O Carnaval 2016 nos reserva uma bela safra de sambas no Grupo Especial do Rio. Embora não possua sambas aclamados como os de 2012, 2013 e 2014, a unidade do CD deve chamar a atenção. Praticamente todos os sambas possuem bons momentos e são agradáveis de ouvir, se refletindo numa alta expectativa para os desfiles já que o samba é, sem a menor dúvida, o combustível do Carnaval, além de corroborar para a tese do colunista Aloísio Villar, que bate na tecla de que o gênero musical samba-enredo é o melhor atualmente no país.

Com a última final realizada no último dia 19 de Outubro, tivemos a safra enfim fechada. Antes de iniciar a análise de escola por escola, vale ressaltar que a avaliação é baseada nas versões concorrentes e pode mudar após a divulgação das versões oficiais em Dezembro.

A ordem das escolas segue a ordem dos desfiles do Grupo Especial, começando pela Estácio de Sá e terminando com a Mangueira.

Estácio de Sá

Samba valente com a cara da escola e que deve emocionar e contagiar a todos na ingrata missão de abrir os desfiles. É assim que defino o samba da Estácio de Sá para 2016. O samba no todo não é um primor, longe disso, mas ele contagia desde o começo. A segunda parte é emocionante e retrata bem o brasileiro devoto de São Jorge – enredo da escola – Destaco positivamente os emocionantes versos do refrão principal. Outro destaque é a identificação do samba com a escola e com o que foi proposto pelo enredo. É importante reiterar que não é um primor de samba, mas tenho certeza que vai contagiar muita gente.

União da Ilha do Governador

De um enredo alegre só poderia sair um samba alegre e com a cara da Ilha. O samba vencedor na Tricolor Insulana conta muito bem o enredo proposto pela escola, que mistura o Rio, o carioca e os Jogos Olímpicos. O samba começa muito bem nos versos: “Vem chegar mais perto, sente o meu calor, bem-vindo a Ilha do Governador” e continua num bom ritmo em toda primeira parte. A segunda parte não é do mesmo nível da primeira, mas passa bem e termina num bom refrão principal. O melhor de tudo é que vemos que a obra tem a cara do Ito Melodia, já que foi o próprio cantor que gravou na versão concorrente.

Beija-Flor de Nilópolis

O samba certo na escola errada. O samba da atual campeã do carnaval carioca é muito agradável de ouvir e o enredo foi extremamente bem desenvolvido na sinopse. Porém o tema e, por consequência, o samba, acabam não sendo muita a cara da escola, ou seja, com maior quantidade de enredos mais pesados. A história é mais leve e a vida do homenageado Marquês de Sapucaí é contada de forma primorosa e samba conta muito bem o que o enredo se propõe a fazer. Gosto muito do refrão principal que lembra do fato da Beija-Flor ser primeira campeã da história da Marquês de Sapucaí (em 1978) e também da escola ser maior campeã dos desfiles nesta era moderna. Outro bom samba na safra.

Acadêmicos do Grande Rio

Esse é o único samba que ainda não me agradou na safra de 2016. O samba é bem interpretado pelo veterano Quinho e ganha uma cara alegre, que é o que buscou a Grande Rio nos últimos anos. O enredo é uma homenagem a cidade de Santos e, consequentemente, ao time de futebol Santos que tem como destaques no enredo Pelé e Neymar. O samba segue bem o que é proposto pelo enredo e tem como destaque os refrães de meio, que tiveram as repetições cortadas pela escola, e o principal. Ambos são os grandes destaques de uma obra correta no que propôs a escola para o Carnaval 2016.

Mocidade Independente de Padre Miguel

Um samba claro e dolente com a cara da Mocidade Independente. Essa é a definição de um samba que esclareceu bem um enredo inicialmente confuso. Os dois refrães desse samba são fortíssimos e a melodia é de uma construção bastante feliz, sendo o grande forte do samba.A letra tem seu destaque especial nos versos da segunda parte: “Vem ser, mais um guerreiro, eu sou Miguel, fiel escudeiro dessa estrela que sempre vai brilhar”, no geral é um bom samba e que deve servir ao seu papel para o desfile da escola.

Unidos da Tijuca

Lindo samba. O samba vencedor no Pavão do Borel é de uma delicadeza impressionante e que toca o coração de quem o escuta. A parceria liderada por Dudu Nobre e Gusttavo Clarão foi extremamente feliz na composição que já começa forte na cabeça do samba com “Sou eu… do barro esculpido pelas mãos do criador…” A beleza vai seguindo por toda primeira parte e pelo refrão de meio. Na segunda parte temos o único ponto abaixo do samba que são os versos: “Um oásis de conhecimento, pro país é um exemplo, esse tal capital” porém isso ocorre muito por culpa do enredo (patrocinado pela governo municipal da cidade de Sorriso), portanto, não é um defeito do samba. Dali em diante o samba termina como começou, ou seja, com uma beleza ímpar. O refrão principal conta com uma homenagem em forma de inspiração ao fantástico “Dono da Terra” de 1999. Somente com uma inspiração dessas para tanta felicidade num samba só. Um dos quatro melhores do ano, sem dúvida.

Unidos de Vila Isabel

O enredo sobre Miguel Arraes e a super-parceria formada por nomes como André Diniz e Martinho da Vila rendeu um bom samba, que era ótimo antes das mudanças para o CD Oficial. O samba feito na primeira pessoa conta com versos inspirados sobre a vida e obra de Arraes, destaco os versos: “Acordei o campo para haver justiça, com futuro santo, fé nos ideais, despertei o povo para um novo dia, brotou esperança nos canaviais” e “Pra fazer a cartilha do Cordel, ensinar a abraçar a profissão, buscando na arte a inspiração”. O samba é muito bonito em sua melodia mesmo com as mexidas e deve crescer muito na gravação oficial do CD, que contará com a ótima voz do Igor Sorriso. Por conta disso, é impossível dizer que a Vila Isabel não tem um dos grandes sambas do ano.

Acadêmicos do Salgueiro

Dos que considero os melhores da safra, o samba do Salgueiro, mesmo sendo considerado bom, é o que menos me agrada. O samba sobre os malandros tem uma letra excelente durante praticamente todo o tempo, mas peca no refrão de meio. A melodia é bastante agradável, mas ainda não me conquistou de forma definitiva. Gosto da segunda parte do samba, em especial dos versos que dizem: “Quem me protege não dorme, meu santo é forte é quem me guia” que invoca a crença do malandro de forma maravilhosa. O incensado refrão principal não me conquistou, entretanto é inegavelmente forte e tem tudo pra conquistar a Sapucaí. Bom samba.

São Clemente

Esse é um samba que me agradou com o passar do tempo. Ele não é um primor tecnicamente, mas é bacana e tem o jeitão irreverente da São Clemente. O samba atende bem o que pede o enredo sobre os palhaços e a melodia é pra cima e agradável pra quem escuta. A letra conta muito bem o enredo e tem seus momentos de felicidade total como nos versos do refrão que dizem: “De preto e amarelo pintou meu amor, hoje tem São Clemente, tem sim senhor”, reitero que não é um samba marcante daqueles históricos, mas é certo que esse samba deve funcionar muito bem na comunidade clementiana. Fico no aguardo da versão oficial na voz do estreante Leozinho Nunes.

Portela

Confesso que não era o samba que mais me agradava na disputa, mas é um belo samba para este enredo. A Azul e Branco de Oswaldo Cruz tem novamente um samba capaz de manter os 40 pontos que vem conseguindo desde 2012, pois conta muito bem o enredo proposto por Paulo Barros. Gosto muito das soluções fora do padrão propostas pela parceria vencedora que cita subliminarmente vários carnavais consagrados da Águia. Outro ponto positivo do samba é, sem dúvida alguma, a melodia que te envolve com facilidade e faz com que o samba seja cantado com alegria. Além disso, há também o fato de que este samba deve crescer na voz do recém contratado Gilsinho, que dividirá o carro de som portelense com Wantuir. Um ponto a se destacar é que este samba é a melhor trilha sonora de um desfile de Paulo Barros no Grupo Especial, e isso já é um grande feito. Bom samba.

Imperatriz Leopoldinense

Do enredo mais criticado do ano (Zezé di Camargo e Luciano), para o samba que é considerado por muitos (após as mexidas da Vila me incluo nisso) o samba do ano, a Imperatriz está novamente bem servida de samba-enredo. O samba passeia muito bem pelo que propõe o enredo da escola e consegue fazer a união dos setores de forma primorosa. A melodia do samba é extremamente adequada ao que pede o enredo e toca o coração de quem escuta. Gosto muito do trecho que diz: “Sou matuta, ribeira, caipira, não desgoste de mim, quem não viu…” e do trecho que fala sobre a esperança do pai em fazer dos filhos um sucesso nacional. O refrão principal é uma covardia de beleza e poesia e une de forma espetacular o grande sucesso da carreira da dupla e a Imperatriz, um primor. Impossível não se emocionar com o samba que tem tudo pra ser o melhor do ano. Fantástico.

Estação Primeira de Mangueira

Um dos grandes sambas do ano encerrará o Carnaval, que deve ficar marcado pelos grandes sambas. Esse samba me chamou a atenção desde a primeira audição, pois a melodia do é encantadora e a letra em primeira pessoa te faz remeter que a própria Bethânia o canta. Eu considero esse samba mágico pelo que ele consegue transmitir em sua letra e melodia. Por mais que houvesse outras belas obras na disputa, este sem a menor dúvida, encanta pela sua felicidade no retrato proposto pelo enredo. Destaco positivamente o refrão principal e a proposta do samba em primeira pessoa que particularmente me encanta bastante. Um dos grandes sambas do ano, sem dúvida alguma.

A safra em geral é uma das melhores dos últimos anos e tudo indica que teremos um grande CD. Mesmo sem destaques aclamados, o bom nível em geral tem tudo para a agradar a todos. Podemos dividir os grupos de sambas em cinco:

Ótimos: Imperatriz, Mangueira, Vila Isabel e Unidos da Tijuca

Muito bons: Portela e Salgueiro

Bons: Beija-Flor, Mocidade e Estácio de Sá

Medianos: São Clemente e União da Ilha

Aquém do esperado: Grande Rio

Qualquer discordância sobre a análise poderá ser feita nos comentários, estarei respondendo a todos.

É isso

Um abraço!

44 Replies to “Sambas-enredo do Grupo Especial do Rio de Janeiro – Primeira Visão”

  1. Concordo com quase tudo, apesar de gostar mais que você do samba do Salgueiro e um pouco menos do da Estácio. A única coisa que discordo é do samba da Ilha, achei que você o superestimou mesmo colocando entre os medianos hahaha. Não consigo gostar, acho fraco, sem graça, sem inspiração, um samba bobo pra um enredo bobo. Acho que o coloco como o pior que passará na Sapucaí em 2016, atrás até de todos da Série A (sim, acho o do Império da Tijuca melhor kkk).

    1. Mariz do céu, “Bye Bye menino” melhor que o “Medalha de Ouro é a nossa União” ? Jesus. HAHAHAHAHA. Brincadeira. Sobre o Salgueiro, eu devo ser o problema, o mundo inteiro ama esse samba e eu não morro de amores.

      Agradeço a leitura e o comentário.

      Abraços!

      1. prefiro ouvir samba da Império da Tijuca kkkkkkk!!!!apesar de se inferior ao samba da Ilha, a letra do samba da Ilha até é muita boa, mas falta alguma coisa que seja marcante!

      2. A primeira vista, o samba do Salgueiro me pareceu comi, mas também me parece aquele tipo de samba que cresce demais na avenida. Acho que o refrão principal é daqueles que faz levantar a arquibancada.

  2. Grande Brunão meu parceiro de twiter e meu credor ( devo e não nego e pagarei assim q me deixaram pagar rs ) Concordo com 90% de suas analises que, como sempre, são muito bem embasadas e sustentadas. Minha discordância passa pelo novo samba da Vila ( sim p mim um novo samba q as alterações mudaram o samba completamente e um samba q era um sambaço acima da média, p mim se tornou apenas um bom samba ) e acho q o samba da Ilha é regular para ruim e só é menos pior do o da Grande Rio. Fora esses 2 sambas o resto concordo plenamente com você Brunão. Parabéns pelas análises e um forte abraço

    1. Antes de mais nada, quero agradecer a leitura e o comentário.

      Obviamente irá pagar o meu CD do Especial que foi ganho graças ao incrível aproveitamento de 50%, haha.

      Sobre as discordâncias:

      -Vila Isabel: Obviamente o samba piorou com as mexidas, mas ainda sim tem momentos de pura poesia e acredito que o sentido do samba não foi perdido com elas. Por isso, fico com a avaliação de ótimo.

      -União da Ilha: Pensei muito antes de colocar ele como mediano, coloquei muito porque ainda não gostei do samba da Grande Rio ao ponto de achar ele do mesmo nível, entendo a discordância. Ele é meio ruinzinho mesmo. HAHAHAHA.

      Novamente, agradeço o comentário e a leitura.
      Abraços!

  3. Brunão só pra esclarecer essa foto aí não sou eu não heim rs, é de um dos meus grandes ídolos Che Guevara, até pq eu sou muito mais feio q ele kkkkkkkkkk

        1. Aliás, que coincidência pintar isso depois de falarmos que tinha carnavalesco que sonhava com o enredo sobre ele, né?

  4. Eu subo a nota do samba da Estácio e, depois das mexidas, eu DESPENCO o da Vila para perto do nível da Grande Rio. No mais, perfeito!!!

    1. Primeiro agradeço o comentário e a leitura.

      Sobre as discordâncias:

      -Estácio: Apesar da inegável força deste samba, vejo alguns probleminhas na métrica e algumas quebras melódicas, me impedindo de achar ele acima de bom.

      -Vila Isabel: Obviamente o samba piorou com as mexidas, mas ainda sim tem momentos de pura poesia e acredito que o sentido do samba não foi perdido com elas. Por isso, fico com a avaliação de ótimo.

      Novamente, agradeço o comentário e a leitura.
      Abraços!

    2. Como definiu o Anderson Baltar no “Bar Apoteose”, “tadinho de Pai Arraia. Nem a ditadura militar fez tanto mal a ele”.

          1. Quero ouvir a versão do CD pra avaliar de forma definitiva, mas hoje só não é 10 pra mim por causa de um verso na segunda.

  5. A safra do GE do Rio tem melhorado ano após ano e, mesmo que as escolas cometam deslizes, a safra não cai tanto de qualidade quanto caía. Agora vamos ao meu parecer:

    Estácio -> O berço do samba precisará de Jorge mais do que nunca pra conseguir se salvar do rebaixamento quase que certo. O samba da escola é valente e, se Jorge quiser, deve esquentar as arquibancadas do Domingo.

    Ilha -> Um samba alegre para uma escola alegre. Tem coisas simples que não há o que comentar. Boa sorte a Ilha, e que o Brasil ganhe o tãos sonhados louros cantados pela União.

    Beija-Flor -> Ainda preferia quem o Marquês sambasse miudinho com a Beija-Flor. A escolha da escola nos deu um samba que é característico da Soberana: encorpado e melodicamente em tom baixo, que na voz do Neguinho deve ficar mais forte ainda. E esse refrão principal disputa com o da Portela de 91 no quesito “Come poeira aí co-irmãs”.

    Grande Rio -> Não era o meu preferido e muito menos o melhor para representar Santos (e Caxias) na Sapucaí. Se vai funcionar ou não eu não posso afirmar em novembro, mas que é animado isso é (talvez principalmente pelo Quinho).

    Mocidade -> Eu não escutei os concorrentes muito bem e acho que o que ganhou foi o mais apropriado. O samba tem um certo brilho na segunda parte, mas acho que faltou algo a mais para Padre Miguel mostrar que pode batalhar de igual para igual contra gigantes maiores.

    Tijuca -> Penso que havia superiores (o “Lá vai ele laborar” e o “O véu na noite se abriu”), mas o campeão também tem seus méritos. Se tudo der certo a Tijuca vai tentar colher uma boa colocação na quarta-feira de cinzas.

    Vila Isabel -> “Xisnoveou” na hora de mudar a letra, eu não gostei de nenhuma mudança feita na letra. O Uber-Samba composto pelo Dream Team no bairro de Noel deu uma notável mudança de nível nas partes mexidas, em especial à duplicação do “Pai Arraiá” que quebra a ordem melódica do samba. Mesmo assim continua sendo um sambão que pode (e vai) passar com tudo na avenida, guiado pelo “menino” Igor Sorriso.

    Salgueiro -> Dói,dói,dói o meu coração pela parceria do Gonzaga ter perdido, mas o do Motta também dá um ar malandrístico ao Salgueiro, que deve peitar forte em busca do título. A melhor parte fica por conta do refrão principal.

    São Clemente -> A palhaçada dá o tom até no samba da escola de Botafogo. Com um bom samba e um baita enredo proposto pela Rosa Magalhães a SC pode finalmente lembrar de 90 sonhar em repetir a dose.

    Portela -> Continua o bom nível de sambas que a escola escolheu nos últimos anos, mas é um tanto quanto inferior aos anteriores. Isso, porém, deve se reverter na voz de Wantuir e do “recém voltado” Gilsinho, de quem eu sempre vou ligar a voz à Águia de Madureira.

    Imperatriz -> Se leite de pedra fosse real, seria a safra da Imperatriz. Eu mesmo tinha estranhado o enredo mas quando escutei o então concorrente do Zé Katimba posso dizer com propriedade que era amor a primeira vista. Mas que obra meus amigos! Que bela obra! Que na avenida passe como se fosse um rolo compressor.

    Mangueira -> Depois de outra perda antológica a frente do seu microfone, a velha manga vai pra avenida com um samba vibrante e valente que deve incendiar na voz do Ciganerey. Não mexam com a Mangueira que ela pode surpreender!

    Fiquei feliz com o balanço final da safra 2016, tirando as escolhas da GR e da BF. E agora uma pequena classificação:

    Ótimos: Imperatriz, Sal e Manga
    Muito bons: Portela, Beija Flor, Vila, Tijuca,
    Bons: Ilha, Mocidade, Estácio, São Clemente
    Regular: Grande Rio

    1. Vamos lá:

      Vou falar sobre o que discordo do comentário, sempre respeitando a opinião, claro.

      Beija-Flor: Esse samba que era o seu predileto, passou muito mal na final, foi horrível, gostei do vencedor, apesar de que minha ideia era fusão.

      Grande Rio: Parece que a faixa 3 terá PIMBA PIMBA no CD oficial. Vejamos.

      Unidos da Tijuca: Pra mim, o único samba que poderia tirar a vitória do Dudu era o do Totonho. Não morro de amores por mais nenhuma obra.

      Salgueiro: Samba da pomba gira não dava, pra o melhor caiu na semifinal, infelizmente…

      O restante concordo.

      Obrigado pelo comentário e pela leitura!

      Abraços!

  6. *Estácio de Sá- Concordo, não é um primor de samba, mas possui a pegada do Velho Estácio, e isso pode ser um fator que influencia a permanência da escola no grupo.

    *União da Ilha- Discordo um pouco, o samba carece de momentos alegres e que marquem na memória, não tem aquele momento “fiu fiu” que gera comentários e causa curiosidade, o samba com certeza irá crescer até o momento do desfile, mas na minha opinião é o samba lanterninha.

    *Beija-Flor- Concordo, o samba não segue a linha dos sambas lindos(exceto Boni) e pesados que a escola está acostumada a desfilar, mas é ideal para imagem que a
    escola quer transmitir, de ser uma escola simpática, leve e longe de grandes polêmicas.

    *Grande-Rio- Concordo, é um samba razoável que segue a linha dos sambas diferenciados da Portela, está abaixo de muitos outros da safra, pois felizmente está num ano que até a Unidos da Tijuca resolveu apresentar um ótimo samba.

    *Mocidade- Concordo, bom samba da Mocidade, o enredo continua confuso, mas tomara que a escola faça um bom desfile e volte a brilhar.

    *Unidos da Tijuca- Concordo, samba lindo, é o samba que a escola precisava para confirmar de vez entre as grandes escolas.

    *Vila Isabel- Nunca achei que fosse um excelente samba nem antes e nem depois das mudanças, sempre achei um bom samba e continua sendo apenas bom. Algumas mudanças foram necessárias e outras não.

    *Salgueiro- Concordo em tudo – Lindo Samba, mas é o pior dos bons.

    *São Clemente- Não é o forte da escola ter bons sambas. Junto com Ilha e Grande-Rio está entre os piores do ano. Apesar de nenhum ser terrível.

    *Portela- Concordo, melhor trilha sonora de um desfile de Paulo Barros no GE, apesar de gostar muito de Viradouro 2007.

    *Imperatriz Leopoldinense- samba favorito ao Estandarte de Ouro, nunca achei o enredo terrível, é uma justa homenagem a grandes músicos que fazem parte de nossa cultura e possuem uma belíssima história de vida apesar de estarem longe do universo do samba.

    *Mangueira- Apesar da Imperatriz possuir o melhor samba, o samba da Mangueira é o mais emocionante. Tomara que seja um grande encerramento de desfile com “muita garra e emoção”

    1. Novamente falo sobre as discordâncias do comentário. Vamos lá:

      -União da Ilha: Percebo que sou o único no mundo que tenho apreço pelo samba, apesar dele ser bem chatinho as vezes, gosto da primeira parte.

      -Beija-Flor: (De acordo muito com o comentário)

      -Mocidade: Apesar do enredo ser confuso, confesso que o samba da escola me ajudou a ter uma ideia melhor.

      -Vila Isabel: Gosto muito desse samba, mesmo com as mudanças, sinto que muita gente avalia comparando com outras obras fantásticas desta parceria, mas ele era um ótimo samba.

      -Portela: Gosto muito de Viradouro 2007 e Tijuca 2010, mas Portela 2016 tem um quê a mais de poesia e melodia.

      No mais, concordo com tudo.

      Obrigado pelo comentário e pela leitura.
      Abraços!

      1. Na minha avaliação sobre samba da Vila, o considero apenas bom, pois é um samba difícil de cantar, mas possui uma bela poesia e deve passar bem na avenida. Talvez seja um pouco complicado analisar este samba sem comparar com outros da parceria, mas não é justo para mim dizer que o samba é ótimo somente pelo nome dos compositores, essas pessoas possuem obras fantásticas e também outras que somente são apenas boas e lindas obras. Na minha ordem dos sambas de 2016 por enquanto antes do CD fica assim: Imperatriz – Mangueira – Portela – Unidos da Tijuca – Salgueiro – Vila Isabel – Estácio – Beija-Flor – Mocidade – Grande-Rio – São Clemente – União da Ilha.

        1. Ele é difícil de cantar até a melodia ser bem mastigada, já que é uma melodia bem diferente do que nós acostumamos. E concordo que não podemos dizer que é ótimo apenas pelos compositores. Sobre a sua ordem, só discordo da Portela na frente da Tijuca mesmo, de restante é quase a mesma que a minha.

          Obrigado pelo comentário e pela leitura.
          Abraços!

          1. O samba da Tijuca pode até ser melhor em letra e melodia, mas a emoção da Portela cantando “eu sou a águia” é de arrepiar todo sambista e é um samba que cativa desde da primeira audição. São dois sambaços com certeza.

          2. Léo, também gosto muito desse refrão da Portela, mas no geral, eu prefiro Tijuca, aquele refrão principal que invoca o fantástico “O dono da terra” é simplesmente espetacular. Mas são dois belos sambas, ainda bem que a discordância é nesse nível, né? HAHAHAH

            Abraços!

  7. Olha Bruno Gostei muito da sua analise mais eu separei os sambas do rio de uma maneira diferente…

    Ótimos – Imperatriz, Mocidade Independente
    Bons quase ótimos – Beija Flor, Unidos da Tijuca, Vila Isabel
    Bons – Mangueira, Salgueiro, Portela
    Medio – Sao Clemente
    Esperava mais – Uniao da Ilha
    Ruins – Estácio de Sá e Grande Rio

    Achei que este ano os sambas estão de uma qualidade muito boa… Realmente nao apareceu nenhum samba que “definiria” o ano de 2016… Imagino que na avenida todos eles passarao exercendo bem a função de acordo com o enredo… Eu coloquei a Estácio e a Grande Rio como ruins, Mas o samba de ambas para mim nao esta tao horrivel assim, só acho que no nivel dos sambas deste ano elas estao meio que devendo tanto em melodia como em letra…

    1. Eu só coloco a Mocidade mais abaixo e a Mangueira bem mais acima e fecho com isso também, apesar de você gostar mais de Beija-Flor que eu.

      Agradeço o comentário e a leitura

      Abraços!

      1. Sab o que acontece com o samba da beija flor… Ele nao tem a cara da escola ae dah a impressao de que esta abaixo do nivel da safra… Mas ele tem um desenho e uma melodia perfeita… e a letra tah bem criada e o primeiro refrao eh d uma beleza… Mas realmente nao eh um samba pesado.. eh mais a cara da sao clemente… Um samba simpático…

        1. Estou de acordo. Ele é bastante simpático, mas de gostar bastante, o vejo abaixo de outros sambas, muito pelo belo nível geral da safra.

          Agradeço o comentário!
          Abraços!

  8. Gostei bastante da análise, e concordo com boa parte. Minha maior discordância é sobre o samba da Beija-Flor, que não consigo achar bom…ele não é trash, nem é um pula-faixa, mas não me desce. Gosto mais dos sambas do Salgueiro (apesar de não ter sido meu favorito) e Portela do que você. A sobre a Vila, minha revolta com as mudanças ainda não passou, então estou com mais má vontade com ele do que você. No mais, temos a mesma visão. Meu ranking:

    Imperatriz
    Mangueira
    Portela
    Tijuca
    Vila Isabel
    Estácio
    Mocidade
    São Clemente
    Beija-Flor
    União da Ilha
    Grande Rio

      1. Sobre o samba da Beija-Flor, acredito que muita gente sofra do mesmo mal que eu, que é não acreditar que esse samba é da escola nilopolitana, esse enredo não tem a cara da comissão e da escola. Vejamos na avenida.

        Gosto muito do samba da Portela, tentado fiquei em por no 1°time, mas, ainda acho os 4 citados um tantinho acima. Já o samba do Salgueiro, deste eu desistir de gostar.

        Vila Isabel é o tal caso, ou se ama ou se odeia, muita gente fica no meio termo devido as mudanças, mas sempre de nariz torcido. Entendo quem não goste, também não gostei da maioria delas, mas ainda sou fã do samba.

        No geral, concordamos com o restante.

        Obrigado pelo comentário e pela leitura.

        Abraços Sérgio!

  9. Considero o samba da Vila um dos piores do ano. Só acima de São Clemente, Ilha e Grande Rio. E mesmmo considerando o samba da GR muito ruim, tenho certeza que dos 4 será o que melhot vai passar na avenida.
    Agora, como Portelense eu sempre quis esse samba em toda disputa. Aliás, só esse samba me agradava.
    Considero Imperatriz muito superior aos outros. Minha ordem:
    1- Imperatriz
    2- Mangueira
    3- Portela
    4- Tijuca
    5- Salgueiro
    6 – Mocidade
    7 – Beija flor
    8 – Estácio
    9- Vila
    10- Grande Rio
    11- São Clemente
    12 – Ilha

    1. Estou de acordo sobre Grande Rio, só discordo da Vila, mas entendo o que diz.

      Agradeço o comentário e a leitura
      Abraços!

  10. Por incrível que pareça, não consigo achar o samba da Imperatriz, nem o da Portela e nem o da Mangueira os melhores (a verde rosa detinha em mãos uma obra prima, um dos sambas mais belos das últimas décadas e o desperdiçou). O Samba da Imperatriz, talvez ocorra que minha opinião mude quando eu o ouvir na gravação oficial, na voz do intérprete da escola. Por hora, Lucy (linda e com excelente interpretação e a dupla que… CRUZ CREDO! não me permitem perceber o samba como ele realmente será. Ainda na questão “por incrível que pareça”, acho os sambas do Salgueiro, da Mocidade, da Beija Flor e da Vila muito bons e acima dos apontados como os melhores. Nenhum samba esse ano, pra mim, é a última garrafa de água mineral no deserto, mas, pelo menos, não temos bizarrices. Ao vivo sabemos que muitos sambas mudam e se transformam, então, é esperar pra ver.

    1. Eu gosto bastante dos sambas de Imperatriz e Mangueira, o segundo ficou bastante agradável na ótima gravação da primeira passada, disponibilizada nessa semana. E concordo bastante sobre Salgueiro e Vila Isabel sambas que crescem a cada audição.

      Obrigado pela leitura e pelo comentário.
      Abraços!

  11. Bruno, eu já vou comentar em cima da primeira passada das versões oficiais.
    Concordo com muito do que você escreveu, mas acabo talvez “supervalorizando” dois sambas que você e o pessoal dos comentários coloca um pouco mais abaixo.

    Fica a polêmica sobre a obra da Portela. Eu considero a melodia uma das mais bonitas dos últimos anos. A letra tem alguns defeitos, como “é melhor respeitar”, que já está ficando batido, mas desde a versão das eliminatórias (com o Igor Sorriso), eu fico emocionado com a melodia a partir de “Abre a janela” até o refrão. Para mim (e talvez só para mim…rs)é o melhor samba do ano.

    A outra discordância eu tenho certeza que vou ser voto vencido, mas achei espetacular o samba da São Clemente. Letra e melodia muito leves, com crítica política na segunda estrofe, “ressuscitando” o “Alô alô” na letra…enfim, me lembrou muito os sambas do fim dos anos 80 e início dos 90. Repito, sei que sou voto vencido, mas coloco esse samba da preto e amarelo no mínimo como muito bom.

    Abraço.

    1. Marco, vamos lá ouvindo os sambas na primeira audições eu vou comentar o seu comentário, haha.

      Portela: Não achei a gravação muito boa, aliás, foi uma faixa que deixou de me atrair. Concordo que a melodia seja excelente e que a letra tenha alguns lugares-comuns como você bem frisou. Ainda acho bom samba, mas quero ver no ensaio técnico.

      São Clemente: Esse samba cresceu muito comigo, achei que a bateria mandou bem demais. Leozinho Nunes me surpreendeu positivamente e o enredo já me atraía. Não chego ao ponto de achar muito bom com você, mas acho bem agradável também.

      Mas é isso mesmo, acontece de sempre ter uma ou outra divergência sempre mantendo a educação e a discussão no mais alto nível.

      Agradeço o comentário e a leitura
      Abraços!

  12. Apesar de concordar com o samba da Imperatriz como o melhor do ano, mesmo com enredo fraco e tendendo ao apelativo, não consigo gostar tanto assim do samba da Mangueira , que por ser empolgado como de bloco de fato deve levantar a avenida , mas descreve pouco o enredo.
    Gosto muito dos sambas do Salgueiro e Portela, considerando fraco o da Grande Rio e confuso o da Mocidade

  13. Meu Ranking:

    1 Mangeueira
    2 Imperatriz
    3 Salgueiro
    4 Beija Flor
    5 Estacio de Sá
    6 Unidos da Tijuca
    7 Portela
    8 Mocidade
    9 Sao Clemente
    10 Grande Rio
    11 Ilha
    12 Vila Isabel

  14. Bruno, voltei porque só agora consegui ter uma melhor noção dos sambas (leia-se só agora tive paciência de ouvi-los). Todos na ordem!

    Excelentes (não antológicos): Mangueira, Unidos da Tijuca, Imperatriz e Portela.
    Muito bons: Salgueiro e Vila Isabel.
    Bons: não tem
    Médios (com muita boa vontade): Mocidade, São Clemente e Estácio
    Fraco: Beija-Flor
    Muito fraco: Grande Rio e União da Ilha

    Em resumo: a segunda pior safra do novo milênio, à frente apenas de 2011. Mas não é de todo ruim. Mas é bem pior do que o quarteto 2012-2015.

    E se prepare: Pelé dá azar às escolas que o homenageiam. Te cuida, Projac!! =D

    Abraço!

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