violencia-contra-mulheres

Nesta quarta feira, a coluna “Saúde e Batom”, da jornalista Raphaele Ambrosio, aborda a violência contra a mulher, trazendo um perfil dos agressores e estatísticas, na esteira da recente condenação do goleiro Bruno.

Aproveito para fazer um comentário. O goleiro foi justamente condenado, a uma pena até pequena a meu ver. Só que ele ficou o tempo todo preso enquanto o jornalista Pimenta Neves, outro assassino da companheira – com tiros pelas costas, diga-se – só foi preso mais de dez anos depois e não vai ficar mais do que quatro, cinco anos preso, o que é um absurdo. Só porque um é influente e branco e o outro, influente e negro? Para se pensar…

Passemos à coluna.

Violência contra a mulher… até quando?

Uma semana após o julgamento do goleiro Bruno no caso Eliza Samúdio, no qual o ex-goleiro e capitão do Flamengo foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte da modelo, a semana começa com mais um julgamento: o do caso Mércia Nakashima. Mais uma mulher assassinada pelo companheiro, dessa vez em questão Mizael Bispo.

Em meio a tantos casos de violência sofrida pela mulher, por que não há solução para isso?

A violência se dá de forma física, verbal, psicológica ou econômica. Na maioria das vezes é o próprio parceiro da vítima que pratica o ato violento, por estar embriagado (31%) ou até mesmo por se achar no direito de manter o relacionamento assim (46%)… nas rédeas curtas. Mas, por que as mulheres não denunciam? Medo, por acreditar que isso um dia irá acabar ou por prazer? Pode parecer absurdo, mas existem mulheres que aceitam a situação por puro jogo sexual com o outro individuo.

Mas não é só com os parceiros que essa prática é feita. Casos de estupros vêm crescendo consideravelmente.

Calcula-se que, em todo o mundo, uma em cada cinco mulheres se tornará uma vítima de estupro ou tentativa de estupro no decorrer da vida. As mulheres jovens são, particularmente, vulneráveis ao sexo forçado e cada vez mais são infectadas com o HIV/AIDS. Mais da metade das novas infecções por HIV em todo o mundo ocorrem entre os jovens de 15 a 24 anos, e mais de 60% dos jovens infectados com o vírus nessa faixa etária são mulheres.

É possível traçar o perfil do agressor, até mesmo em casos simples de maus tratos. Sendo assim, fique de olho quando um homem:

  • Quebra as coisas em momentos de raiva
  • Tem histórico agressivo de outros relacionamentos;
  • Bebe, faz besteira e coloca a culpa no álcool;
  • Tem mania de perseguição;
  • Nunca cede;
  • Não assume os próprios erros e ainda culpa os outros;
  • Tem um interesse gigantesco em armas;
  • Trata a mulher como sua empregada;
  • É bipolar e constantemente agressivo;
  • Não permite que a mulher tome decisões dentro de casa;
  • Já viveu ou presenciou violência doméstica quando criança/adolescente

Nos últimos seis meses, o Distrito Federal liderou o ranking de procura à Central de Atendimento à Mulher, seguido por Pará e Bahia, do total de 388.953 atendimentos. Nessa Central, a informação mais solicitada é sobre a Lei Maria da Penha e o funcionamento da Rede de Atendimento. Através do 180 a mulher que esteja sofrendo algum tipo de abuso recebe orientações de como agir e procurar ajuda, de acordo como local em que reside.

No sexto ano de vigência da Lei Maria da Penha- criada para proteger as mulheres de toda ou qualquer violência -, o governo federal e o sistema de justiça do país unem esforços para enfrentar a violência contra a mulher. Para ajudar nessa ação, o CLEBA (Centro Brasileiro De Estudos Latino- Americanos) e a FLACSO (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais) divulgam uma atualização do Mapa da Violência 2012: Homicídio de Mulheres no Brasil, incorporando os novos dados – de homicídios e de atendimentos via SUS, que no relatório anterior eram ainda preliminar – recentemente liberados pelo Ministério da Saúde.

Tenha maiores informações acessando: http://www.mapadaviolencia.org.br

Se você sofre abuso do seu parceiro ou de qualquer outro homem, denuncie. Feio não é se expor e sim, sofrer calada. Até a semana que vem.

4 Replies to “Saúde e Batom – “Violência contra a mulher… até quando?””

  1. Ótimo texto . Concordo plenamente, acho que o homem deve respeitar a mulher, pois se não fosse uma mulher na vida deles, eles não teriam nascido.

  2. O Racismo do Flamengo e da Caixa Economica Federal contra a mulher negra afro brasileira.
    O Flamengo é o time de futebol que tem a maior torcida do Brasil, o que mais se identifica se com a raça negra afro-brasileira, o rubro negro sempre teve em seu plantel jogadores que são sempre em sua maioria são afrodescendentes. O Flamengo também é o time que teve o maior número de técnicos afros, assim como seus ídolos, principalmente a festa da arquibancada e a forte presença negra junto à todas raças num maravilhoso espetáculo que o Mundo inteiro conhece, mas lamentavelmente os dirigentes flamenguistas tiveram um comportamento preconceituoso e discriminatório, realmente racista. Isto ficou explícito na apresentação do novo patrocinador a Caixa Econômica Federal com duas belas modelos uma garota loira e uma branca, apresentando o uniforme do Flamengo com a logomarca da Caixa Econômica. Por que estes acham que só este padrão de beleza é o ideal para representar o “Imaginario Brasileiro”? Quando exclui cruelmente a mulher negra, parda e as afros brasileiras, que segundo o IBGE são quase 70% da população feminina brasileira no país. Nosso país vai sediar a Copa do Mundo 2014 e Olimpiadas2016, onde comete-se uma gafe criminosa, porque no ” Brasil Racismo é Crime” não so contra a mulheres, mas sim contra as crianças que são preteridas desprezadas e desprestigiadas é o exemplo “uma prova cabal deprimente” promovidos visivelmente pelos dirigentes do Flamengo, o seu presidente Eduardo Bandeira de Mello, o vice-presidente de marketing de Luiz Eduardo Baptista e a Caixa Econômica Federal .
    No dia 13 maio vai completar 125 anos da Abolição da Escravatura no Brasil. O país do samba , futebol e Carnaval onde os reis são negros, que dão destaque especial dos brasileiros para o Mundo, infelizmente em nosso país a mulher negra é excluida margilizada e até humilhada, com inumeros relatos na midia no mercado de trabalho. O que as restringe, principalmente as jovens, recentemente o Flamengo e a Caixa Economica Federal que são patrimonios nacionais fizeram e cometeram um Genocídio Étnico, reafirmando o Holocausto do povo afro brasileiro e contra fatos não há argumentos, houve um Homicídio culposo, mas com efeito de Homicídio doloso, porque estiguimatiza o conceito de inferioridade e padronização de beleza brasileira e gostos antagônicos a comunidade negra afro brasileira, esta segregação racial e a Instituição cruel perversa da elite e sua Vassalagem e não há ressalvas as tiranias da peseuda democracia que mandam e desmandam, desrespeitam e ignoram o bom senso e a razão, bradam a receita “Não Somos Racistas” dizendo “que não existem raças”, mas por que só os negros e negras são discriminadas? O Flamengo e a Caixa Economica Federal deveriam no mínino um pedido de desculpas, por respeito e solidariedade as mulheres negras afro brasileiras, que juntos as brancas loiras e amarelas fazem parte desta nação Patria amada Brasil! ORGANIZAÇÃO NEGRA NACIONAL QUILOMBO O.N.N.Q. 20/11/1970 -quilombonnq@bol.com.br

Comments are closed.