A primeira edição do Rio Bike Fest foi um sucesso. Após oito meses fechado, o velódromo foi reaberto. Alvo de inúmeras críticas por conta dos altos gastos para a sua manutenção e a pouca tradição do Brasil no esporte, a pista foi construída para a Rio2016 e é atualmente a mais veloz do mundo no ciclismo de pista.
O evento recebeu o Campeonato Estadual de Pista 2017, inaugurando o calendário esportivo, que posteriormente vai contar com outras competições ao longo desse próximo ciclo olímpico que está se iniciando. E aí que entra o tão questionado legado olímpico.
Segundo representantes do esporte e de gestão esportiva presentes no evento, muitos ciclistas já vem treinando no local e outros tantos podem participar, desde que sejam atletas federados e frequentem uma clínica de ciclismo ministrada pela federação.
Com essa estrutura ao alcance dos atletas, é esperado do Ministério dos Esportes e da federação de ciclismo que nas próximas Olimpíadas o país consiga melhores resultados e tenha mais representantes nas provas. Na Rio 2016, apenas o cearense Gideoni Monteiro se classificou, terminando na 13º posição entre 18 competidores. Gideoni ganhou medalha de bronze no Pan Americano de 2015, em Toronto.
Durante o evento, a equipe do Ouro de Tolo conversou com diversos representantes esportivos e atletas que estavam presentes.
O presidente da AGLO, Paulo Márcio Dias Mello, comentou sobre as críticas ao velódromo e os próximos eventos nas arenas olímpicas:
“As críticas quanto aos gastos do velódromo são naturais. No entanto, a necessidade da preservação da pista com o ar condicionado ligado permanentemente ocorre em todo o mundo, não sendo algo exclusivo do Brasil. Creio que o investimento feito aqui pode render frutos para o Brasil através de atletas bem formados e com medalhas em competições internacionais futuras.
Quanto às competições, no velódromo já temos o projeto de um campeonato brasileiro, além do mundial do ano que vem que estamos tentando trazer para cá. Nas demais arenas construídas para a Rio 2016, temos um calendário consistente.
No mês de julho temos um campeonato de jiu jitsu na Arena 1. Teremos também um campeonato de tiro em Deodoro e um de judô na Arena 1 no mês de outubro, além de um evento de tênis na Arena de Tênis.”
O único representante brasileiro da modalidade na Rio 2016, o ciclista Gideoni Monteiro esteve presente na competição e contou um pouco sobre sua expectativa em relação ao novo ciclo e da importância do evento:
“Estou muito feliz com a reabertura do único velódromo olímpico na América Latina. Vai ser bem interessante para o crescimento do esporte, pois durante as olimpíadas foi uma atmosfera muito bacana, estava tudo lotado e espero que as pessoas voltem a frequentar o velódromo aos poucos.
Em relação ao novo ciclo olímpico, o meu começou nesse final de semana, com o Rio Bike Fest. Depois vem o campeonato brasileiro e outras provas fora do Brasil até Tóquio 2020. Analiso minha participação na Rio 2016 como tendo sido muito importante. A gente não tinha vaga mesmo sendo o país sede.
Aprendemos muito com as Olimpíadas e para o próximo ciclo já marcamos os pontos que precisam ser melhorados. Não iremos mais começar do zero. Almejamos melhorar nossa posição e ficar no top 5, brigando de igual para igual com o resto do mundo”.
O ministro Leonardo Picciani, que se diz fã do esporte, comentou sobre o legado olímpico, as crises em alguns esportes e a felicidade com a reabertura do velódromo:
“É uma grande felicidade ver o velódromo reaberto ao público antes do prazo previsto. Após 24 anos sem representantes na modalidade, conseguimos classificar o Gideoni para a Rio 2016. A expectativa para Tóquio 2020 é que tenham mais classificados tanto no feminino como no masculino; e também do paralímpico, no qual o Brasil ganhou medalhas.
Em relação às crises que vem ocorrendo em alguns esportes, é um momento onde os eventuais erros precisam ser reparados e corrigidos. Mas vejo como uma oportunidade para melhorar a gestão e governança do esporte. É um momento de atenção, mas com oportunidade de transformar a nossa gestão esportiva em uma gestão cada vez mais profissional”.
A ciclista Sumaya Ribeiro falou um pouco sobre a sua volta às pistas e sua expectativa para o próximo ciclo olímpico:
“Estou muito feliz com a reabertura do Velódromo. Estou retomando agora meu trabalho, após o nascimento do meu bebê. É ótimo voltar a treinar numa estrutura excelente como essa. Com essa estrutura, a previsão de novas parcerias e um calendário consistente do ciclismo de pista brasileiro, é só esperar medalhas para o próximo ciclo olímpico.
Para quem quer conhecer e participar do esporte, venha conhecer a arena. O mais importante é aprender a se posicionar na pista. Estão sendo feitas clínicas do esporte e aposto que vocês vão amar o ciclismo de pista, que ainda é um esporte pouco difundido no Brasil”.
Imagens: Luiz Claudio Antunes – COB/AGLO
[related_posts limit=”3″]
Finalmente, começa-se a ter esperança de que a estrutura olímpica tenha uso! Perto dos planos que forma apresentados, ainda é muito pouco. Não dá pra confiar num ministro que não entende nada de esporte… Mas enfim, há uma luz no fim do túnel. Parabéns pela matéria!
Muito boa matéria. É importante que não se deixe cair em esquecimento todo o legado. Parabéns!
Matéria showw Vanessa!!
Eu acompanhei ontem na tv espero que libere logo!!
Bjuss
Que massa, espero que sigam com essa postura a longo prazo, o esporte agradece!
O plano é otimo. Agora ver se vai ser implantado.
Parabéns pela matéria. Agora aguardar os acontecimentos
Ótima matéria, Huback! De todo legado olímpico o mais preocupante é o velódromo ( nas Olimpíadas fui umas 3 vezes) e com essas ações(tímidas por enquanto) já é melhor que nada mas já estimula a prática desse lindo esporte .
Que ótimo, pensei que eles nunca iriam utilizar essas estruturas feitas pra Rio 2016…
Para se tornar o esporte mais conhecido no país o primeiro passo é a utilização do legado e o segundo é o incentivo com a criação de eventos se possível em conjunto com a mídia. Não adianta dizer que o esporte não é popular para justificar o não uso de uma arena que custou e continua nos custando muito. Bela matéria e vamos que vamos!
Tão bonito,e tão caro,se perdendo.
Que venha mais e mais projetos para serem implantados… Parabéns Vanessa, mais uma vez pela matéria!!
Muito esclarecedor! Oxalá que essas estruturas que custaram milhões possas ser bem aproveitadas! Boa matéria, Vanessa.
Tomara q continuem os espaços continuem sendo usados. Ótima matéria!Parabéns Vanessa!
*Tomara q os espaços continuem sendo usados.*
Esperança de dias melhores, sobre o uso de todas as Arenas construídas para Rio2016.
Parabéns Vanessa.
Muito legal Vanessa!!
As notícias são um sopro de entusiasmo para o novo ciclo olímpico que se inicia.
E você como repórter está de parabéns! 😁
Essa blogueira arrasa. 👏👏👏👏😙