Já era esperado, mas mesmo assim teve impacto. Luka Modric foi eleito o melhor jogador do mundo em 2018 pela FIFA, é o “The Best”.

Não que não merecesse, Modric fez uma temporada espetacular, foi fundamental para o tricampeonato da Champions pelo Real Madrid e conduziu sua Croácia ao histórico vice-campeonato mundial. A surpresa não foi sua vitória e sim quem perdeu. Perderam Messi e Cristiano Ronaldo.

Messi nem para a lista dos três melhores foi e nem lembro a última vez que isso ocorreu. Foi justa sua não ida? Não sei. Messi não fez uma temporada ruim pelo Barcelona, ganhou a liga espanhola e a Copa do Rei. Pesou contra o argentino o fraco rendimento de sua seleção e o tal “Nível Messi” que existe e é mais difícil de alcançar que o próprio prêmio da FIFA. Não basta jogar tão bem ou um pouco melhor que os outros, tem que jogar no nível que acostumamos a vê-lo e se jogar menos que isso, mesmo que superior a outros, não vale.

O mesmo vale para CR7. Jogou uma ótima temporada conduzindo o Real Madrid para o histórico tricampeonato europeu fazendo na campanha um gol de bicicleta lindíssimo e foi um dos vice-artilheiros da copa por Portugal, mas mesmo com tudo isso pouco para o “Nível CR7”. Não começou bem a temporada europeia ressurgindo com força na virada do ano e apesar de grandes momentos na Champions não foi decisivo na reta final. O mesmo vale para a seleção portuguesa onde começou a copa incendiando e foi sumindo até a eliminação de sua seleção.

O alto nível esperado por jogadores como Messi e Cristiano Ronaldo fazem que eles precisem fazer mais que os outros para agradar. Injusto? Não, eles que criaram essa expectativa e outra, assim como é mais difícil agradar também é mais fácil de premiar quando agrada porque mesmo os dois dominando desde 2008 os prêmios não dá para dizer que mereceram vencer todos os anos, que em nenhum ganharam no nome. Iniesta, por exemplo, encerrar a carreira sem vencer nenhuma vez é um pecado.

É uma nova era? É possível que seja se analisarmos que Messi e CR7 já passaram dos 30 anos e devem começar as curvas descendentes de suas carreiras. Mas eles tem bola ainda, muita bola para mostrar e quem sabe ganhar mais alguns prêmios. Só que as premiações recebidas por Modric esse ano mostram que não é pecado, não dói não premiar Messi e Cristiano Ronaldo. Dá sim para avaliar positivamente outros jogadores e Modric abriu a porteira, outros virão.

O reino dos dois super craques está ameaçado enquanto o de Marta segue soberano.

Essa sim não deixa que se comece nova era.

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