Tenho uma relação com o mundo mais auditiva do que visual. Desde criança sou de prestar mais atenção no que escuto do que no que vejo [acho que isso só começou a mudar um pouco depois que vi, bem moleque, a revista Ele e Ela da Nicole Puzzi pelada e percebi exatamente o que eu queria da vida].
Desta sorte, afirmo que sou um sujeito que não tenho lá tantas recordações do que vi, mas tenho profundas recordações do que ouvi enquanto desmamava e crescia.
Com as facilidades que a internet proporciona, ando catando com sofreguidão os sons da minha meninice e da adolescência. O que menos importa, neste caso, é a qualidade musical, o gênero ou coisa semelhante. Há grandes canções que não tocam na minha vitrola emocional e outras canções menores – algumas rigorosamente terríveis – que insistem em soar, carinhosas, nos autofalantes da minha quermesse particular.
É por isso que resolvi, a partir de hoje, compartilhar de vez em quando esses sons da minha infância. Começo com duas músicas que fizeram o moleque L.A. Simas gostar do babado: Dona Flor e seus dois maridos, de autoria e com Antônio Carlos e Jocafi, e Siriê, de Edil Pacheco, com Fafá de Belém.
Som na caixa:
Abraço

3 Replies to “O MOLEQUE L.A. SIMAS ESCUTAVA… (1)”

  1. Luiz,

    Eu, assim como você, também tenho minha infância e juventude pontuadas por uma trilha musical nada linear. São canções terríveis, e outras memoráveis, que insistem em aparecer nos meus playlists. Cadeira de Rodas, de Fernando Mendes, por exemplo. Assim como Time, de Pink Floyd. Veja que discrepância. Mas quem disse que memórias e sentimentos são equacionáveis? Não são. Muito boa sua iniciativa. Parabéns.

  2. Louvo sua iniciativa, certamente vai sair verdadeiras pérolas do nosso cancioneiro e como somos da mesma geração conhecerei todas. Abraços

  3. Lula
    Adorei a criação do Moleque L.A. Simas, as musicas escolhidas com certeza além de marcar a você marcou também pessoas como eu e sua mãe, passei o fim de semana com ela e li seus textos para ela, que ficou muito feliz e muito emocionada, rsrsrsrsrrs. Beijos

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