Iniciando a série sobre a viagem, hoje temos a partida de basquete a que fui assistir: Orlando Magic versus Miami Heat, o clássico da Flórida.

O leitor deve estar estranhando, dado que sou torcedor fanático do New York Knicks. Entretanto, a equipe não jogou em Orlando no período em que estive na cidade, e dada a draga em que está o time (que será alvo de post futuro), talvez tenha sido até melhor…

O Magic, time da cidade, jogaria quatro vezes em casa no período em que estive viajando. Como os Knicks não jogariam e nenhum dos adversários era daqueles que valessem a pena optei pela partida que se adaptava melhor à minha logística, que era logo o primeiro, no dia 25 de fevereiro.

20150225_172730Como da ocasião anterior, quando estive no Madison Square Garden, comprei os ingressos no Brasil antes mesmo de viajar. Desconfio que se tivesse comprado os ingressos na véspera pelo sistema do “resale” teria pago mais barato, mas minha conexão via celular não permitiria isso. Ainda assim, peguei um lugar que permitia uma boa visão a um valor unitário que representava metade do que paguei em 2013.

A Amway Arena fica no centro da cidade de Orlando, aliás tendo sido a única vez em que estive no “downtown” da cidade da Flórida durante minha estadia. Optei por contratar aqui no Brasil um serviço de transfer do hotel para o ginásio por não saber como seria o estacionamento e por querer beber algumas cervejas, mas com o GPS não é difícil dirigir até o local.

20150225_180222No setor onde fiquei o ingresso trazia um voucher de 10 dólares para consumo nos bares da área, o que, levando-se em conta que eram quatro pessoas, permitiu fazer um lanche com pizzas, refrigerantes e cervejas. Como já ocorrido no Madison Square Garden, alguns dos bares tem cervejas especiais à venda, a cerca de oito dólares o pint – um pouco mais se o cliente quisesse o copo celebrativo com a série homenageando as cheerleaders da equipe, como eu fiz.

Curioso é que alguns turistas no mesmo setor não sabiam que o ingresso dava direito à consumação – tive de explicar isso a algumas pessoas, especialmente brasileiros. Outra diferença é que não se precisa levar o ingresso junto quando se vai à área dos bares do ginásio.

20150225_174055A entrada do setor onde fiquei é pela loja oficial. que é menor que a dos Knicks mas que possui maior variedade de produtos. Uma curiosidade é que havia uma camiseta a venda marcando o jogo e sua data (na foto à direita).

Com o time da casa em má fase, o ginásio recebeu cerca de 60% de sua lotação, o que pelas suas características parece ser um público menor que o ginásio de New York onde estive. Entretanto, oficialmente as duas arenas possuem número de lugares semelhantes.

O público podia ser dividido, grosso modo, em três terços: um de turistas – praticamente todos brasileiros – o segundo de torcedores da casa e o terceiro, de apoiadores do time adversário. Sabe-se que Miami fica relativamente perto de Orlando, mas chegou a ser constrangedor ver em vários momentos a torcida visitante gritando mais que a local – aliás, como já havia acontecido quando o Magic enfrentou o Flamengo na pré temporada.

20150225_181550Este escriba, embora tenha assistido ao jogo com a camisa dos Knicks, apoiou o time local por detestar o Heat e sua aura de “time fabricado”.

O início da partida contou com aqueles shows típicos da NBA e o hino americano interpretado por uma cantora local. É sempre bom pontuar que o jogo é um espetáculo e até mesmo nos intervalos há atrações visando entreter o público, como as cheerleaders, a atuação do mascote e concursos como o de tentar acertar a cesta do meio de campo e levar 10 mil dólares – o que um torcedor logrou fazer.

20150225_203612O jogo em si teve um nível técnico pior que a partida anterior a que assisti, mas foi equilibrado o tempo todo. O time local manteve a dianteira no placar quase o tempo todo, chegando a estar vencendo por sete pontos a menos de um minuto para o final da partida.

Entretanto, cedeu o empate a dois segundos do estouro do cronômetro, em jogada que mostrou a falta de qualidade da equipe: deixou o melhor arremessador adversário livre para empatar a peleja. Victor Oladipo é muito bom jogador e Vucevic, também, mas o restante da equipe deixa a desejar.

20150225_214702Na prorrogação, o time de Miami fez o suficiente para vencer por três pontos de diferença, embora longe de apresentar um jogo de alto nível. Não foi um jogo de bom nível técnico, e a Amway Arena está atrás do Madison Square Garden em estrutura e glamour, mas sempre é uma experiência única assistir a estes semideuses do basquete em ação. Se o leitor tiver oportunidade, não perca.

Com o transfer, a volta foi tranquila, mas não pude sentir o clima pós jogo. Vale registrar, porém, que a torcida do Heat fazia bastante barulho, inclusive em uma entrada ao vivo à Fox Sports local. Pessoalmente, acho que curti mais o jogo que a experiência anterior, talvez por não estar envolvido emocionalmente com a peleja. Aqui se pode ver os melhores momentos.

Concluindo, a Amway Arena tem boa estrutura, é uma chance de se conhecer o centro da cidade e, por pior que seja a partida, o show sempre vale a pena. Recomendo e muito ao leitor. Vale destacar também o wifi do ginásio, não tão eficiente mas bem melhor que o sistema de telefonia celular da cidade – que não deve nada ao do Brasil em termos de (falta de) cobertura.

E a série segue. No próximo capítulo, os parques da Universal.

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One Reply to “Um passeio pela NBA – Orlando Magic 90 x 93 Miami Heat”

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