Algo que talvez nunca comentei aqui é o meu gosto por uma boa partida de basquete.
Nunca fui muito habilidoso com a bola laranja – na verdade, era um levantador bastante razoável quando jogava vôlei em minha juventude – mas sempre gostei de assistir a partidas de “bola ao cesto”. É um esporte que permite diversas variações e do qual somente se pode dizer que “termina quando acaba”, tal e qual o clichê.
No início dos anos 90 descobri a NBA, o campeonato profissional americano. Eram tempos de jogadores como Michael Jordan, Magic Johnson, Pat Ewing, Charles Barkley e Larry Bird – quinteto titular do “Dream Team” norte americano das Olimpíadas de 1992, em Barcelona – o maior time de basquete de todos os tempos.
Quando você assiste algo com interesse, é normal escolher um time para se torcer ou acompanhar com mais atenção, até para se aumentar o envolvimento com o esporte. Os grandes times da época eram o Chicago Bulls do gênio Michael Jordan, o Los Angeles Lakers de Magic Johnson ou o eficiente Phoenix Suns de Charles Barkley.
Entretanto, escolhi o eficiente New York Knicks, da cosmopolita New York e que tinha como astro o pivô Pat Ewing. Poderia dizer que escolhi o time pelas cores ou pela característica de jamais se entregar nas partidas, mas não dourarei a pílula: escolhi o azul, branco e laranja pela semelhança – em meu imaginário, não conheço a cidade – da metrópole norte americana com o Rio de Janeiro.
Acompanhei duelos épicos como o dos playoffs de 1991 a 1994. O time nova iorquino sempre chegava perto, mas vinha Michael Jordan e esfumaçava o sonho azul. Recordo-me da festa que foi, após três eliminações seguidas, finalmente bater o Chicago Bulls nos playoffs de 1994 – abaixo o leitor pode ver o emocionante final do jogo cinco daquela série. De um lado, o lendário Phil Jackson no banco vermelho. Do outro, o não menos importante Pat Riley do lado azul e branco.

A marca da equipe naqueles tempos sempre foi uma defesa forte, quase obsessiva, o que levava a bons resultados e a dois vice campeonatos – no já citado 1994 e em 1999.

Entretanto, uma sucessão de escolhas gerenciais e de jogadores equivocadas levou a uma fase descendente da equipe na primeira década do terceiro milênio. Contribuiu também a aposentadoria de Pat Ewing no ano de 2000.

Mesmo gastando muito dinheiro nos últimos anos, os resultados foram pífios e os Knicks estavam fora dos playoffs da NBA desde 2004.

Para esta temporada a equipe se reforçou, primeiro com a chegada de Amare Stoudemire e no meio da temporada com as contratações de Carmelo Anthony e Chauncey Billups. A equipe, que já fazia uma boa campanha na temporada, ficou ainda mais forte e, depois de sete anos, finalmente está de volta aos playoffs, a fase decisiva do campeonato. O time ficou em sexto lugar na temporada regular na Conferência Leste e enfrentará o Boston Celtics na primeira rodada.

Sem dúvida alguma, é um grande feito, mas o esquema exclusivamente ofensivo do técnico Mike D´Antony e a falta de um bom banco impede um prognóstico mais alvissareiro para a fase aguda do campeonato. Já seria bastante bom transpor a primeira rodada e chegar à semifinal da Conferência.

Nas partidas que pude acompanhar da equipe ao vivo pela televisão – umas cinco ou seis – a falta de consistência defensiva da equipe se revelou um problema sério. Basta ver os placares: quase todos os jogos terminam com as duas equipes perfazendo mais de 100 pontos.

De qualquer forma, é bom ver a equipe se reerguendo e dando esperanças de poder lutar pelo título daqui a dois ou três anos. Costumo acompanhar as partidas pelo twitter oficial da equipe, que faz uma cobertura em tempo real das partidas, ou pelo tempo real nas raras vezes em que estou no computador na hora dos jogos.

Como um aperitivo para a fase decisiva que já vai começar, os melhores momentos da sensacional virada sobre o Indiana Pacers no último dia 10, com uma cesta decisiva a poucos segundos do fim.

Go Knicks!

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