Continuando as análises dos sambas do Grupo Especial do Rio de Janeiro, hoje falo sobre as seis escolas que desfilarão na segunda-feira na Marquês de Sapucaí. O formato é o mesmo, dando notas de 9 a 10 sem uma ligação com regulamento ou quaisquer divisão entre letra e melodia. Começamos por Vila Isabel e terminamos na Mangueira.

Unidos de Vila Isabel

Enredo: “Memórias de Pai Arraia – Um sonho pernambucano, um legado brasileiro”.

Compositores: André Diniz, Arlindo Cruz, Leonel, Mart’Nália e Martinho da Vila.

Intérprete: Igor Sorriso. (Part. Especial: Martinho da Vila, Arlindo Cruz e Mart’nália).

Para se recuperar de dois desfiles complicados, a azul e branca de Noel aposta na biografia do político Miguel Arraes em 2016 e para isso conta com um samba de extrema qualidade. Eu aqui na coluna “Morada Imperial” escrevi um texto de defesa para a composição da escola do Boulevard e confesso que se pudesse faria 15 ou 20 textos de defesa por conta da emoção que este samba me causa. A obra é simplesmente fantástica em letra e melodia, esmiuçar suas qualidades é algo completamente redundante. Falar de sua importância no atual momento do país é também “chover no molhado”, já diria o ditado. Resta-me dizer que Igor Sorriso fez gravação impecável e o legado desta obra é o sonho de um grande desfile. Fantástico.

Nota: 10,0

Acadêmicos do Salgueiro

Enredo: “A ópera dos malandros”.

Compositores: Marcelo Motta, Fred Camacho, Guinga, Getúlio Coelho, Ricardo Neves e Francisco Aquino.

Intérpretes: Serginho do Porto e Leonardo Bessa (Part. Especial: Xande de Pilares).

Na luta pelo título que teima em bater na trave, a Academia do Samba aposta na malandragem para gritar é campeão. O samba da escola é daqueles arrasta-povos simplesmente brilhantes. Sem ser bobo em nenhum momento, o samba canta a malandragem de forma primorosa. A letra é quase perfeita com várias passagens de extrema felicidade como nos versos que dizem: “O samba vadio, o meu povo a cantar, dia a dia, bar em bar…”. O único, porém da letra é o refrão de meio que cita três vezes a palavra gira ou o verbo girar o que causa certo cansaço. A melodia por outro lado é perfeita e brilha durante o samba todo e propícia um show da bateria na gravação. Falando na gravação, os intérpretes Serginho do Porto e Leonardo Bessa brilharam. O primeiro faz a melhor gravação de sua vida e o segundo conduz o samba com exímia categoria. Xande de Pilares dá auxílio luxuoso a dupla e também faz boa gravação.

Nota: 9,9

São Clemente

Enredo: “Mais de mil palhaços no salão”.

Compositores: Rodrigo Índio, Alexandre Araújo, Fabio Rossi, Vinícius Nagem, Amado Osman, Armando Daltro, Rodrigo Telles e Davi Costa.

Intérprete: Leozinho Nunes.

Para seguir evoluindo, a São Clemente resolveu apostar numa homenagem aos palhaços desenvolvida por Rosa Magalhães. O samba da escola é bastante agradável e divertido, como é a cara da escola. A composição da Aurinegra é muito simpática, tendo letra e melodia bastante animadas e contagiantes. A letra é bem descritiva ao enredo, se propondo a homenagear os palhaços. Bastante adequada à escola, a letra tem sacadas divertidas como nos versos: “Acorda, esquece a tristeza e vem cantar…”. Por outro lado conta com algumas rimas pobres como “começou” e “chegou” e “pastelão” e “nação”. No entanto, a melodia apesar de alegre é o ponto mais negativo da obra. Como na gravação do CD, algumas nuances da melodia passaram de forma “reta”. A melodia perdeu um pouco da beleza que tinha, prejudicando o samba. Obra esta que se não é brilhante, é ao menos correta. Leozinho Nunes estreando faz gravação muito agradável.

Nota: 9.7

Portela

Enredo: “No voo da Águia, uma viagem sem fim…”.

Compositores: Samir Trindade, Wanderley Monteiro, Elson Ramires, Lopita 77, Dimenor e Edmar Jr.

Intérpretes: Gilsinho e Wantuir.

Na luta para acabar com um jejum histórico que já chega a 32 anos, a azul e branco de Madureira terá a Águia fazendo um passeio pelas grandes viagens da humanidade. O samba narra muito bem o enredo proposto pela escola, no caso a viagem da Águia pelos lugares do planeta até chegar de volta na ideia do enredo com sua 22ª estrela. Entretanto, existem dois pontos que me desagradam. Os versos do primeiro dos três refrães têm um probleminha de dificuldade para o canto do componente e os três versos antes do refrão principal terminados em “ar” me passa uma impressão de menor beleza poética. Já por outro lado, a melodia é bastante criativa e é de uma beleza ímpar fazendo que a audição se torne muito agradável. Gilsinho, de volta a Portela, tem grande desempenho fazendo até com que Wantuir passe um tanto despercebido.

Nota: 9.8

Imperatriz Leopoldinense

Enredo: “É o amor… que mexe com a minha cabeça e me deixa assim… Do sonho de um caipira nascem os filhos do Brasil”.

Compositores: Zé Katimba, Adriano Ganso, Jorge do Finge, Moisés Santiago e Aldir Senna.

Intérprete: Marquinho Art’Samba. (Participações especiais: Lucy Alves e Zezé di Camargo & Luciano).

A rainha de Ramos aposta numa homenagem ao homem do campo que deságua numa das duplas sertanejas mais conhecidas do país para tentar reconquistar o título que não vem há 15 anos. E desta homenagem, surgiu um dos melhores sambas do ano. A letra da obra é simplesmente impecável, com muita beleza poética e rimas da mais alta qualidade. É daquelas simplesmente contagiantes, que tocam o coração de quem escuta. A melodia é muito bem construída e tem seu ponto alto no falso refrão que antecede o refrão principal. Diante disso, é simplesmente impossível não se emocionar com uma das grandes composições do Carnaval 2016. Excelente obra. Lucy Alves canta com categoria o samba na primeira passada e Marquinho Art’Samba vai muito bem na segunda. Já a dupla sertaneja vai bem dentro do seu estilo.

Nota: 10,0

Estação Primeira de Mangueira

Enredo: “Maria Bethânia – A Menina dos Olhos de Oyá”.

Compositores: Alemão do Cavaco, Almyr, Cadu, Lacyr D Mangueira, Paulinho Bandolim e Renan Brandão.

Intérprete: Ciganerey. (Part. Especial: Maria Bethânia).

Com um enredo a suas características, a Verde e Rosa aposta em Bethânia para tentar voltar ao Desfile das Campeãs e quem sabe quebrar um jejum de 14 anos e voltar a ser campeã. A obra da velha Manga é daquelas arrepiantes. Cantado em primeira pessoa, “Bethânia” conta sua história de forma espetacular na primeira parte preparando terreno para um ótimo refrão de meio. A segunda parte é bastante adequada e antecede o ótimo refrão principal que serve de alusivo para o momento mais emocionante do CD. A melodia é muito bem construída e tem momentos de brilho incrível nos dois refrães. O único senão do samba é justamente a maior qualidade na primeira parte em relação à segunda, no entanto isso não impede de termos mais um grande samba na safra. A Verde e Rosa vem muito bem em termos musicais. Ciganerey substituindo Luizito – este homenageado de forma espetacular com seu grito na faixa – faz gravação de exímia categoria e agrega bastante à composição.

Nota: 9,9

A Gravação do CD

Mantendo o padrão que vem desde o CD para o Carnaval de 2010, a gravação é mais uma vez fantástica. A produção do CD caprichou na valorização dos coros e na qualidade das baterias. Escolas como Salgueiro e Mangueira tiveram suas obras valorizadas pelas atuações das baterias, já a Vila Isabel ganhou muito com a interpretação de Igor Sorriso.

Por outro lado, a produção do disco recebeu críticas pela introdução da dupla sertaneja homenageada pela Imperatriz na faixa da escola. Particularmente, apesar de não me agradar por inúmeros motivos, acredito que as reclamações foram um tanto exageradas e acho que para divulgação, a ideia foi interessante.

Portanto, temos o resultado musical e de produção novamente muito bom. O formato do CD é mais uma vez bastante agradável e tem que ser mantido por muito, muito tempo.

Ranking do CD

Como houve notas iguais, vou colocar a preferência no ranking pelo meu gosto e não por achar melhor.

1° – Vila Isabel

2° – Imperatriz

3° – Salgueiro

4° – Mangueira

5° – Unidos da Tijuca

6° – Portela

7° – Beija-Flor

8° – Estácio

9° – Mocidade Independente

10° – São Clemente

11° – Grande Rio

12°- União da Ilha

E você leitor, qual é o seu ranking? Comentários, elogios, divergências ou xingamentos ao autor podem ser feitos nos comentários. Estarei respondendo a todos.

É isso!

Um abraço!

21 Replies to “Os sambas de enredo do Grupo Especial do Rio de Janeiro – Segunda-Feira”

  1. Muito bom o ranking, só alteraria as colocações de Mangueira e Vila, pois acho o samba da Velha Manga o maior arrepiante do ano.

    1. A Mangueira é o samba que mais me causou dúvida, embora não me agrade tanto quanto o samba do Salgueiro no CD, por exemplo, ele é muito mais completo que o samba da Academia. Pesei pelo fato de achar a segunda um pouco abaixo do restante, mas é um dos grandes sambas do ano.

      Obrigado pelo comentário e pela leitura.
      Abraços!

  2. Meu caro amigo Bruno Malta do Nascimento,
    Fiz questão de dar uma passadinha rápida aqui p mais uma vez prestigiar o amigo e ler aquilo que eu já sabia faz tempo que são suas opiniões sobre a safra de sambas para o ano que vem. Como sempre, seus comentários são pautados pela coerência e conhecimento amplo do assunto. No geral, pensamos muito bem parecidos. Parabéns por mais essa coluna meu parceiro. Um forte abraço

    P.S. Mas amigo me ajuda a te ajudar pq Vila em primeiro lugar no ranking é muito puxado meu brother kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    1. Vamos lá: Vila Isabel pra mim é o melhor samba do ano e não tem discussão pra mim. De resto, acho que você concorda com boa parte do meu pensamento.

      Agradeço a leitura, o comentário e o prestígio.
      Abraços, amigo!

  3. Bruno, como é a primeira vez que uso o espaço, não posso deixar de lhe dar parabéns. Nossas opiniões são muito semelhantes, inclusive na formação do ranking – que, por mais incrível que pareça, só possui diferença na ordem do “top 6”. Temos uma excelente safra esse ano e as gravações ficaram show, com destaque absoluto para as faixas de Mangueira e Salgueiro, ambas muito bem realizadas e a primeira com um alusivo arrepiante, com direito de Bethânia e Luizito. O samba da Vila, que gostei desde o início até depois de suas modificações, também está rendendo bastante nos ensaios e o Igor cresceu demais com ele. Por questões de gosto, acho que foi um pouco cruel com o samba da Portela, gosto muito dele, e, mesmo muitos concordando com você, acho o samba do Salgueiro superestimado. É uma bela obra e promete ter o efeito arrebatador, mas, em um ano tão bom, não o acho entre os mais belos em letra e em melodia. Como já tínhamos comentando no Twitter, acho bastante plausível a sua crítica ao samba da Tijuca, o favorito de muitos, mas que peca em letra na hora de explicitar o patrocínio. No mais, só essas opiniões que queria expor hahahah, segue meu ranking e notas:
    1- Imperatriz (10)
    2- Mangueira (10)
    3- Portela (10)
    4- Vila (9,9)
    5- Tijuca (9,9)
    6- Salgueiro (9,9)
    7- Beija-Flor (9,8)
    8- Estácio (9,8)
    9- Mocidade (9,7)
    10- São-Clemente (9,6)
    11/12- Ilha e GR (9,5)

    1. Olá Felipe, antes de tudo agradeço a leitura e o comentário haha.

      Vamos lá, o samba do Salgueiro não é a obra mais completa ou de maior beleza no ano, só que a pegada que ele tem – principalmente no CD – te cativa de um jeito que é algo impressionante.

      A Portela aconteceu o inverso comigo, amava o samba na versão concorrente e no CD se tornou uma faixa que dificilmente escuto, mas quero ver o seu desempenho no ensaio técnico.

      O samba da sua Manga é algo incrível, a segunda é abaixo da primeira mas te contagia de tal forma que olha…é difícil segurar a emoção. O alusivo, bem o alusivo me emocionou muito e é o grande momento do CD.

      Tijuca é o que já conversamos, só endosso o seu comentário.

      E Vila Isabel é Vila Isabel, por mais que seja opinião única, é o samba que mais me emociona, não tem jeito.

      No geral é isso mesmo, agradeço novamente a leitura e o comentário. Apareça sempre haha!
      Abraços!

  4. Vamos lah…. Começar pela Vila Isabel… Realmente eh um samba atológico, Muita expressão na letra e a melodia eh fora do comum, realmente bom… O samba do salgueiro eh outro samba que está com um diferencial a mais, O primeiro refrão eh simplesmente Incrivel… A São Clemente veio com um samba que será o suficiente para contiar na caminhada, o ibteressante eh que eh um samba que mantém as caracteristicas da escola… Portela por sua vez, vem com mas um samba que comprova o nível da safra, um samba forte mas que tem menos beleza que sambas anteriores da agremiação… mesmo assim um samba incrível… Imperatriz… Sensacional… Mangueira trará um samba exelente que, como vc disse, sofre com uma ligeira “brouxada” na segunda parte mas eh um samba de nivel altíssimo
    10 Vila Isabel
    9.9 Salgueiro
    9.8 São Clemente
    9.8 Portela
    10 Imperatriz
    9.8 Mangueira

    1. É bem por aí.

      Só acho o samba da Mangueira um tantinho superior a Portela e SC.

      Obrigado pela leitura e comentário
      Abraços!

      1. No desempate Mangueira Ganha… hahahaha Só quiz deixar evidente q acho o samba do Salgueiro um tanto Superior… Aliás meu ranking fikou assim –
        1° Imperatriz
        2° Vila Isabel
        3° Salgueiro
        4° Mangueira
        5° Mocidade Independente
        6° Portela
        7° Beija-Flor
        8° Unidos da Tijuca
        9° São Clemente
        10° Estácio de Sá
        11° União da Ilha
        12° Grande Rio

  5. Concordo com tudo hoje!!!!Ótima análise!!!!no ranking vou também por minhas preferência pelo meu gosto!!!

    1° Mangueira 10
    2° Imperatriz 10
    3° Vila Isabel 9,9
    4° Salgueiro 9,9
    5° Portela 9,9
    6° Unidos da Tijuca 9,8
    7° Estácio de Sá 9,7
    8° Beija Flor 9,7
    9° Mocidade 9,7
    10° Grande Rio 9,7
    11° São Clemente 9,7
    12° Ilha 9,6

    1. Valeu cara! Fico feliz que gostou!

      Sobre o ranking é como você disse, é gosto hahahaha

      Obrigado pela leitura e pelo comentário.
      Abraços!

  6. Excelente análise Bruno! trocaria algumas posições do ranking, como exemplo o top 3 que pra mim é Imperatriz, Mangueira e Portela.

    1. Valeu Carlos! Matutei muito até chegar nesse top-3 e vejo que seu carinho por Portela é maior que o meu hahaha.

      Discordâncias fazem parte e engrandecem a discussão

      Obrigado pelo comentário e a leitura.
      Abraços!

  7. E vamos para a segunda. E que segunda hein!? É sambão atrás de sambão, mesmo com algumas escapadas de uma ou outra. Eis meus pensamentos:

    Vila Isabel -> 9.9 (É um magnífico samba composto pelo “Dream Team de Noel” e, mesmo com as alterações na letra, mantem o seu alto nível. Entretanto, tiro um décimo por conta das referidas mudanças, elas ainda não soam tão naturais, o que provavelmente com os ensaios técnicos isso vá sendo trabalhado)

    Salgueiro -> 9.9 (Mais um repete-faixa do CD. O samba do Motta cai como uma luva para a dupla Bessa & Do Porto, que sabem incendiar uma obra que deve conquistar corações mostrando que o couro vai comer se ninguém acreditar no campeonato do vermelho e branco)

    São Clemente -> 9.8 (Mesmo não tendo a mesma qualidade das obras que já foram citadas, é um samba agradável de se escutar. a letra foi muito feliz ao destacar um estilo mais desbochado par falar do enredo -principalmente a parte do “Acorda” até o refrão principal-. Ponto também para o estreante Leozinho Nunes, que curiosamente tem uma voz que me lembra o Clóvis Pê)

    Portela -> 9.9 (É uma samba mais experimental do que os já apresentados pela escola desde que subiu o Pelô. A letra cumpre o seu papel e a melodia é melhor ainda. De volta à Águia, Gilsinho abrilhanta mais ainda o samba e rouba a cena do Wantuir, que só consigo escutar fazendo cacos. Será que esta Águia molha o bico depois de 32 anos na seca?)

    Imperatriz -> 10, Nota 10! (Ninguém dava nada pra safra da Imperatriz quando anunciaram o enredo sobre a dupla sertaneja mais famosa do Brasil, mas após escutarmos os concorrentes a ficha caiu: como um samba pode ser tão lindo!? Já sobre a obra do Zé Katimba não há o que comentar: bela de cabo a rabo, não há defeito para jurado descontar décimo. Mas vamos ser francos, quem chamou o Zézé e o Luciano? Tudo bem que eles são os homenageados mas não dá pra escutar a primeira passada com eles muitas vezes não. Marquinhos Art’Samba manda muito bem na sua estréia na escola)

    Mangueira -> 10 (Terminando os desfiles e ainda se recuperando da perda de Luizito, a Mangueira vai com tudo com esse samba sobre a Maria Bethânia, que caiu como uma luva para o Ciganerey. Admito que nas primeiras audições eu não via algo de diferente na obra, mas agora sei do seu potencial)

    Agora, a classificação geral (para desempate escolhi a que gostava mais):

    1º Imperatriz
    2º Mangueira
    3º Portela
    4º Salgueiro
    5º Vila Isabel
    6º Tijuca
    7º São Clemente
    8º Beija-Flor
    9º Estácio
    10º Ilha
    11º Grande Rio
    12º Mocidade

    1. Confesso que gosto mais da Vila e Salgueiro que de Portela. Samba da Portela me cansa por muitas vezes.

      O restante é gosto mesmo e achei que o senhor está muito amargo com “jatos de felicidade” hahahahhaa.

      Obrigado pela leitura e pelo comentário. Abraços!

    1. Quase igual as minhas notas e Mangueira também merecia 10, só não dei para não banalizar a nota máxima.

      Obrigado pelo comentário e pela leitura.
      Abraços!

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