Após mais uma pausa, nossa coluna “Jogo Misto” retoma entrevistando o professor de línguas e literatura Idelber Avelar.

Idelber Avelar, atleticano, professor titular de Línguas e Literatura da Universidade de Tulane, nos EUA, divide seu tempo entre Nova Orleans e Belo Horizonte. Ativista político e dono de um dos melhores e mais antigos blogs brasileiros, o “Biscoito Fino e a Massa” – onde travamos um debate profícuo em vários posts, em especial sobre o ateísmo. Infelizmente, o blog foi encerrado em 2011, embora os arquivos continuem disponíveis para leitura. Idelber também foi colunista da revista Fórum, onde manteve durante dois anos um segundo blog.

O professor e ativista é o entrevistado de hoje da coluna “Jogo Misto”.

1 – Como especialista em línguas, como você observa a evolução da língua portuguesa em suas formas coloquial e culta?

IA – Bem, ambas formas evoluem como em qualquer outra língua viva. O que seria importante reiterar, à luz de matérias publicadas na imprensa nos últimos anos no Brasil, são algumas distinções que nem sempre ficam claras no jornalismo. Em primeiro lugar, o conceito de “falar errado” não faz sentido do ponto de vista da Linguística, a não ser que você se refira a um falante não nativo que está aprendendo o idioma. Falante nativo não “fala errado”.  As noções de “certo” e “errado” só têm sentido na linguagem escrita, e ainda assim matizadas pelo conceito de adequação. Mesmo quando usamos a noção de “norma culta”, em vez de “português certo”, é importante lembrar que isso só se aplica à escrita. Não se normatiza fala.

Nesse tema, o jornalismo com frequência contribui à disseminação de preconceito. Por exemplo, é comum que as transcrições das falas de pobres registrem de forma escrita as apócopes (quedas de fonema), as eliminações das desinências de plural, as substituições de “e” por “i” nos finais átonos de palavras etc. Ora, os falantes chamados cultos também se expressam assim mas, quando dão entrevistas, tudo é transcrito segundo a norma padrão. Todos nós, independentemente do grau de instrução, tendemos a dizer “os carro”, pois o plural já está marcado na flexão do artigo. E aqui chego ao segundo ponto que gostaria de destacar: as pesquisas sociolinguísticas mostram que há relativamente poucas diferenças sintáticas e fonológicas entre falantes cultos e não cultos. Por tudo isso, dever-se-ia ter mais cuidado ao falar de “português errado”.

2 – Como você avalia a gestão atual do Ministério da Educação?

IA – É difícil avaliar ministério por ministério porque o modelo Dilma é centralizado, com a Presidenta visivelmente tendo muitos problemas para delegar decisões. O que posso dizer sobre educação são duas coisas.

A atuação do Ministério durante a greve dos docentes das universidades e institutos federais me pareceu bem truculenta, inclusive com a veiculação de informações falsas sobre os salários dos professores. Escrevi com detalhe sobre a greve num artigo para a Revista Fórum: http://bit.ly/188bsju.  Outro dos problemas graves no trato do Ministério com as universidades foi o retrocesso representado pela Lei 12.772, proposta pelo governo e aprovada em dezembro de 2012. Os retrocessos trazidos por essa lei foram bem detalhados pelas Professoras Maria Tereza Leopardi Mello e Débora Foguel, neste artigo: http://bit.ly/13K5aQT.

A iniciativa de grande visibilidade do Ministério da Educação, o programa Ciência sem Fronteiras, me espantou bastante, pela forma como ele foi estabelecido. Dilma convocou os Presidentes de Capes e CNPq com a determinação repentina de que o Brasil mandaria 100 mil estudantes ao exterior. Assim, de forma bem autocrática. Uma enorme parcela são de alunos de graduação que, portanto, fazem no exterior cursos que não diferem muito dos disponíveis aí no Brasil.

O programa também manda um recado explícito às ciências humanas e sociais de que elas não importam, e prima pela mercantilização capitalista do conhecimento pressuposta nos seus convênios. Considerando o altíssimo valor das taxas de matrícula em países como os EUA, parece-me disparatado enviar alunos de graduação ao exterior para fazer cursos básicos, que eles poderiam fazer no Brasil, enquanto as universidades federais brasileiras penam com falta de recursos, bibliotecas precárias e salários defasados. É claro que o Brasil deve enviar alunos ao exterior, mas isso faz sentido quando eles já são pesquisadores, ou seja, mestrandos ou doutorandos. Escrevi com mais detalhe sobre o programa no meu Facebook: http://on.fb.me/10Bzgmf

3 – Você foi um dos grandes entusiastas da candidatura Dilma Rousseff – inclusive com posts que republiquei aqui à época. Qual a avaliação do governo até agora, entre acertos e erros?

IA – Prefiro não falar em acertos e erros, porque isso pressupõe que há uma direção certa com respeito à qual se poderia avaliar o governo. Ora, estamos falando de relação de forças, de escolhas políticas. E, nesse sentido, o apoio de muitos de nós, de esquerda, ao governo Lula advinha do entendimento de que se tratava de um governo que, com todas as suas limitações, com todas as suas negociatas, era um campo de batalha no interior do qual valia a pena intervir – inclusive porque os ataques principais que ele recebia vinham da direita.

Certamente não é o caso hoje. Em 2013, pelas mudanças que ocorreram nas políticas estatais e na própria sociedade, muitos de nós, de esquerda, sentimos que é impossível manter com o governo Dilma qualquer relação que não seja de combate político. É verdade que muito do que é ruim no governo Dilma já estava mais ou menos anunciado no governo Lula. Mas algumas coisas se acentuaram ao ponto de representar uma mudança qualitativa.

Mudanças aconteceram em áreas como o diálogo com movimentos sociais, a política para LGBTs, a cultura, o meio ambiente, e até mesmo em segurança pública, saúde e comunicações. No MinC, saiu-se de uma experiência inovadora de ampliação do conceito de cultura e de valorização da produção popular, nas gestões de Gil e Juca, para um alinhamento automático com o Ecad e com o lobby dos direitos autorais, na gestão de Ana de Hollanda – que saiu do Ministério, mas deixou um estrago enorme. Mexer nessas placas tectônicas da cultura, como Gil e Juca haviam feito, dá um trabalho imenso. A reversão desse trabalho, no MinC de Ana de Hollanda, não exigiu da direita cultural um grande esforço. Restaurar uma estrutura ossificada é muito mais fácil, porque aí você rema junto com a maré, na inércia do modelo que já existe e que privilegia os poderosos. Gosto muito de Marta Suplicy, mas acho que consertar esse estrago é trabalho para muito tempo. Basta mencionar a revisão da lei de direitos autorais, que já estava quase madura para acontecer quando Juca Ferreira saiu, e que agora sequer está no horizonte imediato, três anos depois. Sobre o que aconteceu com o Ministério da Cultura eu também já escrevi bastante, relatando, inclusive, como se deu o golpe branco contra Juca Ferreira. É só o leitor procurar os vários artigos que publiquei sobre o assunto na Revista Fórum.

A área em que ocorreram mais retrocessos, a meu ver, foi no tratamento da Amazônia, do meio ambiente e das populações indígenas. É verdade que também sob Lula houve problemas. Mas sob Dilma intensificaram-se a truculência desenvolvimentista, a recusa a se dialogar com os movimentos sociais e a abordagem colonialista à Amazônia, herdada de Golbery do Couto e Silva. No geral, piorou bastante a situação dos indígenas em relação ao poder público, não só na Amazônia, mas também no caso dos Guarani no Mato Grosso do Sul. Entre os vários componentes da política anti-indígena do governo, poderíamos citar: o ataque da Polícia Federal aos Munduruku; a portaria 303, uma clara afronta aos povos nativos; a intensificação da obsessão barrageira; a demissão, sem qualquer explicação, do cacique Megaron da Funai; a falta de diálogo com os representantes dos povos indígenas; a completa ausência de consideração pelos seus reclamos no caso da usina de Belo Monte; o visível esforço para se aprovar algo que nem a ditadura conseguiu, mineração em terras indígenas; a troca na direção do Ibama, ocasionada por Belo Monte; o sucateamento da Funai, rumo à sua desmontagem, entre vários outros exemplos. Já escrevi muito sobre isso. Um dos textos que posso recomendar é “Crônica de recentes agressões à Amazônia e a seus povos” (http://bit.ly/11n90wa), publicado em novembro de 2011. De lá para cá, a coisa piorou muito.

A grande medida dessa piora é a felicidade com que Kátia Abreu e outros representantes do latifúndio se referem ao atual governo. Uma recente entrevista da Senadora do PSD (que vem do DEM, lembremos, e que agora está na base do governo) é uma ótima fotografia disso. Ela disserta longamente sobre a coincidência de visões dela com a Presidenta. Kátia Abreu certamente não é burra e sabe cuidar de si própria. Se ela diz que os interesses do latifúndio estão bem contemplados neste governo, quem sou eu para discordar.

A aliança com os setores religiosos mais fundamentalistas é outra arena em que o governo tem se posicionado muito à direita do que se previa, tanto na sua base de apoio como fora dela. Os frequentes cancelamentos de campanhas educativas sobre Aids ou homofobia, a justificativa da Presidenta de que seu governo não permitiria “propaganda de opção sexual”, o retrocesso na política de drogas, a intensificação do proibicionismo e das interferências da entre religião no Estado são, todos eles, indícios da direitização dos últimos dois anos e meio.

4 – Qual sua avaliação sobre Aécio Neves? Ele tem estofo para ser o líder de uma nova oposição, com proposta de governo consistente?

IA – Nem Aécio Neves nem o PSDB tem uma proposta de governo consistente.

E não a têm porque todas as suas bandeiras – estabilidade econômica, gerenciamento capitalista e eficiente etc. – foram apropriadas pelo PT. Posto que o PT conseguiu também, sob Lula, implantar algumas mínimas medidas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, o PSDB ficou como barata tonta, oscilando entre dizer que os programas de transferência de renda eram invenção sua, por um lado e, por outro, contraditoriamente, afirmar que eles eram esmolas. Não conseguiram se achar até hoje. Mas o tucanismo vive, no interior da própria base do governo. Os prefeitos de Curitiba e Rio de Janeiro, por exemplo, são tucanos da mais pura cepa, eleitos com o apoio do PT. Só saíram do PSDB, mas continuam tão tucanos quanto antes, tão tucanos quanto eram na época em que diziam que o governo do PT era o mais corrupto da História e o PT dizia que eles eram representantes do pior privatismo. O que importa, portanto, não é se o PSDB ou Aécio Neves tem uma proposta de governo consistente. É quanto tempo mais durará a única proposta que existe hoje sobre a mesa, a dominante, a do peteemedebismo—agora que acabou o boom das commodities que permitiu a Lula distribuir algo aos mais pobres sem incomodar os mais ricos.

5 – Você é a favor de uma “Ley de Medios” brasileira?

IA – Sou a favor de legislação que regule o direito de resposta, que limite a propriedade cruzada (ou seja, que impeça que o mesmo grupo controle televisão, rádio e meios impressos no mesmo mercado), que coíba os oligopólios, que incentive a produção nacional e independente, e que estabeleça regras claras, republicanas, para a utilização do espectro eletromagnético, finito e de propriedade pública, cedido sob concessão aos grupos de mídia. Essas regras, evidentemente, devem ser diferentes das que regem a mídia impressa, para a qual só deve a valer a mais absoluta liberdade de se imprimir o que se queira, com eventuais abusos tratados a posteriori por via judicial.

Sou a favor de tudo isso. Sou contra tomar a inexistência disso hoje para desqualificar qualquer notícia que desagrade ao governo. Inclusive porque o governo atual não parece muito interessado em promulgar lei de mídia nenhuma.

6 – Qual sua avaliação sobre o momento atual do Atlético Mineiro?

IA – O Cuca conseguiu armar um time muito bom, com as peças que tinha. É um esquema estranho, no qual não há exatamente armadores. Os dois zagueiros apoiam muito e a ligação entre defesa e ataque se dá através de passes longos. Lá na frente, aí sim, começam as tabelas. Funciona por causa do grande talento de Ronaldinho, Tardelli e Bernard, que sabem aparar bolas quadradas, colocá-las para rolar e aproveitar o trabalho de pivô do Jô, e também por causa dos dois volantes, Pierre e Leandro Donizete, que são ótimos marcadores. Mas é um time extremamente previsível e desprovido de banco. Tem boas chances de ganhar a Libertadores, porque está motivado e decide em casa a semifinal e a final, caso se classifique. Mas não estou otimista quanto ao Brasileirão, porque ali a necessidade de um bom banco se faz sentir.

7 – Você considera que os ateus são uma minoria discriminada no Brasil? Por quê?

IA – Que os ateus são uma minoria discriminada prova-se de forma patente com a última campanha eleitoral para Presidente, em 2010. Os dois principais candidatos, Dilma e Serra, sabidamente não têm nada de religiosos. São ateus ou, pelo menos, agnósticos, mas tiveram que se submeter à pantomima de visitar igrejas e fingir-se crentes, porque no Brasil, segundo a última pesquisa feita sobre o tema, em 2007, só 13% da população aceitaria votar em um ateu. É comum que adolescentes que se declaram ateus sejam reprimidos. Uma enorme proporção de escolas públicas brasileiras descumpre a lei e impõe orações, criando constrangimento a jovens ateus e agnósticos.

O problema é que o ateísmo militante é bastante chato e com frequência envereda por caminhos pouco frutíferos. Não tem sentido ficar martelando a implausibilidade da crença alheia, e nisso eu mudei um pouco desde que escrevi o texto chamado “Ateus, saiam do armário”. Creio que o mais importante hoje é centrar fogo 1) na defesa do Estado laico, na qual vários teístas, como você mesmo, são nossos aliados e 2) no combate à discriminação e à perseguição religiosas, da qual, no Brasil, as grandes vítimas são as religiões afro-brasileiras.

Nisso, não há como se igualar todas as crenças, como fazem com frequência os ateus militantes. O fundamentalismo religioso é obra dos três grandes monoteísmos do Livro.

8 – Qual sua avaliação sobre a crescente ingerência das correntes evangélicas na política brasileira? Seriam uma espécie de “Tea Party” brasileiro?

IA – Há paralelos, sem dúvida. Há muitas diferenças também.

O “Tea Party” funciona como bloco unificado que tenta sequestrar um partido específico, o Republicano, dentro de um sistema bipartidário. No caso brasileiro, para a frente teocrata – que é um termo que eu prefiro, posto que o fundamentalismo cristão também inclui muitos católicos e nem de longe todos os evangélicos fecham com ele –, a estrutura partidária importa muito pouco. Eles estão disseminados por todos os partidos, com a exceção de algumas pequenas agremiações de esquerda.

O que mais chama a atenção é como eles conseguiram colocar suas obsessões na pauta política brasileira e solapar severamente os fundamentos do Estado laico. Isso chama a atenção porque, afinal de contas, eles não são tão numerosos assim. 20% da população é evangélica, mas é uma ilusão acreditar que ela vota em bloco. A porcentagem do eleitorado que os teocratas controlam é pequena. Inúmeras eleições já mostraram isso, e o recente pleito para a Prefeitura de São Paulo foi outro exemplo. No entanto, o governo, preso a uma matemática medíocre da governabilidade, vem fazendo uma concessão atrás da outra a esse bloco, que assim só se fortalece, é claro.

O tão propalado poder do bloco teocrata começa a virar uma profecia que se autorrealiza. Não deixa de ser conveniente para o governo, que apazigua sua base de esquerda apontando para os acordos “necessários” com esse bloco. Estão, evidentemente, criando um monstro. Não falta gente por aí avisando.

9 – Sua atuação na defesa das comunidades indígenas de Belo Monte tem sido bastante ativa. Qual sua análise sobre o assunto? A usina, a seu ver, é necessária?

IA – Ela pode ser necessária para que o governo pague suas dívidas de campanha com empreiteiras. Pode ser necessária para o projeto de expansão de determinadas indústrias eletrointensivas. Certamente não é necessária para o país nem para os povos do Xingu. Desde a concepção do projeto, na ditadura militar, ele vem sido marcado pelo desrespeito aos povos da região. O PT, que participou da resistência à barragem no auge da luta contra ela, em 1989, hoje a implementa com truculência inaudita, contrariando inclusive especialistas em energia de antigas relações com o próprio partido, ou com a esquerda em geral, como Oswaldo Sevá e Célio Bermann. Eu fiz um histórico das agressões ambientais e jurídicas do governo no caso da Usina de Belo Monte, sob a forma de uma bibliografia comentada em cinquenta ítens. A história é longa, horrenda e bem instrutiva sobre como funciona o nosso capitalismo.

Aqui vão os links: http://bit.ly/15cfiHa  e http://bit.ly/15cfma1.

10 – New Orleans é considerada a capital mundial do jazz e do blues. O que indicaria como locais para um turista brasileiro disposto a mergulhar nesta cultura na cidade?

IA – O melhor de New Orleans é sair caminhando e deixar que a cidade te surpreenda. Em qualquer esquina,  você pode ser surpreendido por uma banda de sopros com gente dançando atrás, uma portinha minúscula que leva a um restaurante familiar no qual se come maravilhosamente, uma conversa inaudita.

Eu sugeriria, para começar, o BackStreet Museum, um museu de cultura afro-americana que conta a história dos Mardi Gras Indians (negros de New Orleans que se vestem como ameríndios para louvar as nações indígenas que albergaram escravos fugidios no século XIX, cantando e tocando pandeiros), um passeio pelo French Quarter, que é uma espécie de Pelourinho, uma visita ao Preservation Hall, para ouvir jazz tradicional, um passeio pela Frenchman Street, onde você encontrará a maior concentração de boas casas de música (todas elas bem baratas), um passeio às margens do Rio Mississippi, ou por ele, de barco, e um itinerário gastronômico nos restaurantes familiares, bons e baratos da cidade. Há muito mais, é claro, mas com isso dá para começar.

11 – Um livro inesquecível. Por quê?

IA – Grande Sertão: Veredas. Porque o li no momento certo para perceber tudo o que a literatura pode fazer; porque ele conjuga os mais radicais experimentos literários com a mais tocante consideração dos problemas humanos; porque ele fala do meu mundo, de Minas Gerais; porque ele resiste à releitura como nenhum outro romance que eu conheça (com a exceção de Ulisses, de Joyce); porque nele aprendem-se palavras e aprende-se, acima de tudo, uma relação com a linguagem; porque apesar de conter uma história triste, ele renova a alegria de viver.

12 – Uma canção inesquecível. Por quê ?

IA – “A Flor e o Espinho”, de Nelson Cavaquinho. Também porque a ouvi pela primeira vez no momento certo; porque “tire seu sorriso do caminho/ que eu quero passar com a minha dor” é dos dísticos mais belos da história da música brasileira; porque, como Grande Sertão: Veredas, ela consegue dar voz à melancolia sem pieguice; porque a melodia se casa perfeitamente com a letra.

13 – Finalizando, com os agradecimentos do Ouro de Tolo, algumas palavras sobre o blog ou seu editor.

IA – É um prazer muito grande falar aos leitores do Ouro de Tolo, porque seu editor foi interlocutor do meu antigo blog, o Biscoito Fino e a Massa, porque era uma velha dívida minha com o Pedro, que já me havia feito um gentil convite que aceitei mas não pude cumprir, e também porque tenho carinho especial pelo nome que batiza o blog — Raul Seixas foi meu primeiro ídolo musical.

4 Replies to “Jogo Misto – Idelber Avelar”

  1. Idelber, cada vez más interesante:

    verdades que no sabemos aunque estemos ahicito nomás a tiro de la frontera. Gozosas preguntas, gozosas respuestas. Más ese toque de flores melancólicas es espinho con fondo de Nueva Orleans en el oído. Queremos mucho a Idelber!

  2. Como assim o Atlético joga sem “exatamente” armadores? O Ronaldinho é exatamente o que? No mais, acho que o Kalil é a pior coisa que aconteceu no futebol atleticano nos últimos anos.

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