24 de fevereiro de 2015
A comunidade de Vila Vintém é surpreendida com a saída de Paulo Barros da Mocidade após confirmação de ambas as partes que a parceria continuaria mesmo após o decepcionante desfile no último Carnaval e a ausência no Desfile das Campeãs.
25 de fevereiro de 2015
Paulo Barros e Portela anunciam um inesperado casamento, dividindo opiniões. Portelenses torcem o nariz para a polêmica contratação, enquanto independentes desdenham da saída do carnavalesco.
27 de fevereiro de 2015
A diretoria da Mocidade mostra que não estava despreparada para uma mudança repentina dos planos e leva de volta à Zona Oeste Alexandre Louzada, justamente o ex-carnavalesco da Portela, nova empregadora de Paulo Barros. Cria também o cargo de diretor artístico, para o qual contrata Edson Pereira.
28 de fevereiro de 2015
A escola mais sensual do Carnaval sai na frente novamente e anuncia o título de seu enredo para 2016. Com aparência ousada, abstrato, moderno, carregando inclusive uma hashtag: #AlendaImaginacao
14 de maio de 2015
A Portela anuncia o título de seu enredo bancando um tema autoral de Paulo Barros: “No voo da Águia, uma viagem sem fim…”
17 de maio de 2015
Pela primeira vez escuto falar sobre uma possível mudança de enredo da Mocidade Independente para o Carnaval-2016.
Toda escola precisa de dinheiro, tenha ela um patrono, ou não. Mas três meses depois? Claro que tudo isso pode ser apenas um boato e que Louzada e Edson Pereira já estejam com a sinopse pronta para #AlendaImaginacao. Mas e se for verdade?
Bem, se for verdade, acredito que teremos de rever a divisão da responsabilidade sobre o fracasso do aguardado e caro desfile da escola em 2015. Sim, porque não conheço ninguém que não tenha culpado exclusivamente Paulo Barros, já após o desfile. E não falo apenas de torcedores da escola, me refiro a mídia também. E ele teve culpa, e muita. Esse percentual apenas me parece menor hoje, do que era ontem.
Abordando apenas a mudança em si, já parece algo mal administrado. Perder seu carnavalesco, contratar outro três dias depois e no dia seguinte anunciar o tema do enredo me parece pouco tempo para se debater o assunto com seu novo contratado. É como o técnico de futebol chegar ao clube e entregar o planejamento pra temporada inteira no dia seguinte à assinatura de contrato. Mas no dia do anúncio, a escola divulgou que o tema era autoral de Alexandre Louzada. Ora, então sendo assim, tempo curto para a diretoria, incluindo o novo diretor artístico Edson Pereira, que chegou com Louzada, de analisar os prós e contras em bancar um Enredo autoral. Aí, três meses depois, nada de sinopse e os rumores de mudança de enredo justamente pelo motivo financeiro.
O atual momento de indefinição e a ausência de respostas da escola geram também as especulações já tradicionais nesse tipo de caso. Supostos outros motivos para a mudança de enredo, todos ainda atormentados pelo fantasma de Paulo Barros, surgiram imediatamente devido à semelhança entre os temas de seu atual amor e o anunciado pelo antigo affair. O que apenas retrata uma característica peculiar do tricampeão do Carnaval: marcar uma escola para o bem e para o mal.
Quando um técnico substitui no primeiro tempo, está corrigindo sua escalação inicial. Quando um cartola muda de técnico dois meses após contratá-lo, está assumindo a péssima escolha, certo, Peter Siemsen? Independentemente dos motivos que possam levar a Mocidade a tomar tal atitude, se realmente acontecer, já será algo semelhante ao que tanto reclamamos em outras áreas como o futebol, por exemplo: a falta de planejamento.
Pro Carnaval carioca, isso é péssimo. O melhor para todos é que a Escola mostre que isso foi um caso isolado, que aprenderam com o erro e entrarem queimando a pista da Marquês de Sapucaí com o novo tema, seja ele qual for, e quanto renda de patrocínio.
25 de maio de 2015
Isso tudo que vocês leram até agora foi ao melhor estilo “flash-sideway” baseado na realidade alternativa da hipótese da troca, claro.
Hoje a Mocidade tem um Enredo, e ele se chama: #AlendaImaginacao.
Aquele abraço!