Um dos assuntos mais importantes da semana e que dominou qualquer roda em que se tratava de futebol foi o do jogador Riascos.

Após mais uma derrota do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro, o atacante desabafou: “Me tiraram a felicidade para jogar nesta merda”. Sim, por mais que alguns jornalistas e o próprio Riascos tenham tentado contemporizar dizendo que ele falou “esta” e não “nesta”, o que mudaria o sentido da frase, e a dúvida possa ter sido causada por sua dificuldade com o português é bem nítido que falou “nesta”.

Ouvi várias vezes e estava lá o “nesta”, então pelo menos pra mim cai por terra a alegação que estava falando dele mesmo. A frase perderia totalmente o sentido se fosse com “esta” já que se ele está jogando bem ou mal é um problema pessoal dele, então não pode alegar que alguém lhe tirou a felicidade. É nítido, Riascos quis dizer que estava feliz no Vasco e lhe tiraram de lá para jogar naquela merda.

O “nesta” é que pode ser debatido. A principio o Cruzeiro e seus torcedores levaram o “nesta” para o pior lado, como se ele tivesse chamado o Cruzeiro de merda. O “nesta” para eles seria o clube, a instituição, o que é grave demais. Tão grave que imediatamente ele foi afastado do elenco.

Sinceramente não acho que ele tenha falado “nesta” em relação ao clube. Ele não seria tão burro assim, acho que se referiu a situação que o clube e o elenco se encontravam e realmente o Cruzeiro está uma merda. Sentiram? Tem uma diferença enorme entre ser e estar. Até o mais fanático torcedor cruzeirense sabe que a situação é crítica.

Atenua, mas não livra Riascos de todas as broncas merecidas. Primeiro fica a pergunta: Quem ele pensa que é? O Messi? Cristiano Ronaldo? Obina? Se o time está uma merda ele tem muita culpa nisso, afinal, fazia parte do elenco e não fez nada de útil para que as coisas estivessem melhores. Riascos é um grosso, um caneleiro que só é conhecido porque fez o bom goleiro Victor virar “São Victor” ao perder um pênalti em Libertadores e pela comemoração dos parcos gols que faz imitando uma minhoca.

riascos2Quando ele falar “tirar a felicidade para jogar nesta merda” ele pode até não se referir a instituição centenária e muito maior que ele, mas age como “Judas” com seus companheiros, “traíra”, já que pela forma como se expressa tira o corpo fora e joga a culpa no restante do elenco e na comissão técnica porque ele estava antes na felicidade e tiraram a sua felicidade para jogar com um “bando de pernas de pau”.

Além disso, jogador de futebol não é obrigado a nada, não é escravo como alguns dizem. Ganham muito bem, qualquer caneleiro ganha mais que uma pessoa que estudou a vida inteira e tem doutorado. Professor então nem se fala. Falar que lhe tiraram a felicidade porque saiu de um grande clube como o Vasco para outro grande clube como o Cruzeiro é debochar e escarrar na cara de quem sofre de Sol a Sol para sustentar uma família e ganhar salário mínimo. Se ele não é inteirado a realidade da maioria dos brasileiros, é só recordar os pobres de seu país. Um caneleiro grosso como ele tem que dar graças a Deus que um clube como o Cruzeiro se interesse por ele e pague seu salário. Se não queria mesmo jogar no Cruzeiro e sim ficar no Vasco conseguiria. Jogador de futebol quando quer ser negociado, quando não quer mais ficar em um lugar e ir para outro, vai e clube nenhum segura, é igual mulher quando quer trair e vice-versa.

Problema que jogador é bicho mimado, mimizento e Riascos não é o único. Quantos e quantos jogadores brasileiros não ganham uma fortuna para se transferir pra Rússia, Ucrânia, mundo árabe ou China e seis meses depois chora, enche o saco, abandona o clube para voltar ao Brasil em busca da felicidade? O aloprado do Viola chegou a pedir para voltar ao Brasil porque não se adaptou a comida espanhola. Uma das melhores culinárias do mundo.

E a torcida do Vasco ainda pede a volta do Riascos. Ele não está preocupado com o Vasco, está preocupado com a felicidade dele, pessoal dele e se voltar ao clube e sentir que o Vasco não é mais sua felicidade fará a mesma coisa. O vascaíno fica com a ilusão do que Riascos jogou no estadual onde qualquer um pode fazer gols, até o Cirino, esquecendo que ele foi um dos responsáveis pelo rebaixamento do ano passado.

A melhor coisa que os clubes brasileiros poderiam fazer é deixar o Riascos buscar sua felicidade na terra natal, na Colômbia, e esquecerem esse caneleiro. Mas por favor, paguem a passagem de avião dele porque também é sacanagem largar o cara no estádio para pegar táxi como o Cruzeiro fez. Não é profissional, e pior, é desumano. As restrições que fiz nessa coluna são ao jogador, não ao ser humano e não se trata ninguém assim.

E para quem defende o Riascos fica a pergunta. Imagine o que seu chefe faria se você falasse isso na empresa que trabalha? Só aqui não teria problema já que o Pedro Migão é um banana.

Peraí, Migão, tô brincando! Faz isso não…

Dancei…

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