Nesta quinta, a coluna “Bissexta”, do advogado Walter Monteiro, inicia uma série sobre os salários do Judiciário. Esta questão vem sendo alvo de pressões por parte deste poder junto ao poder Executivo, inclusive com algumas decisões bastante curiosas tomadas após a negativa da elevação destes valores.
A série se inicia com os oficiais de justiça. Deixo que o colunista fale.
Oficial de Justiça, O Melhor Emprego do Mundo
Lá no comecinho da minha faculdade – bota tempo nisso – o professor de Direito Civil nos explicava as vantagens da nossa formação, pois eram múltiplas as opções profissionais para o Bacharel de Direito escolher: advogado, juiz, promotor, defensor público, delegado, oficial de justiça…
Pera lá? Oficial de justiça? Eu e meus colegas ficamos matutando o que levaria uma pessoa, depois de passar cinco anos na faculdade e tendo tantas escolhas à disposição a escolher a profissão de oficial de justiça.

Não quero parecer indelicado, mas não consigo encontrar uma definição melhor para oficial de justiça que não seja “mensageiro do Judiciário”. Para evitar me indispor com a categoria, vou tomar emprestado a definição dada por uma das muitas associações de oficiais de justiça (no caso, a do Distrito Federal):

‘O oficial de justiça é um servidor do Tribunal, concursado, de nível superior, encarregado de dar cumprimento às ordens judiciais exaradas pelos juízes. Trata-se de profissional extremamente preparado para lidar com as situações que envolve um serviço de natureza externa.

Deu para entender? O oficial de justiça é o funcionário da Justiça encarregado de transmitir pessoalmente o que o juiz decidiu. Há muitos casos que a lei processual exige que a parte seja informada expressamente do que está acontecendo no processo – aí entra o Oficial de Justiça, que entrega para esta pessoa uma cópia da decisão do juiz e anota nos autos do processo quando se deu esta entrega.

O máximo de complexidade do trabalho de um oficial de justiça ocorre quando o juiz ordena que algum devedor tenha seus bens penhorados. Nesse caso, cabe ao oficial de justiça relacionar detalhadamente esses bens, atribuir-lhe algum valor e indicar alguém para tomar conta dos bens – em geral, é o próprio devedor que fica com esta incumbência.

Vamos combinar que isso não é difícil, não é mesmo?Foi por isso que lá em meados da década de 80 todos nós, jovens idealistas, quase rimos quando soubemos que a pessoa para fazer esse trabalho precisava ser formada em Direito. E imaginamos que o Estado pagaria muito pouco para essa tarefa. Aliás, isso era mais ou menos verdadeiro naquele tempoDepois eu fui estagiar e vi que a coisa não era bem assim. Um oficial de justiça tem o poder de acelerar ou retardar o andamento de um processo. Quem tinha pressa podia convencer o oficial de justiça a dar prioridade ao seu caso. Quem estava devendo podia convencer o oficial de justiça a relatar que não o encontrara no endereço indicado.Bom, todo mundo sabe qual era o principal recurso usado pelos advogados para convencer os oficiais de justiça a agirem de acordo com os interesses particulares. Vamos evitar os detalhes.

Para acabar com essa prática pouco elogiável, os Tribunais adotaram algumas medidas, dentre elas atrair gente mais qualificada para o cargo oferecendo salários mais altos. De fato, pessoas inteligentes e preparadas se sentiram motivadas a lutar por um emprego que paga bem e exige uma jornada de trabalho bastante flexível, já que a atividade é basicamente externa. Concursos públicos para Oficial de Justiça passaram a ser disputadíssimos.

Pena que a nossa capacidade de desvirtuar as boas ideias é inesgotável. Rapidamente a coisa fugiu de controle e os salários dispararam.

Nunca é muito fácil saber exatamente quanto se paga no Judiciário brasileiro – desconfio que nem o Wikileaks daria jeito nisso – mas de vez em quando aparece algum Tribunal mais generoso e abre os números. Foi o que fez a Justiça Federal do Paraná em janeiro de 2010.

Um oficial de justiça federal ganhava, em média, R$ 14.193,35. Já um outro oficial, um oficial-general como um brigadeiro ou general de brigada, ganhava, no mesmo mês, R$ 7.113,00. Não preciso dizer mais nada.

Ou melhor, preciso sim.

Preciso porque todas as associações e sindicatos de servidores do Judiciário estão pressionando o Congresso e o Executivo para concederem um reajuste de 56% para seus representados. Isso vai elevar a remuneração dos senhores oficiais de justiça para mais de R$ 22 mil mensais. Sem contar, claro, alguns outros penduricalhos e reembolso de gastos havidos com o trabalho – como transporte.

Se aprovado esse módico reajuste (o qual, segundo os seus defensores, é uma mera reposição de perdas provocadas pela inflação), a conta final é de R$ 7,7 bilhões. Se o negócio é jogar dinheiro fora, dá para construir uns 10 estádios novinhos em folha para a Copa de 2014. Com a vantagem que os estádios só consomem esse dinheiro uma única vez, ao passo que o reajuste é para todo sempre.

R$ 22 mil só para levar as intimações e notificações do Fórum até a casa das partes litigantes.

Não é o emprego dos sonhos?

61 Replies to “Bissexta – “Oficial de Justiça, O Melhor Emprego do Mundo””

    1. Sou Oficial de Justica estadual a 12 anos, aqui o salario hoje, 2012, nao chega à R$.6.000,00 … Por favor, me informe como faço para receber essa diferença !!!!

    2. Só pra complementar o que escrevi antes… Sou filho de um Coronel do Exercito e o salario é no minimo 4x maior que o meu.

    3. Impressionante! O “anônimo” se diz Oficial de Justiça, se diz filho de um Coronel (supõe-se que teve acesso a boa educação) e sequer sabe usar corretamente a Língua Portuguesa! Primeiro, acentue certo, use corretamente o verbo “haver” (com h), use as maiúsculos e a pontuação de forma adequada. Como pode um suposto Advogado não saber escrever e ainda querer botar banca?

    4. O Tiririca esta lá e é anarfabieto, alguém pode ter colocado a pessoa no cargo.
      E Afonso é completamente errado e sem humildade corrigir o erro de alguém ou vc não erra. Existem vários tipos de erro principalmente querer ser melhor que alguém, vc parece ser gordinho comer de mais também não é errado rsrsrsr……..

    5. Com a comentário feito pelo anômimo no dia 27 de março de 2012, nota-se vários erros de grafia….”sou oficial a 12 anos” – nesta frace usa-se o verbo haver, portanto “há” referindo ao muito tempo…dentro outros erros, quem sabe aí está o seu problema …..mal qualificado.

  1. Realmente, mas todos esquecem que esses Marajás, andam sozinhos, com meios próprios, fazem Mandados de prisão desarmados, sem segurança, sem qualquer amparo, é realmente teriam que ter uma COMPENSAÇÃO. (vencimentos). Obrigado

  2. Caro Sr. Pedro Migão, também não gostaria de ser indelicado ao comentar sua coluna sobre os Oficiais de Justiça, porém ela foi escrita com a mesma arrogância, desrespeito e desconhecimento enfrentados por esses profissionais diariamente no cumprimento de mandados. O “máximo de complexidade” não é a penhora de bens. Como o senhor deve saber são efetuadas reintegrações de posse, busca e apreesão de diversas modalidades, avaliações de bens, vistorias, operações conjuntas com a Polícia Federal e a Receita Federal, prisão em caso de descumprimento da ordem judicial entre outras. A integridade física e psicológica é diariamente relegada à sorte. Dependem da complexidade do ato e do humor dos envolvidos. O salário é bom e o ingresso na carreira segue o “rito” mais democrático existente, que é o concurso público. O senhor também é deselegante quando deixa claro que Oficiais de Justiça recebem dinheiro de advogados. Infelizmente existem pessoas que ocupam cargos públicos e cometem desvios (Presidente, Ministros, Senadores, Deputados, Juízes, Oficiais de Jusiça, etc) em vários casos acobertados ou por interesse de advogados inescrupulos e empresários que só visam o lucro. É pena!!! E realmente não deve acontecer. Quanto ao salário de Oficial General o senhor está enganado, pois, coincidentemente, sou filho de um General de Brigada, que ganha mais que um Oficial de Justiça Federal. Tenho a convicção que Generais de Brigada, Divisão e Exército deveriam ganhar como Desembargadores Federais, Ministros do STJ e Ministros do STF, respectivamente.
    Hugo (Oficial de Justiça Federal)

    1. Perfeito o seu comentário Hugo. Nunca vi tanta arrogância e tanto DESCONHECIMENTO da profissão quanto o artigo acima. Estou estarrecida lendo tamanhas bobagens. O autor do texto deveria ter se informado melhor quanto à profissão, é da responsabilidade dele informar as pessoas decentemente. Dizer que o MÁXIMO da complexidade que um oficial enfrente é quando tem que penhorar?? Será q ele já ouviu falar em busca e apreensão? Em especial de menores?? Ele sabe o quanto essa diligência é complicada? Já ouviu falar em despejo? Em reintegração de posse? Até uma simples citação requer cuidado, pois a parte deve ser muito bem esclarecida quanto a seus direitos. E ninguém garante que o citado vai aceitar com calma receber aquela notificação, se o oficial não vai correr risco de morte no momento da diligência. Será q o senhor autor do texto sabe que os oficiais de justiça correm risco de morte a cada vez q saem às ruas para cumprir as diligências? Ou isso ele esqueceu? Mas enfim, o que esperar de um camarada que acredita piamente que um oficial ganha R$22.000,00?? ahahaha!Só se for no país dele.

  3. Sou Oficial de Justiça Federal há 07 anos adoraria ganhar isso tudo aí de salário kkkkk, e esse reajuste 22.000,00 kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, tem alguém ficando com boa parte dos meus vencimentos e foram me falar só agora!!! putz

  4. Estou perplexo com o texto. O leigo – máxime o arrogante e frustrado – tem a idéia de que a atividade do Oficial de Justiça se restringe aos atos de comunicação (citação e intimação). Zilhões de atos complexos são praticados pelos oficiais de justiça federais, estaduais ou da justiça do trabalho. Ao oficial não incumbe comunicar a ordem do juiz. Cabe-lhe torná-la real e exequível. É a ponta de lança da Democracia. Sem o Oficial de justiça, de que vale o juiz? de que vale a lei?

    Estamos, por isso, sujeito a pressões. Acreditem, a maior pressão é por parte da própria justiça. De outra ponta, o povo brasileiro, o jurisdicionado, embora fadigado pela nossa justiça por vezes injusta e lenta, ainda respeita muito o Oficial de Justiça. Estou na profissão há 6 anos e nunca, jamais me foi ofertada qualquer vantagem para prevaricar ou faltar com moralidade.

    já ouvi de colegas, relatos sobre encontro com jurisdicionados arrogantes, estúpidos evertentes de dinheiro, achando que este tudo compra. Teria prazer, de como fizeram colegas, chamar a polícia e realizar a prisão. Não que todos os juridicionados e advogados sejam corruptos e assim proponham coisas ao oficial. A corrupção, a inveja e a deformação de opiniões não pertencem a uma categoria ou classe, mas ao próprio ser humano. Assim, há juízes safados, oficiais safados, padres safados, blogueiros safados, jornalistas safados…

    Para criticar é preciso conhecer. Para informar é preciso ter prudência.

    Vinícius (oficial de justiça federal)

  5. Depois de ler esta lamentável matéria, só vem uma coisa em mente; este “cara” deve ter prestado concurso pra Oficial de justiça e não passou e agora morre de inveja das conquistas de nossa categoria.

    Sou oficial de justiça avaliador do TJTO e tenho o maior orgulho em dizer que nosso atual PCCS deixou a remuneração dos OJA, no final da carreira (padrão/classe: C.15), igual à dos juízes; como é o meu caso.

    É um bom emprego mesmo, não nego; mas tudo que é bom tem seu preço… se o caro blogueiro quiser ele tbm pode ser OJ, basta passar no concurso.

    Fica aqui o desafio, já que o mesmo se julga tão superior, passe no concurso!!!

    Mas só vale passar nos TJ Estaduais que exijam bel. em direito ou na Just. Federal, ok!!!

    No que tange sua colossal ignorânicia quanto ao grau de complexidade de nossas atribuições, melhor que o mesmo se dedique mais à pesquisa quando for retratar algum assunto; pra não passar atestado de imbecilidade.

    Com relação ao tema, usando as palavras do colega Beto Vasquez, seguem alguns comentários para que o infeliz possa meditar…

    Nós e os demais agentes do sistema. Problemas?
    quarta-feira, 16 de março de 2011

    “É lugar comum entre nós a queixa sobre o preconceito de servidores internos e juízes com relação à jornada de trabalho, a maneira como é realizado e o salário dos oficiais de justiça. Sim, isto nos irrita, faz nos sentirmos injustiçados, incompreendidos e excluídos. Travamos uma “guerra” lá fora, com o mundo e com nossas limitações. Como todo ser humano, gostaríamos de nos sentir acolhidos, compreendidos, respeitados. Afinal, o fórum é o nosso “quartel”, é lá que deveríamos nos preparar para as próximas “batalhas”, aurir forças físicas, psicológicas e espirituais.

    Por que isso ocorre? A diferença. A atividade de oficial de justiça é externa, com jornada e salário diferentes. Diferentes, não melhores, nem piores. Quem tem preconceito só vê as vantagens, quem se vitimiza, só as desvantagens, duas visões distorcidas que não percebem que absolutamente todas as situações humanas possuem os dois lados. Nossa condição humana ainda lida mal com as diferenças.
    Mas nossa situação não é isolada no mundo, não somos vítimas. Outras profissões externas, públicas ou privadas, também sofrem de preconceito dos trabalhadores internos. Na administração pública, os auditores fiscais e os de contas públicas também sofrem da difamação de que, por trabalharem na rua ou em casa, tem “vida boa”. Na privada, os profissionais de vendas também. Ser diferente, em geral, gera estes sentimentos dos “não-privilegiados” contra os “privilegiados”.
    Reagimos: “então por que não fazem concurso para oficial?” Realmente, são raros os casos de servidores que trocam as varas pelo cargo de oficial, o que, inconscientemente, é o reconhecimento de que todo o desgaste emocional, psicológico e espiritual de ser oficial de justiça, para eles, não vale a pena para estes aparentes benefícios.
    Para não generalizar, é claro que há colegas internos que não pensam assim, há locais de trabalho acolhedores. Mas, quando não é assim, do que afinal terão inveja e despeito?
    Sim, temos uma jornada de trabalho com certa liberdade de horário. Isto, nos tempos atuais, é objeto de desejo de muitos trabalhadores com horário convencional, por significar qualidade de vida. Este também é um dos fatores que atraem os concurseiros cada vez mais para o nosso cargo. Podemos falar isto abertamente, já é de conhecimento geral.

    (…continua…)
    Att.: Cristiano (OJA do TJTO, com muito orgulho)

  6. (…Continuação…)

    Poder levar o filho ao médico, resolver um problema no banco, praticar atividade física em um horário intermediário. Em virtude de nossa jornada diferenciada, se nos disciplinarmos, podemos seguir a recomendação de muitos psicólogos e cardiologistas, que é a de dar atenção às diversas áreas de atuação de um ser humano, como o trabalho, a saúde física e mental, a espiritualidade, a cultura, o lazer, a família, a leitura edificante, etc. Isto não é “boa vida”, mas uma vida equilibrada, possível de nos dar uma mente sã em um corpo são.
    Entretanto, em contrapartida, temos de estar disponíveis 24h por dia, 07 dias por semana.
    Por exemplo, ao atendermos o celular em resposta a um aviso que deixamos, mais dos que os poucos minutos de atendimento, vestimos a roupagem psicológica de oficial de justiça, o tom de voz, o discurso, as advertências. Recebemos do “cliente”, mesmo à distância, suas angústias, suas mágoas, seu sentimento de injustiça. Depois disso, somos outros em nosso estado mental e espiritual. Acostumamos-nos, mas isso tem um custo, principalmente àqueles que têm dificuldade de desligarem-se do trabalho, trazendo consequências negativas em longo prazo se não soubermos administrar bem. Este é o lado negativo, que aquele que hostiliza sabe muito bem, mas por não lidar bem com suas escolhas e emoções acaba manifestando como inveja e despeito.
    Aliás, este tipo de qualidade de vida vinculada à jornada de trabalho também é obtida por outras profissões, como o plantão 12/36 dos trabalhadores da saúde, o 24/72 dos plantonistas policiais, à jornada de 06 horas de algumas categorias, os 15 dias em mar e 45 em terra dos petroleiros, etc.
    Somos diferentes, mas não os únicos, e a liberdade que temos (apesar da ininterrupta disponibilidade 24h, muito dura), é uma busca de diversas pessoas. E é extremamente vantajoso para os tribunais. Não fosse a jornada 24h e o carro pessoal do oficial à disposição, seriam as despesas públicas majoradas significativamente com horas-extras, compra e manutenção de veículos, etc.
    O que isso tem a ver com psicologia e espiritualidade? Livrarmos-nos de qualquer tipo de culpa ou raiva por esta diferença, compreendermo-nos para compreender os outros, desenvolvendo um auto-respeito maior e, assim, sendo firmes contra o preconceito, o despeito e a hostilidade.
    “Somente optando pelo auto-respeito é que conseguiremos o respeito alheio. Encontraremos nos outros a mesma dignidade que damos a nós mesmos” (2003, Boa Nova Editora, Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed, em Os Prazeres da Alma)”.

    Paz e Luz!

    Fonte: http://ojsdapaz.blogspot.com/

    Att.: Cristiano (OJA do TJTO, com muito orgulho)

    1. PERFEITOOOOO seu comentário Vinícius!! É óbvio que o cara é um frustrado…deve estar tentando passar num concurso público há milênios e não conseguiu…

  7. Prezado Oficial Vinicius,
     
    O objetivo do texto era chamar atenção para o descompasso dos salários do Judiciário. Na época, os servidores do Judiciário Federal estavam em greve, pleiteando um reajuste de 56%, que elevaria a remuneração dos atuais R$ 14 mil pagos a um Oficial de Justiça para R$ 22 mil.
     
    Todas as vezes que alguém comenta a respeito dos salários do Judiciário a reação é semelhante a sua resposta: desqualificar o comentarista, prestigiar o espírito interna corporis, se fazer de vítima, insinuar que uma remuneração menor favoreceria a corrupção. Que pena que se recusem a debater…
     
    A introdução do meu texto deixa claro que eu não sou leigo, nem “frustrado” por não ser Oficial de Justiça. Ao contrário, eu começo lembrando que, ao menos nos meus tempos de faculdade de Direito, era estranho que alguém tivesse como projeto de vida abraçar essa profissão quando ao bacharel eram reservadas opções mais desafiadoras. Porque, ao contrário do que o seu comentário sugere, nos meus 25 anos de vida forense ininterrupta, ainda não consegui ver os tais “zilhões de atos complexos” praticados pelos Oficiais, cuja função é, essencialmente, cumprir mandados judiciais, ou seja, comunicar pessoalmente às partes o que elas devem fazer. Apreciaria conhecer a complexidade dessa tarefa com alguns exemplos reais, pois tenho a impressão de que elas ainda são bem mais simples quanto à defesa de uma parte em Juízo feita por um advogado, cuja esmagadora maioria recebe bem menos do que os R$ 22 mil mensais que conduziu sua categoria a uma greve.
     
    Aliás, perdoe-me a franqueza, mas fazer greve para reivindicar um salário de R$ 22 mil, seja qual for a função e sua respectiva complexidade, é um deboche aos médicos, professores, engenheiros, economistas, policiais militares, bombeiros, etc, etc, etc., que nem sonham com um salário próximo a isso.

    Walter Monteiro, colunista do Ouro de Tolo e autor do texto

    1. fale me mais sobre sua grandiosa carreira……………………….e te mando os editais para concursos….Sou bacharel em direito, escolhi ser oficial de justiça sim, pelo salário…duvido q vc trabalhe por amor ao direito..senão saberia que cada um busca o que tem como ideal. as por favor me diga onde os meus colegas ganham essa FORTUNA que vc descobriu….O Joaquim Barbosa daqui a pouco vai cumprir pessoalmente os mandado quando souber que ganhamos tanto.kkkkkk..acho que estou ganhando mais que ele então, pois tenho 7 quinquênios, sexta parte, e o diabo a quatro que inventaram só pra me enriquecer…….mas não espalha tá…tem o tal de teto do judiciário….Ah..o senhor não sabia, né…Escapou-me
      Ps- o Senhor é o PT E TÁ QUERENDO DESVIAR A ATENÇÃO DO ROUBO DA PETROBRÁS, OU SERÁ QUE NÓS GANHAMOS MAIS QUE O ROMBO DADO LÁ????????????DESCULPA, HEI…NÃO QUERO ESTRAGAr sua fantasiosa matéria…mas sabe como é…tem o imposto de renda e tudo mais… e o Color que pode querer voltar a querer caçar marajás…nossa que medo………………………………

  8. Quero deixar claro que não tenho nada contra a classe dos oficiais de justiça. Tenho vários amigos que exercem essa profissão. O meu texto foi escrito para escancarar as distorções salariais do Poder Judiciário. Reconheço (inclusive no texto original) que essa remuneração, ao tornar atraente a função, arrebatou um contigente de mão-de-obra extremamente qualificado. Na minha opinião, essas pessoas estariam melhor aproveitadas em outras funções.
     
    Os comentários feitos aqui me enchem de orgulho, porque mostram o quanto eu estava certo. Eu sequer sabia que a remuneração dos oficiais de justiça é igual a dos juízes, como o comentarista acaba de esclarecer. Se alguém acha razoável pagar por essa atividade o mesmo que se paga a um juiz, o caso é bem mais grave do que eu supunha.
     
    Eu sou advogado. Não tenho dúvidas – e imagino que ninguém tenha – que a profissão de advogado é bem mais complexa e exige bem mais conhecimentos técnicos de que a de oficial de justiça, embora o requisito básico de ambas (o bacharelado em Direito) seja o mesmo. São poucos os advogados com renda anual semelhante a dos oficiais de justiça. Apesar disso, a maioria deles não cogita fazer um concurso para esse cargo e nem se sente frustrada por ganhar menos. Prefiro acreditar que essa distorção um dia será corrigida. Posso parecer tolo, mas eu simplesmente acredito em um Brasil melhor e mais justo.
     
    Detesto me jactar pessoalmente, mas não posso deixar sem resposta o tom agressivo do comentário. De modo algum morro de inveja dos oficiais de justiça, me sinto frustrado por não ter passado em um concurso ou tenho a intenção de fazê-lo. Meu trabalho é árduo e incerto, mas, felizmente, apesar dos oficiais de justiça ganharem bem, eu estou muito feliz e realizado no que faço. 
     
    Em dezembro conversei com um conhecido meu, gerente do Banrisul do Fórum e passou para um concurso de oficial de justiça do estado do RS – detalhe, profissão de nível médio, pois aqui ainda não se exige o nível superior. Salário? R$ 6 mil, mais R$ 47,00 por mandado cumprido. Se o cara cumprir 5 mandados por dia, são 100 por mês, ou seja, mais R$ 4.700,00. Para entregar papel na casa dos outros.
     
    O cara tem consciência que o emprego é uma moleza. Eu comentei do meu artigo no blog. E ele me disse que dias antes esteve lá no banco um oficial de justiça federal, o tal que ganha R$ 14 mil (isso se não tiver essa gratificação por mandado, algo que ainda quero descobrir), teve a cara de pau de dizer que a greve era necessária porque a categoria estava perdendo vários profissionais qualificados para outras profissões que pagavam mais. 
     
    – Que profissões ganham mais?, perguntou o gerente do Banrisul;
    – Juiz, Promotor, Procurador da Fazenda, Advogado Geral da União, respondeu o oficial federal, com um visual rastafari !

    Walter Monteiro, colunista do Ouro de Tolo e autor do texto

    1. Walter, sou ofical de justiça aqui em alagoas/tj, e o salário é de R$6.890,00; também sou ex-advogado militante, no entanto, acho que você se excedeu um pouco em minimizar o cargo de oficial, pois as funções do OJ NÃO SÃO APENAS A de entregar papéis, pois na maioria das vezes (todas) as partes sempre nos perguntam sobre o teor das ações, querendo explicações sobre as demandas, e que são prontamente explicadas detalhadamente a título de esclarecimento jurídico a população carente, ou seja, fornecemos orientação jurídica as partes; sendo assim o oj na prática é um consultor jurídico verbal (através da fala), pois de certa forma orienta o jurisdicionado como proceder e agir, seja em relação aos prazos ou diante de processos complicados.

    2. Este Walter é realmente um frustrado.

      Eu não gastaria meu tempo escrevendo um artigo para deturpar a função de advogado, porque não tenho interesse neste cargo.

      Em que lugar o Oficial de Justiça ganha R$22.000?

      Analistas de Finanças e Controle, Auditores da Receita Federal e Delegados da Polícia Federal tem como final de carreira a remuneração de R$19.000 a R$20.000. Não deveria haver paridade entre o Judiciário e o Executivo?

      Walter, vai estudar e cuidar das tuas causas “complexas” que tu ganhas mais prestígio.

      1. ótimo comentário e PÉSSIMO artigo. Conselho p vc Walter: ESTUDE, gaste seu tempo com coisas úteis.. isso é muita frustração! Ah, não sou oficial de justiça, sou Advogada tb

  9. Inveja mata viu Cara
    Entregar um Papel?
    Voce não tem consciencia da asneira que vc fala
    Nós,oficiais, cumprimos mandados altamente complexos.
    Voce acha moleza despejar uma familia de seu imovel?
    Penhorar um bem
    Intimar bandidos na boca de fumo?
    A pra voce deve ser né
    Se quiser, venha comigo um dia, entrar numa favela e intimar um traficante de drogas
    Antes de falar sobre a profissão de oficial, trate de conhecer, não seja leviano

  10. Sou oficial de justiça no TRT-RJ, há quase 20 anos. Já fiquei na mira da arma de um réu enquanto este recebia uma citação, em Nova Iguaçu; Eu e um colega fomos recebidos a bala quando fomos tentar intimar uma testemunha na Favela Gogó da Ema, em Belfort Roxo, só para contar dois episódios. Já que o sr. blogueiro é aqui do RJ, deve conhecer, pelo menos de ouvir falar, os lugares mencionados. Saudações.

  11. pra mim esse blogueiro é advogado de porta de cadeia,deve viver tenras tando subornar pra soltar os clientes vagabundos dele,o mais difícil da vida é reconhecer os atos de outras pessoas,a gente sempre se acha injustiçado.

  12. Sou Oficial de Justiça Federal e posso dizer q o autor é totalmente ignorante. Além de tudo q já foi dito nos comentários, ainda realizamos perícias para concessão de benefícios previdenciários (chamados de mandados de constatação), fiscalização de pena (de réus q cumprem regime semi-aberto, indo de madrugada e em finais de semana na casa do condenado p verificar o cumprimento da pena), investigação de fraude (por exemplo, para ver se o autor de uma ação de aposentadoria rural realmente trabalhava na roça), etc, etc.

  13. Sou Oficial de Justiça no PARANÁ, reintero o que os Respeitosos colegas disseram, alguém esta Ficando com o restante do meu salário,… Vencimento: 2.041,00 + GAJ: 1.633,00 – IR e Prev.: 436,00 = R$ 3.238,00 (Salário Líquido) + R$ 2.600 (Ind. Transporte) = TOTAL R$ 5838,00 (Não é Nem o Salário do seu “oficial-general”, isso sem contar que tenho gastos como (seguro, combustível, manutenção e troca do veiculo todo ano).
    Deve sobrar o que?… R$ 4.500,00 mês… Realmente, que salário de marajá que recebemos aqui no Paraná,…

    Amigo saia desta bolha de Crendices e fantasias que você vive!!! Venha para vida real,…

    1. Estou como Oficial de Justiça no Rio de janeiro 12 anos meus vecimentos no total são dê: 14.888,27 trabalho só 6 horas e tenho quase 2 férias por ano. Ema, ema, ema cada um com seus problemas…….

    2. Porque vc está reclamando, tomara que seja verdade ou vc não quer ganhar tais proventos……….

  14. Pois bem, sou Oficial de Justiça Federal há uns 3 anos aqui em Santa Catarina, e quando leio uma matéria dessas confesso que sinto um enorme desânimo. Só quem exerce a atividade de Oficial de Justiça sabe que ela é totalmente diferente do que relata o infeliz autor. Pro leigo, é só entregar uma cartinha. É como assistir a um jogo de tênis. Parece tão fácil né. Dá a impressão que qualquer um faria aquilo. Mas no mundo real a coisa é diferente. Seja uma citação, seja uma penhora, seja uma reintegração de posse, ou até mesmo uma simples intimação. Uma coisa é certa, nunca sabemos se seremos recebidos de maneira respeitosa, ou de maneira agressiva. Isso sem contar as inúmeras evasivas e mentiras que temos que lidar diariamente, incluindo-se aí, certos advogados metidos a espertinhos.
    Quanto ao salário, hoje um Oficial de Justiça Federal em início de carreira ganha aproximadamente R$ 7.800,00 líquidos. Não ganhamos por diligências. Subtraindo o valor gasto com combustível, esse valor fica ainda menor. Após 15 anos de atividade, chegamos ao topo, recebendo em torno de R$ 12.000,00 líquidos. O que acontece, é que alguns servidores antigos incorporaram certas gratificacões (atualmente isso não existe mais), e por isso possuem salários mais altos. O valor informado pelo autor (R$ 14.000,00) realmente consta no site da Justiça Federal, mas isso é em função dessa desigualdade entre os servidores antigos e os novos.
    Mas não estou aqui pra convencer ninguém de nada. Só queria mesmo era fazer um desabafo, e dizer que é extremamente frustrante saber que muitas pessoas nos vêem como servidores inúteis, que ganham muito e trabalham pouco. É muito triste chegar em casa depois de um dia inteiro de trabalho, ouvindo lamentações de todo tipo, trabalhando debaixo de sol e de chuva, e ler uma matéria dessa. Se a preocupação do autor é com o bom uso do dinheiro público, que faça uma matéria sobre a corrupção. Se a preocupação é quanto às injustiças salariais, que faça uma matéria sobre a absurda diferença salarial entre um Policial Militar e um Agente da Polícia Legislativa Federal.
    Agora, se dar ao trabalho de escrever um texto, criticando uma classe que trabalha honestamente, debaixo de sol e de chuva, sob todo tipo de risco, pra ganhar um salário que não é nenhum absurdo, se comparado às demais carreiras privativas de bacharéis em Direito, é realmente difícil de compreender. Talvez o autor esteja somente mal informado. Mas como ele mesmo afirma ser da área jurídica, acredito se tratar de inconformismo com a sua própria condição.
    Agradeço aos que tiveram a paciência de ler essas poucas palavras, e peço venia para me retirar (tem uma pilha de mandados me esperando pra certificar)…

  15. Sou oficial de Justiça no TJ-SP com mais de dez anos de profissão e meu salário é uma merreca: nem R$4000,00 por mês. Os gastos para se realizar o trabalho são altos: seguro do carro, IPVA, consertos do veículo, pagamento de estacionamento e zona azul(Este mês rompeu a correia dentada do meu veículo, por excesso de rodagem, custo de prejuízo: R$2000,00). Note o ilustre escritor destas críticas que o erário público não vai cobrir estas custas, vai sair tudo do meu bolso. É isso aí, quem está na chuva é pra se molhar! Não bastasse ser xingado todos os dias pelas partes e sofrer um pressão psicológica absurda, ainda temos de aguentar gente que não tem o que fazer nos xingando pela internet. Oh, delícia!!! Concordo com você que ganhar R$22.000,00 para ser um oficial de Justiça é um absurdo, porém os oficiais de Justiça estaduais vivem em condições precárias. Moram mal, comem mal, são pobres diabos dentro do judiciário. Fazem o serviço sujo da Justiça e aguentam críticas de todos os lados.

  16. Sou Oficial de Justiça da Justiça Paulista, trabalho no interior, não recebo os vencimentos destacados, mas em alguns setores há quem, cumprindo muitos mandados e recebendo subvenção da Fazenda consiga rendimentos brutos de R$ 14.000,00, saliente-se para tanto é muito serviço. — Sobre a questão aparente de somente entregarmos “papéis”, ocorre que na prática somos muito assediados na realização do ato, isso produz efeito negativo na saúde, especialmente em mandados de despejo, reintegração de posse (pior quando são contra os Sem-Terra), penhora, busca e apreensão de automóveis, busca e apreensão de criançãs. A coisa seria mais amena se tivessemos uma permanente escolta do Judiciário para nos acompanhar ao menos nessas hipóteses mencionadas.

    O Conselho Nacional de Justiça entende que o cargo de OJ ruma para a extinção. Oficial de Justiça formado em direito para quê? Sou formado em direito, esse saber deu-me noção aprofundada dos atos que pratico, deu-me segurança. Em geral não se utiliza um saber jurídico nos atos, mas pelo fato de qualquer auxiliar da justiça atuar no processo, eventualmente as partes e o Ministério Público peticionam tentando implicar-nos, nesse momento a formação jurídica é valiosa tanto para rechaçar impropriedades quanto para nos tranquilizar sobre o cumprimento escorreito da ordem judicial. — No direito comparado o OJ desempenha seu mister com mais incumbências, recursos e responsabilidades. Dessa forma colabora para a celeridade processual. No Brasil prevalece a concentração do poder juriscional; que eu saiba nunca li, nem ouvi falar que os ilustres juízes gostariam de rever essa CONCENTRAÇÃO; claro que auxiliares formados em direito podem tranquilamente praticar inúmeros atos interlocutórios agilizando o processo. Lembram-se da Polícia Federal? Há algumas poucas décadas era absolutamente ineficiente; então resolveram construir uma nova PF, apesar de alguns excessos ela vem trabalhando com eficácia e produzindo “resultados”.

  17. Você não estudou a fundo antes de postar essa matéria.

    Informação é importante para transformar em conhecimento.

    Ainda bem que tive vigilância epistêmica, senão eu entraria numa roubada.

    No mais, seus escritos deu para esclarecer o básico do que eu queria saber.

    Estude mais sobre o assunto a ser postado. A credibilidade do blog aumentará.

  18. O cara eh messiânico e lesado pelos ensinamentos do líder da seita japonesa, que passa o dia ministrando jorhei

  19. o cara simplesmente deve ser mais um adevogado que com certeza deve ser um daqueles de porta de cadeia que adora ver o oficial de justiça “entregador de papéis” como diz ele, ir ao presídio com um alvará que foi espedido em virtude de parecer do MP, e aí então pedir pro oficial falar com o detento que ele está esperando lá fora pois foi ele que conseguiu a soltura do mesmo pra receber os honorários e se fazer de bão de serviço;
    ou então deve ser aquele adevogado que como ele mesmo diz tem amigos oficiais de justiça, ops… quero dizer “entregador de papéis”, ao qual fica dando seu cartãozinho de adevogado pedindo pra quando for citar alguém, assim sei lá numa reintegração, nunciação e outros mais que indique o adevogado;
    ou então deve ser aquele, adevogado que pega um inventário pra fazer… ah esse é o preferido, e o coitado do inventariante geralmente pessoas que como diz minha sogra “tão rancando o cú com a unha” (não tem dinheiro pra nada) e já abalado com a morte do ente querido lhe entrega adiantamente seus honorários tirando dinheiro não sei lá de onde e geralmente bem mais do que o justo, além de ficar o adevogado ligando vez ou outra pra pedir um complemento para pagar as custas…ah, e também pagar a verba indenizatória do oficial de justiça(nessa hora é oficial de justiça né, porquê seria diferente);
    ou então, hummmmm….ah esse com certeza ele deve ser e todos colegas oficiais hão de concordar; mais um adevogado que cobra das partes seu honorário, mais custas, mais verbas do oficial e na petição está lá escrito “FULANO DE TAL REQUER ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA, POIS É POBRE NO SENTIDO LEGAL, NÃO PODENDO ARCAR COM CUSTAS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, SENDO QUE ESTE PATRONO ASSUME O ENCARGO”, ohhhh que adevogado bonzinho, quase choro;
    realmente é muito dura a vida de adevogado e ele tem razão em criticar os oficiais, afinal ele não nunca precisa deles não é!!!!!!!

  20. Prezado Sr. Walter Monteiro,
    Após tantos esclarecimentos com relação a nossa profissão, espero que sua opinião tenha mudado.
    Sou OJAF em Santa Catarina há quase 01 ano (apenas). Antes de assumir o cargo, ouvia as mesmas histórias sobre uma vida privilégios que todos ouvem. Mas, para minha surpresa, felizmente a realidade é outra. Confirmo tudo o que os colegas disseram acima, nossa tarefa não é tão simples quanto parece!! Mas sabe porque adoramos o que fazemos? Porque nos sentimos úteis ao processo, ao jurisdicionado! Posso passar o dia ouvindo lamentações e/ou ameaças de todo o tipo, mas quando ouço um único “Muito obrigado pela orientação, oficial!”, asseguro que meu dia foi salvo, e sei que fiz jus à remuneração que recebo!! Quanto a esta, existem distorções internas sim! Mas nada comparado a outros servidores, de outros Poderes, esferas e órgãos e que chegam a ganhar mais até do que ministros do STF – e com toda certeza,desempenhando funções muito mais tranquilas que as nossas, dos oficiais. A Lei de Acesso a Informação está aí… dá uma olhada nessa notícia aqui “http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/06/camara-de-sp-divulga-salarios-e-lista-revela-distorcoes.html”: supervisor de garagem recebendo R$ 19.000,00 mensais? A propósito, um oficial general do exército pecebe em torno de R$ 18.000,00 (basta procurar um contracheque no GoogleImagens), mais os benefícios indiretos como: mão-de-obra militar para serviços domésticos; motorista militar particular para levar seus filhos à faculdade; assento garantido para si e sua família em aeronaves militares, quando em viagem particulares de férias; e etc.
    O senhor foi desrespeitoso, usou de falácias para deturpar nossa nobre profissão e, mesmo após os comentários mais esclarecedores, teve a petulância de reafirmar tudo de novo!! Uma postura vergonhosa para um colunista…

    Atte.,

    OJAF Leo Q.R.

  21. Com 25 anos de profissão, servidor diz que está sempre exposto e critica a falta de retaguarda institucionalAtuando há 25 anos como oficial de justiça, ele não poderia prever que uma simples penhora se transformaria numa tarde de agressões físicas e verbais. Era 22 de abril, quando o Valter Luiz Peluque foi cumprir um mandado de busca e apreensão num bairro de São Paulo.

    Tocou a campainha, ninguém atendeu. Observou a garagem ao lado, contígua à residência, com alguns automóveis. Anotava as placas dos veículos quando ouviu, desde o outro lado da rua, uma mulher questionando o que ele estaria fazendo ali. “Ela começou a me xingar, dizia que iria me botar pra correr, quebrar a minha cara”, conta.

    Naquela situação, o servidor público usou seu celular para tentar chamar a polícia. Mas foi novamente agredido, “ela deu um ‘tapão’ no aparelho”, relata. “Chegou um outro cara, começou a me dar safanões, me agredindo mesmo”, continua. Os agressores, segundo disse, não o deixavam chegar ao seu carro.

    A situação durou uns de 15 minutos, o suficiente para que o servidor público fosse agredido no rosto, costas e ombro, perdesse seu sapato, óculos e telefone celular. E o Ojaf só não foi mais agredido, pois um grupo de pessoas que passava de carro naquela hora interveio e acabou ajudando. Valter conta que após chamaram a polícia, eles se dispuseram a testemunhar a seu favor. “Quando a polícia chegou, a mulher começou a xingar os policiais e foi algemada. O outro ‘carinha’ se afastou”, descreve.

    Na delegacia, onde passou o resto da tarde e o início da noite, Valter contou com a companhia de um colega OJAF, que foi ao seu encontro para ajudar. E essa retaguarda foi a única solidariedade que teve. “O tribunal não dá uma retaguarda institucional, não quer nem saber, como se fosse um problema da sua pessoa”, critica.

    Valter conhece outros casos de OJAFs agredidos, inclusive um “colega que foi trancado”, e diz que já teve que chamar a polícia várias vezes. “A gente tá sempre exposto, é sempre uma situação de conflito”, descreve, e completa: “Não é [só] o meu caso, isso pode acontecer com qualquer um, a qualquer momento. Tenho essa preocupação, embora na trabalhista seja um pouco mais leve”.

  22. http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/07/oficial-de-justica-e-baleada-durante-sequestro-relampago-no-rio.html
    http://oglobo.globo.com/rio/oficiais-de-justica-sao-vitimas-de-sequestro-relampago-na-barra-9095031
    Os títulos dos links falam por si. Dois oficiais de justiça baleados pouco após cumprirem uma mandado em um hospital. O cargo com que sonhei durante anos é, hoje, um pesadelo. Passei, mas não vou tomar posse.
    Acreditem: para quem tem a CAPACIDADE de passar neste concurso, há muitas outras oportunidades de emprego (público ou privado) que pagam R$10.000,00 ou mais (não importa o que digam, o salário inicial bruto é este).
    Invejo quem tem disposição para tomar posse neste cargo.
    Aos críticos, podem simplesmente invejar aqueles que tem a capacidade.Vão estudar/trabalhar!
    Abs

  23. Não lembro bem como cheguei neste site, mas lendo comentários de alguns supostos Oficiais de Justiça (digo “supostos”, pois não tenho como saber se o são ou não) fico perplexo com a falta de preparo dos mesmos. Argumentar que é uma profissão perigosa pode até ser válido, desde que não seja para justificar outras coisas. Afinal, ao prestar o concurso o indivíduo já sabe no que implica o cargo. Neste contexto, ler tais argumentos chega a ser risível, pois demonstra claramente que o objetivo principal era “ter um emprego público” e, consequentemente, estabilidade nele… cabide. Não tem nada a ver com querer exercer qualquer tipo de profissão e ser um profissional de verdade. Lastimável, mas uma realidade brasileira da indústria de concursos e “burrocracia” nacional.

      1. Sou oficial de Justiça, bacharel em direito, gosto da minha profissão, sou feliz e ganho bem, e daí? O concurso como o prÓprio nome diz é publico, presta e passa se tiver competÊncia..VEM PRO TJ VC TB…..
        BEIJINHO NO OMBRO, COMO DIZ A FILOSOFA WALESCA POPOSUDA.
        acho q vc como eu não deve ter nada mais interessante pra fazer a essas horas, pra estar perdendo seu tempo por aqui…..
        Bem…eu ganho bem e trabalho pouco, posso me dar a esse luxo…bj no ombro….pro passar longe….recalque

  24. o mais difícil mesmo é passar no concurso. Quem não entra no cargo se frustra e quer denegrir a imagem de quem conseguiu. Boa sorte pra você quando for prestar novamente o concurso.

  25. Sou Analista Judiciário especialidade Oficial de Justiça Federal. Não vou me manifestar criticando o colunista, pois tudo indica que ele está revoltado com os salários dos “entregadores de papel”. Eu, particularmente, não me sinto ofendido, vez que escolhi a profissão de Oficial de Justiça primeiramente pelo salário. Anote-se que eu fui Delegado no estado do PR. Não me sinto ofendido, pois sei que tenho conhecimento para cumprir qualquer diligência que envolve atos complexos, como penhoras de parte ideal de imóveis, constatação, arresto, etc. Inclusive entregar papéis.
    Ao colunista, que ainda não sabe que oficial da justiça federal não recebe diligências, melhor seria criticar os altos salários dos MCs, jogadores de futebol, que ao contrários dos Oficiais de Justiça, nada estudaram.

  26. Não sou OJ mas, o que me parece, pela leitura do artigo (ainda que de forma leiga), é que o autor do artigo está BEM LONGE de ser um OJA.

  27. Realmente…não querendo me fazer de vítima, fico impressionada com a ignorância das pessoas em geral…mais impressionada, ainda, com pessoas que se dizem formadas, advogados, até colegas de cartório, que trabalham internamente no tribunal..Grande parte pensa da mesma maneira, oficiais não trabalham,ou só trabalham se ganham um presentinho das partes e advogados, ou que trabalham quando querem, que é muito facil o trabalho.. é só ir ali no endereço e entregar o papelzinho. Esquecem do desgaste psicológico, da arrogância e ignorância dos intimados…. Alguem tem que estar nesse ofício, é difícil e complexo sim! E sinto sempre o prazer de um dever cumprido e de , apesar de levar a “desgraça” ocomo dizem, de fazer o bem.. ver o olhar de alívio de alguem após uma simples conversa.. isso não tem preço. Meu cargo me impede de dar vazão aos meus instintos mais primitivos quando ouço absurdos de quem é culto e estudado….mas a verdade sempre aparecerá :P Bom dia a todos…

  28. Nossa, você não pesquisou absolutamente NADA quando foi escrever esse artigo. Nunca vi tantas bobagens escritas num mesmo texto sobre a profissão de oficial de justiça. Como vc mesmo disse, sua profissão (advogado) é suuuuuuuper complexa não é? Não parece, pois nem ao escrever um simples texto vc foi capaz de pesquisar sobre os fatos…se faz isso aqui, imagina numa petição quantos absurdos vc deve escrever. Estude meu amigo, ESTUDE! Inveja mata.

  29. O autor desse texto é um asno, pois pegou como referência os Oficiais de Justiça do Distrito Federal que, como todos os servidores de lá, são Marajás. Esqueceu-se, porém, de se referir aos Oficiais de Justiça dos estados, como os de Minas Gerais, que são mal remunerados e trabalham em condições sub-humanas.

  30. O indivíduo resumiu a profissão de Oficial de Justiça aos serviços de um Office Boy. E não é todo o estado que exige a formação em Ciências Jurídicas para o cargo de Oficial de Justiça. O TJ aqui do RS exige apenas ensino médio completo.

  31. Sou oficial de justiça federal. Reconheço que ganho bem. Se quisesse ser advogado, seria. Fiz o exame de ordem da OAB apenas lendo o código de ética e o estatuto da OAB, e fiz 78 na primeira fase. Na segunda fase, fiz para civil e processo civil. Apenas li um livro de peças, sem fazer cursinho preparatório e passei com 7,5 pontos. Tudo isso no meu primeiro exame de ordem. A grande maioria dos meus colegas são pessoas bastante inteligentes. Tão inteligentes que não se deixam encantar pelo fato de andarem de paletó e gravata, serem chamados de doutor, mas terem que ficar bajulando juízes, enganando clientes, para ganharem um pouquinho mais no final do mês. Conheço um monte de advogados que sonham em passar em um concurso público federal, principalmente para o meu cargo. Eles estão preocupados em estudar, mas parece que alguns perdem o seu tempo e energia com inveja e despeito. Essa é uma característica do povo brasileiro: lá fora, se uma pessoa compra um carro caro, as pessoas o invejam, mas trabalham e estudam para poder comprar outro igual; no Brasil, vão dizer que o cara é ladrão (se for mulher, é puta) ou então irão riscar todo o carro. Esforçar-se para ser bem sucedido, isso nunca.
    Boa noite a todos os meus colegas oficiais (e não oficiais).

    1. é isso aí colega ..eu tb ganho bem e trabalho pouco, posso me dar a esse luxo…bj no ombro….pro recalque passar longe….” Viva os Oficiais… Somos o máximo!

  32. o Sr. deve ser uma pessoa invejosa e incompetente, pq senão saberia que tudo que escreveu além de inverdade é indelicado, gostaria de ver o senhor como advogado levando pessoalmente todo o lixo que escreve para a parte contrária, além de que a penhora não é o ato mais complexo que um oficial de justiça faz, e isso por si só mostra sua ignorância..Deve ter feito faculdade no fundo do quintal e oab naqueles tempos q nem precisava saber escrever português.Pense querido e antes de escrever pesquise, se nem juiz ganha o q vc escreveu, quem dirá o oficial de justiça. Mas desafio-o a prestar concurso para oficial e passar…Depois de trabalhar 30 anos no cargo, me diga de novo o que pensa sobre o assunto, mas se não conseguir, e duvido que consiga,escreva sobre xuxu.

  33. ps.-escreva seus comentários azedos sobre os desembargadores, nomeados por politicos do SFT, vamos ver se tem coragem para isso, chutar cachorro pequeno é fácil e covarde, grande doutor.

  34. estou adorando esse artigo…puxa alguém resolveu me enaltecer..perdeu tempo para escrever sobre minha categoria…mesmo q fantasioso..vai lá…nós somos demais não….só que não…quero saber onde está o resto do meu salário…será que foi para comprar aquela empresa norte americana para uma petroleira brasileira????? E, Josmar descobri pq vc não gosta de penhora…é o ato mais complexo que os oficiais fazem…tá explicado….Isso que dá quando ignorantes se põe a filosofar….não era melhor esse cara ter ido ao banheiro, e ter deixado pra lá essa coisa de escrever????

  35. nossa…desculpa..mas tá uma delicia escrever aqui….quantas penhoras o senhor já fez?to morrendo de vontade de saber…conte mais por favor…acho que gostaria de escrever minha tese de doutorado sobre isso…..Te amo também…Manda um beijo pra minha mãe e diz que depois das penhoras de hoje, eu vou fazer busca e apreensão de bens e pessoas,cumprir mandados de prisão, fazer apreensão de menores, separação de corpos, cumprir as medidas protetivas da lei maria da penha e todas aquelas coisinha fúteis que esse doutor pedir, com um sorriso no rosto, pq ele descobriu que a coisa mais complexa que faço é penhora…e isso nem é difícil, segundo combinamos com a grande experiência dele no assunto…Nós entraremos favelas afora entoando o hino nacional para intimar todos aqueles cidadãos que vivem do honroso trabalho de fornecer artigos que sofrem preconceitos por parte da sociedade burguesa e do capitalismo….Por 22.000,00 por mes , eu até riria dessa matéria…Mas lendas urbanas como esta comprometem nosso serviço, nossa dignidade e nos expõe a chacotas desnecessárias, pq cumprimos com nosso mister e todo o fardo de na maioria das vezes arcar com um sistema judiciário falido. Bem maior faria á comunidade, se esse doutor escrevesse depois de pesquisar criteriosamente sobre nosso serviço, e que corajosamente, assim como expos essas inverdades, publicasse todas as maselas que nós sofremos ao irmos nos portões levar ás pessoas noticias q

  36. na maioria das vezes são desagradáveis.Somos o para-raios do judiciário e dos advogados.Quando as partes chegam ao fórum para a audiência ou procuram o defensor, já estão aplacadas em sua fúria pela pessoa do oficial, que com talento sabe enfrentar as situações e esclarecer ás partes todo o procedimento legal que envolve o processo, e para isso, sim, temos muito conhecimento jurídico, mais que muitos advogados e juizes…Temos mais, temos sensibilidade, atuamos muitas vezes como conciliadores, psicólogos, assistentes sociais…e sempre como SERES HUMANOS que merecem respeito do senhor. Não me desagrada o q falou pq tenho medo ou estou melindrada..Trabalho numa vara Criminal, da Infância e Juventude, Familia e Cível há trinta anos e de ser humano entendo pode ter certeza..O que me irrita é que vc não é o único a falar inverdades sobre nós.. Não há nada de novo no seu artigo…è o ponto comum…mais fácil falar do oficial de justiça do que do juiz…Mas tem horas que cansa… inove…tente …faça algo diferente…do bêbado na praça ao desembargador, passando pelo senhor, todos tem fetiche com oficial de justiça….

  37. BEIJINHO NO OMBRO, COMO DIZ A FILOSOFA WALESCA POPOSUDA.
    acho q vc como eu não deve ter nada mais interessante pra fazer a essas horas, pra estar perdendo seu tempo por aqui…..
    Bem…eu ganho bem e trabalho pouco, posso me dar a esse luxo…bj no ombro….pro recalque passar longe….

  38. Está mal informado, ao menos sobre o oficialato federal. Somos os únicos a cumprir prazos. Fizemos todas as avaliações. Reintegrações da Cef. Encontramos e intimamos os réus q sequer a PF localiza… Esse senhor deveria se atualizar!!!!

  39. Sou Oficial de Justiça e quero expor que pelo estado de recalque e frustração pessoal que este senhor se encontra, é caso de procurar ajuda especializada com especialistas em debilidade mental, nota-se que deve ser um rábula da pior categoria, realmente digno de pena, aposto meu salário de “R$ 22.000,00” rsrs… que o sonho dele é ser Oficial de Justiça. Reparem senhores Oficiais ou não que aqui se pronunciaram que no Brasil comunista que vivemos, não existem mais balizes para patetice, estupidez e ignorância na odiosa natureza humana, se este apedeuta tivesse apenas a indiscrição de se informar mais um pouco, bastaria pegar o Código de Normas, Organização Judiciária ou o de Processo Civil mesmo, para não ficar falando tanta asneira, e lá iria conferir quais são as pertinências práticas laborais arrogadas a um Oficial de Justiça, (lógico, que sem contar as que lá não constam, tais como: Psicólogo, Assistente Social, Polícia, Cobrador, Conselheiro, Promotor e Juiz ad hoc, Advogado, ombro amigo, e etc) e a principal delas, que aliás estou usando aqui novamente, que é de fazer do seu pavilhão auditivo de “pinico” e ter que ouvir tanta merda de um analfabeto jurídico como este, alguém que para dar escoamento aos seu recalques e frustrações pessoais necessita macular o ofício dos outros, sem mesmo conhecê-lo. Ser desqualificado e despreparado e esconder-se através de uma matéria profana como esta já revela em parte seu caráter obviamente, mas é vergonhoso termos que assistir tão degradante postura daquele que assoberba-se de maneira arrogante, prepotente com espírito de molecagem e de acossamento e gratuitamente ultraja todos os Oficiais de Justiça do Brasil, levando a pecha de omisso e negligente pelo menos no que fala, quem dirá no que faz com suas “causas complexas”.

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