Como prometido, hoje a segunda parte do post sobre as compras novaiorquinas. Falemos do outlet, o Jersey Garden.

Confesso que originalmente não estava muito disposto a ir ao “outlet”, mas dada a insistência de minha esposa, resolvemos ir sexta feira, dia 08 de novembro. E ela tinha razão: valeu muito a pena.

O Jersey Garden fica em New Jersey, perto do MetLife Stadium já abordado no post sobre a NFL. Ele tem uma grande vantagem sobre o WoodBury, o mais conhecido neste setor: é totalmente fechado e climatizado, o que em novembro faz bastante diferença.

Existe um ônibus que sai da rodoviária de New York rumo ao shopping, mas optei por um transfer. Dado o saldo das compras, foi a opção mais acertada, até porque precisei alterar durante o dia o horário de retorno e não foi dificuldade alguma. Além disso o serviço é em português e o motorista nos deu algumas dicas preciosas.

Na entrada se apresenta o passaporte e se retira um guia com descontos em diversas lojas, para ser apresentado no caixa. Entretanto, há lojas onde há outros cupons ou outras sistemáticas de desconto, então deve-se sempre prestar atenção na melhor forma de maximizar o benefício.

Também vale o mesmo do post de ontem: se estiver na gôndola “40% off”, o preço da etiqueta sofre um desconto correspondente ao informado no caixa. Também há muitas opções no estilo “compre um e leve o segundo pela metade do preço”.

Para o leitor ter uma idéia, eu passei sete horas dentro do shopping e não vi nem um terço do mesmo. Isto ocorre porque acaba se perdendo na infinidade de opções e, também, devido ao tamanho do mesmo.

Embora o conceito seja de “outlet”, não são apenas artigos que estão saindo de linha os ofertados: há bastante coisa de coleções novas. Além disso, artigos que lá estavam “saindo de linha” aqui são apresentados como novidade: vi um dos pares de tênis que comprei sendo anunciado como “lançamento”, na Centauro aqui do Rio…

Para a compra de tênis e material esportivo, as melhores lojas são as da Adidas e da Reebok. Na primeira, selecionei dois pares de tênis de couro – na etiqueta, US$39,95 – e quando passei no caixa o preço correto era de US$19,95. Quase voltei à seção para pegar mais um ou dois pares…bermuda knicks

Também há materiais de times da NBA a preços melhores, embora a maioria seja da temporada 2012/13. Comprei uma bermuda dos Knicks (ao lado, em foto de site especializado) a um preço bem em conta, bem como um boné para presentear meu sobrinho.  Há também camisetas e pares de meias a ótimos preços.

A loja da Adidas é uma em que os preços no caixa são menores que os colocados nas etiquetas, o que acaba trazendo boas surpresas na hora de pagar a conta. Algumas lojas oferecem a possibilidade de se pagar em reais no cartão de crédito, “travando” o câmbio na taxa daquele dia. Pode ser uma opção em tempos de volatilidade – e vale a pena usar o cartão de crédito ainda que com o ônus dos 6% de IOF cobrados na fatura.

Na Reebok nós tínhamos um cupom de 40% de desconto, que nos fora dado na loja da Toys no mesmo shopping. Antes da aplicação deste desconto, preços muito convidativos: camisetas de malha saindo a US$8 (na média) no esquema “compre uma e leve a segunda pela metade do preço”, tênis de couro a US$25 e tênis específicos para corrida a US$89, como o comprado por minha esposa. Isso com a vantagem de ter um produto quase exclusivo aqui, pois a Adidas, dona da marca, não a distribui aqui no Brasil.

Na Nike os preços estavam um pouco mais altos, mas ainda assim, garimpando, se acham pares de tênis a bons preços, meias e outros artigos. Artigos da NFL, somente dos times da cidade, Giants e Jets – basicamente camisetas e casacos, não vi camisas de jogo. Inclusive o casaco que comprei para ir ao MetLife no domingo subsequente, que havia visto a US$100 na Macy´s, com o “40% off” saiu a US$42.

Uma curiosidade específica da loja da Nike é que os pares de tênis não estavam atendendo à correspondência de tamanhos entre o padrão americano e o brasileiro: na prática, se você calça 41 aqui no Brasil, neste estabelecimento específico tem de buscar o equivalente ao 43. Existem tabelas de conversão nas lojas, mas em pesquisa rápida no Google também se encontram algumas tabelas bastante úteis.

Outra boa indicação é a loja Marshalls, que possui desde malas de viagem a cuecas de marcas como Calvin Klein e Puma a preços imbatíveis. Em termos de malas de viagem a relação custo benefício desta megastore é imbatível, com excelentes malas da Samsonite na faixa de US$100. Uma outra coisa é preferir as malas “de tecido” às tipo “caixa de ferramentas”, pois as primeiras são menos visadas pelo pessoal dos aeroportos e empresas aéreas.

Dica importante: viaje daqui com o suficiente para dois ou três dias de roupa somente, e deixe para comprar lá. Nós viajamos com duas malas pequenas e precisamos comprar mais duas no Jersey; só que a mala que minha mulher levou arrebentou e tivemos de comprar outra na loja da Samsonite em Manhattan.

Dica importante, parte II: pode-se alugar carinhos a US$6 para carregar as compras no Jersey Garden, sem limite de tempo. São úteis, mas para o transporte de volta o negócio é se colocar as compras nas malas compradas na Marshalls.

Outras lojas que valem a pena são as das griffes Tommy Hilfinger, Calvin Klein e de roupas femininas. A Toys do Jersey Garden também é interessante, em especial se sua criança quer porque quer o tal do “Furby”: é o menor preço disparado. Não cheguei a ir à loja da Disney Outlet por absoluta falta de tempo.

Uma sugestão é que, se houver tempo, procure reservar dois ou três dias da viagem somente para se explorar o Jersey Garden com calma. Outra sugestão – que eu não fiz, porque resolvemos ir quando já estávamos lá – é planejar antes as lojas que pretende visitar.

Vale lembrar que roupas e sapatos não entram na cota de US$500 dólares permitida pela Receita Federal, desde que caracterizados como de uso pessoal. Ou seja, leitor: retire todas as etiquetas, mesmo as de roupas e sapatos destinadas a presentes. Relógios também não entram na cota, desde que trazidos no pulso.

Pessoalmente só trouxe coisas para uso próprio – além de alguns presentes a familiares – mas entendo perfeitamente que existam pessoas que três ou quatro vezes ao não viajem apenas para comprar produtos visando à revenda. A diferença de preços é tão grande – fora a qualidade – que compensa perfeitamente o gasto com passagens e hospedagens. E dizem que Miami é ainda mais barata…

Dúvidas? Utilize a área de comentários. Espero ter ajudado.

8 Replies to “New York – Guia de Compras (Parte II: Jersey Garden)”

  1. Muito obrigado pelas dicas, serão muito úteis (irei para NYC agora em maio). Poderia passar informações/contato do transfer que usou para ir ao outlet? Obrigado, Alex

  2. Miami e Orlando já foram mais baratas! Se a pessoa quiser desconto e variedade, vai precisar procurar outlets sem brasileiros. As camisas polo da Tommy, por exemplo, dobraram de preço nos últimos 12 meses. Os cupons de descontos são bem rasos quando o outlet tem brasileiro. Enfim, Premium outlets são uma verdadeira arapuca, graças a nós, obviamente.

  3. Ola Pedro , pretendo ir neste outlet . As dicas são muito úteis. Vou para NYC no final de maio. Poderia passar informações/contato do transfer que usou para ir ao outlet? Grata Andrea

    1. De cabeça não me lembro, mas no site do próprio Jersey Garden poderá se ter uma indicação

  4. Boa noite, trabalho fazendo viagem de Turismo pego e levo para o aeroporto, mall… serviço de taxi particular mais comodo e rápido, moro em NJ.
    Obrigado
    Junior 210—8108680 (WhatsApp)

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