Os mitos no esporte mundial são diversos. Posso citar aqui alguns, claro que vou esquecer de outro ou não terei espaço para tal: Muhammad Ali, Jesse Owens, Usain Bolt, Michael Phelps, Ayrton Senna, Pelé, Carl Lewis, Nadia Comaneci, Roger Federer… Enfim…

Mas um atleta em especial ainda consegue me cativar a cada vez que o vejo em ação. Ele está já com idade avançada para a atividade que exerce, mas ainda demonstra muita alegria em competir, e uma categoria que ainda é visível para quem o contempla como eu.

Falo de Valentino Rossi!

valentinorossi1997Aos 36 anos, o italiano, que é nove vezes campeão mundial de motovelocidade somando as categorias 125 cc, 250 cc, 500 cc e MotoGP, lidera o campeonato deste ano mesmo enfrentando outro candidato a mito do esporte mundial, o jovem e brilhante Marc Marquez.

Rossi venceu duas das três corridas da temporada demonstrando uma garra e capacidade comoventes, mesmo com uma moto Yamaha que ainda não tem a mesma velocidade final do que as rivais Honda, Ducati e Suzuki.

O triunfo do último fim de semana na Argentina então foi sensacional. Em segundo na corrida, Rossi tirou quatro segundos de Marc Marquez em dez voltas, uma eternidade tratando-se de uma categoria equilibrada como a MotoGP e um adversário sensacional como o espanhol.

Depois, numa disputa aberta, o ídolo levou a melhor sobre o fã, que acabou caindo na disputa e ficou fora da prova. Livre do novo rival, Rossi partiu para a sua vitória de número 110 em campeonatos mundiais desde a temporada de 1996.

E o Doutor mostrou de novo sua faceta irreverente ao subir ao pódio do autódromo de Termas de Rio Rondo com uma camisa da seleção argentina, levando o público ao delírio. Mais Rossi impossível!valentinorossi2015

Além de ser um campeão como poucos, Rossi sempre demonstrou o que melhor se espera de alguém como ele. Além de arrojado, Rossi é alegre, espontâneo e ainda por cima, saiu da zona de conforto duas vezes ao trocar a Honda pela Yamaha, esta pela Ducati.

Depois de um sério acidente, no qual quebrou a perna, Rossi voltou para a Yamaha para tentar voltar a vencer corridas e campeonatos, quando poderia muito bem usar a muleta (sem trocadilho) do acidente para se aposentar.

Mas não. Rossi arriscou seu prestígio ao estender a carreira e está colhendo os frutos de sua coragem. Continua competitivo e não se intimida com um piloto que desde 2013 está no topo do motociclismo.

Se Rossi vai conquistar o décimo campeonato, não dá para saber. Pessoalmente, ainda creio numa reação de Marquez. Mas só de ver Valentino nos brindando a cada corrida com seu talento já me sinto satisfeito.

Bravo Valentino, o mito contemporâneo!

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