Sábado, 14 de fevereiro

Unidos de Vila Maria

Enredo: “Só os diamantes são eternos na química divina”

Compositores: Paulo Senna, Alemão do Pandeiro, Anderson Magrão, Jonas Mizael e Tadeu Gomes

Intérprete: Clóvis Pê

Voltando ao Grupo Especial, a Vila Maria ganhou um samba bastante além do esperado para o confuso enredo sobre os diamantes que irá abrir a segunda noite de desfiles. Os compositores, a despeito da sinopse confusa, entenderam a essência do enredo e bolaram uma letra que, além de muito clara, ainda conseguiu unir algumas sacadas interessantes, fugindo assim do lugar comum. Mas, ainda assim, está longe de ser um grande samba.

O refrão principal era dos melhores do ano em minha visão, principalmente pelo muito bem sacado “deixe a Vila lapidar seu coração”, mas a escola, depois das eliminatórias, resolveu subir desnecessariamente o tom do verso “basta querer, acreditar”, o que quebrou totalmente a melodia. Um outro problema é que a melodia do refrão parece fazer parte de outro samba. Prova disso é o espaço enorme entre o último verso e o início do refrão.

A melodia foi muito bem construída e, à parte o refrão, não tem nenhum erro. Por outro lado, não evita que o samba caia na monotonia já que é sempre do mesmo jeito. Falta também um momento de maior explosão. Os versos finais da segunda parte dão a sensação de que o samba vai atingir o seu ápice, mas isso acaba não acontecendo porque o refrão principal, embora seja muito bom, não é explosivo.

O ponto alto do samba é o refrão do meio, quando a melodia tem maior entrosamento com a letra. A letra, por sinal, é irretocável do início ao fim, um surpreendente acerto dos compositores. Destaque para o verso “precisa e também preciosa”, ainda na primeira parte. Clóvis Pê, que havia feito excelente gravação em uma versão divulgada pela escola, não gravou bem no CD.

Nota: 9,6.

gavioes2006Gaviões da Fiel

Enredo: “No Jogo Enigmático das Cartas, Desvendem os Mistérios e Façam Suas Apostas, Pois a Sorte Está Lançada!!!”

Compositores: Eduardo Nery, Dom Álvaro, Rodrigo Pezão, Tadeu Paulista, Gustavinho Oliveira, Danilo Garcia, Caio Alves e Rafael Tinguinha

Intérprete: Ernesto Teixeira

Está aí o samba que mais me surpreendeu no CD. O baralho da Gaviões da Fiel, na gravação oficial, revelou alguns méritos do samba que não apareciam na gravação que se sagrou campeã nas eliminatórias. A melodia, por exemplo, parecia muito lenta, parecia não ter variações, parecia não empolgar… Já não parece mais. O samba tem uma melodia muito rica, uma letra inspirada e, embora não seja um samba com a cara da Gaviões, tem tudo para render muito bem.

O refrão principal não é aquela “pancada” que a Gaviões leva (ou tenta levar) para a Avenida todo ano, mas cumpre bem o seu papel. Chega pedindo respeito e faz um trocadilho com o coringa do baralho e o Coringão. A primeira parte é das mais gratas surpresas do ano com uma letra belíssima, muito inteligente e uma melodia que é, sim, mais lenta, mas é ao mesmo tempo empolgante. Destaco os trechos “vai bater um Fiel sentimento no meu coração” e “e do futuro não tenha medo / nossa vitória não é segredo / a cartomante revelou em um baralho de tarô / a Gaviões é o meu amor”.

O refrão do meio é o destaque negativo da obra. A ideia dos compositores foi boa, mas os dois primeiros versos são mais acelerados que a melodia, o que compromete o canto. Problema parecido ocorre na segunda parte, que tem uma letra menos emotiva, mas também muito correta. O verso “reinou no cinema, herói ou vilão?” claramente atropela a melodia. Melodia que tem uma variação interessantíssima justamente no verso seguinte, mas que exagera a partir da passagem “a quinta estrela no peito”, quando o samba é cantado em um tom muito acima do resto, quebrando assim o conjunto rítmico.

Por fim, a obra poderia passar muito bem sem o trocadilho “vai ser do baralho”. Ernesto Teixeira fez sua melhor gravação nos últimos anos.

Nota: 9,6.

Mocidade Alegre

Enredo: “Nos Palcos da Vida, Uma Vida no Palco… Marília!”

Compositores: Ana Martins, Douglas Sabião, Imperial, Márcio Bueno, Rodriguinho e Victor Alves

Intérprete: Igor Sorriso (Part. Especial: Marília Pêra)

Tricampeã e favorita ao título, a Mocidade Alegre surpreendeu a todos com esse enredo sobre Marília Pêra, que foge totalmente ao que a escola vinha apresentando. E essa mudança de ares rendeu à escola um dos melhores sambas-enredo da Morada nos últimos anos. Os compositores acertaram em cheio na melodia, que é espetacularmente bem construída e tem ótimas variações, todas elas bem executadas.

O refrão principal era bom, mas ficou ótimo depois que a escola trocou os dois “laia laiá” por “vem aplaudir” e “faz delirar”. Além de mais pertinente à letra, é também melhor para se cantar. A melodia do refrão em questão é envolvente, gostosa de cantar e o este só não é perfeito por conta do verso “mulher guerreira, bem brasileira”, que está ali tapando buraco para rimar com “Marília Pêra”. A primeira parte já começa com um andamento mais lento e tem sua primeira mudança rítmica já no terceiro verso. Aliás, esse verso tem uma boa sacada em “tão menina, a flor bailarina / carrega no sangue, o dom de encenar” e, logo em seguida, tem um “vai brilhar” que serve de transição para outra mudança melódica muito bem executada.

A primeira parte vai em uma crescente até explodir no ótimo refrão do meio. O ápice dentro do ápice são os versos “tem Carmem Miranda, ganzá e pandeiro / de saia rodada, ginga no terreiro”. A segunda parte volta a ter um andamento mais cadenciado, mantendo a beleza poética e melódica do samba, com destaque para “o anjo da noite, embala a criança / a Lua Cheia de Amor reflete esperança”. Esse verso marca a mudança melódica mais sensacional da obra, que começa na maravilhosa passagem “meu samba chamou você pra sambar” e que vai, de maneira mais acelerada, até “bravo, Marília”. Aí a melodia dá mais uma cadenciada até ser concluída com perfeição em “nossa Morada a homenagear”.

Igor Sorriso é dono da melhor gravação do CD e conta com a luxuosa participação da própria Marília Pêra no alusivo.

Nota: 9,9.

imperiocasaverde2006Império de Casa Verde

Enredo: “Sonhadores do Mundo inteiro: uni-vos”

Compositores: José Nogueira, Marcelo Faria, Vagner Mariano e Darlan Alves

Intérprete: Carlos Jr.

O resultado da disputa da Império de Casa Verde desagradou 99% do mundo do samba, mas, no entanto, o samba que irá cantar o interessantíssimo enredo sobre os sonhadores é bom. Não é espetacular como o da parceria de Celsinho, derrotada na final, mas é bom. É animado, tem uma melodia bem construída, uma letra interessante e, se a escola o abraçar, pode render bem.

O refrão principal não dá um sacode, mas é a cara da Império de Casa Verde e me remete, aliás, aos de 2005 e 2006. O problema é o “embala eu, embala eu”, que beira o inaceitável. A primeira parte tem uma melodia que alterna passagens mais aceleradas com outras mais cadenciadas, conseguindo assim bom resultado. Apenas o último verso, “dos sonhadores do universo infantil” destoou do resto por ter uma subida de tom muito abrupta. O refrão do meio é o ponto alto do samba e ficou ainda mais sensacional na segunda passada no CD, quando entrou uma bossa em ritmo de reggae no trecho “Marley celebra a paz / Zumbi, a liberdade”. Aplausos para a escola, que alterou ligeiramente a letra desse refrão que, nos dois versos finais, não fazia muito sentido.

A segunda parte é muito bonita, com destaque para “um ‘Salvador daqui’ me diz / que sonhos não morrem jamais / da arte de Sampa e suas esquinas, reluz a criação / ‘alguma coisa acontece no meu coração’”. Esses dois últimos versos, porém, embora muito bonitos, destoam completamente da sinopse, o que é uma pena. Por fim, a segunda parte é excessivamente cadenciada, contrastando com a primeira, o que provoca um arrastamento do samba. Por outro lado, vale a menção aos versos “no paraíso da loucura / de Pamplona a João / brilha a estrela / do meu sonho de ser campeão”. Carlos Jr. mais uma vez aparece como um dos destaques do CD e acrescenta muito ao samba.

Nota: 9,6.

Acadêmicos do Tatuapé

Enredo: “Ouro, símbolo da riqueza e ambição”

Compositores: Rodrigo Minuetto, Vitor Gabriel e Vaguinho

Intérpretes: Vaguinho e Wander Pires (Part. Especial: Leci Brandão)

Está aí outro samba que cresceu muito das eliminatórias para o CD. A Tatuapé, que traz um enredo sobre o ouro, fez algumas alterações muito pertinentes no samba e o melhorou bastante, embora ainda fique devendo bastante em relação à discografia recente da azul-e-branca. O refrão principal é muito bem construído tanto em letra, quanto em melodia e apresenta bem a escola e o enredo.

tatuape_raulzito_rzt_5071A primeira parte também apresenta uma boa riqueza melódica e uma letra que narra bem o enredo, mas, ao meu ver, os três últimos versos terminados em “ão” – ambição, libertação e adoração – dão uma incômoda sensação de repetição ao samba. O refrão do meio é o destaque negativo pela absurda falta de criatividade. Quando li no regulamento da disputa que o refrão do meio deveria ser reservado para Oxum, pensei em algo que fugisse a “ora yeye ô / ora yeye, Oxum / senhora do ouro, de toda a riqueza / ora yeye Oxum”.

A segunda parte é mais curta que a primeira e apresenta uma melodia extremamente confusa em “mil tesouros, encantos infantis / são prêmios, conquistas e glórias”. O verso “é ouro… quero a vitória e medalhas, meu povo”, que nasceu “é ouro… trago no peito a medalha de ouro” e chegou a virar “é ouro… quero prêmios, medalhas e louros” antes da gravação final, também destoa do resto da letra. Letra essa, aliás, que carece de um momento de maior inspiração, de retratar o que é dito na sinopse sem ficar preso a ela. O samba ganha muito nas vozes de Vaguinho e Wander Pires, que formam uma das melhores duplas de intérpretes que já vi, e que ainda contam com a luxuosa colaboração de Leci Brandão.

Nota: 9,5.

Vai-Vai

Enredo: “Simplesmente Elis – A fábula de uma voz na transversal do tempo”

Compositores: Zeca do Cavaco, Zé Carlinhos e Ronaldinho FDQ

Intérpretes: Márcio Alexandre e Gilsinho (Part. Especial: Maria Rita)

Um sambaço espetacular à altura da grandeza da Vai-Vai e da homenageada do enredo de 2015, Elis Regina. Depois de três anos com tentativas fracassadas de repetir o sucesso do espetacular samba de 2011, a parceria comandada por Zeca do Cavaco voltou a acertar em cheio naquele que tinha tudo para ser o grande samba de 2015. Não é, como veremos adiante, mas tinha tudo para ser.

vai+vai+desfile-campeas-sp-2011_f_012O refrão principal é dos mais belos do ano e feito especialmente para escola que tem chão, escola que canta e não tem medo de refrão longo: “reluziu, seu canto ecoou / no meu Brasil cantora igual jamais se ouviu / Saracura a cantar bem mais feliz / Simplesmente Elis”. A primeira parte é muito correta, tem uma melodia bem construída e, mais curta, se limita a apresentar a homenageada com muito bom gosto. O samba volta a crescer no refrão do meio, que deve ser outro momento pra escola sair do chão com sua letra cheia de referências a canções de Elis: “upa, neguinho na estrada é demais / vou à Romaria, Como os Nossos Pais / de um Falso Brilhante eu fiz fantasia / Maria, Maria”.

A segunda parte é tão bonita, que eu me reservo no direito de coloca-la na íntegra aqui: “águas de março a rolar, trem azul vai passar / um sonho mais lindo / na batucada vida, um samba no Bixiga / vai amanhecer / a cantar… a dor, o amor, o bêbado e a equilibrista / a voz do povo diz que o show de todo artista / tem que continuar… / glória… Fino da Bossa com Jair só alegria / hoje retrato em preto e branco na folia / a grande estrela desse meu país”.

Tinha tudo para ser um samba perfeito, mas aí a escola resolveu ousar. É uma ousadia que ou vai dar muito certo, ou vai dar muito errado, mas que já prejudicou o samba. O encaixe do refrão de “Maria, Maria”, o “larelarelarelarelarelarelerere / lalaiálalaiálalaiálalaiálalaiálalaiálerere” arrebentou completamente com a melodia, o que é uma pena. Gilsinho e Márcio Alexandre conduziram muito bem o samba, enquanto a participação de Maria Rita deu mais brilho à gravação, embora eu considerasse melhor trocá-la por duas passadas inteiras do samba.

Nota: 9,9.

X-9 Paulistana

Enredo: “Sambando na chuva, num pé d’água ou na garoa, sou a X-9 numa boa”

Compositores: Fabinho NT, Vitor, Digo Sá, Denola e Mazinho Argenta

Intérprete: Royce do Cavaco

A chuva da X-9 Paulistana, que ganhou talvez a melhor sinopse do ano, não deu à escola um samba ruim, mas também não deu um samba bom. É um samba correto. Rimas simples, letra que resume o enredo, melodia sem erros, um trecho mais acelerado, um mais cadenciado e pronto. A falta de inspiração fica evidente já no refrão principal, que tem todos os seus quatro versos terminados em “ar”: molhar, acabar, sambar e clarear. Aliás, no resto do samba são nada menos que outros seis versos terminados em “ar”: ar, anunciar, faltar, ar de novo, comemorar e amar.

x92015O problema das repetições volta a se manifestar no início da segunda parte, que tem três versos terminados em “ão” na sequência: oração, Sertão e chão. Esse trecho, aliás, tem uma letra extremamente confusa: “meu São José, o sertanejo clama em oração / que venha desaguar no meu sertão”. Mas quem vem desaguar? São José? Por outro lado, há de se valorizar a melodia bem trabalhada, sem apelar para a correria, com boas variações. O ótimo refrão do meio é, inegavelmente, o ponto alto do samba: “vento forte a soprar, Oiá / Oxum, Nanã e Xangô, salve os orixás / um arco-íris de luz tem Oxumaré / para nos banhar com o seu axé”. Outro destaque fica por conta do trecho “nos contos imortais, a sorte dos casais / ‘cantando na chuva’ de prata que cai”, na segunda parte. Royce do Cavaco levou o samba com a competência habitual, mas a obra não lhe deu muitas oportunidades para se destacar.

Nota: 9,6.

Considerações finais: como eu disse, uma safra que ficou bem acima do esperado e que ganhou um CD espetacularmente bem gravado. Embora não tenhamos nesse ano muitos sambas excelentes como nos últimos quatro anos, também não temos nenhum samba muito ruim, o que não acontece há bastante tempo. Ainda assim, é a pior safra dos últimos anos. Do melhor para o pior, em minha visão, temos:

  1. Nenê de Vila Matilde
  2. Vai-Vai
  3. Mocidade Alegre
  4. Acadêmicos do Tucuruvi
  5. Mancha Verde
  6. Rosas de Ouro
  7. Dragões da Real
  8. Gaviões da Fiel
  9. Tom Maior
  10. Império de Casa Verde
  11. Vila Maria
  12. X-9 Paulistana
  13. Acadêmicos do Tatuapé
  14. Águia de Ouro

Abaixo, os áudios das escolas deste dia.

10 Replies to “Os sambas de enredo do Grupo Especial de São Paulo – Sábado”

  1. Olá, amigo colunista. Colocarei as minhas notas e em seguida o ranking:

    Mancha Verde: 9.9
    Acadêmicos do Tucuruvi: 10
    Tom Maior: 9.8
    Dragões da Real: 9.8
    Rosas de Ouro: 9.9
    Águia de Ouro: 9.5
    Nenê de Vila Matilde: 10
    Unidos de Vila Maria: 9.6
    Gaviões da Fiel: 9.8
    Mocidade Alegre: 9.9
    Império de Casa Verde: 9.8
    Acadêmicos do Tatuapé: 9.3
    Vai-Vai: 9.9
    X-9 Paulistana: 9.8

    1- Nenê
    2- Tucuruvi
    3- Vai-Vai
    4- Mocidade
    5- Rosas
    6- Mancha
    7- X-9
    8- Império
    9- Gaviões
    10- Dragões
    11- Tom Maior
    12- Vila Maria
    13- Águia
    14- Tatuapé

    1. Tricampeã e favorita ao título, a Mocidade Alegre surpreendeu a todos com esse enredo sobre Marília Pêra, que foge totalmente ao que a escola vinha apresentando. E essa mudança de ares rendeu à escola um dos melhores sambas-enredo da Morada nos últimos anos. Os compositores acertaram em cheio na melodia, que é espetacularmente bem construída e tem ótimas variações, todas elas bem executadas.
      O refrão principal era bom, mas ficou ótimo depois que a escola trocou os dois “laia laiá” por “vem aplaudir” e “faz delirar”. Além de mais pertinente à letra, é também melhor para se cantar. A melodia do refrão em questão é envolvente, gostosa de cantar e o este só não é perfeito por conta do verso “mulher guerreira, bem brasileira”, que está ali tapando buraco para rimar com “Marília Pêra”. A primeira parte já começa com um andamento mais lento e tem sua primeira mudança rítmica já no terceiro verso. Aliás, esse verso tem uma boa sacada em “tão menina, a flor bailarina / carrega no sangue, o dom de encenar” e, logo em seguida, tem um “vai brilhar” que serve de transição para outra mudança melódica muito bem executada.
      A primeira parte vai em uma crescente até explodir no ótimo refrão do meio. O ápice dentro do ápice são os versos “tem Carmem Miranda, ganzá e pandeiro / de saia rodada, ginga no terreiro”. A segunda parte volta a ter um andamento mais cadenciado, mantendo a beleza poética e melódica do samba, com destaque para “o anjo da noite, embala a criança / a Lua Cheia de Amor reflete esperança”. Esse verso marca a mudança melódica mais sensacional da obra, que começa na maravilhosa passagem “meu samba chamou você pra sambar” e que vai, de maneira mais acelerada, até “bravo, Marília”. Aí a melodia dá mais uma cadenciada até ser concluída com perfeição em “nossa Morada a homenagear”.
      Igor Sorriso é dono da melhor gravação do CD e conta com a luxuosa participação da própria Marília Pêra no alusivo.

      Hahahahahaha

  2. a parte enxertada do Vai Vai eu concordo contigo Dahi… e mais só pode dar cert lá… em mais nehum lugar do mundo

  3. O samba do Vai-Vai no começo das eliminatórias não era o meu favorito, acho que na segunda apresentação do mesmo, com a explosão da quadra, já dava para saber que esse seria o samba levado para a avenida. Fui me acostumando com ele, na final torci, e hoje acho um dos melhores da safra.
    Em relação ao “enxerto” acrescentado ao mesmo, no começo também não me soou bem, aliás, ainda não me agrada, mas, após acompanhar alguns ensaios, realmente, somente a “escola do povo” poderia fazer essa ousadia e ter reais chances de dar muito certo na avenida. Já na visão dos jurados, não sei como isso vai ser.

    Do resto da safra e da análise, concordo com você Dahi, não mexo da 1ª a 5ª posição, apenas inverteria a posição da Mocidade com a da Tucuruvi, achei a sacada no samba da “Zaca” muito boa, é um samba leve, gostoso de ouvir e cantar, e ideal para o horário do desfile.
    Acho que o samba da Dragões vai crescer muito na avenida, o Daniel tem esse poder de fazer o componente se envolver e brincar carnaval, mesmo quando o samba não é dos melhores.
    Por fim, triste ver que Águia e Tatuapé, após 3 anos de ótimas composições (incluindo a obra da Tatuapé no acesso sobre o enredo em homenagem a Leci Brandão), caíram tanto em relação aos seus sambas, tento na minha opinião, junto com Vila Maria, os piores sambas da safra 2015.

    Abraços

    1. Boa lembrança. De fato os três últimos sambas das duas eram ótimos, embora o da Águia em 2014 tenha sido assassinado na Avenida.

  4. O samba da Vai-Vai é maravilhoso. E o samba minha Vila Maria, é bom, mas essa sinopse pode parar. Chico Spinosa faz falta!

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