Nossa coluna “Samba de Terça”, de volta após o “forfait” da semana passada – os compromissos profissionais em Paulínia acabaram me impedindo de escrever a coluna – traz hoje um samba que não se enquadra em nenhuma das categorias elegíveis para o texto. Não é um samba histórico que está caindo no esquecimento, não é um grande samba de uma escola pequena nem um samba de qualidade, embora menos lembrado de escolas grandes.

O leitor deve estar se perguntando: o que faz  2005, um dos piores – para muitos, o pior – sambas da história da gloriosa Águia na coluna ? Digamos que seja contar uma boa história e mostrar um lado dos desfiles que muito pouca gente conhece. A propósito, não acho o samba tema de hoje o pior da história portelense: nada supera o intragável samba de 2000 sobre Getúlio Vargas que, além de ruim, tem alguns erros históricos sérios.

A história deste carnaval portelense remonta ainda ao pré-carnaval de 2004. Em abril de 2003 um grupo de portelenses descontentes com a diretoria da escola simplesmente invadiu a quadra da escola e fez um “churrasco de protesto”, estendendo faixas e soltando foguetes. O objetivo era protestar contra a admninistração de Carlos Teixeira Martins, que direta ou indiretamente era o homem forte da agremiação desde 1971 – com um breve interregno entre 1995 e 97. O grupo de cerca de 100 pessoas era liderado por Nilo Mendes Figueiredo, ex-diretor da escola no tempo em que o grande Natal da Portela era o presidente.

Posteriormente divulgou-se a história de um “acordo” onde a presidência seria entregue a Nilo Figueiredo após o carnaval de 2004. Inclusive houve um jantar – para o qual nós no PortelaWeb, site oficial à época, fomos convidados – a fim de “celebrar” a futura passagem do cargo por parte dos correligionários.

As eleições estavam marcadas para logo após o carnaval de 2004, onde a Portela, apesar de um belo desfile, obteve apenas a sétima colocação. A oposição protestou quando do anúncio das regras do pleito, apontando irregularidades jurídicas e evocando o acordo que teria sido feito entre Nilo e “Carlinhos Maracanã” para a passagem de poder da escola. Ainda assim as eleições foram realizadas, e Marcos Aurélio Fernandes, o Marquinhos, ex-Diretor de carnaval da escola foi eleito presidente. Com 29 anos, seria o mais jovem presidente de uma escola do Grupo Especial – hoje ele é presidente da Estácio de Sá.

Neste interim a escola recebeu uma proposta de patrocínio da ONU para o enredo, baseado nas “Oito Metas do Milênio” (abaixo). 2005 marcaria o centenário de nascimento de Natal da Portela, uma das figuras de maior destaque da história da agremiação; entretanto, tal como já havia sido feito com o centenário de Paulo da Portela, fundador e consolidador da agremiação, em 2001, tal marco foi esquecido pela diretoria em questão. Marquinhos se tornou o primeiro dirigente de uma escola de samba a pisar na sede da ONU em Nova York, o contrato de patrocínio foi fechado e o enredo, definido.

Neste meio tempo os opositores de Carlinhos Maracanã conseguiram na Justiça uma liminar impugnando a eleição, e chegou-se a um acordo: haveria uma nova eleição e um recadastramento de sócios. Acertou-se também que, fosse qual fosse a chapa vencedora, o enredo seria mantido – o contrato estava assinado. Nilo Figueiredo não é exatamente um dirigente preocupado com a história da azul e branca, mas é injusto colocar na conta dele o esquecimento do centenário de Natal da Portela, como estamos vendo. O veteraníssimo vice presidente Paulo Miranda administrou a escola neste espaço de tempo, mas tudo parou aguardando a definição da nova diretoria.

Chega o dia da eleição. Em um pleito tenso, com acusações de carteiras de sócios falsas por parte da oposição, Nilo Figueiredo derrotou Marquinhos por 131 votos a 118 e se tornou o novo presidente da escola.

Nota: a primeira providência do dirigente foi retirar do PortelaWeb o status de site oficial da escola e banir seus integrantes de quaisquer funções na mesma. Na abertura do quadro de sócios realizada logo após as eleições todos os integrantes do grupo tiveram seus pedidos de associação negados – inclusive eu. Somente em 2007, na segunda tentativa, obtivemos sucesso em nosso pleito.

Praticamente toda a equipe do carnaval foi trocada. Saíram puxador, mestre sala e porta bandeira, mestre de bateria, carnavalescos e outros menos votados. Foram contratados o puxador Bruno Ribas, o mestre de bateria Marçalzinho (filho do lendário Mestre Marçal), o mestre sala Paulo Roberto, a porta bandeira Andréa e os carnavalescos Orlando Jr., Nelson Ricardo e Amarildo de Mello. A sinopse anterior foi descartada e escrita uma nova, que podemos ver abaixo:

“Justificativa

Em setembro de 2000, na sede da ONU – Organização das Nações Unidas, na cidade de Nova Iorque, houve uma importante reunião de Chefes de Estado e de Governo do Mundo e foi elaborado um documento que ficou conhecido como Declaração do Milênio das Nações Unidas.

A Declaração do Milênio baseia-se nos seguintes princípios:

1 – Valores: Liberdade. Igualdade, Solidariedade, Tolerância, Respeito à Natureza e Divisão de Responsabilidades.
2 – Paz, Segurança e Desarmamento
3 – Desenvolvimento e Erradicação da Pobreza
4 – Proteção ao Meio Ambiente
5 – Direitos Humanos, Democracia e Boa Governança
6 – Proteção aos Mais Fracos
7 – Atendimento às Necessidades Especiais do Continente Africano
8 – Fortalecimento da Organização das Nações Unidas

Para das conseqüência prática à Declaração do Milênio, foram estabelecidos, ainda em 200, oito objetivos que deverão ser atingidos até o ano 2015 e que são os seguintes:

1 – Lutar pela Erradicação da Pobreza e da Fome no Mundo
2 – Expandir a Oferta de Ensino Básico para as Crianças
3 – Buscar a Igualdade entre os Sexos e Mais Autonomia para a Mulher
4 – Reduzir a Mortalidade Infantil
5 – Aprimorar a Saúde Materna
6 – Combater as Enfermidades Endêmicas (AIDS, Malária, Ebola, etc)
7 – Assegurar a Sustentabilidade do Meio Ambiente
8 – Estabelecer Parceria Mundial para o Desenvolvimento

Nesta mesma ocasião, com a finalidade de dar maior alcance à Declaração do Milênio e suas Metas, a ONU decidiu promover uma campanha de divulgação junto à população mundial, para que todos os seres humanos se sintam comprometidos com aqueles objetivos.

Percebemos que a repercussão mundial alcançada pelo Carnaval Carioca o qualifica plenamente para auxiliar na divulgação dos princípios da Declaração do Milênio, a ONu e a Portela decidiram se unir para desenvolver este tema no desfile de 2005.

Mostrada em forma de arte, difundida pela canto e pela dança, a mensagem da Portela, com seu enredo “Nós Podemos: Oito idéias para mudar o mundo” atingirá o coração das pessoas, facilitando a percepção de suas urgências e dos caminhos para superá-las.

Nós Podemos: Oito idéias para mudar o mundo

Sinopse

Em 1935, a Portela iniciava sua trajetória vitoriosa ao ganhar o primeiro campeonato de sua extensa lista de conquistas com enredo “O samba dominando o mundo”

Setenta anos depois a ONU convida a Portela para ser a porta-voz das metas do milênio. O Samba será o canto de esperança de um mundo melhor e mais justo, difundindo pelos cinco continentes sua mensagem de confiança em melhores dias.

Nosso canto vencerá distâncias, se transformando na prece daqueles que compartilham suas crenças em melhores tempos.

No desfile da Portela todas as bandeiras do mundo girarão unidas, pregando um amanhã mais solidário, convidando a todos para unirem seus esforços por um mundo melhor.

Nosso desafio será mostrar de forma simples e direta o que pode ser feito para se obter um futuro melhor para a Humanidade.

Selecionamos a seguir alguns motivos que podem ser apresentados no desfile:

Igualdade, Liberdade e Fraternidade
Paz
Desarmamento
Respeito à Natureza e Proteção do Meio Ambiente
Democracia
Urgência do Continente Africano
Erradicação da Fome
Ensino Básico e Lazer para as Crianças
Combate ao Trabalho Infantil
Respeito aos Direitos da Mulher
Proteção da Saúde da Mulher Gestante
Prevenção e combate às Enfermidades Transmissíveis
União das Nações em Parceria Mundial para o desenvolvimento

Sugestão para reduzir a fome, a miséria, a poluição, as doenças transmissíveis, o uso indiscriminado de agrotóxicos, a opressão contra as mulheres e contra as minorias raciais e sexuais podem sr mostradas e cantadas.

Assim como podem ser cantadas e mostradas idéias para preservar os mananciais de águas, cuidar do tratamento do lixo, evitar a destruição das florestas, garantir, o acesso universal à educação básica, proteger as mulheres gestantes, reduzir o flagelo das enfermidades endêmicas e melhorar a condições de vida nas comunidades carentes

Tudo isso apresentado de maneira original e criativa para provocar forte e crescente emoção nas arquibancadas .

Assim, em 2005, o samba da Portela será a voz que une toda Humanidade, levando sua mensagem para um amanhã mais fraternal.”

(Fonte: Galeria do Samba)

A escolha de samba foi bastante complicada, aliás como uma constante na Era Nilo. Comentava-se desde antes da eleição que o samba estava prometido para o grande compositor Noca da Portela, que apoiou Nilo Figueiredo no processo eleitoral. Durante a disputa, destacou-se o samba do compositor Junior Scafura como o melhor da safra, conquistando a preferência da quadra.

Ressalte-se de que na parceria do posteriormente multicampeão Scafura estava um dos maiores compositores do samba carioca, que obviamente não assinava o samba por estar concorrendo também em sua escola de origem. Não por acaso, este é o melhor samba do hoje premiadíssimo nos concursos portelenses – nos anos seguintes a parceria não se repetiria mais.

Confirmando-se todos os boatos – o que se tornaria uma constante dali por diante – Noca da Portela venceu o concurso, em uma final muito tumultuada, com direito a vaias no anúncio do resultado e confusão. Aqui você pode baixar um arquivo com alguns sambas concorrentes e o áudio da final daquele ano, gravado ao vivo na quadra. Era uma samba fraco, bem abaixo do histórico do grande Noca e com um verso intragável: “combater o HIV”, talvez o pior verso de um samba portelense em toda a sua história.

A preparação do carnaval seguiu enfrentando uma série de problemas. Claramente a diretoria sabia o que queria destruir, mas não tinha um plano de administração da esocla. Os problemas iam se sucedendo: falta de dinheiro devido à inexistência dos repasses das empresas indicadas para patrocinar o enredo, atraso no barracão, desorganização e uma série de contratempos.

Para os leitores terem uma idéia, eu estive na quadra na quarta feira antes do carnaval e presenciei uma cena que jamais havia visto: integrantes de alas de comunidade ensaiando com a letra do samba na mão ! Isso, na semana do desfile, quando o trabalho de harmonia já deveria estar pronto em termos de dança e especialmente canto. Saí da quadra bastante preocupado com o que tinha visto – aliás, iniciando um longo jejum: somente voltaria a pisar no Portelão para um ensaio em 2009.

O tecido para as roupas das baianas somente foi comprado na sexta feira antes do carnaval, e roupas da bateria e da ala das baianinhas tiveram de ser refeitas por terem sido executadas com o molde errado. Alas eram acrescentadas ao roteiro de desfile quase todos os dias. Claramente a inexperiência dos carnavalescos e da diretoria estava pesando. A impressão era a de que eles não tinham idéia de como se fazia um carnaval no Grupo Especial.

Na véspera do desfile, “misteriosamente” o abre alas da escola pegou fogo no barracão, ficando inutilizável. A versão mais aceita era de que o carro não encaixava no que traria a águia, símbolo maior da Portela, e teria pego fogo de propósito. Obviamente que certas coisas não se pode afirmar peremptoriamente sem provas, mas é a versão corrente e ao que tudo indica verdadeira – jamais houve desmentido.

Nós portelenses estávamos temerosos pelo desfile, e sabíamos que seria um fiasco. Só nos restava cantar – me lembro até hoje da assinatura que muitos torcedores usavam nos fóruns antes do desfile, “mais do que nunca é preciso cantar”. Como havia saído da bateria – estava recém casado – e sabia que a escola viria gigante, optei por desfilar na segunda ala (acima) a fim de não ter de correr. Comigo veio um outro amigo nosso do Grupo da PortelaWeb, o Geraldino (primeiro à direita e autor da foto), que veio do Recife especialmente para fazer sua estréia pela escola.

Aliás, ele teve a coragem de levar a imensa fantasia – que não coube na caçamba de uma Fiorino quando fui buscar as duas roupas – no avião de volta para Pernambuco. Imagino o quanto não pagou de excesso de bagagem… A expectativa para o desfile era muito sombria. A Portela seria a quarta escola a desfilar na segunda feira, dia 07 de fevereiro – posição nobre após cinco anos seguidos em que ou ela encerrou ou foi a penúltima.

A concentração foi um dos momentos mais estressantes de toda a minha vida. Ninguém para armar a escola, as alas espremidas entre si, fora de ordem, muita confusão e ainda a tentativa de se encaixar as asas da águia, nosso símbolo maior. Por duas vezes elas quase caíram sobre componentes, uma delas sobre a bateria, o que causaria uma tragédia de proporções inimagináveis.

Não havia comando. Para o leitor ter uma idéia, se pegarmos o VT do desfile enquanto a cantora Marisa Monte dava entrevista aparece ao fundo um componente dando esporro nos operários que tentavam encaixar as asas. Era eu. Chope, o experiente diretor de Harmonia, foi relegado a segundo plano e a responsabilidade coube ao hoje deputado federal Júlio Lopes. Este sujeito distribuiu camisas de Harmonia para um monte de modelos, e passou o desfile inteiro mandando beijos para a arquibancada. Eu me recordo que quase parti pra cima dele no meio da avenida ao ver tal postura, de tanta raiva que eu estava. Digo sem medo de errar que eu só não voltei da concentração dali mesmo para minha casa por ser a minha escola do coração.

No fim das contas, a águia adentrou mutilada a passarela, sem as asas. Foi uma balde de água fria nos componentes.

Ainda assim o desfile para quem estava nas primeiras alas como eu foi até razoável, em que pese a confusão ter sido tão grande que eu tive de vir fazendo a harmonia de minha ala. Bruno Ribas teve uma excelente atuação desde o esquenta com “Portela na Avenida” – que o leitor pode baixar aqui – e a bateria de Mestre Marçalzinho veio muito bem. O puxador, a bateria e a garra do componente se salvaram no desastre – e, justiça seja feita, o fraquíssimo samba ganhou algumas surpreendentes Notas Dez na apuração que ajudaram muito. Em compensação, alegorias e especialmente fantasias estavam fraquíssimas, evidenciando a desorganização da preparação do desfile e as limitações dos carnavalescos.

Cheguei na Dispersão achando que o desfile tinha sido ruim mas que pelo menos não desceríamos. Achei estranho quando contei apenas seis carros até o final do desfile e as alas finais correndo desesperadamente para a escola, que estava gigante (estimam-se mais de sete mil componentes naquele ano, quando o normal são no máximo quatro mil), não estourar o tempo. Mas…

O último carro, que trazia a Velha Guarda, não conseguiu avançar o suficiente para chegar ao início da avenida desde a armação da escola – depois, pasmem, soube-se que haviam esquecido de colocar combustível no carro, ou seja, ele não entraria de qualquer jeito. Com o passar do tempo o Presidente Nilo deu ordem de fechar o portão de entrada na avenida e um setor inteiro da escola foi impedido de participar do desfile – incluindo a Velha Guarda, raiz da escola.

Houve uma grande confusão, com choradeira, gritos e a postura deplorável do ator Dado Dolabela, que agrediu um dos integrantes da Velha Guarda. Após um longo impasse e um imenso atraso foi autorizado que o restante da escola, já com o som desligado e o desfile encerrado, passasse sob muitos aplausos pela avenida – e com a irônica frase da foto abaixo, lema de campanha de Nilo Figueiredo. Surpreendentemente, a escola não foi punida pelo atraso.

O curioso é que eu, que estava no início da escola, só soube da confusão quando cheguei em casa de volta. Eu me lembro como se fosse hoje: olho pela televisão, acho estranho ver a Imperatriz – que era a escola seguinte – ainda sem ter iniciado o seu desfile e ouço a minha esposa falar: “Pedro, pega uma cerveja e senta que eu vou te contar o que aconteceu…” Aí que soube da confusão toda ao final.

Havia quase certeza de que a escola seria relegada ao Grupo de Acesso A, mas na abertura dos envelopes a escola acabou com a décima terceira e penúltima colocação, com 383,9 pontos, à frente apenas da única rebaixada Tradição. Minha avaliação é de que seria justo se julgarmos apenas o que passou pela avenida, mas a Portela devia e precisava ser punida pelo atraso e pela confusão – o que a levaria a um merecido rebaixamento. Até por todos os erros cometidos antes e durante o desfile, que não foram poucos.

Como desgraça pouca é bobagem, dias após o desfile Nelson Ricardo, um dos carnavalescos, foi assassinado brutalmente em crime até hoje sem solução. Então…

Por outro lado, pelo menos saí com um saldo positivo: no DVD que foi lançado após o carnaval eu apareço em close por uns quatro ou cinco segundos – nenhum outro componente da escola apareceu por tanto tempo. Brinco dizendo, não sem orgulho, que fui escolhido para representar a garra do portelense que, ao fim e ao cabo, levou a escola nas costas e no coração aquele ano.

Vamos ao samba, que marcou a última vitória de Noca da Portela na escola – seus sambas somente voltariam a uma final agora em 2011, sendo “derrotado” nesta ocasião.

Samba enredo:
Autores: Noca da Portela, Darcy Maravilha, J. Rocha e Noquinha

“Portela, hoje abraça o mundo
Num amor profundo, pela fraternidade
O samba é o porta voz
E “nós podemos” desatar os nós
Da desigualdade
E vem… num sorriso de criança
A esperança em cada coração
E nesse dia de folia, faz a sua profecia
Liberando a emoção

Um mundo sem fome sem dor e sem guerra
Quem viver verá
O manto da paz cobrindo a terra
O que há de ser será

Ensinando ver a vida, como ela é
Respeitando os direitos da mulher
Dando a juventude um novo amanhã
Saúde, corpo forte mente sã
Combater o hiv
E toda epidemia que aparecer
Preservar a natureza
Ver o bem vencer o mal
A “onu” e o samba parceria ideal
Pro desenvolvimento mundial

A mensagem da Portela
É pra toda humanidade
Vamos semear amor
Pra colher felicidade

Portela…”

Finalizando, lembro este ano para que esta tragédia jamais se repita.

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