Passado o balanço geral do time e do clube ao longo, é chegada a hora de falarmos sobre os jogadores do Flamengo ao longo do ano. Vamos analisar jogador por jogador e ver o que cada um fez durante a temporada. As avaliações são as seguintes: excelente, muito bom, bom, médio, ruim e muito ruim, ou sem avaliação nos casos de atletas que jogaram pouco ou nem entraram em campo.

Balanço geral dos jogadores e treinadores:

Goleiros

38 – Alex Muralha
Contratado para ser sombra de Paulo Victor ao longo, Muralha assumiu a posição de titular em Maio e não saiu mais. Em grande fase, o dono da vaga de titular chegou à seleção brasileira graças as suas boas atuações. Mesmo com algumas falhas termina o ano em alta e nas graças da torcida.
Avaliação do ano: Excelente

45 – Thiago
Não jogou
Avaliação do ano: Sem avaliação

48-Paulo Victor
Titular na Era Muricy, Paulo Victor vivia em baixa com a torcida e foi considerado um dos culpados pela má fase vivida pelo time em Maio. Após lesão no fim do referido mês e da chegada de Zé Ricardo, Paulo foi preterido diante da excelente fase vivida pelo novo titular Alex Muralha. Termina o ano em baixo e candidato a sair
Avaliação do ano: Ruim

Laterais

2- Rodinei
Contratado para ser titular, lateral rubro-negro fez uma primeira metade do ano bem regular e após a lesão diante do Corinthians viu Pará viver grande momento, o deixando no banco. Mesmo tendo qualidade e não tendo comprometido em nenhum momento claro, Rodinei poderia ter rendido mais.
Avaliação do ano: Média

21-Pará
Pará é uma das gratas surpresas rubro-negras no ano. Mesmo contestado por grande parte da torcida, o lateral foi peça fundamental ao longo do ano em especial na melhor fase do time no Campeonato Brasileiro. Com muita precisão nos cruzamentos e atenção na marcação, Pará fez um bom ano em 2016.
Avaliação do ano: Boa

6-Jorge
Maior revelação rubro-negra na década, Jorge é um diamante em plena lapidação. O lateral que evoluiu muito na marcação em 2016 seguiu como peça fundamental na construção de jogo do Flamengo no lado esquerdo. Pesa negativamente sua irregularidade pela juventude. No geral, outro que fez bom ano.
Avaliação do ano: Boa

30-Chiquinho
Contratado para ser o reserva de Jorge, Chiquinho pouco jogou, e quando o fez, não foi bem. Limitado na parte técnica, o lateral se limitou a tentar fazer o básico quando foi utilizado. Sua atuação contra o América Mineiro em Cariacica foi um exemplo do que um lateral não deve fazer. Será dispensado ao fim do contrato.
Avaliação do ano: Ruim

46-Thiago Ennes
Não jogou.
Avaliação do ano: Sem avaliação

Zagueiros

4- Juan
De volta ao clube após 13 anos, Juan fez um semestre em bom nível sob o comando de Muricy Ramalho. Após a lesão que o acarretou em Maio, o jogador perdeu espaço no elenco e terminou o ano na reserva. Mesmo com o desempenho satisfatório na primeira metade da temporada sua renovação se deu através do que pode agregar em experiência e não pelo futebol apresentado.
Avaliação do ano: Média

15-Réver
Chegou em baixa e virou capitão do time, quer justificativa melhor para a avaliação excelente do ano do Réver? Zagueiro firme e discreto, o camisa 15 ganhou a confiança de todos os rubro-negros ao longo do Campeonato Brasileiro. Hoje é impossível projetar uma zaga rubro-negra sem Réver em 2017. Grande acerto.
Avaliação do ano: Excelente

25-Donatti
Contratação mais trabalhosa da temporada o argentino Donatti pouco jogou no ano. Mesmo com a desastrosa atuação diante do Figueirense, o firme zagueiro ainda tem crédito e conta com a confiança da torcida para a Libertadores de 2017. Resta saber se terá chances no próximo ano.
Avaliação do ano: Sem avaliação

33-Rafael Vaz
Vindo do rival Vasco, Vaz virou titular e conquistou a confiança do torcedor jogo após jogo. Mesmo ainda questionado, o zagueiro viveu boa fase e fez um ano seguro. Com firmeza e seriedade, o zagueiro continuará no elenco para 2017. Peça importante para se ter no elenco.
Avaliação do ano: Bom

34-Rafael Dumas
Não jogou.
Avaliação do ano: Sem avaliação

43-Léo Duarte
Campeão da Copa São Paulo em Janeiro, Léo Duarte começou o Brasileirão como titular após a repentina saída de Wallace rumo ao Grêmio. Por vezes inseguro, o zagueiro ainda não se mostrou pronto para a responsabilidade de jogar no Fla. Apesar do potencial, um empréstimo para dar rodagem pode ser bem-vindo.
Avaliação do ano: Médio

Volantes

5-Willian Arão
Vindo do rival Botafogo, Willian Arão foi talvez uma das grandes surpresas do ano rubro-negro. Goleador, insinuante e extremamente funcional como válvula de escape pela direita, Arão foi um dos principais jogadores do Fla ao longo do ano. Apesar da queda de rendimento no fim de 2016, a avaliação é muito positiva.
Avaliação do ano: Muito Bom

8-Márcio Araújo
Talvez o jogador mais debatido ao longo do ano. Não acho nem um pouco justas as inúmeras críticas que recebe, tampouco, as inúmeras defesas que também lhe é feita. Márcio, embora não tenho ido mal ao longo do ano, apenas cumpriu seu papel e agregou pouquíssimo em termos de qualidade técnica. É médio e ponto.
Avaliação do ano: Médio

26-Cuéllar
Aposta alta no início da temporada, o colombiano é uma promessa de bom valor que o Fla possui no elenco. Diamante bruto, o volante é admirado pela torcida pelo seu toque de bola e muita qualidade técnica. Seu poder de marcação ainda não foi totalmente lapidado. É uma aposta do clube para 2017
Avaliação do ano: Médio

41-Ronaldo
Não jogou
Avaliação do ano: Sem avaliação

Meias

10 – Ederson
Tido como aposta para o ano, o camisa 10 do Flamengo não rendeu o que se espera dele por alguns fatores. No início do ano, demorou a jogar por conta da intensa preparação feita para não se machucar. Quando começou a ter um rendimento satisfatório, lesão grave após entrada de Fágner. Sendo assim, o ano foi bem mediano.
Avaliação do ano: Médio

17 – Gabriel
Após quatro anos no Flamengo, Gabriel rendeu de maneira bem ok em 2016. Não que o atleta baiano tenha sido o jogador esperado quando contratado, mas cumprindo bem a parte tática, Gabriel conquistou o apoio e a titularidade do time de Zé Ricardo em muitos jogos. Acredito que possa ser útil no elenco de 2017.
Avaliação do ano: Médio

19 – Alan Patrick
Particularmente, o jogador que mais me incomoda no Flamengo. Alan não é ruim tecnicamente ou tem lances bisonhos. Mas não serve para jogar no rubro-negro. Em muitos momentos, o camisa 19 não conseguia manter a intensidade necessária pra um time competitivo. É médio pelos gols (alguns importantes) na temporada. Só.
Avaliação do ano: Médio

22 – Éverton
Um dos jogadores mais subestimados no ano rubro-negro. Começou o ano no banco e em baixa, mas ao longo do ano se tornou importante e essencial para o time. Com boas participações em termos táticos e técnicos, Éverton é peça chave para 2017. O camisa 22 termina o ano em alta.
Avaliação do ano: Bom

23 – Mancuello
Contratação mais cara do ano, o argentino disse a que veio. Com raça, carisma e muita vontade de vencer, o argentino conquistou fãs na torcida rubro-negra. Mas Mancu não foi só postura. Com lindos gols e assistências, foi peça fundamental no grupo de 2016. Um 2017 positivo também passa pelo argentino.
Avaliação do ano: Bom

35 – Diego
Chegando no meio do ano, Diego rapidamente se adaptou ao Fla e caiu nas graças da torcida. Com gols e assistências, o dono da camisa 35 foi fundamental no crescimento rubro-negro no 2°turno. Com qualidade técnica bem elevada e sobrando taticamente no país, Diego termina o ano com altíssimas expectativas para 2017.
Avaliação do ano: Bom

37 – Adryan
Pouquíssimo utilizado ao longo do ano e com tendência de sair. Fica complicado avaliar a volta de Adryan ao Flamengo. Sem avaliação.
Avaliação do ano: Sem avaliação

39 – Lucas Paquetá
Não jogou.
Avaliação do ano: Sem avaliação
Atacantes

7 – Marcelo Cirino
Excelente no primeiro semestre e bisonho no segundo. É um resumo da passagem de Marcelo Cirino até aqui no Flamengo. Titular com Muricy na primeira parte do ano e artilheiro da equipe no período, Cirino caiu de rendimento no segundo semestre e terminou o ano em baixa. Não deve ficar pra 2017.
Avaliação do ano: Médio

9 – Guerrero
Principal atacante do elenco, o peruano rendeu muito bem em 2016. Decisivo e importante, o camisa 9 foi importante ao longo do ano sendo extremamente fundamental em jogos de grande importância como os contra Cruzeiro, Galo e Corinthians. Por tudo isso, é impossível imaginar um time titular sem ele em 2017.
Avaliação do ano: Muito bom

11 – Emerson Sheik
O experiente atacante foi bem questionado em 2016. Após um primeiro semestre de rendimento ok, o dono da camisa 11 foi perdendo espaço sendo esquecido diversas vezes pelo técnico Zé Ricardo. No fim do campeonato, reapareceu e chegou a ser titular. Mesmo assim, a tendência é que Sheik tenha se despedido do Fla em 2016.
Avaliação do ano: Ruim

18 – Leandro Damião
Contratado no meio do ano para reforçar uma posição na qual o time tinha dois jogadores benquistos pela torcida, Damião não rendeu como pode, mas também não pode ser considerado uma decepção. Foi importante por exemplo na partida contra a Chapecoense e ajudou o time em jogos chave tendo papel tático importante. Manteria no elenco para 2017.
Avaliação do ano: Médio

31 – Fernandinho
Jogador mais injustamente criticado em 2016. Ok, o primeiro semestre dele não foi dos melhores, mas desde a entrada de Zé Ricardo, Fernandinho se tornou jogador importante para a equipe. Foram deles assistências e gols importantes na melhora rubro-negra no Brasileiro. Deveria ser mantido para 2017.
Avaliação do ano: Bom

40 – Thiago Santos
Pouco atuou ao longo do ano. Embora promissor, fica sem avaliação.
Avaliação do ano: Sem avaliação

47 – Felipe Vizeu
Promovido da base, Vizeu é bem quisto pela torcida rubro-negra. Os gols em jogos importantes como os contra o Atlético Mineiro em Brasília pesam a favor. A falta de técnica, visivelmente demonstrada, contra o Figueirense em São Paulo pesam contra. Sendo jovem e podendo evoluir, considero o ano do Vizeu bom. Aposta pra 2017.
Avaliação do ano: Bom

Técnicos

Muricy Ramalho
Contratado para reformular o Flamengo, Muricy não emplacou no rubro-negro. Está certo que com os problemas de saúde, não sabemos como o trabalho seria feito no Brasileirão, mas o time pouco rendeu e não evoluiu após início promissor. A sensação geral é que para o Fla, a saída de Muricy – embora traumática – foi benéfica.
Avaliação do ano: Ruim

Zé Ricardo
O promissor treinador rubro-negro assumiu uma bucha. Pegando um time esfacelado e sem confiança, Zé, aos poucos foi ajustando a equipe taticamente e o rendimento melhorou. Mesmo com algumas falhas da falta de experiência e escolhas esquisitas (Preferência por Alan Patrick e Sheik em detrimento a Mancu e Cirino), o trabalho é bom e pode ser ainda melhor em 2017.
Avaliação do ano: Bom

Por tudo exposto acima, vejo o elenco rubro-negro e seu treinador atual como capazes de darem o salto definitivo rumo à briga por todos os títulos, acredito que a diretoria trabalhe para melhorar algumas posições deficitárias (Reserva de goleiro, reserva de lateral-esquerdo, volante e pontas) e assim, transformar o elenco atual no principal elenco do país. Assim sendo, o 2017 rubro-negro pode/deve ser de alegrias e dele que falaremos na nossa última parte do “Dissecando o Flamengo 2016”. Até lá!