Continuando a série de posts sobre a capital do Paraná, hoje falo um pouco sobre o passeio que empreeendi na tarde livre que tive na cidade.

Curitiba tem uma iniciativa bastante interessante: há um ônibus turístico que percorre os principais pontos da cidade e dá uma boa visão da capital paranaense. Durante o percurso, com vinte e três paradas, pode-se descer e reembarcar em quatro ocasiões. O valor da passagem – R$ 20 – é bastante acessível, ainda mais quando se está sozinho.

Antes de embarcar, porém, fiz uma visita à feira de artesanato que acontece no Centro Histórico da cidade. Lembra-me um pouco aquelas “feirinhas de Itaipava” que existem aqui no Rio de Janeiro, mas há alguns produtos bem interessantes. Aproveitei para visitar no memorial da cidade uma exposição bastante interessante sobre as Copas do Mundo, com a inacreditável coleção de relíquias do pesquisador Paulo Gini. Infelizmente, o lesado aqui acabou não fotografando os ítens da exposição.

Para o leitor ter uma idéia, há camisas como a de Pelé usada na final de 1970, Beckenbauer na semifinal do mesmo ano – onde jogou com o ombro enfaixado boa aprte do tempo – e a camisa “100% Jardim Irene” com que Cafu levantou a taça de campeão em 2002. Além de agasalhos de 1958 e chuteiras antigas.

Embarquei no ônibus, cujo piso superior é ao ar livre e, apesar do vento frio, pude ter uma noção boa da cidade.

Devido ao horário, me animei a desembarcar apenas no Jardim Botânico, e confesso que, apesar de bonito, esperava mais. Permitiu belas fotos, mas achei o espaço acanhado.

Destaco, porém, a bela exposição permanente que há no local do escultor Franz Krajcberg, polonês naturalizado brasileiro. Ressalto também que não há a cobrança de entrada nem no Jardim Botânico e nem na exposição.
Reembarquei e consegui, do ônibus, tirar fotos do Museu Oscar Niemeyer – que lembra muito o Museu de Arte Contemporânea de Niterói – e outros pontos turísticos. O sol estava belo e a temperatura, bastante agradável.
Gostei muito da cidade, de sua organização e do clima. Hoje é quarta feira e ainda estou bastante estranhado com a temperatura aqui. Sem contar que o trânsito horroroso que enfrentei estes três dias me pareceu totalmente sem sentido depois de ver a calma que é o tráfego curitibano. O curioso é que muitos locais estranharam quando disse que estava me locomovendo através do serviço de táxis da cidade; todos me diziam que poderia usar os ônibus sem problema algum.

Duas notas: a primeira é que a tão falada “antipatia’ dos moradores não foi sentida em momento algum. São mais fechados sim, mas antipáticos jamais. Achei o povo bastante prestativo. A segunda é que posso me gabar de ter sentido menos frio que os próprios locais: à exceção da sexta feira, quando realmente a temperatura caiu, trabalhei praticamente a semana inteira em mangas de camisa ou, no máximo, com um colete de lã sobre tal.

Outra coisa que queria ressaltar é que o Aeroporto Afonso Pena, apesar de maior que o de Salvador, me parece menos eficiente em termos de ocupação de espaços. Tem muito espaço vazio.
Mas já estou com saudades da cidade. Senti uma afinidade toda especial e gostaria de, futuramente, morar em Curitiba. Me encantei por ela.

Ainda teremos mais três textos sobre minha temporada curitibana: a visita à Arena da Baixada que fiz no mesmo dia, a experiência de assistir a uma partida do meu time fora do Rio e o texto sobre a Repar.

P.S. – Escrevi um primeiro artigo elogiando, ainda quando me encontrava lá, e os leitores se aferraram à única crítica que fiz. Vá entender…
Ordem das Fotos:
Foto 1 – Catedral
2 – Vista do ônibus panorâmico
3 – Jardim Botânico
4 – exposição de esculturas
5 – Museu Oscar Niemeyer
6 – Memorial Ucraniano
7 – Teatro Paiol
8 – Chegada ao Jardim Botânico

2 Replies to “Impressões Paranaenses (II)”

  1. Lilian, acabei não andando não, apesar de todas as recomendações positivas que recebi.

    Caminhei bastante, andei de carro e de táxi – estes últimos, a única reclamação que trago da cidade.

    bjs

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