O vírus da Influenza A é bastante comum em porcos. No entanto, a partir de 2009, esse vírus ganhou mais destaque no mundo quando uma pessoa, no México, foi diagnosticada com a infecção por esse vírus.
Não muito tempo passou até a notificação do primeiro caso e a ‘’gripe suína’’ se espalhou pelo continente e logo adquiriu características de pandemia, fazendo várias vítimas em todo mundo. O surto foi controlado, mas ao que parece – e guardadas as devidas proporções, voltou com força em 2016. Com tanta força que virou tema da nossa coluna.
O vírus que causa a gripe H1N1 em humanos é sim de origem suína, mas parece ter variantes. Por isso, esse vírus tem varias possibilidades de se recombinar e nos infectar. E para entender o surto de casos em 2016, precisamos entender que nosso sistema imunológico é diferente do das pessoas que vivem lá no hemisfério Norte, devido a fatores ambientais diferentes aos quais somos expostos.
Digo isso porque umas das explicações para esse surto passa por essa hipótese: dessa nova variante do vírus, antes desconhecida para nós, ter sido inserida no país através de viagens, por exemplo, o que é muito comum. O que chama atenção nesse surto é que ele não era esperado para agora e nem nessa proporção. Geralmente, os surtos de gripe são esperados para julho e o que se tem até agora sobre essa antecipação são hipóteses, como a do vírus trazido por pessoas que viajaram.
Dito isso, vamos falar agora de números. Sim, essa parte é, muitas vezes, chata, mas os números nos refletem uma série de situações.
A primeira é que até o dia 23 de abril, 290 mortes haviam sido registradas no país, muito mais que o ano passado, com 36. Outro número que chama atenção é de que 21,3 milhões de pessoas já se vacinaram, mas esse não é um número considerado tão bom e me preocupa, porque corresponde a apenas 43% do público-alvo, segundo o Ministério da Saúde.
E que público é esse?
Os grupos de risco: idosos, gestantes, crianças e profissionais da saúde. E nem falo somente de H1N1, falo da gripe em geral. Nem posso sair dando bronca em todo mundo porque eu mesma não me vacinei ainda (não me apedrejem), mas é que se você se encaixa em algum desses grupos e não tem nenhuma restrição, vá se vacinar. A campanha vai até o dia 20 de maio.
O vírus parece ser mais agressivo, tem matado muitos jovens e adultos e por ser uma doença respiratória altamente contagiosa é importante a vacinação e prevenção. É mais comum contrair o vírus através de gotículas, que são muito frequentemente transmitidas através de tosses e espirros. Por isso, o uso de máscaras, período de encubação e tratamento por quem está infectado é importante.
Quem não é prioridade na campanha de vacinação e tiver condições de pagar por isso na rede privada, não pense duas vezes (vale ressaltar, novamente, se não houver restrições). Informações são sempre muito importantes e vamos aproveitar esse período de vacinação, porque se variantes de já nos basta o Aedes Aegypti, que mal damos conta, e as diversas doenças que ele pode transmitir.
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