Desde criança eu gosto de animais. Já criei galinha, pato e cachorro. Tenho medo de alguns, principalmente quando se trata de insetos e aracnídeos. Apesar disso, quando encontro um destes em casa, evito matar (até porque saio correndo), eu sempre peço pra alguém botar para fora de casa.

Isso pode parecer estranho para quem come carne, mas eu detesto ver que maltratem os animais; mas isso é pauta para outra hora. O que quero dizer é que muito tem me revoltado ler notícias de que macacos estão sendo mortos por causa do surto de febre amarela em alguns lugares.

Por isso, hoje nós vamos esclarecer alguns pontos sobre essa doença para tentar mostrar o quanto essa atitude é desnecessária. E mais, é até crime.

A febre amarela é uma doença com sintomas que podem ser confundidos com outras enfermidades: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. Por isso, é recomendável que ao sentir esses sintomas se procure atendimento o quanto antes.

Essa doença pode ser transmitida por mosquitos tanto em áreas urbanas quanto florestais, sendo que na primeira ela é transmitida pelo nosso conhecido Aedes aegypti e nas áreas florestais pelo Haemagogus.

A infecção ocorre quando uma pessoa que nunca tenha contraído a doença ou tomado a vacina contra ela é picada pelo mosquito em áreas florestais. Desse modo, a pessoa pode se tornar uma fonte de infecção para o Aedes aegypti nas áreas urbanas.

O problema é que os macacos também podem ser infectados pelos vírus e, apesar de poderem não desenvolver a doença, se tornam uma fonte de infecção também. Mas os macacos não transmitem a febre amarela para humanos: eles transmitem apenas para mosquitos.

Matá-los, além de ser errado, não é a solução, porque isso não vai acabar com os vírus. Seguindo essa lógica, as pessoas que também são infectadas em áreas florestais também deveriam ser assassinadas.

Em vez de sair por aí matando animais que são fundamentais dentro do seu habitat, é melhor tomarmos alguns cuidados para evitar a picada do mosquito. Usar telas nas janelas, repelentes e evitar água acumulada são medidas muito eficientes, ainda mais em áreas florestais e urbanas com surto.

O combate a doença não passa, em hipótese alguma, pelo sacrifício de macacos, nem de nenhum outro animai silvestre. É imprescindível ter isso em mente no combate à doença.

Imagens: Veja e Reprodução

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