Com a troca de computador, pude voltar a jogar aquele que é o meu preferido jogo para PC: o Football Manager, antigo Championship Manager. Não sou muito de jogar no micro, embora tenha jogado muito os antigos GP2, 3 e 4, sobre Fórmula 1. Mas jogo o Championship Manager desde a versão 2, lá por 98, 99.

A mecânica do jogo é simples: você é o técnico de uma equipe – ou seleção – de futebol, tendo de administrar todos os assuntos pertinentes: táticas, contratações, finanças, escalações, o jogo propriamente dito e que tais. É a sua chance de se tornar um Felipão, um Luxemburgo ou, em caso de fracasso, um Rogério Lourenço. Na verdade o conceito do jogo está mais próximo do “manager” europeu que do técnico brasileiro, que possui funções mais restritas.

A cada edição do jogo novas funcionalidade são adicionadas. O destaque na versão atual, o “Football Manager 10”, é a visualização em 3D da partida, que não é tão real quanto a jogos tipo “Fifa Soccer” mas é mais leve e divertida. Você pode escolher vários tipos de visualização da partida como se estivesse no estádio ou no controle da ilha de edição da transmissão televisiva. Também estão bem aprimorados o controle tático, de comportamento da torcida e de transferências, bem como a confiança do clube em seu trabalho foi aprimorada. Outro aspecto interessante é a possibilidade de instruções à equipe “da beira do campo”, o que aumentou bastante o dinamismo.

Mas, retomando o início do texto, a versão 1 é de aproximadamente 1998/99, embora não tenha chegado a jogá-la. Mas joguei o Championship Manager 2 e a sua versão posterior, a 02/03 (foto abaixo). Não havia a visualização das partidas – os jogos eram narrados em texto – e ainda não havia a opção de jogar com times brasileiros, nem com seleções. Só que o jogo era bem mais leve, eram vinte e sete disquetes para instalá-lo. A inteligência artificial ainda era bastante rudimentar.

Depois veio o Championship Manager 3, onde já se podia jogar a liga brasileira. O curioso é que o Maracanã só era utilizado na final da Copa do Brasil, e os clubes cariocas jogavam em seus estádios – o Flamengo na Gávea e o Botafogo em Marechal Hermes, para 2.500 pessoas, por exemplo. Outra grande inovação foi a melhoria do sistema de treinos e da interação com o jogador. Sua continuação foi o 03/04, com diversos ajustes – e onde eu cheguei a levar um jogo até 2.028, conciliando o Flamengo e a Seleção Brasileira. Também participei de campeonatos online, isso em uma época onde a conexão era totalmente discada e 56k de velocidade era privilégio.

O Championship Manager 4 (abaixo) trazia como grande novidade a visualização 2D das partidas, com “bolinhas” representando os jogadores. Havia uma melhor visualização espacial do jogo e, com isso, aumentavam as possibilidades táticas. Também haviam melhorias em todas os outros aspectos, tais como táticas, treinos, interação com a imprensa, reclamar das arbitragens…

Eu participei da equipe de pesquisa brasileira do CM4, como responsável pelas características dos jogadores dos clubes cariocas, em especial, e de mais alguns estados. Tanto que eu existo no jogo como um meia esquerda razoável e um técnico promissor. Também apareço na área de créditos do CM4.

Após esta versão tivemos o divórcio entre a Sega (que era a responsável pela parte técnica) e a Eidos, que distribuía. Surgiram dois jogos: o Championship Manager 5, pela Eidos, e o Football Manager, pela Sega. Entretanto, logo o segundo suplantou o primeiro, que ainda existe mas com abrangência bem restrita. O verdadeiro sucessor do bom e velho Championship Manager é o Football Manager.

Não jogava o jogo, infelizmente, desde o FM07. Além dos compromissos habituais, esta versão tinha dois problemas: as táticas ficavam “manjadas” pela inteligência artificial com uma velocidade espantosa e era quase impossível se manter por muito tempo no comando de um equipe grande. A ponto de conquistar a Libertadores, ficar imediatamente depois três jogos sem vencer e ser sumariamente despedido pelo Presidente, que era o Kleber Leite – que havia ganho as eleições.

Com o computador novo, resolvi adquirir a versão mais recente, a Football Manager 10 (acima, com a opção habilitada de “instruções táticas à beira do campo”). Adquiri via download online, que se mostrou uma opção bastante interessante e mais barata que o jogo em DVD – paguei cerca de R$ 35. O único problema é que até agora não descobri como faço para acessar o editor que vem com o jogo. Se souberem, avise – adquiri via “Steam”.

Curiosamente, depois que comprei vi que o Submarino tem o jogo à venda, custando R$ 79. Digo curiosamente porque pelo menos até 2008 o jogo não era vendido de forma oficial no Brasil devido a problemas de direitos dos jogadores e equipes – somente via importação direta e independente.

Acredito que a empresa comercializadora do jogo tenha chegado a um acordo com a CBF, mas como perdi totalmente o contato com os responsáveis pela parte brasileira do FM10 não posso afirmar isto com 100% de certeza. De qualquer forma, a compra online para quem tem conexão rápida é bem interessante.

Feito isso, bom divertimento. Aviso: é altamente viciante.

P.S. – Site Oficial aqui

2 Replies to “Football Manager”

  1. Caramba cara! Jogou CM até o ano 2028!!

    Eu estou em 2013 e to me achando extremamente viciado! Só consigo jogar e estudar a bendita enenharia na minha vida!
    ahuuahuhauhauuah

    Eu conheci o jogo antigo que era só comentários, nada de motor 2D. Ali começou meu vício.

    Abração
    Altair Pedrosa

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