Como todos sabem, Paolo Guerrero está suspenso.
Um ano de suspensão. Aparentemente cruel, porque com isso ele perde o grande sonho de sua vida, que é disputar uma Copa do Mundo. A vida é assim, nem sempre dá para passar a mão na cabeça e lembro logo do caso Jóbson, que parecia finalmente se encontrar na carreira e foi suspenso por quatro anos.
A pena encerrou sua carreira e o mesmo já fez muitas besteiras depois da suspensão fazendo pensar até se estará vivo ou em liberdade quando acabar a mesma. É cruel? Sim, muito. A FIFA tem culpa? Não, a culpa é do Jóbson.
Mal comparando porque Guerrero não tem histórico nenhum com doping e tudo leva a crer que não foi cocaína. É cruel? Sim, muito. A FIFA tem culpa? Não, a culpa é do Guerrero.
Cada um é dono de seu corpo e das atitudes que tem com ele. Podemos falar que não foi doping voluntário, não foi cocaína, foi chá de coca dado por alguém, foi um chá contaminado que ele tomou, não importa, o jogador de futebol, que é um ser muito mimado hoje em dia, tem obrigação de tomar ao menos conta do seu corpo e ser responsável pelo que consome. Ele é o maior prejudicado, ele foi punido então ele que tinha que saber.
A pena de um ano já é a demonstração de que a FIFA não acredita em cocaína ou doping voluntário, mas a substância proibida estava ali, fazer o que? Absolver? Se absolver é como se liberasse não o doping, mas o descuido então a pena de um ano, por mais cruel que pareça, é justa porque foi um “delito leve”. Acho até que ainda pode cair para seis meses levando a Copa em consideração, mas na absolvição em segunda instância não acredito.
Disse que o maior prejudicado no caso foi Guerrero, mas talvez esteja errado. O maior prejudicado foi o Flamengo que paga quase um milhão por mês para ele e ficou sem seu atacante na fase decisiva da temporada por um problema que ocorreu com ele na seleção peruana onde temos inúmeras teses, mas a única certeza é que o Flamengo tem nada com a história e foi prejudicado por ela.
Fala-se muito de diversos jogadores “malditos” no Flamengo, mas absolve-se Paolo Guerrero quando ele é o maior salário do elenco e entregou muito pouco em troca até hoje. Poucos gols, fora de jogo em muitas partidas decisivas seja por contusão, jogar pela seleção peruana ou seus inúmeros cartões amarelos. Guerrero fez muito pouco pelo Flamengo até hoje e até hoje recebe normalmente seu salário, mesmo suspenso.
Tem gente que defende até que o jogador não tenha o contrato rescindido ou suspenso e o clube continue com ele. Como? Continuando a pagar quase um milhão por mês para um jogador que não pode jogar não por estar doente ou contundido, mas por erro dele fora do clube? Querem que o Flamengo vire casa assistencialista agora? Que tal todos que propõem isso se juntarem e pagarem o salário do peruano até novembro de 2018?
Guerrero tem um péssimo custo x benefício e deixou o Flamengo na mão quando o clube mais precisou por um ato no mínimo irresponsável e descuidado. O clube acabou de perder a final da Copa Sul-Americana tendo que usar um jovem como Felipe Vizeu no ataque porque seu astro está suspenso.
Essa situação de Guerrero é apenas a ponta do iceberg que ajudou a afundar o Titanic rubro-negro em 2017 assim como o péssimo custo-benefício de Diego, chamado por alguns torcedores nutellas de “homão da porra” mesmo nunca justificando esse apelido.
Jogadores caros não jogando nada, se omitindo, acovardando em momentos decisivos, grande elenco que na verdade tinha uma série de problemas entre eles jogadores fracos e protegidos e posições carentes como o gol que demoraram a ser resolvidas. Dirigentes bananas que passam a mão na cabeça de jogadores e atuações…
…Isso tudo foi o Titanic rubro-negro que afundou em mares revoltos e violentos com cheirinho de banana podre. Para piorar, o naufrágio ainda teve como no filme os tocadores de violino embalando a tragédia travestidos de torcedores, mas desses falo amanhã até porque esses vagabundos não merecem ser citados em coluna esportiva.
Guerrero foi só a ponta do iceberg, mas a ponta também faz naufragar.
Twitter – @aloisiovillar
Facebook – Aloisio Villar
[related_posts limit=”3″]