Após um início de trabalho até certo ponto promissor, o Flamengo chegava a março com a cobrança da evolução e, com isso, um desejo de um futebol melhor ao longo do mês. Entretanto, os resultados bons não apareceram e o bom futebol esperado, muito menos. Por tudo isso, o mês flamenguista foi conturbado e será detalhado na parte três do Dissecando o Flamengo-2016.

Março

O início do terceiro mês do ano foi até tranquilo para o rubro-negro. O jogo contra o Bangu, o primeiro daquele mês, foi mais uma vitória sossegada do Fla no ano. Com os reservas, o time não teve muitos problemas para bater o time da Zona Oeste do Rio por 3-1 com dois gols de Vizeu e outro de Thiago Santos. William Amendoim fez o de honra para o Bangu.

O jogo seguinte, contra o Figueirense pela Primeira Liga, deu empate. Resultado que para o Flamengo bastava para ele ser o líder de seu grupo no torneio interestadual. Guerrero para o Flamengo e Bady para o Figueira fizeram os gols do jogo. Após a partida contra o Figueirense, mais uma rodada do Estadual.

Jogo modorrento contra o Madureira, que terminou em vitória magra do Flamengo. O Rubro-Negro, que vinha em grande evolução desde o início de fevereiro, estagnou diante do Tricolor Suburbano. A vitória por 1-0 com gol de Emerson Sheik cobrando pênalti, foi arrastada e pouco convincente, o que ligou o sinal de alerta pelos lados rubro-negros.

confiancaxfla2016cbrEntretanto, o que já não estava bom diante do Madureira, piorou de vez contra o Confiança na estréia na Copa do Brasil. O time, que viu o adversário da Série C Nacional perder um jogador expulso ainda no primeiro tempo, não conseguiu fazer um gol sequer no rival e ainda levou um. O gol de Éverton Santos aos 36 minutos do segundo tempo decretou o resultado a favor dos sergipanos e azedou de vez o clima no Flamengo três dias antes do clássico Fla-Flu em São Paulo.

No Fla-Flu – estive in loco – o Flamengo, mais uma vez, decepcionou. Com uma atuação pobre, o rubro-negro dependeu quase que exclusivamente das bolas cruzadas na área para chegar ao gol do rival. Um jogo tão pobre tecnicamente que o resultado mais justo foi o que, de fato, aconteceu: 0-0 e mais críticas ao Flamengo.

Na semana seguinte, o Flamengo tinha sua primeira “decisão” do ano. Na semifinal da Primeira Liga, a primeira decisão mais contestável de Muricy Ramalho como treinador do clube. Com a aposta num time misto para o duelo semifinal, o time teve mais uma atuação ruim. O Flamengo se viu eliminado diante do Atlético Paranaense após derrota por 1-0, gol de Marcos Guilherme, e definitivamente entrava em crise.

A crise seria ampliada diante do Volta Redonda no jogo seguinte. Com mais uma atuação horrorosa, o Flamengo perdeu por 1-0 para o time do Norte do estado e se viu em ebulição na semana do último jogo do mês, contra o Vasco da Gama. Na partida contra o maior rival, o Flamengo finalmente jogou bem naquele mês.

Com uma atuação interessante, o Rubro-Negro parou em Martin Silva na maior parte das vezes e assim só conseguiu o seu gol já na reta final do jogo com Marcelo Cirino. Só que não foi nesse jogo que a maré de azar deixou os lados do Ninho do Urubu. Poucos minutos após conseguir a vantagem, em uma pane da zaga, Riascos empatou e ampliou a série invicta do Vasco contra o Flamengo. Ao fim do jogo, o resultado de 1-1 encerrou o mês flamenguista com a tônica geral do período, um gosto amargo de decepção.

Resumo dos jogos do mês:

Flamengo 3-1 Bangu

Flamengo 1-1 Figueirense

Flamengo 1-0 Madureira

Confiança 1-0 Flamengo

Flamengo 0-0 Fluminense

Flamengo 0-1 Atlético Paranaense

Volta Redonda 1-0 Flamengo

Flamengo 1-1 Vasco

Retrospecto: 2 vitórias, 3 empates e 3 derrotas. Gols marcados: 6; Gols sofridos: 6

Artilheiros do mês: Felipe Vizeu 2; Thiago Santos, Guerrero, Émerson Sheik e Marcelo Cirino 1.

Balanço geral do primeiro trimestre

Após três meses do início da Era Muricy Ramalho no Flamengo, os resultados ainda eram inconstantes. As muitas mudanças feitas no elenco junto de uma adaptação ao estilo do time ao que pensava o treinador ocasionaram num primeiro trimestre de altos baixos que teve como ponto o período do mês de fevereiro. Em março, após a lesão do argentino Mancuello no fim do mês anterior, o clube se viu numa fase muito negativa e com problemas no rendimento tático e técnico. Portanto, para os próximos meses, era necessário que o time se recuperasse rapidamente, já que a fase decisiva do Estadual chegava e, junto dela, a Copa do Brasil e o início do Brasileiro. Na próxima parte da série veremos como foi o início do segundo trimestre rubro-negro e o desenrolar de seus acontecimentos. Até lá.