Neste sábado, mais uma edição da coluna “A Médica e a Jornalista”, assinada pela Anna Barros. Hoje o tema são os malefícios causados pelo uso da maconha, em termos médicos.
Os malefícios da maconha
A maconha é sempre um tema em voga, haja visto que em várias ocasiões vozes clamaram pela sua liberação. Inclusive o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é uma destas, que participou de um documentário de Fernando Gronstein, irmão de Luciano Huck: “Quebrando tabu”. 
Eu sou terminantemente contra isso. 
Temos que sempre discutir o assunto, visto que o consumo de drogas financia o tráfico no Rio de Janeiro. E com a prisão do traficante Antonio Bonfim Lopes, o Nem, é inevitável não se falar do problema. 
Se ele lucrou tanto – estima-se que um milhão por mês, segundo ele, mas fala-se de quase 10 milhões – é porque as pessoas compram. Enfim, um assunto de Segurança Pública, mas de Saúde primordialmente.
Muitas pessoas dizem que a maconha não faz mal: só que isso não é verdade. 
Além da dependência psicológica e química ela causa outros males. Dentre eles, pode vir a propiciar a esquizofrenia, por uso contínuo e longo; e nos homens, o câncer de testículo. Existem os efeitos corriqueiros como perda de memória e problemas no aprendizado, na fixação do que se aprende.
Abrimos um pequeno parênteses para falar da esquizofrenia. 
A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica, de origem hereditária,  que provoca uma sensação de alma dividida, com a presença de alucinações, sentimentos paradoxais simultâneos como rir e chorar ao mesmo tempo, mania de perseguição, uma voz dentro da cabeça como se fosse um radiotransmissor e toda a sorte de paranoias e delírios. É uma doença que afeta os jovens. Ela foi muito bem retratada na novela Caminho das Índias, de Glória Perez, através do personagem Tarso, vivido por Bruno Gagliasso.
Mas voltemos ao nosso tema principal, a maconha. 
Além dos malefícios relatados, a maconha provoca queda dos níveis de testosterona (50-60%) e também pode provocar disfunção sexual como a ejaculação precoce. Há outros distúrbios provocados por ela como: perda de motivação, sonolência, problemas de coordenação motora e sensação de secura na boca, que é a xerostomia. Ela provoca uma grande perda de neurônios, daí afetar a memória em muitos casos. Nesse ponto se assemelha ao álcool, uma droga lícita até mais perigosa.
A maconha associada ao tabaco usado também no cigarro de baseado pode contribuir para a ocorrência de outras doenças, tais como bronquite, câncer de pulmão e de laringe – entre outras afecções.
O consumo dela aumentou consideravelmente e porque as pessoas acham-na inócua seus efeitos são pouco difundidos ou minimizados. 
Ela não causa aumento no rendimento do esportista, mas está na lista de drogas do controle antidoping porque é uma droga social e o atleta, teoricamente, deve ser um exemplo para as outras pessoas.
Os sintomas da síndrome de abstinência são irritabilidade, apatia, distúrbios de sono, sudorese, náuseas e vômitos. Há estudos que indicam que seu efeito dura de duas a três horas – mas pode durar até oito horas. 
Os efeitos a curto prazo mais observados são taquicardia (aumento da freqüência cardíaca), boca seca (xerostomia), relaxamento muscular e sensação de mãos frias ou quentes.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, o potencial para a maconha de induzir dependência é de leve a moderado, sendo menor que o do álcool. Estudos também demonstram que fumar de três a quatro cigarros de maconha por dia equivale a fumar mais que vinte cigarros de tabaco – o que pode induzir a um risco de câncer de pulmão.
Então, discutir e debater esse tema é questão de Saúde Pública. 
Há um núcleo que atende ao dependente químico em geral, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a UERJ. É chamado de Nepad, que tem um trabalho interessante e sério. 
Sempre que for necessário traremos esse assunto à baila, seja em artigos, seja em debates, porque ele é uma realidade cada vez mais presente em nossas vidas aqui no Brasil. Há uma relação próxima de que, quem começa a beber precocemente tem maior chance de fumar maconha.
 Há uma estreita relação entre as duas drogas, logo é um risco que nossos adolescentes estão cada vez mais expostos, em idade cada vez mais tenra.
Até a próxima!
Anna Barros

26 Replies to “A Médica e a Jornalista – "Os Malefícios da Maconha"”

  1. Já fumou?

    Crise de abstinência?

    Operei há um mês e meio e tô sem fumar até hoje e não tive nada do que foi mencionado.

    OMS? Orgão completamente vinculado a indústria farmacêutica e subordinado ao painel internacional anti drogas de 1971 da ONU, comandada por Nixon, e que é totalmente controlado pelos EUA, país que num belo dia na década de 30, e por pressão dos conservadores e da industria algodoeira resolveu proibir. E o mundo foi na onda.

    Álcool leva a cocaína. Quem gosta de beber e gosta de noitada, aguenta beber e dura muito mais na noite se cheirar.

    Maconha com álcool, o camarada não dura 3, 4 horas fumando e bebendo direto.

    Fumo há 21 anos.

    Sou advogado, tenho duas pós, mestrado e tenho uma loja.

    Não fumo tabaco.

    Nicotina dá crise abstinência com 30 minutos. É só ver quantos cigarros de tabaco um fumante fuma por dia e a fissura dele quando passa muito tempo sem fumar.

    São poucos os usuários de maconha que usam tabaco.

    Não existe lavoura de fumo orgânica, É pesticida até a alma!

    Veja a data de validade de um maço de cigarro. É conservante até não poder mais.

    Maconha estraga fácil, mofa rapidinho.

    Conheço o tema na prática, no dia a dia.

    Existem diversos níveis de usuários: dos recreativos, sociais até o adictos, como álcool.

    Há 150 mil mortes anuais nos EUA por causa de uso excessivo de analgésicos.

    Álcool e cigarros então nem se fala, é na casa dos milhões.

    Não existe na literatura média, morte por superdosagem de maconha.

    Agora procura morte por superdosagem de álcool.

    O tráfico existe por causa da demanda? Ok concordo.

    Mas a demanda jamais deixará de existir. Não adianta.

    Eu não deixo de fumar por causa do tráfico, como ninguém deixa de beber porque alguém bêbado espanca até a morte, a sua esposa.

    Mas o fim da proibição e a regulamentação da produção, comercialização e uso, pode acabar com o tráfico.

    Nada é mais atraente pra juventude do que transgredir, infrigir regras.

    1 trilhão de dólares gastos até hoje com a política de tolerância zero e nenhum progresso em nenhum aspecto.

    Só corrupção e violência.

    A quem interessa trazer pra legalidade, uma indústria que gera bilhões de dólares anuais, ao sistema, a indústria armamentista, a farmacêutica?

    Náuseas e vômitos??

    A maconha é indicada pra quem faz quimio e radioterapia, justamente por sua capacidade aliviar náuseas e vômitos!!

    Essa conversa toda me deu vontade de fumar um, Drª. rsrsrsrs

    Mas é extremamente válido o debate.

    Só assim vai se chegar a uma solução.

    1. Irônico é alguém que se diz advogado, infringir as leis e querer ter razão…
      Bom, fica a critério de cada um achar certo ou errado né..
      Mas o mundo é tão desenvolvido e tecnológico hoje em dia, que se a maconha trouxesse mais benefícios do que malefícios vocês não acham que seria liberada? Se mais pra frente descobrissem que a maconha é(sem duvidas pf né) útil à nossa saúde, que seja liberada… Mas por enquanto é crime e o certo nesse caso é: não usar, pois ela nos prejudica sim, até que se prove o contrário(de forma incontestável)…
      Bjs
      P.A. 16anos. Não fumo (:

    2. Kkkkkkk… P.A vc tem a inteligencia de uma Antílope em! Então se alguém é advogado ele é perfeito e não infringe as Leis, parabéns pelo seu raciocínio, certo é beber e matar milhões no transito, ou espancar a mãe em casa! Que usa a Canabis fica tao calmo, que só de pensar em Briga da já preguiça! Dirigir rápido e de forma agressiva então!? pra que! As coisa são mais belas se admirada devagar! É por causa de ignorantes como vc de pouco conhecimento no assunto que temos tanta intolerância a algo que é natural e utilizado a milênios!

    3. É tem um aqui q usa maconha e não pode pagar a traficante por ser pobre, então comete crimes para eles kkkkkkk Já foi até preso! E tb tenho um primo q fumou maconha e depois partiu para outras drogas, hj ele é esquizofrênico devido a elas!!

  2. Debate totalmente pertinente. Estou pesquisando os malefícios e benefícios da erva, para ter uma posição coerente sobre o assunto. Nunca fumei e nem tenho motivos para isso. Agora não entendi tb o fato de a pessoa não se identificar, será que isso não explica algo? Abraços

    1. Acredito que ele n tenha se explicado porque é advogado num pais em que o usomda maconha é proibido. Fácil entender, até para mim que fumo, já que não tenho neurôneos…me deu vontade de fumar também.

  3. Gostei de ler o artigo também andava a pesquisar sobre os malefícios da canabis. Deu-me alguma satisfação ler o comentário do anónimo, pena não ter deixado o nome ou algo do género.
    Tenho a dizer que quem escreveu sobre os sintomas e restante, estranho nunca ter experimentado a fumar erva, visto que ninguem morre por fumar um baseado, nem a experiencia de saber o que é fumar um irá matar :o
    conclusões que tirei sobre a pesquisa em relação aos maleficios e os beneficios da erva é que será preciso mais pesquisa e ser legalizada para nao ser o fruto apetecido e sim a escolha de quem quer ou nao fumar, afinal de contas cada um escolhe aquilo que quer fazer, acho que o tabaco e o alcool são mais maleficos para a saude porque existe estudos mais aprofundados e obviamente os numeros de mortes falam por si mesmos. legalizar acabava com o trafico com o fruto apetecido, era mais facil de estudar o seus efeitos e deixar toda a gente ocorrente do bem ou do mal que faz e ai as pessoas poderiam ponderar e escolher o que queriam fazer ou deixar de fazer. falo por mim que gostava de poder saber mais sobre o efeito da erva na saude humana.

  4. Olá, sou psicóloga e o que mais me chama atenção nesses debates é a dependência de um único ponto de vista ao qual a maconha leva. Não conheci nenhum usuário de maconha que conseguisse dizer: é verdade, a maconha traz indícios de fazer mal a saúde, tenho alguns sintomas, mas crio sistemas de compensação porque escolhi “depender de algo”. Ao longo da minha vida tenho me observado e percebi as inúmeras dependências que era capaz de criar… ver tv para dormir, assistir sempre a um programa, fumar cigarro, ser fiel a determinados pensamentos, etc. Me dei conta que qualquer hábito pode nos gerar uma sensação de segurança, de cabeça vazia, não precisar pensar, relaxar, inexistir, etc. A maconha traz uma série de rituais associados, tanto particulares quanto sociais e cria grupos, os que fumam, e esses dificilmente convivem com quem nunca fuma. Além dos malefícios físicos que encaro apenas como imapcto na saúde, pois tudo que ingerimos causa e vai nos levar a morte um dia, me preocupa é esta necessidade que as pessoas apresentam de depender de rituais, hábitos e seguranças constantes emocionalmente. O pensamento livre que a maconha proporciona é o inverso do que ela potencializa no ser humano pois, o que adianta meus pensamentos voarem, se esquecerei facilmente do vôo que fiz ou não terei energia física e psíquica para continuar voando. Já usei na adolescência e cheguei a conclusão de que prefiro voar tendo consciência e atitude no meu vôo para que seja real, sentido com as minha capacidades inatas. Estar adaptado socialmente a uma sociedade que exige muito pouco cerebralmente, emocionalmente em termos de criatividade, descoberta e irreverência, nunca será para mim, um argumento de que a maconha não afeta o cérebro. Um argumento seria o quanto a maconha potencializa o ser humano para as transformações sociais que nos levariam a uma sociedade mais criativa, livre, justa, igualitária e divertida, o que até hoje não ouvi, até porque ela seria suspeita de causar câncer neste órgão que deveria ser tão querido por nós, pois é apenas através dele que podemos ser alguém!!!

    1. Por Cristiano Medri – doutor em ciências ambientais

      Andréia, é o contrário do que você diz. Informe-se melhor. Vários estudos concluem que a maconha COMBATE o câncer e possui efeito neuroprotetor, dentre outros benefícios.

      Veja:
      Scientific American: Maconha diminui câncer de cérebro em ratos
      http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=marijuana-extract-fights&sc=I100322

      Scientific American: Não há ligação entre uso de maconha e câncer de pulmão
      http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=large-study-finds-no-link

      Uol Notícias: Estudo mostra que maconha não afeta função pulmonar
      http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/reuters/2012/01/11/consumo-moderado-de-maconha-nao-afeta-o-pulmao-diz-estudo.jhtm

      Uol notícias: Estudo mostra que maconha não danifica o cérebro
      http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2012/01/06/maconha-nao-danifica-cerebro-e-memoria-diz-estudo.jhtm

      Depoimentos de Renato malcher, neurocientista, e Dartiu Xavier, psiquiatra: Maconha como porta de entrada é um mito
      http://www.youtube.com/watch?v=KcVyveBrI3s

      Revista Época: Maconha é benéfica no tratamento de esclerose múltipla, diz estudo
      http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG61091-6014,00.html

      Estadão: USP testa componente da maconha contra mal de Parkinson
      http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,usp-testa-componente-da-maconha-contra-mal-de-parkinson,503007,0.htm

      BBC Brasil: Maconha bloqueia avanço do Alzheimer, diz estudo
      http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2005/02/050223_marijuanams.shtml

      G1: Substância presente na maconha pode diminuir dor de quimioterapia
      http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/10/substancia-presente-na-maconha-pode-diminuir-dor-de-quimioterapia.html

      AIDSMEDS: Vírus da Aids tem avanço diminuído em macacos tratados com maconha
      http://www.aidsmeds.com/articles/hiv_marijuana_thc_1667_20533.shtml

      Folha de São Paulo: Maconha pode reduzir crescimento de câncer de mama, diz pesquisa
      http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/845022-maconha-pode-reduzir-crescimento-do-cancer-de-mama-diz-pesquisa.shtml

      Time: Estudo diz que maconha não piora a capacidade cognitiva de longo prazo
      http://healthland.time.com/2011/07/19/study-marijuana-not-linked-with-long-term-cognitive-impairment/

      G1: Substância presente na maconha pode virar antiinflamatório, mostra estudo
      http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL611186-5603,00-SUBSTANCIA+PRESENTE+NA+MACONHA+PODE+VIRAR+ANTIINFLAMATORIO+MOSTRA+ESTUDO.html

      Superinteressante: Pesquisa de Harvard mostra que ratos que receberam THC por 3 semanas apresentaram redução de 50% em tumores no pulmão
      http://super.abril.com.br/ciencia/maconha-enrolando-cura-446959.shtml

      BBC: Estudo mostra que álcool e tabaco são muito mais lesivos que maconha
      http://www.bbc.co.uk/news/uk-11660210

      Veja: Não há justifica para proibir a maconha, diz especialista em células tronco
      http://veja.abril.com.br/noticia/saude/nao-ha-justificativa-cientifica-para-proibir-a-maconha

      O Globo: Neurocientistas divulgam manisfesto em defesa da maconha
      http://oglobo.globo.com/ciencia/neurocientistas-divulgam-manifesto-em-defesa-da-maconha-2979727

      Galileu: Maconha: A ciência da legalização
      http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT173787-17773,00.html

      Isaude.net: Extratos de maconha reduzem crises de epilepsia
      http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/16534/ciencia-e-tecnologia/extratos-de-maconha-reduzem-crises-convulsivas-em-pacientes-epileticos

      Agência Fapesp: Maconha para artrite
      http://www.agencia.fapesp.br/4593

      Galileu: Cápsulas de maconha podem ajudar pacientes com ansiedade extrema
      http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI153387-17770,00-CAPSULA+DE+MACONHA+PODE+AJUDAR+PACIENTES+COM+ANSIEDADE+EXTREMA.html

      Folha de São Paulo: Substância da maconha pode curar depressão, diz estudo
      http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u339240.shtml

    2. Tenho 32 anos fumo constantemente a uns 4 anos, não tenho vicio passo ate duas semanas sem fumar na boa, porem nao passo de tres dias sem cosumir alcool e cigarros normais. Tenho um bom emprego sou casado e o uso de maconha nao me atrapalha em nada.
      estou fazendo meu depoimente anonimo por conta do preconceito.
      se conseguise pararia de usar todas as outras drogas que uso (Alcool e cigarro) e so usaria maconha.

  5. Por Cristiano Medri – doutor em ciências ambientais.

    A maconha tem sido utilizada medicinalmente por toda a história da humanidade, desde a China antiga até a nobreza inglesa do século 19. Sua proibição é recente e data de menos de cem anos, e, de modo algum, foi baseada em critérios científicos e de saúde pública, tendo sido baseada em preceitos morais, econômicos e racistas, já que, como era uma planta consumida por negros e mexicanos nos EUA, ficava mais fácil segregar estas pessoas através da criminalização de um hábito destes grupos. Atualmente, importantes autoridades do meio político e científico advogam a favor da regulamentação do consumo. Dentre eles, temos brilhantes neurocientistas brasileiros, como Sidarta Ribeiro, Renato Malcher e Stevens Rehen. Estes pesquisadores afirmam que a maconha é uma droga muito mais segura e menos viciante do que o álcool e o tabaco, que a teoria da “porta de entrada” não passa de um mito que, absolutamente, não corresponde à realidade da maioria esmagadora dos usuários, e que a ideia de que a maconha “mata neurônios”, simplesmente, é falsa. Pelo contrário, estes pesquisadores citam pesquisas que concluíram que os princípios ativos da maconha possuem efeito neuroprotetor, com potencial de utilização no combate de doenças como Parkinson e Alzheimer. Ainda, importantes políticos de países que enfrentam problemas graves com a violência gerada pelo tráfico de drogas, como Fernando Henrique Cardoso, César Gaviria, Ernesto Zedillo e Bill Clinton, ex-presidentes do Brasil, Colômbia, México e EUA, respectivamente, concluíram, após muitos estudos, que a guerra ao tráfico e a ilegalidade é muito mais danosa à sociedade do que a droga em si. Há muito mais pessoas morrendo em decorrência desta guerra, muitas destas, inocentes, do que pessoas morrendo diretamente em decorrência do abuso de substâncias ilícitas. Basta citar os neurocientistas Sidarta Ribeiro e Renato Malcher, que dizem que é simplesmente impossível morrer de overdose de maconha, enquanto a guerra realizada para coibir o seu consumo e a disputa dentro do tráfico já mataram milhares de pessoas no Brasil.
    A maconha possui grande potencial de utilização medicinal, no combate aos efeitos da quimioterapia do câncer, no tratamento da AIDS, Parkinson, Alzheimer, Glaucoma, ansiedade, no combate a tumores malignos, dentre outras. Ao contrário da maconha, o álcool é uma droga que pode matar por overdose, e nem por isto é ilegal, tendo sido definidas formas responsáveis para o seu consumo. Por outro lado, do mesmo modo que o álcool, estudos mostraram que a maconha não deve ser consumida por crianças e adolescentes, por afetar o desenvolvimento cerebral nestas faixas etárias, e por pessoas com tendência a surtos psicóticos e esquizofrênicos. Mesmo assim, há uma ampla parcela da sociedade, que inclui médicos, psiquiatras e neurocientistas, que advoga que, não apenas a utilização medicinal, mas também a utilização recreativa, feita por adultos saudáveis e de modo responsável, é segura e deve ser regulamentada. O mais importante de tudo é desobstruir o debate. A guerra total às drogas foi perdida, nunca o mundo combateu tanto as drogas e nunca elas foram tão consumidas. Um debate sem tabus, sem moralismos e demonizações, baseado em ciência, deve ser realizado a fim de encontrar uma nova maneira de lidar com a maconha, de modo a minimizar seus malefícios, inclusive aqueles relacionados à guerra e ao tráfico, e maximizar seus benefícios.

    PARA SABER MAIS:

    Scientific American: Não há ligação entre uso de maconha e câncer de pulmão
    http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=large-study-finds-no-link

    Uol notícias: Estudo mostra que maconha não danifica o cérebro
    http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2012/01/06/maconha-nao-danifica-cerebro-e-memoria-diz-estudo.jhtm

    Depoimentos de Renato malcher, neurocientista, e Dartiu Xavier, psiquiatra: Maconha como porta de entrada é um mito
    http://www.youtube.com/watch?v=KcVyveBrI3s

  6. Fumo maconha há mais de vinte anos e nuncative problemas relacionados a perda de memória, dirijo muito bem, nunca causei acidentes…minha vida é normal e nem fumo para ter livres pensamentos, não tem ideologia alguma no meu fumar, eu quero apenas relaxar para poder trabalhar com minhas pinturas e mais nada. Lamento ter que comprar de traficantes, só isso mas, acho melhor do que tomar calmantes fabricados pelas indústrias farmacêuticas. Fico semanas sem fumar e nunca tive sintomas de abstinências. E nem nunca parti para drogas mais pesadas…essa é a melhor de todas…imagina!!!! Quem quer drogas pesadas vai usar mesmo sem conhecer a maconha….só usando para saber.

  7. A maconha nada mais é do que um remédio NATURAL proibido pela pressão da indústria farmacêutica, que, aliás, não deveria fazer isso, pois tem milhares de produtos que combatem outros males que não os curáveis pela maconha. Deixem a erva em paz. Vamos acabar com a tragédia que é a proibição da maconha que, além do uso medicinal, serve para produzir, pasmem: alimentos, bio-combustível, roupas, tecidos sintéticos de características plásticas, cordas com a melhor qualidade existente (usadas pela marinha americana na segunda grande guerra), papel com impacto ambiental muito menor (afinal, em que tipo de papel está escrita a primeira Declaração de Independência do estado que deu origem à democracia moderna, os EUA?)e até casas!! A humanidade iria se beneficiar economicamente em escala exponencial com a sua legalização. Sem falar nos efeitos sobre a criatividade, a alegria, a sensibilidade artística e a diversão. Quanto aos nossos amiguinhos das indústrias da morte do cigarro e do álcool, esses não precisam se preocupar com a concorrência, infelizmente (ou felizmente para alguns) essas substâncias fazem parte da história e estão integradas à cultura humana tanto quanto a cannabis e seu uso não vai diminuir (como provou a Lei Seca americana). Só quem vai perder com isso serão os TRAFICANTES. Ana Barros, um conselho sincero: a vida é uma só, experimente um baseado em um momento agradável e descubra um outro universo, mude a sua vida, salve a sua alma (e se ficar paranóica, não é a erva, ela apenas potencializa o que você já está sentindo no momento em que fuma). No mais: muita felicidade a todos! PS: sim, eu fumo, há 23 anos, e nos dois concursos públicos que passei, nos primeiros lugares, usava a erva para descansar quando o estudo era estafante). Claro que vou publicar como anônimo, ou alguém com QI acima de menos um tem dúvidas do porquê?

  8. Sou o anônimo do comentário anterior, só mais uma coisa, pessoas com tendências à esquizofrenia não devem mesmo fumar, mas fazer disso um motivo para a proibição é o mesmo que proibir o açúcar e o sal com base no fato de que diabéticos em hipertensos não podem consumí-los (proibição “solidária” kkkk), sem esquecer o fato de que praticamente a humanidade inteira é viciada nesses dois pós brancos (açúcar e sal), que, aliás, matam juntos mais do que qualquer outra substância (“apenas” alguns milhões de seres humanos todos os anos). De qualquer modo, acho que vou comer agora mesmo um pedaço de bolo de chocolate, sabem, em nome de um princípio básico de sobrevivência: o princípio do prazer! (yeeahh! rsrs)

  9. Pelos milhões de seres humanos que destruiu e continua destruindo: Arda para sempre no inferno(!) senhor Harry Anslinger.

  10. Por favor… Você é realmente médica? Está cientificamente provado não só que a maconha NÃO causa a morte de neurônios como também que existe uma área específica do cérebro humano que é ATIVADA quando se fuma maconha (que tal perguntar aos músicos? os que fumam, claro). Ejaculação precoce?? KKKKK Pergunte a quem fuma… rsrs

  11. Acho que não deveria ter proibição da maconha
    Se ela tem benefícios e malefícios (como todo remédio tem), basta que ela seja legalizada e suas indicações e efeitos colaterais sejam de conhecimento de todos.

    Como já citaram, o próprio país pioneiro na proibição hoje reconhece que há benefícios na maconha.

    legalização e regulamentação são as saídas

  12. O debate é valido…sem acusações ou desrespeito!

    Vou participar, pois, hoje, não fumo mais!
    Passei da fase de provar para os amigos que eu fumava, do fazer parte de um grupo que fuma, do gostar muito de fumar e, enfim, ser totalmente conta o consumo.
    Hoje sou contra a maconha, assim como sou contra qualquer hábito ílicito ou mesmo lícito, mas que causa danos a mim e a outros (alcool e tabaco).
    Hoje sou contra, porque sei que ingerir fumaça (de carro, cigarro, incêndio, etc), pode sim trazer malefícios a minha saúde, contrariando ou não pesquisas de RENOMADOS INSTITUTOS.
    Hoje sou contra, pois acabava financiando a violência contra famílias, sociedades e núcleos, que muitas vezes estão à margem da atuação do Estado.
    Também sou contra, por saber que o que chega até as mãos dos usuários não é só maconha. São inúmeras substâncias, dentre elas, coisas que não chegarei a saber.
    Mas sou contra principalmente, pois hoje tenho convicção que estando plena em minha consciência, posso pensar melhor meus atos e ser condizente nas palavras, quando afirmo que sou contra a violência e contra a degradação do ser humano. Nem tampouco, vou esquecer o nome de um amigo ou um compromisso, ou então precisar mascarar meu estado (olhos vermelhos, cheiro de fumaça) para chegar num ambiente.
    Vou poder dizer ao(s) meu(s) filho(s) que não concordo com o uso de qualquer substância, pois não quero um dia chegar em casa e vê-los com cara de doidão, jogados no sofá, com a cabeça de lado, com as mãos fedidas, morrendo de fome, matando seus pulmões que poderiam estar sendo utilizados para promoção de sua respectiva saúde, com os reflexos afetados.
    A utilização da maconha virou algo “bacana”, “descolado”, e incentivado por uma parte de artistas que se intitulam como contra o sistema (e são aplaudidos), discursando por um mundo de PAZ e financiando algo totalmente contrária a isto. Hoje ela é crime e custa alto para o Estado “tentar” combate-la, e pior, custam vidas a ideia de que consumir é problema do usuário.
    Descriminar? Talvez…Mas se todo cidadão deveria ter a oportunidade de decidir pelo quê quer consumir, então, pela lógica, por que não descriminar todas as outras drogas também e aí passar a controlar somente as consequências da escolha, como é feito com o alcool? Por que legalizar somente a maconha?
    Existe uma ideologia de paz que esta droga possa trazer que confunde as pessoas, tanto as que fumam quanto as que não fumam.
    Por que não existe dados estatísticos de que a maconha mata gente, assim como outras drogas (lícitas ou não) matam? Porque o efeito dela é diferenciado. Os malefícios vem com o tempo. Assemelha-se ao cigarro, com a diferença de que o cigarro não te deixa em um “estado” diferente do normal. E, por mais que o consumo não cause “ferimentos” quantificados em curto prazo, ela pode causar problemas sérios de saúde.
    E por que deixar a cargo do governo decidir o que eu consumo ou não? |Por que é responsabilidade do governo garantir acesso a saúde, tratar de sua população (não vou entrar no mérito se tem sido feito ou não) e quanto mais condições saudáveis forem disseminadas por ele, mais coerente será o objetivo de seu discurso.
    Não me estendendo mais, fica aqui minha breve participação, que pode ser mais profunda de acordo com a condução do debate.
    Sei não que serei entendida nem aceita por todos, mas esta a minha opinião, é o que quero para o futuro de uma sociedade sem egoísmos (sem utopias).
    Depoimento de alguém que não fuma e tem convicções dos motivos.

  13. Aos idiotas moribundos que defendem a maconha, leiam a reportagem da revista Veja sob o título “Maconha faz mal, sim”, publicada na edição 2293, de 31.10.2012, em que faz um relato de que as novas descobertas da medicina cortam o barato de quem acha que a maconha não faz mal.
    Leiam dois depoimentos de usuários:
    Álvaro Zunckeller, 32 anos, cineasta: “Fumei maconha durante vinte anos. Experimentei na adolescência. Em três anos, passei de um cigarro a cada duas semanas para três baseados por dia. Foram vinte anos de perdas. Perdi um emprego, perdi duas namoradas e me formei em com dez anos de atraso. Na faculdade, só pensava na hora de ir para o barzinho fumar maconha. Quando estava em casa, passava o dia dormindo. Era um viciado, mas levava uma vida relativamente normal. Esse é o grande perigo da maconha. Há sete meses comecei um tratamento clínico contra a dependência. Desde então, nunca mais fumei. Hoje, tenho dificuldade de me concentrar na leitura. Não consigo ler mais de três páginas. Sinto saudade da sensação que causa a maconha, claro. Mas não quero mais que ela domine a minha vida.”.
    Vládia Ofenheim, 52 anos, comerciante: “Fumei meu primeiro cigarro de maconha aos 19 anos, com um primo, por curiosidade juvenil. De imediato, senti um profundo relaxamento. Eu, que sempre fui muito agitada, adorei a sensação. Passei a fumar com frequência. Aos poucos, a maconha foi invadindo a minha existência. Eu vivia letárgica, mas achava tudo absolutamente normal. A maconha foi a porta de entrada para outras drogas. A certa altura, quis experimentar uma sensação mais forte. A maconha havia perdido a graça. Aos 27 anos, cheirei cocaína. Aos 35, mudei para o crack. Virei um rato. Passei por três internações e me salvei. Estou há onze anos sem usar drogas”.

  14. Parabéns Julio essa foi uma boa decisão em larga esse malefício,que muita gente chama de benefício, que se chama maconha se essa merda fosse boa ñ seria chamada de droga.
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  15. Sou médico, ia escrever, mas quero que vocês TODOS se fodam… Nunca lí tanta burrice e ignorância inclusive dessa médica, que duvido eu, ser mesmo médica. Este cidadão IDIOTA acima quer tampar o sol com peneira… em que mundo esse ¨ser¨ vive?? Realmente alguem acha que acabará o uso de drogas ilícitas??? Isso só favorecerá o trafico e organizações criminosas. Tem que haver legalização para aumentar os estudos sobre a droga, os malefícios e benefícios envolvidos, tambem o controle da qualidade e orgãos de recuperação e auxílio aos que queiram ajuda. Graças à parte de vocês acima, estão sendo encarcerados, qdo não mortos, seres humanos como nós, que não são melhores e nem piores que qualquer pessoa, por fumar maconha. A maconha não mata neurônios, isso já foi provado(Dra Vai estudar artigos médicos e se possivel em inglês, se é que vc sabe lingua inglesa). Não fumo maconha, mas já usei qdo estudei nas duas faculdades que cursei… só passou a fase, agora imagina se eu fosse preso ou morto em uma boca de fumo ou mesmo a quantidade de outras substâncias que inalei pela falta de controle do governo…
    É isso que interessa… se não vamos conseguir frear o consumo, temos que tirar poder monetário dos traficantes e minimizar os malefícios do uso de intorpecentes, defendendo a população que usa e não fechando os olhos e deixando todas essas pessoas à mercê de substâncias que não se sabe a procedência. O USO DE DROGAS PSICOATIVAS SEMPRE EXISTIU NA SOCIEDADE E CONTINUARÁ EXISTINDO, ENTÃO PENSEM DE FORMA LÓGICA, PELO AMOR DE DEUS(já que não tem mínimo de amor pelas pessoas que são usuárias e necessitam de orientação sobre os riscos ou os que necessitam de apoio, se quiserem se desvenciliar do uso/vício). O ser humano não deveria usar nenhuma substância que alterasse seu senso de cognição, mas as drogas lícitas ou ilícitas estão aí para quem quiser ver, e matando mais que nunca(maconha não da overdose Dra). Quando criança cheguei a julgar maconheiros como se fosse melhor que eles e, após estudar farmacologia avançada na medicina descobrí que estava enganado e dei minha opinião sem me aprofundar no assunto, me sentí muito pior após conhecer os sintomas da erva. Desta forma, cuidado com vossas faláceas, pois não basta falar o que pensa, mas depois tem que assumir seus erros e posso dizer à todos que não é agradavel saber ou perceber que você não foi justo e passou de um ignorânte querendo dar opiniões sem ouvir o outro lado ou ter minha convicção após estudar sobre. Acabei escrevendo, mas não pelo babacas caretas e sim pelos brasileiros, usuários ou não, mas que são PESSOAS… ¨VOCÊS NÃO MERECIAM MEU DEPOIMENTO¨.
    P.S: Tambem não escreverei meu nome.

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