Domingo o Goiás perdeu para o Figueirense em casa. Era um jogo de seis pontos, o Esmeraldino tinha um a mais o segundo tempo todo e, com uma atuação muito ruim, deixou os visitantes vencerem. O Presidente do Goiás, ao final do jogo, desabafou. Disse, em linhas gerais, que seus jogadores eram um bando de vagabundos sem vontade. Que “fez de tudo” por eles para que eles não devolvessem tamanha gentileza em campo. Disse que não há espaço para quem quer trabalhar direito no futebol. Declarações fortes, que causaram surpresa e poucas e tímidas reações negativas. A maioria entendeu como um desabafo natural.

Alguns dias depois, o São Paulo, que anos atrás era exemplo de gestão (em uma mesma época, aliás, onde o Goiás também o era), viveu dias de UFC. O Presidente (pelo menos enquanto escrevo, há rumores de renúncia na data de hoje) Carlos Miguel Aidar e o vice, Athaíde Gil Guerreiro, saíram no tapa. O segundo disse que tem escutas que provam que o primeiro desviou dinheiro do clube. A pressão por impeachment é grande. Aidar tirou todo mundo da diretoria e agora tenta tocar o barco sozinho.

Os dois exemplos são emblemáticos, mas não os únicos. São, na verdade, retratos fiéis do futebol brasileiro de terno e gravata. O caso do Goiás é a expressão maior do tipo de dirigente falastrão que tanto sucesso faz. Aquele que, seja com técnicos, árbitros ou jogadores, berra em coletivas e faz média com a torcida. Diz que fulano é ladrão, ciclano é incompetente, beltrano faz corpo mole e não olha pro umbigo. O dirigente goiano, por exemplo, sequer menciona o fato de que montou um dos piores elencos do clube na história da Série A, demitiu um treinador que conseguia fazer o time render e ainda por cima não move uma palha para tentar trazer sua torcida pro estádio.

O São Paulo é mostra de um tipo de gestão mais comum em times grandes: brigas políticas internas, guerra de egos, disse-me-disse e pouco feito de bom para o clube. Todos eles, aliás, costumam se sentir os melhores Presidentes do Mundo quando conseguem pagar salários em dia. São ótimos de microfone e recebem aplausos em grande parte das vezes. E se alguma coisa der errado, é só mandar um bode expiatório ou quem quiser reclamar para o olho da rua.

ponte-preta-x-internacional-072615_1jentei6xxsyw1getiuqe35xoqInternacional 2 x 1 Sport

Talvez o jogo mais agradável de se assistir na rodada. Intensidade, bom toque de bola, times bem postados taticamente e bola rolando por um tempo aceitável. O Inter fez um grande primeiro tempo, que me surpreendeu bastante. Esperava um time lento, abatido por conta da queda na Copa do Brasil, mas vi uma equipe pronta e focada para brigar por uma vaga na Libertadores no último meio possível – o Brasileirão. O time pecou muito nas finalizações, mas controlou toda a primeira etapa.

Mantendo a mesma pegada, o Colorado abriu o placar em um gol meio sem querer de Lisandro López e aí cometeu um erro que lhe é frequente em 2015: relaxou com a vantagem. Deu campo para o Sport, chamou o adversário para o ataque e logo sofreu o empate. Dessa vez, pelo menos conseguiu reagir muito rapidamente e foi atrás da vitória novamente. Vitória importante para esquecer de vez a Copa do Brasil e focar no Brasileirão.

Coritiba 0 x 3 Atlético Mineiro

Vitória tranquila do Galo contra um time pra lá de limitado que é o Coritiba. Apesar de um início de jogo até que equilibrado, com boas chances para os dois lados, o Galo teve a maior parte do jogo sob seu controle com o futebol que jogou na maior parte do ano. Muito superior tecnicamente, ainda contou com a sorte do gol contra do Coritiba no fim do primeiro tempo para abrir o placar. Depois, seguiu no controle e abriu 2 a 0.

Já contando com três pontos a menos na conta, o Coxa entrou naquele modo “rezar pro jogo acabar logo”. O jogo ficou chato, com poucas emoções e o tempo foi passando sem que nada indicasse uma reação dos donos da casa. No fim, o Atlético ainda teve um pênalti para ampliar a vantagem e vencer com larga vantagem, ganhando fôlego na briga pelo título.

souza-do-sao-paulo-comemora-o-gol-durante-partida-contra-o-avai-pelo-campeonato-brasileiro-2015-no-estadio-cicero-pompeu-de-toledo-morumbi-1434919503483_1920x1080São Paulo 1 x 0 Atlético Paranaense

O São Paulo mais uma vez apresentou um futebol pra lá de burocrático, uma marca em muitos jogos na agora finada Era Osorio. Com um meio-campo pouco inspirado, a criação de jogadas foi prejudicada e inspirou o time adversário a sair pro jogo. O Atlético, mesmo vivendo um momento complicado no Brasileirão, tem um time bem postado taticamente e tem pecado por uma falta de qualidade técnica nos últimos jogos. Com o São Paulo desorganizado e mambembe, teve espaço para criar, incomodar, assustar, embora não tenha exatamente feito uma pressão.

A resposta do Tricolor veio de maneira gradual, primeiro diminuindo os espaços para o Atlético e depois propondo um pouco mais o jogo, de modo que no segundo tempo foi muito mais perigoso e dominou a partida. Mais uma vez com uma dificuldade enorme a partir do setor intermediário, poderia ter criado mais e, principalmente, finalizado melhor, e acabou que só venceu o jogo por causa de um voleio errado que terminou com a bola no fundo das redes. Uma vitória fundamental pro Campeonato, mas que também indica que as coisas não andam bem.

20151004_105813Flamengo 2 x 0 Joinville

Para um lanterna, até que esse time do Joinville é bem abusado. Mesmo enfrentando um Maracanã lotado e um time bem mais forte, os catarinenses incomodaram um pouco no começo, tentaram criar um clima estranho para a torcida. É a estratégia do time pequeno, que tenta jogar o time da casa contra sua própria torcida.

O Flamengo conseguiu reagir bem e logo fez valer sua superioridade com um futebol simples, não muito rebuscado, mas de qualidade nos quesitos básicos e nos fundamentos simples. Ainda me incomoda o excesso de tentativas pelo jogo aéreo, o que facilitou a vida do JEC no primeiro tempo, mas nada que não se resolva. O golaço de falta no começo do segundo tempo abriu caminho para o time jogar com ainda mais tranquilidade e matar a parada com um gol irregular no fim do jogo. Vitória simples, mas igualmente importante.

Avaí 1 x 1 Vasco

Mais uma atuação muito competente do Vasco nesse pasto que o Avaí chama de gramado. O time carioca vive sua melhor fase no ano, com um futebol quase que operário. Um time ciente de suas enormes limitações e que tenta fazer o simples, o que estiver ao alcance para vencer os jogos. Jogando na Ressacada, o Vasco se expôs, não quis saber de empate e foi pra cima. Jogou bem, dominou a primeira etapa e abriu o placar com um gol de pênalti muito bem assinalado.

No segundo tempo, o desespero do Avaí levou o time a se arriscar por completo e fez o Vasco dar uma recuada perigosa. O time da casa começou a ganhar espaços, ir para o chamado abafa e a pressionar a defesa do Vasco, que não costuma resistir bem à pressão pela óbvia falta de capacidade. O Avaí ainda desperdiçou um pênalti absurdamente mal marcado antes de chegar ao empate em uma bobagem digna de Vasco do primeiro turno feita pela zaga cruzmaltina. Um empate ruim para os dois, mas pior para o Vasco, principalmente porque o jogo ofereceu condições de ir além.

gremioavaiCruzeiro 0 x 0 Grêmio

Mais um jogo muito interessante do Cruzeiro. Jogando em casa, deixou o Grêmio ditar o seu ritmo, deixou o Grêmio trabalhar a posse de bola, mas, ao mesmo tempo, armou uma marcação muito ajustada para fechar os espaços e impedir o adversário de transformar essa posse em oportunidades reais de gol. De início, o jogo ficou ruim, com o Imortal martelando em busca de uma brecha e a Raposa se segurando.

Mas, depois de um tempo, o Cruzeiro passou a colher frutos de sua estratégia. O time gaúcho, impaciente, começou a errar e, mais exposto, ofereceu espaços para que o time da casa se açodasse. Por conta disso, as melhores chances de um jogo que não foi exatamente empolgante vieram do time mineiro, que voltou a pecar nas finalizações e, por conta disso, acabou não vencendo. Ainda assim, tudo sugere que o Cruzeiro deve ser um dos primeiros times a entrar no Feliz 2016.

Santos 3 x 1 Fluminense

Um massacre de dar dó. O Santos é mais time e jogava em casa, de modo que era favorito. Cabia ao Fluminense tentar, com uma boa dose de raça, igualar as ações como fez contra o Grêmio na Copa do Brasil. Mas, como um minuto de jogo, ficou claro que não seria bem essa a tônica do jogo. Em uma sequência de bobagens como recuar a bola para o goleiro em um campo molhado e um goleiro receber uma bola em um campo molhado, pressionado por dois adversários, e tentar dominar antes do chutão, o Santos abriu o placar com uma bolada sofrida por Lucas Lima.

Logo na sequência, veio o segundo gol, esse em uma jogada criada, pensada, explorando toda a desatenção e os erros do time adversário – que, apesar da vaga na Copa do Brasil, não são poucos. E depois as chances continuaram acontecendo. Poderia ter saído mais um, mais dois, mais três, mais quatro, mas João de Deus estava ao lado dos cariocas. O Fluzão ainda contou com um pênalti não assinalado para o Peixe, mas acabou, já na parte final do jogo sofrendo o praticamente inevitável terceiro gol. O 3 a 1, decretado após o desconto dos fluminenses, ficou barato para o Flu e de bom tamanho para o Peixe, que volta ao G-4 após cinco anos.

Ponte Preta 2 x 2 Corinthians

Mais uma vez, Ponte Preta e Corinthians fizeram um duelo tático deveras interessante. O jogo começou um pouco amarrado, prejudicado pelo gramado ruim, e por um Corinthians que não se mostrava muito compacto. A Macaca, assim, vinha ganhando o meio-campo e começou a criar chances. Não demorou muito para o Timão dar a resposta. Mesmo com Renato Augusto anulado por uma forte marcação, as chances surgiram porque Jadson fez mais um ótimo jogo e Vagner Love ao menos teve boas participações.

Roteiro conhecido no Campeonato… Jogo equilibrado, adversário até um pouco melhor por um tempo e Corinthians cirúrgico quando teve seu bom momento. Jadson abriu o placar depois de perder um gol impressionante e tudo ia seguindo como nas demais partidas. No segundo tempo, o Timão desperdiçou um arsenal de chances e parecia estar com a vitória nas mãos. Mas do outro lado, dessa vez, estava um time que sabe responder à altura. Passado o sufoco, a Nega Véia dominou completamente a partida por um período de 15 minutos e mostrou ela a frieza que estamos acostumados a ver do Corinthians. Com duas jogadas bem encaixadas – embora a primeira tenha contado com um impedimento ignorado -, o time da casa virou o jogo.

A competência foi tamanha que pela primeira vez em muito tempo vimos um Corinthians nervoso, abatido, surpreso. Nem mesmo Tite, oásis de paciência, soube assimilar bem o ocorrido. Mexeu mal, meio de improviso, partindo para um abafa que não lhe é característico. Surpreendentemente, deu certo. Rodriguinho, um herói improvável, fez belo gol e decretou um empate que reproduz com fidelidade o que foi o jogo entre dois dos mais brilhantes times do Brasil em termos táticos.

Goiás 2 x 3 Figueirense

Por mais que o Presidente do Goiás tenha passado completamente do limite do tolerável, uma coisa é fato. O Figueirense entrou em campo para uma decisão e o Goiás parecia completamente desligado, como se fosse um jogo comum. Em toda a partida, o Figueira quis mais, lutou mais, buscou mais o gol. No primeiro tempo, vinha mais ativo, mais sólido, mas desmoronou de repente, com a exagerada expulsão de Carlos Alberto e, algum tempo depois, o gol de pênalti de Zé Love.

Tudo indicava uma derrota do Figueirense. Perdendo, com um a menos, fora de casa… O cenário era catastrófico, mas mudou tão de repente quanto havia virado a favor do Esmeraldino, com dois gols a favor do alvinegro. Entendendo que sua situação numérica não era das melhores, o time catarinense recuou para tentar segurar o jogo e acabou levando o empate. Mais uma vez, parecia que o jogo se encaminhava para o alviverde do Cerrado. Mas não foi assim que aconteceu.

O Verdão ficou contido, não fez pressão nenhuma e, pelo contrário, ainda deixou, com sua apatia, o Figueirense acreditar em uma vitória. Acreditou, foi lá e, predestinado, conseguiu. Com uma luta e uma garra emocionantes, os catarinenses venceram e comemoraram como um título. Vitória importantíssima para fugir do rebaixamento e, do outro lado, derrota digna de criar uma crise gigantesca em um momento dramático para o time local.

chapecoense-comemoracao-divulgacao-640x480Chapecoense 5 x 1 Palmeiras

É sim possível dizer que o Palmeiras jogou mal, que entrou desligado e desorganizado e que precisa melhorar muita coisa se quiser brigar por G-4. Tudo isso é verdade. Mas não é menos verdade dizer que a Chapecoense foi brilhante taticamente, que fez um jogo praticamente perfeito. Compacta, veloz, precisa e envolvente. Ninguém é goleado jogando bem, mas ninguém goleia jogando mal. Os dois primeiros gols deixam claro isso. Erros graves de marcação do alviverde paulista, mas, ao mesmo tempo, jogadas rápidas e eficientes do ataque catarinense. Entre esses dois gols, a primeira grande trapalhada do trio de arbitragem, que expulsou Egídio injustamente e voltou atrás quando o jogador já estava no vestiário. Mais um exemplo de como essa tal “interferência externa de vídeo” não é tão proibida quanto parece.

Voltando ao jogo, a Chape esteve no comando durante todo o tempo. Parecia o time do G-4 enquanto o Palmeiras parecia um candidato ao rebaixamento. Assim, saiu o terceiro gol, validado, injustamente anulado e validado na sequência em definitivo. Depois, em um raro hiato do passeio chapecoense, o Palmeiras descontou. Parecia querer incomodar, mas não demorou muito para paçocar bisonhamente e levar o quarto gol. Ali, desmoronou de vez. Entrou no piloto automático, rezou pro jogo acabar logo e ainda levou o quinto gol com requintes de crueldade. Menos mal para o Palmeiras que há esse espaço longo entre um jogo e outro. Tempo para digerir uma derrota onde tudo deu errado não vai faltar.

Classificação

Passada mais da metade do segundo turno, eis a classificação.

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Público e Gols

– Boa rodada para a média de público, que sofreu levíssima oscilação positiva e agora está na casa dos 17.093 torcedores por jogo. Comparando com os demais anos: 12.002 em 2006, 15.294 em 2007, 15.790 em 2008, 16.476 em 2009, 13.549 em 2010, 14.175 em 2011, 12.437 em 2012, 14.314 em 2013 e 15.580 em 2014.

– Em gols, rodada um pouco acima da média e agora são 686 no Brasileirão. A essa altura, eram 778 em 2006, 791 em 2007, 747 em 2008, 830 em 2009, 734 em 2010, 781 em 2011, 718 em 2012, 717 em 2013 e 646 em 2014.

Palpites para a 30ª rodada

Atlético Mineiro x Internacional – Quarta-feira, 14/10, às 19h30, no Independência, em Belo Horizonte

Jogo que já foi um dos candidatos a um dos melhores do ano, lá na Libertadores. Dessa vez não deve ser tão empolgante, mas deve ser um bom jogo, pela qualidade dos times e por tudo que está envolvido. Mais sólido e jogando em casa, aposto no Galo. 2 a 1 para o Atlético.

Sport x Avaí – Quarta-feira, 14/10, às 19h30, na Ilha do Retiro, em Recife

O Sport já está no piloto automático no Campeonato e vai pegar um time que terá mais uma decisão pela frente. Por ser bem arrumado e pouco incisivo, o Leão não deve vencer, mas não deve perder. Empate em 1 a 1.

Figueirense x Flamengo – Quarta-feira, 14/10, às 21h, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis

Apesar de ter vencido o Joinville, o Flamengo ainda não voltou ao seu momento mais empolgado. O Figueira, pelo contrário, vem com tudo. Aposta de risco, mas fecho com o Furacão. 3 a 1 para o Figueira.

Joinville x Coritiba – Quarta-feira, 14/10, às 21h, na Arena Joinville, em Joinville

O Joinville está na regressiva para voltar para a Série B, mas ainda vai atrapalhar muita gente na Série A. O Coritiba é um alvo perfeito, por exemplo. Vitória tricolor por 1 a 0.

Palmeiras x Ponte Preta – Quarta-feira, 14/10, às 21h, no Allianz Parque, em São Paulo

Tecnicamente, é o jogo mais interessante da rodada. A Ponte já ganhou do Palmeiras na Capital esse ano e certamente fará jogo duro, mas tenho para mim que, dessa vez, o Verdão vem mais bem preparado. Vitória alviverde por 2 a 1.

Atlético Paranaense x Cruzeiro – Quarta-feira, 14/10, às 22h, na Arena da Baixada, em Curitiba

Os dois já estão meio garantidos ali na zona da marola e devem fazer um jogo de poucas emoções. Por jogar em casa, aposto no Furacão. Vitória rubro-negra por 2 a 1.

Fluminense x São Paulo – Quarta-feira, 14/10, às 22h, no Maracanã, no Rio de Janeiro

Mesmo tendo um time inferior, o Flu tem o bônus de jogar em casa e não estar completamente imerso em uma crise política e em uma troca esquisita de treinador. Não sei se será o suficiente para levar a uma vitória, mas deve ajudar. Empate em 1 a 1.

Corinthians x Goiás – Quinta-feira, 15/10, às 19h30, na Arena Corinthians, em São Paulo

Tem nem muito o que falar. Qualquer resultado diferente de vitória alvinegra é zebra das grandes. Vitória tranquila do Corinthians, 3 a 1.

Vasco x Chapecoense – Quinta-feira, 15/10, às 19h30, no Maracanã, no Rio de Janeiro

Apesar da goleada contra o Palmeiras, a parada é dura para a Chape. O Vasco, esse Vasco, tem boas condições de vencer. Vitória cruzmaltina por 1 a 0.

Grêmio x Santos – Quinta-feira, 15/10, às 21h, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre

Gosto muito desse time do Santos, mas, até pela demora em acordar na temporada, existem jogos que ainda não parecem sugerir vitórias santistas. Esse é um deles. Tricolor vence por 2 a 0.

Simulador

Simulei as últimas nove rodadas e deu isso aí.

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