloca na sinopse, não posso deixar passar o fato de que Santos tem um dos carnavais mais tradicionais do Brasil com suas escolas de samba e o fato sequer é esboçado na sinopse.

Para finalizar, um ponto levantado por um colega o qual não cito o nome pois ele não me autorizou para tal: a Grande Rio foi beber água no Itororó e não achou, emenda na lenda que quem bebia a água do Itororó nunca mais deixaria a cidade e termina dizendo que as águas do Itororó “lavam a alma do povo santista”, sabendo-se que atualmente sua água canalizada é imprópria para o consumo?

Nota: 3

20150216_013913Mocidade

Enredo: O Brasil de La Mancha: Sou Miguel, Padre Miguel. Sou  Cervantes, Sou Quixote Cavaleiro, Pixote Brasileiro
Carnavalescos: Alexandre Louzada e Edson Pereira
Autores da Sinopse: Alexandre Louzada, Edson Pereira e André Luis da Silva Junior

Chegamos à Mocidade, que anunciou um tema em março, #alendaimaginação, e lançou outra sinopse, completamente diferente, em junho.

Pelo titulo, pode-se crer que se trate de algo semelhante ao que a Ilha trouxe em sua volta ao Especial, mas, lendo a sinopse, percebe-se que a ideia é bastante diferente.

A história de Dom Quixote cumpre apenas o mesmo papel que o surrealismo cumpriu no enredo da Portela deste ano, do mesmo Alexandre Louzada.

Na Portela o surrealismo foi apenas uma ótica diferente para exaltar a cidade do Rio de Janeiro, que era o argumento principal do enredo. Aqui, o romance de Cervantes também apenas serve para apresentar em uma ótica contrária ao sistema de poder e as mazelas do Brasil se utilizando da literatura nacional.

Então, evocando as palmeiras de Gonçalves Dias, faz-se um contraponto com as dores da floresta mostradas por Chico Mendes e o “jeitinho brasileiro” em um ponto de vista negativo com Macunaíma.

De “Navio Negreiro” de Castro Alves, chega-se a mancha da escravidão em nossa história. Passa pelo Sul com “O Tempo e o Vento” de Érico Veríssimo e chega ao sofrimento do sertão se usando de “Vidas Secas” de Graciliano Ramos.

A ditadura é retratada com passagens de músicas famosas de protesto (afinal, também não deixa de ser literatura lato sensu). A fase atual dos vários escândalos de corrupção também é tratada, mesmo que sem literatura que a traga, e termina com um sopro de alegria para o futuro (que também abre espaço para alguma crítica irônica contra radicalismos) no qual, pela lei de Dom Quixote, todos eram obrigados a ser felizes.

Enredo denso, de execução tão ou mais difícil do que o surrealismo portelense para se entender, tanto plástico como musicalmente, mas que se der tão certo como deu a referência dada, tem tudo para ser um grande desfile apesar do mesmo defeito de ter muitos lugares comuns.

Obs: o problema da Portela esse ano foi a pista, não o enredo. Para quem conhece a obra de Dali, o enredo foi claríssimo e o samba também foi bom.

Nota: 8,5

20140304_051638Unidos da Tijuca

Enredo: Semeando Sorriso, a Tijuca festeja o Solo Sagrado
Carnavalescos: Mauro Quintaes, Marcus Paulo, Annik Salmon e Élcio Paim
Autor da sinopse: Marcos Roza

O leitor desavisado que apenas leu o título do enredo, nunca irá adivinhar sobre o que se trata o enredo da Unidos da Tijuca: é sobre a cidade de Sorriso, no Mato Grosso. Em minha humilde opinião, é o tema de menor relevância cultural nesses 15 anos em que acompanho o Grupo Especial com afinco.

Como se já não bastasse a dificuldade natural de se desenvolver uma sinopse de cinco ou seis setores e umas 30 alas, trata-se de uma cidade de menos de 80 mil habitantes, mesmo que bastante rica e desenvolvida graças ao agronegócio, e não tem nada mais do que gigantes plantações de soja. Até por total falta do que falar, a Unidos da Tijuca optou pelo pior tipo possível de sinopse: a “homenagem envergonhada”. Como assim?

Ao invés de ir direto ao ponto e abordar o local ou a pessoa homenageada, o enredo dá uma volta, fala de várias outras coisas e só nos setores finais aparece a homenagem de forma mais desbragada.

De todos as formas de se abordar uma homenagem na avenida, essa é a que tem tido os piores resultados nos últimos anos. Apenas para citar três exemplos bem recentes fico com a Luma de Oliveira da Estácio de Sá (2012), o Antônio Carlos da Santa Cruz (2013) e o Isaac Karabtchevky da Vila Isabel (2015). Coincidência ou não, a primeira e a última sinopses são de autoria do mesmo Marcos Roza que assina esta aqui.

Nessa “homenagem envergonhada”, para complicar a situação, a sinopse ainda é confusa. Ela percorre um caminho nos três ou quatro setores iniciais (não é possível precisar ao certo, pois os setores não estão claramente divididos) que lembra a sinopse da Vila Isabel em 2013 e a sinopse da Imperatriz Leopoldinense, a qual comentarei amanhã, divulgada 1 mês antes desta.

Ela começa evocando a criação do homem por Deus, faz uma ode aos colonizadores agrícolas, seguida dos elementos necessários para se plantar (ou seja, a água e a terra, essa em sutilíssima menção ao processo de calagem ao que parece). Depois homenageia os trabalhadores do campo e a música sertaneja cultivada por eles.

A partir daqui, entra a parte patrocinada, ou pelo menos da qual a escola usará para buscar patrocínio. Por mais que não acreditemos em tal escolha de enredo sem uma contrapartida financeira, Fernando Horta jurou na apresentação da sinopse que o enredo não é patrocinado, ainda pelo menos.

Deste ponto em diante, ele se diferencia bastante das outras duas sinopses mencionadas. A da Vila Isabel, continuou linearmente em sua homenagem ao homem do campo e a da Imperatriz Leopoldinense, por óbvio, se embrenhou na carreira da dupla sertaneja homenageada; já a Unidos da Tijuca fez uma abordagem com boa dose de função apelativa da linguagem para mostrar a utilização de “insumos naturais” para proteger a plantação.

Então finalmente surge o setor que abertamente homenageia a cidade de Sorriso, apenas ressaltando sua “vocação empreendedora” voltada para o agronegócio, para logo depois voltar a introduzir o que seria novas técnicas “limpas” de plantação que planta “direto na palha” (admito que, com minha ignorância agrícola, não faço ideia do que seja) sem gradagem ou arado.

Ou seja, ocorre o que parece ser uma falha na linha argumentativa. Por que a tecnologia de “insumos naturais” não foi juntada com as outras tecnologias apresentadas? Ao menos lendo a sinopse, não há o menor motivo para ela vir antes da apresentação da cidade de Sorriso.

Seria muito mais lógico inicialmente apresentar a cidade “empreendedora” e “inovadora” de Sorriso para depois enumerar todas essas técnicas novas utilizadas. Da forma como está, apenas deixa o argumento do enredo mais confuso do que ele já é naturalmente. Para finalizar essa parte econômica a Unidos da Tijuca ressalta o que seria uma diversificação da cidade, a criação de animais, que completaria um polo agropecuário.

Por fim ela, como pretexto para enaltecer a cultura local, cita a catira e caninha-verde, danças folclóricas. A citação da catira é natural, já que é muito forte em Mato Grosso, mas particularmente me era desconhecido que a cana-verde, uma dança portuguesa, era popular nessa região.

Logo após essa rapidíssima citação a cultura, o enredo corre para o seu desfecho, que admito, não entendi qual é.

É fato que a Tijuca há muito tempo está nos devendo uma boa sinopse, mas, de todas as últimas, nunca foi tão difícil imaginar um bom desfile quanto esta. Tema de quase impossível carnavalização, desenvolvimento confuso e argumentação falha.

Nota: 1,5

3 Replies to “Enredos e Suas Sinopses – Domingo”

  1. Só eu acho que a Grande Rio, com essa sinopse vagabunda falando da minha querida cidade, vai disputar EM TEORIA pra não cair?

    Teoria porque o terceiro lugar deste ano ainda choca!

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