Após a segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro, o jornalista esportivo Fred Sabino analisa as apresentações de cada escola e aponta as favoritas para a apuração de quarta-feira.

Portela mareia e sonhado título está perto

Assim como no primeiro dia de desfiles, as agremiações tiveram apresentações irregulares, mas no geral em nível superior ao domingo. União da Ilha e Imperatriz Leopoldinense fizeram bons desfiles mas pecaram em evolução, enquanto a Unidos da Tijuca fez uma apresentação alegre e correta. Mas a grande apresentação do ano foi da Portela, favoritíssima a um título que não vem desde 1984. A Mocidade superou os problemas estéticos e teve um chão espetacular, mas infelizmente a Vila Isabel teve uma apresentação pavorosa nos quesitos plásticos e corre risco de rebaixamento.

mocidade2Mocidade Independente de Padre Miguel

Depois da enorme crise na fase pré-carnavalesca, que teve a saída do então presidente Paulo Vianna a menos de um mês do desfile, a Mocidade fez sua exibição com muita emoção e garra para defender o enredo “Pernambucópolis”, que homenageou o falecido carnavalesco Fernando Pinto e o estado natal dele, Pernambuco.

Mas logo que a escola se armou na concentração, algo chamou a atenção: os diretores de harmonia vestiam camisas do Sport com o número 87. O carnavalesco Paulo Menezes, vascaíno ao que consta, resolveu provocar o Flamengo pela polêmica do título brasileiro de 1987. Para dizer o mínimo, uma ideia desnecessária, que resvalou no recalque. Para piorar, houve princípio de confusão entre os diretores de harmonia e seguranças da Liesa.

A criativa comissão de frente tinha uma nave como elemento de apoio lembrando o desfile de 1985 Ziriguidum 2001 e como novidade espectadores das frisas eram convidados a interagir na pista, com autorização da Liesa segundo a escola.

Infelizmente como se esperava, as dificuldades da preparação atrasada e inadequada resultaram no pior conjunto alegórico do ano em termos de acabamento. O abre-alas chamava-se “Vim das estrelas com meu zirigudidum”, relembrando o título de 1985, e tinha Monique Evans, rainha da bateria 29 anos atrás, como destaque. O carro tinha vários balões simbolizando planetas mas claramente a concepção foi mais simples do que poderia.

mocidadeMas, diante das circunstâncias adversas, o enredo foi desenvolvido com muita clareza pelo carnavalesco, principalmente nas fantasias, que tinham acabamento mais adequado mesmo sem luxo. Já as alegorias, apesar de serem de fácil leitura, eram mais pobres. Os adereços de mão e outros elementos estavam corretos, como na ala dos grandes bonecos de Olinda, com direito a um deles lembrando o antigo patrono Castor de Andrade.

Já a alegoria “Tem batucada no meu São João” misturava o típico forró pernambucano e uma boate, chamada “Carnaval Disco Club”. Uma das esculturas (foto) tinha um beijo gay e componentes fizeram um beijaço na pista. Já o carro “Pernambucópolis”, todo em verde, fazia uma associação com a Tupinicópolis idealizada por Fernando Pinto e uma possível Pernambuco dos sonhos se o carnavalesco estivesse vivo, com muitos prédios inclinados. Infelizmente houve problemas visíveis de acabamento.

O feliz samba-enredo rendeu maravilhosamente, com os componentes cantando a plenos pulmões e o público esteve junto com a escola o tempo todo. Mas o destaque absoluto foi a extraordinária bateria de Mestre Odilon, que teve deliciosa cadência e fez belíssimas paradinhas, uma delas com batida de frevo, com direito a sanfona. Sensacional, para mim a melhor bateria até aquele momento. Aliás, os ritmistas estavam com fantasias que lembravam os figurinos dos astronautas de 1985, em dourado.

A evolução da escola teve problemas por volta dos 50 minutos de desfile nas proximidades do módulo 1, com um buraco de 50 metros formado. Por outro lado, a escola não precisou correr para passar abaixo dos 82 minutos regulamentares. Foi uma apresentação simpaticíssima, com uma comovente garra dos componentes – alguns chegaram chorando à Apoteose. Resta saber o quanto os jurados vão canetar nos quesitos plásticos para vermos se a Verde e Branco correrá algum risco de rebaixamento. Pelos quesitos de pista, não.

uniaodailhaUnião da Ilha do Governador

A União da Ilha teve uma linda apresentação com o enredo “É brinquedo, é brincadeira – A Ilha vai levantar poeira”, que levou a mensagem de que os antigos brinquedos despertam vocações às crianças enquanto os modernos tornam os jovens muito introspectos. O carnavalesco Alex de Souza fez um trabalho simplesmente impecável tanto em concepção como em acabamento de alegorias e fantasias. Mas houve problemas que comprometeram o conjunto.

A criativa comissão de frente tinha componentes mullheres fantasiadas de borboletas e homens como palhaços. Elas pulavam corda ou amarelinha, lembrando duas brincadeiras antigas. Logo depois havia dois velhinhos à frente de um grande baú da memória que se transformava num cenário azul escuro simbolizando o céu com estrelas e uma bailarina e um soldadinho de chumbo “voando” presos a uma haste. Simplesmente deslumbrante e arrebatador.

A seguir, uma linda ala representando um jogo de dominó e um belíssimo tripé representando um bebê engatinhando. Outra ala criativa tinha fantasias representando bonecos de vários países e todos usavam patins, o que deu um efeito extraordinário. Todas as demais alas também estavam supercriativas e extremamente bem fantasiadas, representando vários jogos, como quebra-cabeça (esta ala tinha uma espécie de mosaico formando o símbolo da escola), jogo de varetas e ludo. Uma ala chamada “Come-Come” representava o Packman.

uniaodailha2O primeiro carro alegórico, representando a fábrica da alegria, veio apenas depois, com diversos soldadinhos de chumbo, duendes e um belo globo iluminado em neon com a palavra Brincadeiras. A iluminação em amarelo era maravilhosa, dando brilho ao elemento. A presença de antigos representantes da escola engrandeceu ainda mais o carro. Outra linda alegoria chamava-se “A Loja de Brinquedos” e tinha Letícia Spiller vestida como bailarina e dançando com elegância em cima de um queijo. Havia ainda várias portas, das quais saíam componentes simbolizando diferentes brinquedos. Grandes esculturas de bebês se movimentando deram ótimo efeito ao elemento.

Adorei o carro alegórico que tinha dezenas de cubos formando os tradicionais jogos com letras equadrados. Paineis de led muito bem iluminados simbolizavam os movimentos desses jogos de cubos. Simplesmente maravilhoso. Em ano de Copa do Mundo, o totó não foi esquecido e foi representado por um carro alegórico. Precedendo esse elemento, a ala de baianas tinha a saia em formato e pintura de bola de futebol, o que rendia um efeito incrível quando as senhoras giravam.

Mas infelizmente houve algunssérios problemas que devem custar caro na apuração. As alegorias demoraram a ser manobradas para entrarem na pista, o que causou problemas de evolução, apressada a partir dos 50 minutos. Além disso, um dos tripés passou apagado pela pista, e o sexto alegórico teve problemas de concepção e também passou com as luzes apagadas. Pena!

Mas o problema mais grave ocorreu no carro que mostrava a tecnologia nos brinquedos. Antes mesmo do segundo recuo da bateria, o telão de led ficou torto e um dos queijos pendeu para a frente, o que deixou o destaque tenso e implorando por ajuda. Por sorte, a alegoria resistiu até o fim da pista e o destaque foi retirado sem ferimentos na dispersão. Este problema, além da dificuldade para a retirada do carro do totó causaram mais problemas de evolução.

A bateria comandada pelo estreante Thiago Diogo esteve firme, com boas bossas e paradinhas. Já o carro de som, como sempre bem conduzido por Ito Melodia, tinha soldadinhos com liras dando um molho a mais ao samba, que, no entanto, não foi bem cantado por algumas alas. A escola encerrou seu desfile ainda com chances de voltar no sábado das campeãs, pois teve um conjunto visual e enredo excelentes. Resta ver o quão os problemas citados vão influir na apuração.

vilaUnidos de Vila Isabel

Campeã de 2013, a Vila Isabel defendeu o enredo “Retratos de um Brasil plural”, que tentou mostrar as diversidades do nosso país, baseado no trabalho de Chico Mendes e Câmara Cascudo. Infelizmente a Vila foi um desastre absoluto nos quesitos plásticos. O atraso no barracão causado por um patrocínio frustrado e brigas políticas internas resultou num conjunto alegórico com acabamento ainda pior do que o da Mocidade e inúmeras alas chegaram à Sapucaí com figurinos incompletos. Uma tristeza…

Para se ter uma ideia, a fantasia da rainha de bateria Sabrina Sato chegou à Sapucaí levada por um mototáxi a instantes do início do desfile. Outros figurinos chegaram quando os cronômetros marcavam quase meia hora. Houve tensão na concentração e revolta dos desfilantes.

Diversas alas apareceram sem chapéus e no carro abre-alas, por exemplo, componentes tinham apenas a parte de cima da fantasia e desfilaram com cuecas ou shorts. Uma ala em azul tinha apenas um colã azul e nada mais. Sobre as alegorias, pouco a acrescentar, já que o acabamento lamentavelmente foi pobre e falho.

vila2A comissão de frente até que foi criativa, retratando os costumes e cultura do povo do sertão nordestino por intermédio da xilogravura. Infelizmente já houve problemas de acabamento nos elementos que formavam a comissão, mas os componentes evoluíram bem e fizeram interessante coreografia. A harmonia da escola esteve irregular, com algumas alas, principalmente as primeiras, cantando o samba com força, e outras passando mudas.

O belo samba-enredo dizia o verso “Tem que respeitar” e por isso mesmo fecho os comentários elogiando o bom desempenho da bateria, que fez boas paradinhas e imprimiu andamento adequadíssimo. Mas, de forma triste, a Vila encerrou se desfile com risco sério de rebaixamento pelas gravíssimas falhas visuais. Resta saber se o desempenho nos quesitos de pista será suficiente para salvar a escola.

imperatriz2Imperatriz Leopoldinense

Na homenagem a Zico, a Imperatriz Leopoldinense fez uma bela apresentação, embora com erros nos quesitos de pista. O carnavalesco Cahê Rodrigues foi feliz na apresentação do enredo e na confecção de fantasias e alegorias. A comissão de frente trazia o sonho dos meninos pelo futebol e era seguido pelo tripé “Bem-vindos ao mundo da bola” com o destaque fazendo embaixadas e chutando bolas para os setores de arquibancada. No total, a Imperatriz distribuiu 500 bolas ao público com autógrafos de Zico estilizados.

Gostei da ala com os escudos representando botões de vários clubes, mas havia vários times que Zico jamais enfrentou como Audax e São Caetano… O bonito primeiro carro era parecido com o da União da Ilha representando um jogo de totó cercado pelos deuses do futebol, com lindas estátuas douradas. Grandes craques como Rivellino e Paulo Cesar Caju desfilaram na alegoria. Mas este elemento era acoplado e causou problemas à evolução da escola, já que houve desacoplamento em certo momento, o que pode custar pontos.

A alegoria que mostrava o então menino dormindo sobre bolas de futebol e sonhando também era muito bonita e tinha os familiares do craque e vários galos. O carro “Tesouros do Rei” simbolizou os troféus conquistados por Zico e era extraordinário, todo em azul e dourado, além de ter como destaques jogadores do Flamengo campeão mundial de 1981. O carro “Templo sagrado” representava o Maracanã e os 333 gols do maior artilheiro do estádio. Havia referências a adversários como Botafogo, Vasco e Fluminense e os ex-jogadores Gonçalves, Roberto Dinamite e Arthurzinho. Na parte traseira da alegoria, havia componentes vestidos de gladiadores fazendo coreografias numa parede que retratava um campo de futebol.

imperatriz1O carro “Deus do Sol Nascente”, sobre o Japão, foi um dos melhores do desfile, com diversos elementos do país como bonecos, leques e gueixas, além da reprodução da estátua de Zico no estádio do Kashima Antlers. A iluminação era excelente, em vermelho e azul, o que valorizou o elemento. O carro do Flamengo tinha uma foto de Dida, ídolo de infância do Galinho e um grande urubu – vários rubro-negros desfilaram neste carro, como o ex-jogador e técnico Jayme de Almeida. O grande homenageado desfilou no último carro, que tinha a coroa da Imperatriz oferecida a ele. Zico cantou o samba com alegria e reverenciou o público.

O samba-enredo, por sinal, rendeu mais na segunda metade do desfile, apesar de o cantor Wander Pires estar com dificuldades com a voz – aliás, Wander discutiu com o compositor do samba-enredo Elymar Santos na concentração e o teria tirado do carro de som. A bateria começou acelerada demais pro meu gosto, mas aos poucos encontrou o melhor ritmo e foi extremamente ousada nas paradinhas e convenções.

O único grande pecado da Imperatriz foi no quesito Evolução, já que houve dificuldades para as alegorias entrarem na avenida pela grandiosidade dos elementos. Houve vários buracos durante o desfile e no fim a escola teve de apertar o passo para não estourar os 82 minutos regulamentares. A Impeartriz saiu da avenida sob aplausos do público e também se colocou com força na briga pelo menos por uma vaga no Desfile das Campeãs.

portela3Portela

Penúltima a entrar na avenida, a Portela fez uma apresentação absolutamente arrebatadora e brilhante com o enredo “Um Rio de Mar a Mar: do Valongo à Glória de São Sebastião”, que contou a história do Rio e do porto. De volta à escola em que surgiu, o carnavalesco Alexandre Louzada fez um trabalho perfeito na concepção e acabamento das sete alegorias e três tripés. De cara uma surpresa: uma águia controlada por controle remoto sobrevoou a avenida toda apresentando a escola.

A comissão de frente teve a lindíssima águia como elemento cenográfico. As asas vinham fechadas e se abriam mostrando o cenário do Rio de Janeiro visto do porto, com o Pão de Açúcar ao fundo, e casais saindo do elemento para interagir com outros componentes que tinham estandartes da coroa de Portugal. Todos estavam maravilhosamente vestidos. A seguir passaram a porta-bandeira Danielle Nascimento e o mestre-sala Diogo, também com figurinos brilhantes.

O abre alas se chamou “Um Mar de Portela” e representou as forças da natureza, no caso o mar e a Águia portelense. Águia não, águias, pois além da principal, que estava maravilhosa, havia mais 21 águias representando os títulos da escola. A iluminação estava extraordinária e o acabamento de cair o queixo. Os componentes da alegoria estavam maravilhosamente vestidos com capas representando asas de águias e os movimentos davam efeito como ondas do mar. Para mim, a melhor alegoria entre todos os desfiles de 2014.

Em seguida, uma maravilhosa ala coreografada simbolizando o jongo e o carro “O cais do Valongo”, também de grandiosa concepção. O navio foi maravilhosamente iluminado e tinha lindas esculturas de negras. Em seguida a essa alegoria, desfilou a grande madrinha da comunidade portelense Dodô e a velha guarda passou logo antes de mais uma deslumbrante alegoria, sobre a Belle Epóque.

portela2Outra alegoria deslumbrante foi a que representou o Theatro Municipal do Rio, com esculturas maravilhosas, principalmente a de Carlos Gomes, e iluminação em rosa. O carro sobre o Carnaval de rua também agradou, com a retratação da antiga decoração de rua criada por Fernando Pamplona. A seguir, o carro “Cinelândia Dia e Noite” tinha uma sala de cinema com plateia coreografada vendo um telão. Aliás, as fantasias não ficaram devendo em nada em relação às alegorias e contaram o enredo com muita clareza, além de estarem criativas e muito bem acabadas.

Os anos de chumbo da ditadura foram bem retratados em alas como a das Diretas já e um tripé com um tanque de guerra. Por fim, um elemento alegórico representando “O despertar do gigante” simbolizou as manifestações de 2013. O elemento era altíssimo e, tal como os demais elementos, tinha impacto e era muito bem acabado, com as cores do Brasil – o pessoal de Parintins foi o responsável pelos movimentos do gigante, que foi rebaixado para passar pela torre de TV. Por fim, a alegoria “O Mar que traz a fé” mostrou uma imagem de São Sebastião (padroeiro do Rio) e deixou uma mensagem otimista para o Rio, também com perfeita concepção e acabamento.

Nos quesitos de pista, a Portela também esteve perfeita, com harmonia e evolução impecáveis. A Tabajara do Samba imprimiu excelente cadência ao ótimo samba-enredo, que foi defendido com segurança pelo estreante Wantuir. Ao contrário das outras escolas, que erraram em algum momento, a Portela esteve impecável nos quesitos e deixou a avenida candidatíssima ao tão sonhado título que não vem desde 1984.

tijucaUnidos da Tijuca

A Unidos da Tijuca encerrou o Carnaval 2014 com uma apresentação irreverente e agradável na homenagem a Ayrton Senna tendo como pano de fundo a velocidade. Goste-se ou não da misturada que o carnavalesco Paulo Barros fez com personagens de desenhos animados e aspectos da velocidade, a escola passou bem o que se propôs a fazer, com alegorias e fantasias criativas e bem acabadas.

A comissão de frente tinha personagens como Dick Vigarista, Ligeirinho, Papa Léguas e até o velocista Usain Bolt disputando uma corrida com Ayrton Senna. Um enorme elemento alegórico em formato de boxes escondia um carro de corrida com a pintura da McLaren de Senna e este superava os adversários. Num belo efeito, o carro de Fórmula 1 puxava um pano branco de uma mesa sem que os troféus fossem derrubados.

tijuca2A escola passeou por diversos itens ligados à velocidade na visão de Paulo Barros. Teve até floresta com animais silvestres. Gostei muito de uma ala simbolizando os remadores, com uma enorme lona azul simbolizando a água e um barco por cima, num belo efeito. Outro destaque foi a alegoria “Chegada”, que tinha uma pista oval e um kart de verdade, cercado por um painel de fotos de Senna e pessoas escondidas dando bandeiradas.

As alas referentes aos personagens de desenhos animados já citados renderam boa comunicação com o público. No fim do desfile, a ala das crianças representou o personagem Senninha e outra, o Instituto Ayrton Senna. A última alegoria representava o pódio e tinha uma grande coreografia dos componentes, que tinham macacões vermelhos. Havia dezenas de troféus dourados e o elemento soltava água simbolizando a chuva tão marcante nas vitórias do tricampeão.

Não gostei do samba, mas foi bem cantado pelos animados componentes. A bateria deixou o box (sem trocadilho…) com um extasiado Paulo Barros dançando à sua frente. Foi um belo e animado desfile, apenas inferior no conjunto em relação à Portela, já que a evolução da Azul e Amarelo também foi coesa e sem sobressaltos. Gostei do arrastão da alegria que se formou atrás da escola. Um alegre desfecho para um Carnaval muito irregular por parte da maioria das escolas.

Depois dos doze desfiles, não consigo ver outro resultado coerente que não seja o título da Portela, que foi perfeita em todos os quesitos e deu uma aula de como se deve desfilar, conciliando beleza, luxo e samba de verdade.

Vamos à minha classificação analisando a correção nos quesitos e conjunto da obra e sem contar os fatores políticos que sempre influenciam na apuração.

1 – Portela
2 – Unidos da Tijuca
3 – Beija-Flor de Nilópolis
4 – Imperatriz Leopoldinense
5 – Acadêmicos do Grande Rio
6 – Estação Primeira de Mangueira
7 – Acadêmicos do Salgueiro
8 – União da Ilha do Governador
9 – Mocidade Independente de Padre Miguel
10 – Império da Tijuca
11 – São Clemente
12 – Unidos de Vila Isabel

Infelizmente o saldo do Carnaval-2014 no Grupo Especial acabou sendo decepcionante, pois, à exceção de Portela, Tijuca e Beija-Flor, todas as demais escolas tiveram desfiles bastante erráticos nos quesitos de pista, ou com problemas em alegorias e fantasias. Lamentavelmente os sambas quase não funcionaram ou contagiaram o público. Que as agremiações aprendam com os erros e se preparem melhor para 2015. Afinal, o show tem de continuar.

Fotos: Pedro Migão e O Globo

3 Replies to “Sabinadas: “Portela mareia e sonhado título está perto””

  1. A escola que mais me emocionou foi a Imperatriz… Não sou flamenguista nem gresilense. Mas eu fiquei triste e decepcionado com o Sr Wander Pires… A atuação dele foi um desrespeito. Completamente rouco e desafinado, nem Paulinho Mocidade em 2009 foi tão melancólico, uma verdadeira tristeza…

  2. Na minha opinão a classificação deveria ser a seguinte: 1-Portela, 2-Salgueiro, 3-Imperatriz, 4-União Da Ilha, 5-Unidos da Tijuca, 6-Grande Rio, 7-Beija-Flor, 8-Império da Tijuca, 9-Mocidade, 10-Mangueira, 11-São Clemente, 12-Vila Isabel

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