Nesta terça-feira, a série Sambódromo em Trinta Atos, do jornalista esportivo Fred Sabino, nos leva de volta ao equilibrado desfile de 2012, vencido pela Unidos da Tijuca, que homenageou Luiz Gonzaga, numa dura batalha com o Salgueiro e a Vila Isabel. O Carnaval-2012 também foi marcado pela grande reforma do sambódromo, que teve o antigo prédio de camarotes derrubado para o erguimento de mais setores de arquibancada.

2012: Tijuca coroa o rei do Sertão e leva a glória

sambodromo2012Depois de quase três décadas, finalmente o sambódromo do Rio de Janeiro passou a refletir o projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer. Ou seja, com setores de arquibancada passando a ocupar o espaço anteriormente destinado aos camarotes, o antigo setor 2. Foram nove meses de reforma (completada às vésperas dos desfiles) e, ao fim dos trabalhos, o sambódromo estava “espelhado”, o que tornou ainda mais imponente o espaço – os camarotes antigos passaram para baixo dos novos setores de arquibancada.

O regulamento também recebeu, digamos, sua “reforma”: o número de julgadores diminuiu de cinco para quatro por quesito, e apenas a menor nota passaria a ser descartada. Era a eterna busca por resultados mais justos. Pelo menos teoricamente…

A campeã de 2011 Beija-Flor de Nilópolis voltou a escolher um “enredo CEP” e desta vez a capital homenageada seria São Luís do Maranhão. Já a Unidos da Tijuca teria uma temática diferente em relação aos anos anteriores e faria uma homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga. A Estação Primeira de Mangueira também lembraria uma efeméride, no caso o cinquentenário do bloco Cacique de Ramos.

A Unidos de Vila Isabel teria como enredo Angola (com o melhor samba do ano), enquanto o Salgueiro levaria para a Sapucaí a literatura de cordel. A Imperatriz Leopoldinense teria como homenageado Jorge Amado e a Mocidade Independente de Padre Miguel prestaria um tributo a Cândido Portinari.

Já a Unidos do Porto da Pedra foi alvo de críticas por escolher como enredo o iogurte – patrocinado, claro. A São Clemente, ao contrário, foi elogiada por escolher os grandes musicais como tema. A Acadêmicos do Grande Rio, depois de sofrer com o incêndio de 2011, apostaria as fichas na superação como enredo.

A União da Ilha, com enredo associando Londres e Rio, sedes olímpicas de 2012 e 2016, escolheu um samba-enredo – fruto de uma junção polêmica – que tinha como um dos compositores o nosso colunista Aloisio Villar. Outro homenageado seria o pintor Romero Britto, pela emergente Renascer de Jacarepaguá.

A Portela merece uma apresentação especial. A escola optou por um enredo sobre as festas da Bahia e a escolha do samba-enredo foi um enorme acerto: a obra poética de Wanderley Monteiro, Luis Carlos Máximo, Toninho Nascimento e Naldo, com três refrões e uma letra sugestiva, foi levantado pelos segmentos da escola nas eliminatórias e conquistou uma grande vitória. Seria o começo do ressurgimento da Águia, que culminou com o ótimo terceiro lugar de 2014.

OS DESFILES

A Renascer começou os desfiles de forma agradável na homenagem a Romero Britto, com o enredo “O Artista da Alegria dá o Tom na Folia”. A escola de Jacarepaguá mostrou as origens do pintor pernambucano, a ida para os Estados Unidos e a consagração como artista.

O estilo de Romero, inspirado em Dalí, foi mostrado com muito colorido e alegorias que reproduziram obras do artista em esculturas, mas houve problemas de acabamento. O samba era apenas razoável e não empolgou, mas os componentes passaram com alegria e o enredo foi dividido com coerência.

portela2012A Portela foi a segunda escola a desfilar e encantou o público ao fazer uma exibição de muito samba no pé com o enredo “É o povo na rua cantando. É feito uma reza, um ritual…”. O samba-enredo rendeu maravilhosamente bem e a Tabajara do Samba impôs um ótimo andamento (com o reforço de alguns atabaques), o que proporcionou um bom desfile no quesito Harmonia. Já a cantora Vanessa da Mata representou Clara Nunes e estava bem caracterizada – a saudosa cantora, segundo o enredo, conduzia a Portela à Bahia para a escola conhecer as festas do estado.

Desta vez a águia veio dourada, em tripé após a comissão de frente, que representou os rituais africanos e teve o ator Milton Gonçalves vestido como um babalorixá. O abre-alas representou a Igreja do Senhor do Bonfim e tinha 150 mil fitas originais abençoadas pelo padre da igreja símbolo de Salvador. Noutra alegoria havia uma enorme figura de Oxóssi, com três metros de altura – o orixá é sincretizado no Brasil com São Sebastião, padroeiro do Rio e da Portela.

A festa de São João foi representada num carro que tinha uma enorme escultura de sanfoneiro com o rosto de Gilberto Gil. Já a alegoria “Festa das Águas, como se saúda a rainha do mar” homenageou Iemanjá e quase não entrou na pista devido a problemas no eixo. Já o elemento “O canto dessa cidade é meu” representava a música, com muito colorido, uma representação do Pelourinho e as presenças do grupo Timbalada e da cantora Daniela Mercury – que cobrou cachê para desfilar.

Apesar da boa divisão do enredo por parte do carnavalesco Paulo Menezes e da boa concepção das alegorias, houve problemas visíveis de acabamento, por falta de recursos – apesar do patrocínio do governo da Bahia ao enredo. As fantasias também não estavam em grande nível – como lembrou o Migão em post da época, os figurinos estavam aquém em relação aos protótipos. Isso certamente custaria caro na apuração.

Sem sobressaltos visíveis de evolução, a Portela deixou a pista com a missão cumprida, mas poderia ter feito um desfile ainda melhor não fossem os problemas estéticos. De qualquer forma, uma vaga no Desfile das Campeãs era uma boa possibilidade.

A Imperatriz Leopoldinense fez uma bonita homenagem ao escritor Jorge Amado, mas teve um desfile repleto de problemas, principalmente nos carros alegóricos, que atravancaram a evolução e comprometeram o conjunto e a avaliação do quesito enredo, já que algumas alas foram invertidas. De qualquer forma, foi uma bonita apresentação.

Especial Domingo 2012 094Na comissão de frente, a Imperatriz simbolizou a obra “Capitães de Areia”, uma das mais famosas de Jorge Amado – havia um interessante tripé representando um carrossel. O bonito abre-alas era acoplado e prateado, representando “O mar de Yemanjá e a coroa de Oxalá”. Mas a ainda mais bonita alegoria que representava a Igreja do Bonfim travou na entrada do sambódromo e as alas tiveram de passar espremidas enquanto tentavam desempacar o elemento.

Os demais carros representaram a formação do escritor e as coisas típicas da Bahia, além, claro, dos livros mais famosos de Jorge, como no quinto elemento, chamado “Crônicas de uma cidade do interior”, com esculturas de personagens como Quincas Berro D’Água, Gabriela e Dona Flor. Mas o carro sobre o Pelourinho teve problemas na estrutura de uma das casas que representavam o local – um dos destaques foi tirado do carro para que fosse evitado um acidente.

O samba-enredo era bonito e a bateria de Mestre Noca (substituto de Marcone, afastado na fase pré-carnavalesca e morto meses depois do desfile) impôs bom andamento, mas não houve aquela empolgação por parte dos componentes. Diante dos inúmeros problemas, os acertos do desfile acabaram ofuscados e a escola fatalmente sofreria na apuração.

Especial Domingo 2012 111Quarta escola na avenida, a Mocidade Independente de Padre Miguel também alternou momentos de beleza inegável com problemas lamentáveis. O enredo “Por Ti, Portinari, rompendo a tela, a realidade”, do carnavalesco Alexandre Louzada, foi bem desenvolvido, mas o belíssimo e prateado abre-alas, que tinha uma escultura de Portinari com belos movimentos reproduzindo o artista pintando (abaixo), empacou na dispersão, o que atravancou a evolução da escola.

Pena, porque os elementos alegóricos que representaram as obras do pintor, embora menores do que os de outras escolas, transmitiam com correção a ideia do enredo e as alas estavam multicoloridas, o que estava perfeitamente adequado. A bateria, que apresentou andamento impecável, estava fantasiada de pinceis de diversas cores, num efeito maravilhoso.

Assim como no caso da Imperatriz, o samba-enredo, apesar de muito bonito, não animou tanto o público e componentes. Com isso e os problemas de evolução já citados o resultado na apuração seria comprometido. Mas no conjunto da obra, a Mocidade passou melhor do que a outra Verde e Branco.

Criticada pela escolha do enredo, a Unidos do Porto da Pedra até que fez uma apresentação mais agradável do que se esperava com o enredo “Da Seiva Materna ao Equilíbrio da Vida”. Mas o enredo, que na teoria seria sobre o iogurte, teve a maior parte do desfile falando de leite, o que atrapalhou a compreensão da ideia.

Especial Domingo 2012 153Mas até que a escola passou com beleza e animação, e as fantasias e alegorias estavam boas. A bateria do Mestre Thiago Diogo foi o destaque absoluto do desfile e deu molho a um pavoroso samba-enredo (alterado para tirar os “merchans” da Danone, patrocinadora do enredo) que teve um Wander Pires caprichando (demais, eu diria) nas reverberações.

Não foi um desfile com grandes problemas, apesar dos altos e baixos, e havia esperanças para a escola de São Gonçalo escapar de um rebaixamento que era dado como certo antes do Carnaval.

beijaflor2012bA campeã Beija-Flor de Nilópolis fez uma grandiosa, mas fria apresentação. O enredo “São Luís – O Poema Encantado do Maranhão” não encantou o público como poderia. Isso porque o samba-enredo era quilométrico e arrastado, o visual da escola estava muito pesado e houve problemas de evolução, sobretudo na comissão de frente, que representou uma enorme serpente e fez uma apresentação lenta. A escola ainda seria punida com um décimo por não ter apresentado sua comissão ao Setor 3, como exigia o regulamento.

A Beija-Flor abordou as lendas de São Luís como a da Manguda e Ana Jansen, mas com algumas figuras de monstros que não agradaram tanto, embora em alegorias grandiosas e bem acabadas. Um elemento que causou bom impacto foi o do navio negreiro, já que os negros africanos foram levados para o local numa viagem sofrida retratada na coreografia dos destaques.

Já as fantasias, mesmo com cores pesadas, estavam com muito bom acabamento e passavam o enredo com correção. Diversos maranhenses conhecidos participaram do desfile, como a cantora Alcione e a governadora Roseana Sarney, já que o estado do Maranhão patrocinou a e escola – reza a lenda que em R$ 2 milhões.

Mas o momento que mais agradou no desfile foi a homenagem ao maranhense Joãozinho Trinta. Uma alegoria representava o Cristo mendigo (coberto) levado para a Sapucaí pela própria Beija-Flor em 1989. Já na avenida, a escola descobriu a estátua, que na verdade era do carnavalesco, morto meses antes do desfile. Um tributo justíssimo!

No entanto, o penúltimo carro alegórico, que homenageou importantes nomes maranhenses como Ferreira Gullar e Gonçalves Dias, teve problemas para entrar na pista, o que causou buracos na evolução. Apesar disso, a escola não teve risco de estourar os 82 minutos regulamentares. De qualquer forma, a Beija-Flor não deixou impressão de título.

vila2012cPor outro lado, a Unidos de Vila Isabel fez uma excelente apresentação e se credenciou como candidata ao campeonato; na verdade foi a única escola que deixou algum favoritismo no ar após o desfile de domingo. Com o bom trabalho da carnavalesca Rosa Magalhães no desenvolvimento do enredo “Você Semba Lá…Que Eu Sambo Cá! O Canto Livre de Angola” (apesar de alegorias um tanto quanto tímidas), a Vila exaltou o país africano com categoria.

O desfile começou com uma comissão de frente que representava a savana africana e cujos componentes faziam coreografia simbolizando o movimento dos animais em meio a um tripé que retratava maravilhosamente bem a vegetação. No meio da apresentação, o elemento se transformava num rinoceronte, animal típico da região. Fabuloso!

vila2012O lindo abre-alas articulado mostrava as espécies de animais da África, com zebras, jacarés e girafas, tudo com excelente acabamento e visual. O também impecável segundo elemento, chamado “Imbodeiro, a árvore da vida” mostrou o Imbodeiro, típica árvore angolana que estava coberta com as peles dos animais da região. Já a formação do povo angolano foi retratada no carro “No Reino da Rainha Njinga”, com esculturas de negros e muita palha no acabamento.

Gostei também do carro que representava o navio negreiro que transportou os negros que seriam feitos escravos no Brasil. A meu ver, esse quadro do desfile foi o melhor de todos, pois estava impecavelmente fantasiado e retratou com muita clareza e coerência a miscigenação que formou o povo brasileiro e a resistência dos negros contra os abusos na nossa terra. O carro “A Festa do Divino” mostrou com perfeição as festas e cultos religiosos trazidos pelos africanos para o país.

Outro ótimo quadro do desfile foi o que mostrou a relação entre Brasil e Angola, já que o nosso samba teve a influência do semba, ritmo angolano. Aliás, o excelente samba-enredo dizia no refrão principal: “Semba de lá / Que eu sambo de cá”. No último carro alegórico, os integrantes da velha guarda estavam vestidos com as típicas roupas de Angola e Martinho da Vila foi o principal destaque, eleito que foi para ser embaixador cultural de Angola antes de a independência do país ser reconhecida pelo Brasil. Ressalve-se que algumas das alegorias, sobretudo nos setores finais do desfile, tinham problemas de acabamento.
vila2012b

Outro trecho do samba dizia “Incorpora outra vez Kizomba”, numa referência ao histórico desfile de 1988. Não, a Vila não igualou a catarse de 24 anos antes, mas, na minha modesta opinião, fez o melhor desfile de 2012, pela clareza com a qual o enredo foi desenvolvido, e a riqueza de seu samba-enredo. E ainda por cima, a Vila foi perfeita tanto em Harmonia como Evolução. Foi um belo amanhecer de segunda-feira de Carnaval.

saoclemente2012Coube à São Clemente abrir os desfiles de segunda-feira e a escola da Zona Sul fez um desfile muito agradável com o enredo “Uma Aventura Musical na Sapucaí”, sobre os diversos musicais que encantam os teatros mundo afora.

O samba-enredo era irreverente como a cara da escola e foi muito bem cantado pelos componentes, além de ter tido ótima interpretação do cantor Igor Sorriso. O refrão principal com o verso “Tem bububu no bobobó” funcionou como uma luva, apesar das críticas no pré-Carnaval.

A bateria esteve muito ousada, com diversas convenções e paradinhas diferentes. Havia um verso do samba que dizia “O violino anuncia / Vem viajar na magia” no qual a bateria parava de tocar e se ouvia um violino acompanhando os cantores. Sensacional!

Plasticamente a escola esteve melhor do que no ano anterior, com muita criatividade nos elementos que simbolizavam os teatros, as peças e os concertos. Gostei do elemento que representou “O Mágico de Oz” e de um enorme boneco inflável de uma mulata, que se movimentava naturalmente como num gingado.

A São Clemente não só deixou a impressão de que o risco de rebaixamento não existia como uma vaga no Desfile das Campeãs era possível, até porque a escola não enfrentou problemas de Harmonia e Evolução, ao contrário de outras agremiações.

A União da Ilha foi a segunda escola a desfilar e teve uma apresentação de altos e baixos. Menos pela bateria ou pelo samba-enredo, que, apesar da irregularidade na Harmonia, contagiaram os componentes. Mas a mistura entre Brasil e Inglaterra acabou um tanto confusa no fim das contas, até porque sobrou Londres e faltou Rio.

O enredo “De Londres ao Rio: Era uma vez… Uma Ilha” associava as duas cidades que seriam sedes das Olimpíadas de 2012 e 2016. Alegorias e fantasias eram muito bonitas e retratavam os aspectos típicos da capital britânica. Mas houve problemas, como na última alegoria, que tinha um painel de led representando a tocha olímpica, mas que passou apagado.

Especial Segunda 2012 079O que acabou soando estranho para o conjunto geral do enredo foi a citação um tanto exagerada a personagens como Sherlock Holmes, Harry Potter, The Beatles e Alice (do livro Alice no País das Maravilhas). Tudo bem que estava na proposta do enredo, mas me pareceu algo no “estilo Paulo Barros” que poderia ter sido evitado. A Harmonia também foi prejudicada pelas falhas de sua diretoria e pela concentração um tanto quanto desorganizada, com falhas como a vista na Ala dos Compositores: nem todos os componentes traziam as bandeiras que faziam parte da fantasia (foto).

De qualquer forma foi um bonito e leve desfile, com a cara da escola. Gostei do tripé em forma de grade de palácio com a inscrição Ilha, que lembrava a inscrição Domingo, do clássico e histórico desfile de 1977. Foi uma apresentação de meio de tabela.

salgueiro2012cPor outro lado, uma mistura que deu certíssimo foi a que teve forró e samba no enredo “Cordel Branco e Encarnado”, sobre a literatura de cordel e a cultura do Nordeste. O Salgueiro fez um dos melhores desfiles do ano e estava de volta à briga pelo título.

Depois do lamentável desfile de 2011, no qual o Salgueiro tinha grandes chances de ganhar o campeonato, mas sofreu com as alegorias e uma punição por estouro de cronometragem, novamente houve problemas com a entrada dos carros alegóricos na pista, o que assustou no começo da passagem da escola – inclusive gerando um pequeno buraco no início do desfile, em frente ao Setor 3.

salgueiro2012bMas logo isso foi superado e o Salgueiro empolgou com um samba-enredo agradável e uma bateria inspirada de Mestre Marcão, com bossas muito interessantes, uma delas em ritmo de forró no trecho “Oh meu ‘padinho’, venha me abençoar / Meu santo é forte, desse ‘cão’ vai me apartar”.

Gostei muito da fantasia de Maria Bonita da ala das baianas e da alegoria que representava o “Pavão Misterioso”, com diversas engrenagens, bandeirinhas e entalhes que representavam rendas brancas. O abre-alas, que mostrava a cultura nordestina numa riqueza de detalhes impressionante também causou excelente impacto.

O Salgueiro deixou a pista com ótimas possibilidades para a apuração, até porque, apesar do início complicado, não se repetiram os problemas graves de 2011. No entanto, a meu ver, a Vila Isabel foi superior no conjunto da obra. Nada que deslustre mais um espetáculo proporcionado por Renato Lage e Márcia Lávia, além dos desfilantes, claro.

mangueira2012Já a Estação Primeira de Mangueira teve um desfile caótico na defesa do enredo “Vou Festejar! Sou Cacique, Sou Mangueira”, sobre os 50 anos do Cacique de Ramos. Não faltou empolgação e o enredo foi dividido com bastante coerência pelo carnavalesco Cid Carvalho.

Mas havia problemas de acabamento nas alegorias, a princípio por falta de recursos pelo enredo não ser patrocinado. Além disso, a propagada paradona da bateria e a mesa de pagode que puxava o samba em algumas passadas acabaram gerando atravessamento no canto da escola.

Na teoria, a ideia era interessante, já que o intérprete Luizito, acompanhado por cantores como Alcione, Dudu Nobre, Sombrinha, Xande de Pilares, entre outros, se revezava com o carro de som (que tinha Zé Paulo, Ciganerey e Vadinho Freire) num elemento que representava uma mesa de pagode. Mas não havia amplificação do áudio deste segundo carro em toda a passarela e houve problemas na Harmonia, já que componentes e espectadores pensaram que havia problemas no sistema de som – veja mais no Cantinho do Editor.

Já a paradona da bateria, que durava uma passada completa, agradou ao público mas também não foi eficaz para a escola no quesito Harmonia. De qualquer forma, as convenções e bossas da bateria de Mestre Ailton Nunes empolgaram como no desfile de 2011.

Também não gostei do fato de o samba-enredo, que foi executado num tom mais acima (e mais animado) no CD, ter passado num tom claramente mais baixo na avenida. Diante desses problemas, a Verde e Rosa provavelmente ficaria do meio para trás na tabela.

tijuca2012

Depois de ter sido criticado em 2011 pelo desenvolvimento que impôs ao enredo sobre os filmes de terror, o carnavalesco Paulo Barros adotou uma abordagem mais conservadora, e brilhante, no enredo “O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão”, um tributo a Luiz Gonzaga. Com isso, a Unidos da Tijuca fez uma grande exibição e se colocou entre as melhores escolas do ano.

tijuca2012bA comissão de frente estava interessante, com os componentes fazendo coreografias ousadas num tripé em formato de sanfona. Segundo o enredo, Gonzagão era coroado o Rei do Sertão e isso foi simbolizado no bonito abre-alas, chamado “Desembarque real”, no qual uma corte com reis e rainhas de vários países chegando para a festa de coroação. Entre os reis, Elvis Presley (rock), Michael Jackson (pop) e D.João VI.

Duas alegorias agradaram bastante, a que representava os bonecos de barro de Mestre Vitalino, e a que simbolizava as festas juninas, com muito colorido e bom gosto. Falando nisso, as fantasias estavam absolutamente impecáveis, com muito cangaço e trajes típicos nordestinos.

A escola encerrou o desfile com uma alegoria representando “Asa Branca”, um dos maiores sucessos de Luiz Gonzaga, com três enormes bolos com rádios – e problemas de acabamento – que representavam o sucesso que o cantor e compositor fez por todo o Brasil. Participaram do desfile Rosinha, única filha viva de Gonzagão, e Daniel, filho de Gonzaguinha.
tijuca2012c

O samba-enredo era bem superior aos dos anos anteriores, embora não fosse brilhante, e funcionou para a harmonia da escola. Assim como aconteceu com o Salgueiro, Mestre Casagrande imprimiu à bateria bossas no estilo do forró e foi bem sucedido. A escola deixou a pista firme e forte na briga pelo título com Vila Isabel e Salgueiro.

Especial Segunda 2012 190Última escola a entrar na passarela, a Acadêmicos do Grande Rio fez uma passagem aquém do que se esperava. O enredo “Eu Acredito em Você! E Você? (Histórias de Superação)”, do carnavalesco Cahê Rodrigues, queria passar uma imagem de positividade após o desastre vivido pela escola em 2011 com o incêndio na Cidade do Samba. Acabou que o enredo poderia ter sido melhor desenvolvido.

Com alegorias bem acabadas, mas que não conseguiam passar com clareza a proposta da escola, já que o enredo era de difícil carnavalização, a escola apenas emocionou na passagem do velejador Lars Grael, que perdeu uma perna num acidente. Mas carros como o das cadeiras de rodas (abaixo) e o próprio tripé em que estava o velejador destoavam e estavam esteticamente bastante mal resolvidos.

O samba-enredo era fraco e os componentes não passaram com a animação que se espera de uma escola forte como a Grande Rio. Gostei da bateria de Mestre Ciça, que teve um andamento mais cadenciado do que o normal e foi perfeita nas bossas e paradinhas. Vale destacar que a agremiação da Baixada conseguiu segurar o público do Sambódromo até o final.

REPERCUSSÃO E APURAÇÃO

Terminados os desfiles, as escolas da Grande Tijuca foram consideradas as favoritas ao campeonato, mas sem que Tijuca, Vila Isabel ou Salgueiro fossem apontadas com alguma grande vantagem. Ou seja, seria uma apuração muito equilibrada. Mas a Vila parecia um pouco à frente, pois levou seis prêmios do Estandarte de Ouro, entre eles os de Melhor Escola, Melhor Samba e Melhor Enredo.

Com o descarte apenas da pior nota em cada quesito, a apuração teve uma disputa muito acirrada entre as três escolas. Tijuca e Vila dividiram a liderança até o quinto quesito (Alegorias e Adereços), no qual ambas as agremiações foram despontuadas, a Azul e Amarelo em 0,1 e a Azul e Branco, em 0,3. Naquele momento, o Salgueiro, que havia perdido pontos em dois quesitos, ficou a apenas 0,1 da Tijuca.

No fim as duas escolas perderam mais 0,1 e a apuração terminou com 299,9 pontos da Tijuca contra 299,7 do Salgueiro. A Vila, que perdeu mais 0,2 em Bateria, ficou na terceira colocação, com a Beija-Flor terminando em quarto, seguida pela Grande Rio e a Portela, que não fosse pelos décimos perdidos (com justiça) nos quesitos plásticos, poderia ter acabado pelo menos em quarto.

Já a São Clemente foi a grande injustiçada da apuração, pois deveria ter acabado no mínimo perto do Desfile das Campeãs, mas terminou só em 11º. Acabaram rebaixadas a Unidos do Porto da Pedra e a Renascer de Jacarepaguá.

RESULTADO FINAL

POS. ESCOLA PONTOS
Unidos da Tijuca 299,9
Acadêmicos do Salgueiro 299,7
Unidos de Vila Isabel 299,5
Beija-Flor de Nilópolis 298,9
Acadêmicos do Grande Rio 298,3
Portela 297,2
Estação Primeira de Mangueira 297
União da Ilha do Governador 296,2
Mocidade Independente de Padre Miguel 295,8
10º Imperatriz Leopoldinense 295
11º São Clemente 294,7
12º Unidos do Porto da Pedra 291,7 (rebaixada)
13º Renascer de Jacarepaguá 290,2 (rebaixada)

Surpreendeu muito – para dizer o mínimo e ser bem generoso – a vitória da Inocentes de Belford Roxo no Grupo de Acesso A, no qual, por baixo, Viradouro, Império Serrano (principalmente) e Cubango fizeram apresentações superiores.

Na polêmica apuração, um jurado deixou de dar notas a quatro escolas no quesito Enredo e outro não deu notas a uma escola no quesito Mestre-Sala e Porta-Bandeira – veja mais no Cantinho do Editor. Pelo regulamento, quando a escola que ficasse sem alguma nota teria a sua melhor avaliação duplicada. No fim, também não houve rebaixamento, o que criaria o terreno para a criação da Série Ouro em 2013 e o fim da Lesga – veja no próximo texto da Trinta Atos.

A Caprichosos de Pilares venceu com facilidade o Grupo B, que teve seu último desfile nestes moldes na terça feira de Carnaval. Era outro resultado com polêmica anunciada antes do desfile, mas a escola de Pilares colocou o chicote na mão e não deixou qualquer dúvida após sua passagem. A se lamentar o rebaixamento do Arranco para a Intendente Magalhães.

CURIOSIDADES

– Depois de uma participação tímida em 2011, Jorge Perlingeiro anunciou todos os sambas-enredo no CD de 2012. No início de cada faixa, ele dizia frases como “Com sua exuberância e a força de sua comunidade, vem aí a campeoníssima do Carnaval de 2011, a Beija-Flor de Nilópolis! Canta Neguinho da Beija-Flor! Só se for agora!” ou “A Imperatriz Leopoldinense homenageia Jorge, amado Jorge… Intérprete: Dominguinhos do Estácio!”.

– A Mangueira fez um verdadeiro “We are the world” para divulgar o empolgante samba-enredo em homenagem ao Cacique de Ramos e chamou grandes nomes do samba para cantarem trechos da agradável obra que seria levada para a Sapucaí. Além dos intérpretes Zé Paulo, Luizito, Ciganerey e Vadinho Freire (que fim deu?), participaram da gravação Xande de Pilares, Sombrinha, Dudu Nobre, Beth Carvalho e Jorge Aragão.

[embedplusvideo height=”283″ width=”450″ editlink=”http://bit.ly/1Ts0w3X” standard=”http://www.youtube.com/v/YvxTS7MabJ8?fs=1&vq=hd720″ vars=”ytid=YvxTS7MabJ8&width=450&height=283&start=&stop=&rs=w&hd=1&autoplay=0&react=1&chapters=&notes=” id=”ep7567″ /]

– A Unidos do Porto da Pedra foi rebaixada depois de 11 participações consecutivas no Grupo Especial (isso sem falar as três entre 1996 e 1998 e ainda outra em 2000). Em 15 desfiles, ela teve como melhor resultado um quinto lugar (1997); além disso, ela terminou um desfile em sétimo (2005), um em oitavo (2011), um em nono (1996), três em décimo (2007, 2009 e 2010), quatro em 11º (2002, 2003,2004 e 2008), dois em 12º (2006 e 2012) e dois em 14º (1998 e 2000). Hoje a escola de São Gonçalo está no Acesso A.

– O ano de 2012 foi simplesmente terrível para algumas tradicionais agremiações que chegaram a desfilar na elite. Na pista, o Arranco do Engenho de Dentro foi rebaixado do Grupo B para o C, enquanto que Unidos do Cabuçu e Lins Imperial caíram do C para o D. Mas, com a criação da Série A (a Segundona dos desfiles) para 2013, as escolas se mantiveram nas divisões em que estavam. No ano seguinte, o Arranco foi vice no Grupo B (na Intendente Magalhães) e quase subiu para a Série A, enquanto a Cabuçu foi campeã no C e conquistou o acesso ao grupo de cima, e o Lins Imperial caiu para o Grupo D, o último do Carnaval.

– O décimo lugar em 2012 foi a segunda pior colocação da Imperatriz em todos os tempos, perdendo apenas para a 14ª posição em 1988 – na ocasião, a Gresil escapou do rebaixamento graças a um, digamos, “acerto” para que não houvesse descenso, o que acabou permitindo à escola uma extraordinária reação e o título em 1989. Em 1965, a escola também ficara em décimo na sua estreia na elite.

– No Desfile das Campeãs, pela primeira vez a Portela abriu um desfile oficial na Era Sambódromo.

CANTINHO DO EDITOR – por Pedro Migão

Rio de Janeiro-20120225-00443Aquele foi um Carnaval diferente para a Portela. Após o fiasco de 2011, foi criada uma Superintendência de Carnaval sob o comando do hoje vice-presidente Marcos Falcon, que, entretanto, duraria pouco: em manobra com as digitais do então presidente, ele foi preso e ficou fora de circulação por uns tempos até provar inocência e ser libertado. Com isso, Nilo Figueiredo reassumiu o poder na escola.

O enredo sobre a Bahia foi definido apenas em julho, e com a quadra da escola em obras de modernização (custeadas pela Prefeitura) a disputa de samba se alternou entre o clube River (na Abolição) e a quadra da Caprichosos de Pilares, onde foi a final, com apenas três sambas devido à limitação de espaço. Após a escolha, os ensaios foram na rua (em Oswaldo Cruz, na Praça Paulo da Portela) até a reinauguração da quadra duas semanas antes do desfile.

O antológico samba vencedor não era o favorito, mas foi “levado no colo” pelos segmentos até a vitória, que foi definida bem próxima à final. O curioso é que, em entrevista a este blog, Luiz Carlos Máximo, um dos autores e hoje colunista, disse que o samba quase não foi inscrito na disputa:

“Com muitas dificuldades conseguimos gravar o samba, mas no dia da inscrição ainda discutíamos se iríamos participar da disputa. Apesar de algumas boas medidas da direção da Portela terem diminuído bastante os custos dos compositores (proibição de alegorias, competição curta e ingressos para torcida), não tínhamos como arcar com as despesas que são necessárias a fim de se disputar para valer.

Resolvemos então colocar o samba e apostar que a qualidade da composição atraísse pessoas amigas, que acabaram nos ajudando. O custo ficou em torno de R$ 25 mil.”

A preparação do carnaval andou razoavelmente bem até o início de janeiro, mas após este momento não houve mais fluxo constante na liberação de verba e isso acabou prejudicando bastante a preparação de alegorias e fantasias. Uma pena, pois o projeto do carnavalesco Paulo Menezes, se cumprido na íntegra, daria condições de lutar pelo título. O desfile foi prejudicado por este fator e também pelo fato de a Portela ter sido a segunda a desfilar no domingo, posição na qual o jurado sempre economiza nota – isso sem contar a frieza do público.

Ainda assim, o épico samba colocou a agremiação no Desfile das Campeãs na última nota, ultrapassando a Mangueira – embora considere que poderia ter ficado uma ou duas posições mais à frente.

Desfilei em ala comercial, com uma linda fantasia representando o enredo de 1983 no último setor, que falava sobre as festas portelenses. Também desfilei no Império Serrano no Acesso e na Ala de Compositores da União da Ilha, na qual a desorganização da concentração e a inépcia da Direção de Harmonia atrapalharam bastante o desfile. Sem contar a roupa, sob medida, mas que veio com a calça três números maior e o paletó dois menor…

Assisti ao Grupo Especial e o Acesso B nas frisas do Setor 3, enquanto o Acesso A acompanhei do novo Setor 4. Aliás, como a foto ao lado mostra, os novos setores do Sambódromo foram entregues inacabados, tanto nas frisas como na própria estrutura dos acessos e setores.

Cheguei até a receber e-mails me ameaçando após ter escrito isso na ocasião, mas, pelo menos onde estava, o pior desfile do Especial disparado naquele ano foi o da Mangueira. A ideia dos dois carros de som não funcionou e arrasou a Harmonia da escola – e, em menor escala, Evolução. O atravessamento do canto foi tão feio que à minha frente uma ala cantava um refrão e a ala imediatamente atrás, outro – e ainda assim o jurado de Harmonia deste módulo conferiu a nota 10… Esta apresentação mostrou bem como o desfile estando na avenida é um e na televisão, completamente outro. Na telinha foi uma maravilha…

A outra rebaixada sairia a meu ver entre Imperatriz  – que teve muitos problemas – ou Renascer. A Porto da Pedra, apesar do iogurte, a meu juízo foi melhor que estas citadas. Por falar em Harmonia e Evolução, a Beija-Flor passou irreconhecível sob este aspecto – e repleta de monstros nas alegorias.

Antes de se decidir pelo enredo patrocinado, a Porto da Pedra esteve perto de reeditar “Os Sertões”, samba clássico da Em Cima da Hora. O samba vencedor da disputa foi bastante mexido antes da gravação para retirar as referências à Danone existentes, diretas e indiretas. A propósito, foi uma safra bastante pródiga em sambas inusitados.

O desfile do Especial de 2012 mostrou que, mais que o número de escolas, o que segura o público são bons sambas. No domingo, com sete escolas, o valente desfile da Vila Isabel foi muito mais agradável que a modorrenta Grande Rio encerrando segunda com uma agremiação a menos. Sobre a Vila, preferia o samba da parceria da Mart’Nália nas eliminatórias, mas o samba na avenida calou minha boca – tanto que acho melhor que o campeão que viria no ano seguinte. Para mim, a Vila seria a campeã, inclusive.

Sobre o verdadeiro estelionato que foi o desfile do Acesso A, seis meses antes do desfile, o jornal “O Dia” publicou notícia que a Inocentes (cujo presidente também era o mandatário da Lesga) seria a vencedora. Depois o mesmo jornal e os periódicos “Extra” e “O Globo” também deram voz pública ao que se comentava no meio do carnaval.

O que pouca gente sabe é que o resultado vazou ainda na terça feira de carnaval em uma rádio carioca, inclusive com pontuação – dizem que pela então diretoria da Rocinha, que seria rebaixada. Com a gritaria da escola, decidiu-se pelo não rebaixamento – o que levou a Prefeitura a interferir e descredenciar a Lesga como representante deste grupo e chegar até a ameaçar não homologar o resultado.

Posteriormente, conversando com um dos envolvidos diretos, este me contou coisas do arco da velha que ocorreram entre o desfile de sábado e a “apuração” na quarta feira de Cinzas.

107_0903O Acesso B teve menos gritaria, mas a Caprichosos apenas justificou na pista o que estava determinado, tanto que diversas escolas seguraram os gastos para este grupo – que teve um dos desfiles mais fracos da história. Seria o último desfile deste grupo no formato de então – às terças feiras na Sapucaí. Ainda dei entrevista ao jornalista Marcos Frederico, da Rádio Tupi (foto).

A Estácio de Sá, que homenageou Luma de Oliveira, teve os dois filhos dela em um dos carros. Ambos em uma (des)animação contagiante…

O condor da Tradição, de relevantes e longos serviços prestados ao carnaval carioca, fez em 2012 sua despedida do Sambódromo e da Tradição. No ano seguinte apareceu, reciclado, como urubu no desfile da Arrastão de Cascadura homenageando a então presidente do Flamengo Patrícia Amorim.

Após voltar do desfile da Grande Rio, a atriz Susana Vieira retornou ao camarote da agremiação cercada por um cordão de isolamento com aproximadamente uns 15 seguranças, para que ninguém se aproximasse. Por outro lado o cantor Ivan Lins e o prefeito Eduardo Paes deram um show de simpatia após desfilarem na Portela. Inclusive fui elogiar o cantor por sua entrega apesar de salgueirense e ele me respondeu: “virei Portela agora, sou Portela”.

Os bonequinhos do carro tijucano sobre o Mestre Vitalino fizeram carreira por várias escolas do Acesso nos carnavais de 2013 e 2014.

Links

A passagem da campeã Unidos da Tijuca

[embedplusvideo height=”300″ width=”450″ editlink=”http://bit.ly/1TrZXHv” standard=”http://www.youtube.com/v/jl6MSAH2jY4?fs=1&vq=hd720″ vars=”ytid=jl6MSAH2jY4&width=450&height=300&start=&stop=&rs=w&hd=1&autoplay=0&react=1&chapters=&notes=” id=”ep8292″ /]

O bonito desfile do Salgueiro em 2012

[embedplusvideo height=”400″ width=”450″ editlink=”http://bit.ly/1Ts0gSt” standard=”http://www.youtube.com/v/PpiII4BtQuw?fs=1″ vars=”ytid=PpiII4BtQuw&width=450&height=400&start=&stop=&rs=w&hd=0&autoplay=0&react=1&chapters=&notes=” id=”ep8306″ /]

A ótima apresentação da Vila Isabel

[embedplusvideo height=”300″ width=”450″ editlink=”http://bit.ly/1Ts0lWp” standard=”http://www.youtube.com/v/nXpkheipXxw?fs=1″ vars=”ytid=nXpkheipXxw&width=450&height=300&start=&stop=&rs=w&hd=0&autoplay=0&react=1&chapters=&notes=” id=”ep1393″ /]

A Portela e seu brilhante samba-enredo

[embedplusvideo height=”367″ width=”450″ editlink=”http://bit.ly/1Ts0l8K” standard=”http://www.youtube.com/v/M75p7ur1oq0?fs=1″ vars=”ytid=M75p7ur1oq0&width=450&height=367&start=&stop=&rs=w&hd=0&autoplay=0&react=1&chapters=&notes=” id=”ep5390″ /]

A exibição da Mangueira com sua “paradona”

[embedplusvideo height=”283″ width=”450″ editlink=”http://bit.ly/1Ts0skJ” standard=”http://www.youtube.com/v/aKJ_6dLnIV8?fs=1&vq=hd720″ vars=”ytid=aKJ_6dLnIV8&width=450&height=283&start=&stop=&rs=w&hd=1&autoplay=0&react=1&chapters=&notes=” id=”ep6778″ /]

Fotos: Liesa, G1 e Arquivo Pessoal Pedro Migão

51 Replies to “Sambódromo em 30 Atos – “2012: Tijuca coroa o rei do Sertão e leva a glória””

  1. Esse enredo do Paulo é o melhor enredo dele. Tinha uma história com começo, meio e fim.

    Algumas das coisas que mais me agradaram foi:

    – Todas as fantasias de alas eram roupas de nobreza (acho que a exceção era a que estava à frente do carro do mestre Vitalino que representava os seus bonecos;
    – O carro do Riacho do Navio, aquele em que os peixes nadavam na mesma direção que o barco pra representar um trecho da música.

    Sobre a estética da Vila:

    A Rosa se baseou, para fazer todo o pedaço africano do desfile, no artista Yinka Shonibare. Ele tem um trabalho com estampas étnicas muito interessante. Partindo dessa ideia, a Rosa utilizou estampas para representar a parte externa dos elementos que os tecidos recobriam. Assim, a casca da árvore era representada por um tecido estampado com o que seria um abstração da casca da árvore.

    Acho que falta um pouco desse cuidado artístico em boa parte dos carnavalescos.

    Abraços!

  2. Falar do Título da Tijuca é “chover no molhado” afinal, Paulo Barros é Paulo Barros…

    Curiosidade: Das 13 escolas do especial, SETE tiveram enredos relacionados ao Nordeste! sobre as rebaixadas, já imaginava que Porto da Pedra e Renascer iam cair.

    Sobre o criticado enredo da Porto da Pedra, o carnavalesco Jaime Cezário disse numa entrevista à Super Rádio Tupi: “Se Água já deu título e banana já deu terceiro lugar, porque o iogurte não pode dar um bom resultado?” Não foi o que aconteceu

    Sobre o Grupo A, é inegável falar que foi o segundo carnaval mais ROUBADO da história do Acesso (Perde apenas para São Clemente/03) A Inocentes pode até ter se preocupado com os quesitos, porém jamais merceia ganhar! Império Serrano ou o Império da Tijuca poderiam ficar com o título. A escola só ganhou porque o Reginaldo Gomes (presidente da Belford Roxo) tava mandando na Lesga (essa é a minha opinião, discordem se quiser). E o quarto lugar que eles “tomaram de assalto” da Viradouro? ABSURDO! A Cubango foi proclamada quarta colocada com 298 pontos sendo que tinha somado 297.7 e a Viradouro terminou com 297.8 Aonde já se viu tamanha bagunça?

    1. É evidente que a Inocentes só ganhou por causa disso, mas não dava pro Imperinho. O Severo Luzardo errou a mão feio no desenvolvimento do enredo. Era Império Serrano ou Viradouro,com a Inocentes em terceiro e a Cubango em quarto

      1. Depois daquela Apuração, o Arlindo Cruz chegou a dizer que: “Pelo resultado parece que só a Inocentes desfilou” e como eu disse antes, teve um erro de matemática claro no resultado: seria Viradouro em 4° e Cubango em 5° mas deram 3 décimos “a mais” pra verde e branca que ficou em quarto (seria 297.7 mas constaram 298 pontos) como disseram na coluna anterior: Sacanagem e nível de ridículo ao extremo!

  3. Uma lembrança que eu tenho desse Carnaval é que, quando a Inocentes desfilou, muitos dissesam que ela estava fazendo desfile de campeã, justificando o que foi, digamos, “acertado”. É que Viradouro, Cubango e Império Serrano ainda não tinham desfilado e a vergonha ainda não tinha sido escancarada.
    Em tempo: o desfile de 2012 da Mangueira esteve longe de ser uma maravilha pela TV, que só ajudou dando uma impressão melhor da paradona, que parece ter sido um fiasco na Sapucaí.
    Voltando ao Acesso, o Carnaval de 2012, segundo o grande editor-chefe deste blog, foi um verdadeiro leilão, pois me lembro de ler em seu Twitter pelo menos umas quatro “campeãs certas” no pré-carnaval – cada semana era uma. E depois do título da Inocentes ele ainda falou: “eu avisei…”.

    1. Dahi, você está fazendo confusão com 2013. 2012 desde julho do ano anterior se sabia que ganharia a Inocentes.

      O que havia era uma esperança que o Império falando de Dona Ivone Lara conseguisse reverter o quadro.

      1. Tô confundindo não, Migão. Você inclusive deu um palpite inusitado à beça dois meses antes do Carnaval. risos

  4. – Foi meu primeiro Carnaval in loco na Marquês. Na minha opinião, Tijuca não merecia o caneco, pois muitas soluções alegóricas foram simplórias demais, com péssimo acabamento do carro do “bolo”. E a franqueza do Paulo Barros ao admitir que pegou a ideia do homem-sanfona da CF na internet?

    – Na minha opinião, Salgueiro mereceu o vice-campeonato. Sò inverteria, porém, as posições da Vila e da Tijuca…

    – Mesmo a sétima escola da noite, já no amanhecer, a Vila empolgou o público em demasia. A excelente comissão de frente foi o elemento mais ovacionado das duas noites de desfiles, com o samba funcionando muito bem.

    – A apresentação da comissão de frente da Beija-Flor só iniciou no setor 5, onde eu estava na primeira noite (na segunda, foi no 4). Inclusive, um amigo que morou no Maranhão me relatou da péssima propaganda feita no desfile: “Os turistas diziam que em São Luís só tinha monstros”.

    – Sobre o samba da Beija, o trecho mais bonito dos dois sambas fusionados não entrou: “Valeu João, foi o sonho de um Beija-Flor”…

    – A mudança do verso “faço da vida um grande festival” para “em Parintins um grande festival” foi de um amadorismo tremendo, desconsiderando a subjetividade da letra. Justa a caneta no quesito pra Grande Rio, que até me surpreendeu positivamente no desfile, pois esperava menos. Como relatado pelo Sabino, o público ficou até o fim.

    – Apesar do cachê, Daniela Mercury também foi muito festejada pelos presentes na Marquês. No ensaio técnico, a bateria atravessou na bossa à la Olodum no refrão principal, mas no desfile deu muito certo. O samba dispensa qualquer comentários.

    – A apresentação da Mangueira foi de uma doideira sem precedentes. As atravessadas foram múltiplas. Uma hora a Alcione cantava, noutra o Dudu Nobre, e o Luizito num tripé apenas sorrindo, como se fosse um mero desfilante. O som caía constantemente, a bateria ficava duas passadas sem tocar… Dava a impressão de que o Ivo Meirelles estava mandando a apuração para as favas.

    – Na comissão de frente da Ilha, Gari Sorriso levantou a galera como príncipe, com Maria Augusta como a rainha na charrete. Quando o Sorriso levantou do elemento pra começar a sambar, povão foi ao delírio. Curti bastante a ala do jogo Brasil x Inglaterra, com os bonecões em forma de balão disputando a partida. Engraçado o Ito Melodia, enquanto puxava o samba, encarando um espectador na frisa, cantando olhando nos seus olhos a poucos centímetros de distância.

    – 2012 foi um ano que a Mocidade, na minha opinião, até merecia brigar pelas Campeãs. Acho que meu maior momento de emoção nas duas noites foi quando a Não Existe Mais Quente parou na nossa frente e deu um show por alguns minutos bem onde eu estava. A ficha demorou a cair…

    – A faixa da Imperatriz é a que eu mais gosto no CD, mas na avenida o samba infelizmente morreu. A crítica vigente é que a letra exaltava mais a Bahia do que o Jorge Amado. O trecho final “Caô cabecilê orayeyeo oxum…” foi malhado pelos jurados pela melodia não ter sequência.

    – A São Clemente, se julgada com justiça e sem politicagem e influência de nome, pegaria Sábado das Campeãs com muita folga. Desfile maravilhoso e repleto de bom gosto, com Igor Sorriso sobrando na pista (merecia o Estandarte, ao invés do Gilsinho) e o samba funcionando magistralmente. A mulata inflada foi a sensação.

    – A Porto da Pedra até estava correta plasticamente, mas o enredo… vamos combinar. Desde o esquenta, o povo já estava desanimado, prevendo o que viria. Wander Pires tentava animar os espectadores no Setor 1, mas o silêncio sobrava. A escola se arrastou de forma melancólica, eu mesmo estava mal humorado e entediado durante a apresentação da Porto. Sobre o samba, seria mítico se o trecho cortado “Está em cada mesa, é gosto singular/Dá nome à sobremesa popular/E ativa as funções vitais” fosse cantado na avenida. Pra mim, rebaixada com inteira justiça.

    – Bem lembrado pelo Migão, as carrancas dos playboyzinhos da Luma foi uma das mais lastimáveis cenas que já vi num desfile de Carnaval.

    1. Bem lembrada a mudança do samba da Grande Rio, que descaracterizou a obra. Mas Parintins entrou com grana. Sobre a Mangueira, se é uma escola de menor nome que faz o que ela fez seria rebaixada antes mesmo da apuração

    2. Muito bem analisado sobre a parte final do samba da Imperatriz. Tive a mesma sensação de que faltava algo pra acabar o samba e fazer a ligação com o refrão principal.

      No mais, a homenagem ao Joãosinho Trinta foi um dos momentos mais emocionantes de todo o Carnaval!

    3. A sequência Porto da Pedra/Beija-Flor foi uma da mais sonolentas que eu já vi nos desfiles. Sorte que teve Vila Isabel, minha campeã, depois.

  5. Carnaval que realizei um sonho e percebi que esse sonho não era tão sonho assim

  6. Esse foi o primeiro Carnaval que eu assisti a todas as escolas do Especial, A e B.

    Nos grupos inferiores, pouco a acrescentar. A Caprichosos sobrou no B, com acerto ou não, fora o samba, muito bom. Já no A… pouco a acrescentar. O que fizeram com o Império Serrano é uma palhaçada sem igual e eu abomino todo mundo que diz que a Inocentes merecia subir.

    O samba da Ivone Lara, para mim, é o terceiro maior da Segundona, atrás de Unidos da Tijuca 1999 e Santa Cruz 1984. E, neste corrente ano de 2012, foi o terceiro melhor do ano em todas as cidades, atrás de Portela e Vila Isabel.

    Se alguém quisesse saber os motivos que levaram a agremiação de Belford Roxo ao Especial de 2013, o compadre Washington teria a frase pronta: “sabe de nada, inocente”.

    Vergonha, vergonha, vergonha!

    No Especial, São Clemente deveria ter voltado nas Campeãs no lugar da Grande Rio, que deu sono. Ver a escola de Caxias encerrando um desfile foi, como um colega meu comparou, a mesma coisa de você sair com uma mulher e na hora H descobrir que ela não é 100% mulher.

    Sobre a Vila Isabel, o início de desfile achei bem tímido e haviam alguns carros com problemas de acabamento. Talvez por isso não tenha levado o caneco. E, de novo, o Salgueiro perdeu pra ele mesmo.

    Mangueira deveria ficar em 11º. Como já dito, fosse uma escola menor e com menos poder, cairia. A paradona fail foi mais uma das presepadas do Ivo Meirelles frente ao comando da escola. O que ele fez de bom (pagar a cirurgia de miopia do Sobrinho e desculpar-se oficialmente com a Beth Carvalho) não remete aos desfiles, infelizmente.

    Mocidade, ah, Mocidade… a falta de dinheiro ficou visível. Até o quarto carro, a escola fazia desfile de título, mas depois a qualidade caiu demais, justamente visualizando os problemas financeiros que a escola teve durante sua preparação. A bateria, com os pincéis, foi o retrato disso: roupas vermelhas com chapéus laranjas e troca de ordem do vermelho pro laranja causaram uma péssima impressão visual; aquilo me deixou agoniado. Uma pena.

    Talvez se o Alexandre Louzada tivesse igualado tudo ao mesmo nível, poderíamos ter voltado no sábado. Até porque o acabamento que o carnavalesco colocou em seus carros (e mesmo em 2013) serviria de padrão para quem quisesse seguir o ramo. Um primor!

    Renascer não deu nem pro cheiro.

    E como se esquecer do Wander Pires, ao microfone, gritando “aqui tem intérprete” e a cara de constrangimento de todos da escola? Não bastasse isso, ele cantou a primeira passada sozinho!!

    Ali percebi que o rebaixamento estava praticamente decretado.

    1. Caralho, tinha esquecido do momento “eu sou foda” do Wander Pires. Foi ridículo.

      Quanto à Mocidade, o samba matou a escola, apesar de bonito no cd

          1. Dizem que ele disse aquilo pq estava sendo criticado por cantar em SP no RJ, sem ter condições…

          2. Will, desde o atraso na Grande Rio, o Wander Pires só dá mancada! O último brilho que ele teve foi o excelente samba da Vai-Vai em 2011.

            Aliás, uma curiosidade: tirando a Mocidade, toda escola que o Wander cantou e que, no determinado ano era a oitava faixa no CD, caiu. Vejam só: União da Ilha 2001 (8º em 2000), Viradouro 2010 (8º em 2009) e Porto da Pedra (8º em 2011). Isso sem contar a Mocidade 2009 (8º em 2008), que na prática era pra ter caído!!

            Vai ser zica assim lá no quinto dos infernos!!

          1. Rodrigo, concordo que ele tem caído mto
            E se vc assistir ao desfile da Vai-Vai de 2011 poderá perceber que do meio pro final, a voz de um apoio se sobressai à voz do Wander…

          2. Assino embaixo com teu comentário. Acho que os jurados pegaram leve com isso devido ao grande samba – a mesma coisa que escrevi mais embaixo sobre o Império Serrano em 2012!!

  7. Tb foi meu primeiro ano in loco, mas antes d tecer os comentários, 3 coisas ditas pelo redator me assustaram: Os elogios ao visual da Vila Isabel (excessivos), o elogio ao péssimo samba da Ilha e os elogios à Tijuca… PB pode ter tido a sua coerência, mas era muita viagem no enredo… Fora os absurdos que eram a alegoria do Rio São Francisco e do bolo…
    A Vila tb é a minha campeã! Apesar de esteticamente ficar devendo, deu um show de samba no pé! O Salgueiro perdeu pra ele msm, como já disseram…
    A Beija-Flor estava horrível esteticamente (nunca a vi tão feia). Quando saí do sambódromo, ouvi gente dizendo: Não quero conhecer o Maranhão, lá só tem monstros…
    Eu acho mto exagero de vcS dizer que a São Clemente merecia vaga nas campeãs… Carnaval é quesito a quesito, e a SC falhou mto na maioria… Deu um show de alto astral, sim, mas vamos com calma… rs
    Renascer com falhas grotescas em quase todas as alegorias (só não consegui notar na última) e Porto da Pedra errando a mão no enredo mereceram cair, mas se a Imperatriz caísse não seria absurdo nenhum…
    E só torcedor fanático pra elogiar as falhas incríveis das paradonas mangueirenses (a atravessada na 1ª tentativa foi digna de Escola de várzea)
    E no Acesso, o Império Serrano EMOCIONANTE passa com vários queijos sem destaque e vcS querem ser paladinos da justiça? Foi emocionante e mto, mas…

    1. Caro Will FS, fique à vontade para discordar, estamos numa democracia. E pode ficar tranquilo, pois faltam apenas dois textos e, depois destes, não pretendo mais escrever sobre Carnaval no blog. Então, não precisa se assustar. Pensei na série para tentar me divertir, ajudar um amigo como o Pedro e receber informações de outros amigos. Mas no fim das contas perdi muito tempo da minha vida pessoal – e até mesmo algum tempo no trabalho – para tentar fazer alguma coisa que fosse interessante. Só que realmente não dá para agradar a todos, e não quero assustar ninguém.

      1. Saudades de quando o samba no pé e um baita samba-enredo ajudavam e davam títulos (2013 vem aí).

        Não interessam os queijos vazios do Império. Só o samba DIVINAL seria motivo suficiente para deixar a Inocentes para trás!!

      2. Fred, tenho curtido mto esses textos, apenas discordei de algumas coisas
        Acho que a expressão “assustar” foi mal interpretada, apenas quis dzr que não concordo…

  8. Eu sei que vou falar como imperiano doente (do mesmo jeito que com time de futebol, quando o assunto é escola de samba, fica impossível para mim tirar a camisa) mas que o Império Serrano nao fosse campeao do acesso nesse ano é palhaçada.

    Se nao bastasse com isso, todo mundo sabia 6 messes antes que ia dar Inocentes (que bem pouca honra fez ao seu nome e desse momento eu chamo essa escola particularmente de Culpados de Belford Roxo).

    Tamanha foi a vergonha que acabou com a Lesga mas o dano já estava feito. O Imperio foi rebaixado num ano no que quem devia cair era Mocidade e nao subiu o ano que merecia.

    En nao nego que a minha escola tem feito coisa errada demais nos últimos 30 anos (e infelizmente continua fazendo depois desse 2012) mas que tem sido claramente injustiçada por uma estrutura que nao respeita as escolas pioneiras do carnaval é innegavel.

    Novamente obrigado por me permitir dar a minha opiniao e desculpem os meus erros em portugues.

        1. Postei no meu blog uma vez: 16 escolas, com tempo de 70 minutos, sete alegorias e no máximo, 4500 componentes! Dá e sobra pra fazer um Carnaval maneiro!!

          Isso sem contar 16 no Acesso, também, e as do Grupo B voltando pra terça, na Sapucaí!

    1. Adrian, depois dá uma olhada no noticiário da eleição do Império Serrano em sites como o “Carnavalesco”. Infelizmente, a situação está complicada por lá.

  9. Carnaval 2012 – Pra Mim esse seria o carnaval da Portela o esquenta e o ínicio da escola é de emocionar , porém , apesar do ótimo desfile ficou em sexto quando merecia um quarto lugar , A Ilha Fez um desfile lindo , porém o Regular Samba (Só não é ruim por causa do refrão principal) e a Harmonia mataram qualquer chance da ilha disputar o título e uma vaga no sábado , mais o oitavo lugar foi justo , A Mangueira parecia que ia ser a grande campeã , pq a globo valorizou demais a escola e disfarçou os erros craços que poderiam ter rebaixado a escola . Pra Mim o décimo primeiro lugar tinha que ser da Velha manga, sobre a grande rio um nono lugar e olhe lá desfile sem graça , samba chato e sem coêrencia em algumas partes (Principalmente a de Paritins) só ta sempre nas campeãs pelo dinheiro se não taria no meio da tabela , A Beija Flor o quinto lugar seria justo , sobre o samba acho ele bonito , mas infelizmente não rendeu na marquês , A São Clemente fez pra mim o melhor desfile da sua história e merecia um sexto lugar pelo conjunto da obra, as rebaixadas poderiam ser Imperatriz e Renascer , a Porto se salvaria , mas aí foi levado em conta o peso da rainha de ramos , sobre a mocidade desfile de sétimo lugar . Sobre as três primeiras , o titulo da tijuca não é um absurdo mas acho que vila e salgueiro foram melhores . A Vila plantava a semente e colheria o título no ano seguinte , claro fazendo menção ao enredo de 2013 da escola de noel e o rei martinho como diz o samba
    A Classificação ficaria assim
    1 – Vila Isabel
    2 – Salgueiro
    3 – Unidos da Tijuca
    4- Portela
    5 – Beija Flor
    6- São Clemente
    7 – Mocidade
    8 – União da Ilha
    9 – Grande Rio
    10 – Porto da Pedra
    11 – Mangueira
    12 – Imperatriz
    13 – Renascer
    Sobre o Acesso , vergonha , vergonha , vergonha , Parabens pela série estou a acompanhando desde do começo .

  10. Apesar do título da Tijuca,a Vila foi realmente a melhor em 2012,Tijuca e Salgueiro tiveram pequenos erros que todos nós sabemos (último carro da Tijuca,inicio do Salgueiro),foi um bom carnaval,gostei da Portela,se tivesse a administração que tem hoje brigaria fácil no topo,Mocidade foi bem apesar do samba ter morrido na avenida,curti muito a São Clemente pena que não deu sequencia nos outros anos,Imperatriz,Mangueira (DESASTROSA A APRESENTAÇÃO) e Renascer brigariam contra o rebaixamento,com fortes chances das duas últimas descerem na minha opinião,Grande Rio fria como sempre,e Ilha fazendo apresentação de meio de tabela,apesar de toda a polemica a Porto da Pedra fez um desfile no limite do tolerável,poderia ter se mantido no Especial,mas quem vende enredo pra Iogurte paga seu preço rsrs

      1. Ah,mas com toda certeza que não,o desfile foi tenebroso,muito confuso,o Ivo cagou com o perdão da palavra,para os quesitos,mas isso foi rotina em sua administração…

        1. Realmente Bruno , a administação do titio ivo , foi um horror , a escola só foi bem em 2011 (Detalhe nesse ano apenas 9 escolas disputaram o tiutlo , com ilha , portela e grande rio como hors concurs pelo incendio na cidade do samba) pelo visto não mudou muita coisa em 2014 , ruim oitavo lugar já com a nova administração.

          1. Jean,eu considero a Mangueira minha campeã em 2011,apesar de sua plástica pobre,mas só acontece por conta do desastre que foi o Salgueiro,único merecedor do título,e bem colocado só tinham 9 na briga em 2011,ou seja nem pode ser levado muito em consideração,sobre essa nova administração,quando chegaram trouxeram o impacto que se era necessário a época,mas o desfile de 2014 na minha opinião foi mal julgado,Bateria,Alegorias ( 3 de 4 módulos) e Fantasias,mereciam nota máxima,o samba era funcional merecia nota máxima também,o casal foi bem,a Evolução e o Conjunto que foram confusos e poderiam alija-lá da disputa do título,mas foi um desfile bem agradável,além do Enredo bem claro na avenida,e a administração do Ivo foi muito fraca,mas fraca de verdade,o comentário sobre o porque da plástica ruim em 2010 é assustador.

  11. Sobre o Acesso,o Cubango foi bem não muito mas foi bem,o Império Serrano nem fez AQUELE desfile,até pelos problemas internos,mas a escola teve um tema fantástico e um samba de primeira,sobre a Inocentes,bem a Inocentes é melhor nem comentar…

  12. Relendo os anos que faltou para mim com meses de atraso rsrs… só vou acrescentar aqui, mesmo sabendo que poucos vão ler, que estou surpreso com alguns apontando a Viradouro como candidata a subir em 2012. Sou torcedor da escola e acho esse desfile do Nelson muito ruim… pra mim foi nesse ano que a Viradouro sentiu o baque de estar no Acesso… achei ela abaixo da média… acho o 5º lugar justo. Foi o pior desfile que ela fez no Acesso.

    Quanto ao Especial, Vila campeã!

  13. Fico feliz em ler os comentários a respeito do acesso da Inocentes em 2012 e poder dizer que a Policia Federal investigou, e não foi encontradas irregularidades contra a agremiação. A escola estava com suas alegorias prontas em novembro, em dezembro, começou a ser entregues as fantasias para as principais alas, e a tão espetacular Império Serrano, nem seu Abre-Alas havia forrado, tanto que foi mal acabado pra sapucaí e perdeu o título pra uma escolinha de Belford Roxo por conta desse quesito. Qualquer uma poderia ser a Campeã em cima da Inocentes, menos o Império Serrano! Tinha um grande samba, o melhor do ano, mas com queijos vazios e problemas de acabamento nas fantasias, por favor, queiram subir por méritos e não no grito. E digo: Invistam, se não amargaram mais alguns vindouros anos no acesso.

Comments are closed.