Eis que no próximo dia 15 de junho irá se iniciar a Copa das Confederações, evento que sempre antecede a Copa do Mundo e funciona como um evento teste de estádio e estruturas.

Participam desta competição os campeões continentais, o país sede e o atual campeão do mundo. Como a Espanha detém tanto o título mundial como o europeu a Itália, vice campeã europeia, também participará. Ainda teremos a insólita presença do Taiti, o surpreendente campeão da Oceania e que tem um time formado todo por amadores, a exceção de um único jogador.

É algo fantástico: mal comparando, é como se o nosso time de pelada do final de semana estivesse em uma competição oficial da Fifa. Obviamente, o time do paraíso polinésio deverá fazer figuração, torcendo apenas para não levar goleadas históricas – especialmente contra a Espanha. Inclusive alguns gaiatos em redes sociais afirmam que o resultado deste jogo será medido em “touchdowns” de futebol americano (que valem sete pontos) e não em gols…

O objetivo principal, além de gerar lucros para a Fifa, é funcionar como uma espécie de evento teste para a Copa do Mundo. Testar os estádios, os sistemas de transporte, as engrenagens do evento e os voluntários. Normalmente para as equipes é um indicador da preparação para a Copa, mas vencer a Copa das Confederações não é garantia de sucesso – o Brasil foi o vencedor das edições da Alemanha e da África do Sul e foi o que se viu na Copa…

Foram selecionados seis estádios para a edição brasileira da competição: Maracanã – sede da final, Brasília (abertura), Belo Horizonte, Recife, Salvador e Fortaleza. São Paulo e a região Sul acabaram ficando de fora devido aos atrasos dos estádios, algo comum nesta preparação para a Copa.

Sem contar que pelo menos o Maracanã será utilizado “no grito”, como diz a gíria. Basta passar pelo entorno do estádio para se perceber que ainda há muito a se fazer, em que pese o ritmo extremamente acelerado da obra. Especialmente no lado da linha do trem (Radial Oeste) não me parece que as intervenções necessárias ficarão prontas a tempo. Por outro lado, quem já esteve dentro também afirma que ainda não está tudo finalizado.

Mas sem dúvida, o Maracanã rejuvenescido está ficando bonito, ao menos por fora. Como escrevi em artigo de 2010 a modernização se fazia necessária e acho até que em termos de pressão de torcida o estádio irá ficar mais efetivo que antigamente, devido à menor distância da torcida do campo. Obviamente aqui não estou discutindo a mudança de público nos estádios, que será alvo de post brevemente.

Aliás, tal e qual a Copa do Mundo o Rio de Janeiro somente verá a Seleção Brasileira se esta for à final. Como escrevi em outra ocasião, claramente o ex-Presidente da CBF Ricardo Teixeira privilegiou estados governados pela oposição na hora de definir onde o Brasil jogaria. Paciência.

Algo que é passível de elogios é o sistema de venda de ingressos. Pela internet, no primeiro dia obviamente sofreu com a sobrecarga, mas depois acabou sendo tranquilo. São três “fases”: a primeira com venda direta para clientes Visa – que quase todo mundo é – a segunda onde (teoricamente) se candidataria a um sorteio e na terceira vendem-se os ingressos restantes.

Na primeira fase consegui entradas para três partidas: as duas do Maracanã e a partida do Brasil contra a Itália em Salvador. Diga-se de passagem, é lição aprendida para a Copa: ainda que a preço de não ver o Brasil jogar, irei comprar entradas apenas para os jogos no Rio. O combo “passagens + hospedagem” – a família vai junto – acabou saindo muito mais caro do que estava imaginando.

A retirada também foi tranquila: se agenda um dia pelo site da entidade e retiram-se as entradas nos postos determinados. Mesmo com a divergência de nomes – estou cadastrado como “Pedro Migão” no site e meu nome completo é “Pedro Alexandre Padilha Migão” – a retirada foi rápida no posto do Aeroporto do Galeão, perto de minha casa.

Lamento, apenas, que mesmo comprando o ingresso mais caro disponível tanto em Espanha contra Taiti como na final (foto) me colocaram em lugares quase na marquise do Maracanã. Fica a dúvida: os melhores lugares não foram postos à venda? Mesmo México e Itália meus ingressos são para o setor inferior, mas na bandeirinha de escanteio. Somente para o jogo de Salvador estarei em local privilegiado.

Ainda há entradas para alguns jogos, que podem ser consultados no site da Fifa ou nos centros de troca de ingressos. Será uma bonita festa e, mesmo sabendo de todas as questões envolvidas, acho que será salutar ao país.

Let´s go!

5 Replies to “E vem aí a Copa das Confederações”

  1. oposição? começa em Brasilia , Pt … Fortaleza , Irmãos Gomes … Salvador , Pt … BH é PSB apesar do Aécio e termina no Cabrla…

    num exagere

    1. Emerson, não se esqueça que os locais dos jogos do Brasil – a que me refiro quando faço esta menção – foram definidos dois anos atrás. Houve mudança de governos de lá para cá

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