Nesta terça, excepcionalmente, temos mais uma edição da coluna “Os Nerds na Vida Real”, assinada pelo programador e analista de sistemas Rodrigo Felga. O tema de hoje é o legado do fundador da Apple, Steve Jobs, falecido recentemente.
O Legado de Steve Jobs

Olá amigos! A coluna desse mês falará um pouco sobre Steve Jobs, cofundador da Apple falecido na semana passada.
Não sou fã de Jobs. Não fiquei, como milhares de pessoas, comovido com a sua morte: a morte de Jobs me entristeceu da mesma maneira que a morte de qualquer outro ser humano, nem mais, nem menos. No entanto, é inegável que Jobs teve um papel importante na história tecnológica e deixou um legado que merece ser lembrado.
A principal característica de Jobs é a capacidade de inovação. Na década de 70, computadores eram artigos encontrados somente em grandes empresas. Jobs e seu amigo Wozniak fundaram a Apple e com o lançamento do Macintosh ajudaram a popularizar a tecnologia. Muitas pessoas que nunca imaginaram ter um computador passaram a desejar um Macintosh.
Eis aqui o que Jobs e a Apple fazem de melhor: transformar produtos do cotidiano em objetos de desejo.
Foi assim com o Macintosh, iPod, iPhone e iPad, e por isso Jobs é considerado por muitos um Midas. Ele revolucionou a indústria fonográfica com o iPod e a loja virtual de músicas iTunes, criando um modelo totalmente novo de comércio digital.
O iPod salvou a Apple (e acredito que salvou também várias gravadoras) de uma iminente falência e trouxe novamente a empresa à vida. O próximo grande lançamento da empresa seria o iPhone, e hoje é impossível falar em Apple sem falar em iPhone.
Jobs revolucionou a indústria de telefonia móvel ao introduzir no mercado o primeiro celular com tela que permite vários toques simultâneos (multitouch). Jobs também introduziu com o iPhone um conceito totalmente novo de loja de aplicativos, onde é possível estender as funcionalidades do aparelho com a compra (ou download gratuito) de milhões de aplicativos
(Jabá: Caso alguém esteja precisando desenvolver um aplicativo para iPhone, entre em contato comigo).
Em 2010, Jobs e a Apple sacodem o mercado de tecnologia com o lançamento do iPad, criando uma nova categoria de “computadores”. O tablet é uma “prancheta digital”, um híbrido de computador e smartphone. Após o lançamento do iPad houve uma verdadeira corrida das concorrentes da Apple para “copiar” o produto, vários modelos foram lançados mas o Tablet da Apple continua reinando absoluto quando se fala em números de vendas. Consequência do pioneirismo.
A mais importante herança que Jobs deixou para a Apple foi a humanização da tecnologia. Jobs tem a capacidade de desenhar produtos que entregam além das funcionalidades: entregam ‘usabilidade’. Foi assim na década de 70, quando a Apple lançou o primeiro computador com mouse e interface gráfica do mercado e é assim nos dias atuais, quando a Apple anunciou o iPhone 4S, que possui um recurso em que o usuário pode conversar naturalmente com o seu celular. Impressionante!
Encerro a coluna com um parágrafo retirado do caderno de tecnologia do Correio Braziliense que, na minha opinião, resume Steve Jobs dentro da Apple:
“A Apple não foi a primeira no mercado de smartphones e tablets, mas soube como nenhuma outra tornar esses aparelhos atraentes. Com a magia de seu marketing, Jobs provocou longas filas nas lojas Apple durante o lançamento de vários produtos.”