Faltam quatro meses para a Rio 2016 e é hora de mais uma parcial dos classificados aos Jogos Olímpicos. Uma vez mais, em quatro partes, vamos esporte por esporte.

ATLETISMO

Federação Internacional: IAAF

O atletismo é um dos esportes com o maior número de provas: são 24 provas masculinas e 23 femininas, totalizando 47. A IAAF divide essas provas em duas categorias: as individuais e as coletivas.

Para as provas individuais são adotados dois critérios de seleção: o primeiro é o chamado Índice Olímpico. Os resultados em competições previamente reconhecidas pela IAAF entre 1 de maio de 2015 e 11 de julho de 2016 (com exceção de maratonas, 10 mil metros, marchas atléticas, heptatlo e eventos coletivos, que se iniciaram em 1º de janeiro de 2015) servirão de base para a seleção. Os atletas que superarem o índice estabelecido estão aptos para a disputa. Porém, há algumas restrições: cada Confederação Nacional poderá ser representada por, no máximo, três atletas em cada prova. Se mais de três atletas atingirem o Índice, a própria Confederação Nacional escolhe os representantes.

Se, ao final do período, o número de atletas indicados for menor que o de vagas estabelecidas, entra em cena o segundo método de seleção: o de convites através do Ranking Internacional de 12 de julho de 2016 em cada prova. Assim, alguns competidores que não atingirem o Índice podem ser chamados para preencher as vagas restantes. As exceções são as Maratonas masculina e feminina, as Marchas Atléticas masculina e feminina e as provas masculina e feminina de 5.000 e 10.000 metros. Como estas não têm um número definido de vagas, irão para os Jogos apenas aqueles que atingirem o Índice, respeitando apenas o limite de dois atletas por país.

No caso das maratonas masculina e feminina, os 20 primeiros colocados no Mundial de Atletismo mais os 10 primeiros nas provas da IAAF Gold Label que forem realizadas no período de Seleção, caso atinjam o Índice, estarão classificados desde que não seja ultrapassada a cota máxima por país.

Para as provas coletivas, leia-se revezamentos, estão classificados os oito primeiros colocados no Mundial de Revezamentos, que foi disputado em maio nas Bahamas. Os outros oito participantes são definidos através do Ranking de 12 de julho de 2016.

As provas individuais ainda não tem nenhum classificado. As provas e o número de vagas são: 100 metros rasos masculino, 100 metros rasos feminino, 200 metros rasos masculino e 200 metros rasos feminino – 56 vagas; 400 metros rasos masculino, 400 metros rasos femininos, 800 metros rasos masculino e 800 metros rasos feminino – 48 vagas; 1.500 metros rasos masculino, 1.500 metros rasos feminino, 3.000 metros com barreiras masculino e 3.000 metros com barreiras feminino – 45 vagas; 100 metros com barreiras feminino, 110 metros com barreiras masculino, 400 metros com barreiras masculino e 400 metros com barreiras feminino: 40 vagas; Salto em altura masculino, salto em altura feminino, salto com vara masculino, salto com vara feminino, salto em distância masculino, salto em distância feminino, salto triplo masculino, salto triplo feminino, arremesso de peso masculino, arremesso de peso feminino, lançamento de disco masculino, lançamento de disco feminino, lançamento de martelo masculino, lançamento de martelo feminino, lançamento de dardo masculino, lançamento de dardo feminino, heptatlo masculino e heptatlo feminino – 32 vagas; 5.000 metros rasos masculino, 5.000 metros feminino, 10.000 metros masculino, 10.000 metros feminino, marcha atlética masculina de 20 km, marcha atlética feminina de 20km e marcha atlética feminina de 50km, maratona masculina e maratona feminina – vagas ilimitadas.

As provas coletivas já conhecem oito dos 16 classificados em todas as categorias. Vamos a eles.

Revezamento 4×100 metros masculino: Estados Unidos (USA), Jamaica (JAM), Japão (JPN), Brasil (BRA), França (FRA), São Cristóvão e Névis (KNA), Trinidad e Tobago (TTO) e Alemanha (GER).

Revezamento 4×100 metros feminino: Jamaica (JAM), Estados Unidos (USA), Grã Bretanha (GBR), Canadá (CAN), Trinidad e Tobago (TTO), Brasil (BRA), Nigéria (NGA) e Suíça (SWZ).

Revezamento 4×400 metros masculino: Estados Unidos (USA), Bahamas (BHS), Bélgica (BEL), Jamaica (JAM), Brasil (BRA), Grã Bretanha (GBR), Trinidad e Tobago (TTO) e Botsuana (BWA).

Revezamento 4×400 metros feminino: Estados Unidos (USA), Jamaica (JAM), Grã Bretanha (GBR), França (FRA), Polônia (POL), Canadá (CAN), Áustria (AUS) e Brasil (BRA).

BADMINTON

Federação Internacional: BWF

Todas as cinco competições do Badminton terão seus participantes definidos através do ranking mundial de 5 de maio de 2016. Por conta disso, nenhum participante está definido até o momento. A disputa de simples masculino e de simples feminino será disputada por 38 atletas. Destes, 34 serão escolhidos por intermédio do ranking, com duas condições: cada continente deve ser representado por ao menos um atleta e nenhum país pode ter mais de dois competidores em cada chave (desde que os dois estejam entre os 16 primeiros no ranking – caso contrário, só um). O Brasil, como país-sede, tem uma vaga e as outras três serão preenchidas por convite (ou, caso o convite por algum motivo não se concretize, pelo ranking). Caso um país tenha mais de dois atletas aptos para a disputa, poderá escolher quais irão para os Jogos.

Para duplas masculinas, duplas femininas e duplas mistas são 16 duplas e cada chave e o ranking também serve de base para a classificação – com uma vaga por continente e uma para o Brasil assegurada. Cada país pode ter no máximo três duplas (duas entre os oito primeiros do ranking e uma no resto). Importante: cada país pode ter, no máximo, oito homens e oito mulheres em todas as categorias.

BASQUETE

Federação Internacional: FIBA

O basquetebol tem duas competições nos Jogos Olímpicos. No masculino e no feminino são 12 países na disputa. No masculino, os Estados Unidos já estão classificados por causa do título Mundial de 2014. Os campeões dos torneios continentais africano (Nigéria), asiático (China) e da Oceania (Austrália) avançam para os Jogos. Os finalistas do torneios das Américas (Argentina e a surpreendente campeã Venezuela) e da Europa (Espanha e Lituânia) também se classificaram.

As outras três vagas virão de três torneios pré-olímpicos internacional a ser disputados por 18 seleções divididas em três torneios com seis equipes, com uma vaga para cada torneio: segundo, terceiro  e quarto da África (Angola, Tunísia e Senegal), da Ásia (Filipinas, Irã e Japão), terceiro a quinto das Américas (Canadá, México e Porto Rico), terceiro a sétimo da Europa (França, Sérvia, Grécia, Itália e Republica Tcheca)  e o segundo da Oceania (Nova Zelândia).

Os Pré Olímpicos serão disputados na Itália, na Sérvia e nas Filipinas. Itália e Sérvia, como países sede, abriram vagas para a Letônia (da sensação Kristaps Porzingis) e a Croácia.

Na disputa feminina, os Estados Unidos avançaram para os Jogos por ganharem a Copa de 2014 e a Sérvia por ter vencido o Campeonato Europeu de 2015. Os campeões americano (Canadá), africano (Senegal), asiáticos (Japão) e da Oceania (Austrália) também avançam.

O segundo da Oceania (Nova Zelândia), os segundos e terceiros da África (Camarões e Nigéria) e Ásia (China e Coréia do Sul), do segundo ao quarto na América (Cuba, Argentina e Venezuela) mais França, Espanha, Bielorrússia e Turquia disputarão cinco vagas no Pré-Olímpico Internacional. O torneio ocorrerá na França de 13 a 19 de junho e a tabela pode ser vista aqui.

A Fiba já sorteou os grupos e a tabela básica dos torneios masculino e feminino da Rio 2016. Falta a confirmação dos horários das partidas, ainda provisórios.

Classificados: Masculino – Brasil (BRA), Estados Unidos (USA), Austrália (AUS), Nigéria (NGR), Venezuela (VEN), Argentina (ARG), Espanha (ESP), Lituânia (LTU) e China (CHN); Feminino – Brasil (BRA), Estados Unidos (USA), Sérvia (SRB), Canadá (CAN), Austrália (AUS), Japan (JPN) e Senegal (SEN).

BOXE

Federação Internacional: AIBA

Ao todo, a disputa no boxe é dividida em 13 categorias – 10 masculinas e três femininas. Como esse demanda mais explicações, vamos começar pelas categorias e o número de vagas.

Masculino: até 49kg (22), entre 49 e 52kg (26), entre 52 e 56kg (28), entre 56 e 60kg (28), entre 60 e 64kg (28), entre 64 e 69kg (28), entre 69 e 75kg (28), entre 75 e 81kg (26), entre 81 e 91kg (18) e mais de 91kg (18).

Feminino (12 vagas em todas as categorias): até 51kg; entre 51 e 60kg; entre 60 e 75kg.

Para os homens, em todas as categorias, são oito métodos de classificação. O ranking da Série Mundial de Boxe classifica dois lutadores em todas as categorias, menos até 49 kg, entre 49 e 52 kg, entre 81 e 91 kg e mais de 91 kg (uma para cada). Todas essas vagas já estão preenchidas. O Ranking Amador classifica dois em cada categoria. O Campeonato Mundial, que foi disputado em Doha entre 5 e 18 de outubro, classifica um pugilista nas categorias entre 81 e 91 kg e mais de 91 kg; dois nas categorias até 49 kg, entre 49 e 52 kg e entre 75 e 81 kg; nas demais, três lutadores.

Os Campeonatos Continentais, todos disputados em 2016 classificam três lutadores em cada categoria e em cada continente. As séries Mundial e Amadora de 2016 também classificarão três em cada categoria (com exceção das categorias entre 81 e 91 kg e acima de 91 kg – estas só classificarão um). O Brasil tem direito a uma vaga por categoria, com exceção das categorias entre 81 e 91 kg e acima de 91 kg. Porém, só poderá escolher cinco categorias. Nestas, a América terá apenas duas outras vagas. Por sinal, vale dizer que cada país poderá ter somente um pugilista por categoria tanto no masculino quanto no feminino.

O aberto de boxe da AIBA ainda classificará dois pugilistas até 49 kg e mais um nas categorias entre 81 e 91kg e acima de 91 kg. Nas demais, serão cinco. Por fim, a AIBA concederá um convite para cada categoria, com exceção das categorias até 49 kg, entre 49 e 52 kg, entre 81 e 91 kg e acima de 91 kg. Estas ficam sem convite.

No feminino, todas as vagas estão sendo preenchidas em 2016. O Mundial classificará quatro atletas por categoria. Nos continentais, África e América terão uma vaga por categoria. A competição da Ásia e Oceania duas e a da Europa mais duas. O Brasil terá mais uma por categoria e haverá um convite em cada faixa.

Os classificados até aqui, no masculino, são:

Até 49kg: Patrick Lourenço (BRA), Paddy Barnes (IRL), Lu Bin (CHN), Birzhan Zhakypov (KAZ), Vasily Egorov (RUS), Joahnys Argilagos (CUB), Simplice Fotsala (CMR), Mathias Hamunyela (NAM), Simuniso Bandla (RSA), Yurbejen Martinez (COL), Nico Hernández (USA), Roger Ladon (PHI), Hasanboy Duzmatov (UZB) e Gankhuyagiin Gan-Erdene (MGL).

Entre 49 e 52 kg: Julião Henriques (BRA), Jeyvier Cintrón (PUR), Achraf Kharroubi (MAR), Misha Aloian (RUS), Elías Emigdio (MEX), Elvin Mamishzada (AZE), Yosbany Veitía (CUB), Mohammed Flissi (ALG), Sikho Nqothole (RSA), Ronald Serugo (UGA), Fernando Martinez (ARG), Leonel de los Santos (CUB), Hu Jianguan (CHN), Shakobidin Zoirov (UZB) e Olzhas Sattibayev (KAZ).

Entre 52 e 56 kg: Robenilson Vieira (BRA), Vladimir Nikitin (RUS), Andy Cruz Gómez (CUB), Khedafi Djelkhir (FRA), Zhang Jiawei (CHN), Michael Conlan (IRL), Murodjon Akhmadaliev (UZB), Dzmitry Asanau (BLR), Inkulenko Suntele (LES), Bilel Mhamdi (TUN), Mohamed Hamout (MAR), Alberto Melián (ARG), Shakur Stevenson (USA), Shiva Thapa (IND), Chatchai Budtee (THA) e Kairat Yeraliev (KAZ).

Entre 56 e 60 kg: Adlan Abdurashidov (RUS), Carlos Balderas (USA), Berik Abdrakhmanov (KAZ), Hurshid Tojibaev (UZB), Lázaro Alvarez (CUB), Albert Selimov (AZE), Ricardo Conceição (BRA), Reda Benbaziz (ALG), Mahmoud Abdelal (EGY), Andrique Alisop (SEY), Luis Angel Cabrera (VEN), Teofimo López (HON), Ignacio Perrín (ARG), Dorjyniambuugliin Otgondalai (MGL), Charly Suarez (PHI) e Daisuke Narimatsu (JPN).

Entre 60 e 64kg: Joedison Teixeira (BRA), Yasniel Toledo (CUB), Raúl Curiel Garcia (MEX), Arten Harutyunian (GER), Abdelkader Chadi (ALG), Vitaly Dunaytsev (RUS), Fazliddin Gaibinazarov (UZB), Wuttichai Masuk (THA), Hamsa El-Barbari (MAR), Jonas Junius (NAM), Mahaman Smaila (CMR), Arthur Biyarslanov (CAN), Luis Arcon (VEN), Ablaikhan Zhussupov (KAZ), Baatarshukiin Chinzoring (MGL) e Hu Qianxun (CHN).

Entre 64 e 69 kg: Parzhiv Baghirov (AZE), Steven Donnely (IRL), Onur Sipal (TUR), Andrey Zomkoyov (RUS), Mohammed Rabii (MAR), Daniyar Yeleussinov (KAZ), Liu Wei (CHN), Rayton Okwiri (KEN), Walik Sedik Mohamed (EGY), Zohir Kedache (ALG), Roniel Iglesias (CUB), Gabriel Maestre (VEN), Alberto Palmetta (ARG), Shakhram Giyasov (UZB), Sailom Adi (THA) e Byambin Tuvshinbat (MGL).

Entre 69 e 75kg: Tomasz Jablonski (POL), Ilyas Abbadi (ALG), Adem Kiliççi (TUR), Artem Chebotarev (RUS), Arlén Lopez (CUB), Bektemir Melikuziev (UZB), Hosam Abdin (EGY), Wilifried Ntsengue (CMR), Marven Claire (MRI), Said Harnouf (MAR), Misael Rodriguez (MEX), Charles Conwell (USA), Jorge Rivas (COL), Zhanibek Alimkhanuly (KAZ), Zhao Minggang (CHN) e Daniel Lewis (AUS).

Entre 75 e 81kg: Michel Borges (BRA), Valentino Manfredonia (ITA), Hrvoje Sep (CRO), Ehsan Rouzbahini (IRI), Mathieu Bauderlique (FRA), Julio César de la Cruz (CUB), Joe Ward (IRL), Abdhelafid Benchabla (ALG), Abdelrahman Salah (EGY), Kennedy Katende (UGA), Albert Ramirez (VEN), Carlos Andres Mina (ECU), Adilbek Niyazymbetov (KAZ), Elshod Razoluv (UZB), Aryn Adiilbek Uulu (KGZ).

Entre 81 e 91kg: Vasily Levit (KAZ), Clemente Russo (ITA), David Graf (GER), Evgeny Tishchenko (RUS), Kennedy St-Pierre (MRI), Chouaib Boualouadinout (ALG), Hassen Chaktami (TUN), Erislandy Savon (CUB), Yamil Peralta (ARG), Juan Nogueira (BRA), Rustam Tulganov (UZB), Yu Fengkai (CHN) e Jason Whetelay (AUS).

Acima de 91kg: Filip Hrgovic (CRO), Erik Pfeifer (GER), Mihai Nistor (ROU), Tony Yoka (FRA), Mohamed Arjaoui (MAR), Efe Ajagaba (NGR), Aymen Trablesi (TUN), Nigel Paul (TRI), Lenier Pero (CUB), Clayton Laurent (ISV), Ivan Dychko (KAZ), Bakhodir Jalolov (UZB) e Hussen Ishaish (JOR).

No feminino, também já temos lutadoras classificadas.

Até 51kg: Zohra Ez-Zahrouri (MAR), Mandy Bujoud (CAN), Ingrit Valencia (COL), Ren Cancan (CHN) e Yodgoroy Mirzaeva (UZB).

Entre 51 e 60kg: Adriana Araújo (BRA), Hasnaa Lachgar (MAR), Mikaela Mayer (USA), Yin Junhua (CHN) e Shalley Watts (AUS).

Entre 61 e 75kg: Khadja El-Madri (MAR), Claressa Shields (USA), Ariane Fortin (CAN), Li Qian (CHN) e Dariga Shakimova (KAZ).

ZonaACANOAGEM SLALOM

Federação Internacional: ICF

Na canoagem slalom são quatro provas. Três no masculino e uma no feminino. Não há, em nenhuma hipótese, qualificação por convites. Cada país tem direito a inscrever apenas um atleta (ou uma dupla, no caso da categoria C2 masculina) por categoria e a vaga pertence ao Comitê Olímpico, que poderá indicar um atleta diferente daquele que conquistou a vaga caso queira.

Na categoria K1 masculina e K1 feminina, que é o caiaque individual, são 21 vagas. Destas, 15 saíram do Campeonato Mundial, realizado em setembro. Cada confederação continental classifica mais um atleta através de competições continentais (o Pan de Toronto, cujo vencedor ainda não se classificou porque pode ver um compatriota conseguir vaga no Mundial) e os Campeonatos continentais (que ocorrem entre setembro de 2015 e abril de 2016).

O Brasil, país-sede, tem uma vaga assegurada. Na C1 masculina, a canoa individual, é o mesmo. Porém, são apenas dez vagas pelo Mundial e, portanto, 16 no geral. Na C2 masculina, a canoa dupla, o Brasil classifica uma dupla, o Mundial classificou oito e outras três saem dos continentais através de um ranking entre os campeões de cada local. No total, 12 duplas.

CANOAGEM VELOCIDADE

Federação Internacional: ICF

Esse já é um esporte com um número maior de categorias e que usará exatamente os mesmos critérios de seleção (portanto, não temos nenhum classificado) e cada país também só classifica um. As provas individuais em caiaques, K1 1000m masculino, K1 200m masculino, K1 500m feminino e K1 200m feminino serão disputadas por 14 atletas. Sete classificados no Mundial, um brasileiro e mais dois europeus e um de cada um dos demais continentes. Nos caiaques duplos, K2 1000m masculino, K2 200m masculino e K2 500m feminino serão 10 duplas. Seis pelo Mundial, uma pela Europa e outras três para dividir entre os demais. No caiaque de quatro participantes, K4 1000m masculino e K4 500m feminino, são dez caiaques. A Federação Internacional convencionou que a cota de atletas combinadas suportaria e incluiu um 11° classificado no K4 1000m masculino. Todas essas vagas foram preenchidas no Mundial.

Na canoa individual, C1 200m masculino e C1 1000m masculino são treze vagas. A Europa tem duas por categoria e os demais continentes uma. A diferença é que, nos 1.000 metros, são seis pelo Mundial e um brasileiro. Nos 200 metros, o Brasil não tem vaga garantida e sete se classificam pelo Mundial. Por fim, tem a canoa dupla, a C2 1000m masculino. São 12 duplas, das quais seis vieram do Mundial, duas virão da Europa e um dos demais continentes. A ICF concederá dois convites para a canoagem que podem ser dados um para cada categoria (slalom e velocidade) ou ambos na mesma.

ZonaACICLISMO BMX

Federação Internacional: UCI

Um dos esportes mais jovens dos Jogos (entrou para o programa em Pequim, 2008), o Ciclismo BMX é simples. São apenas duas competições, o BMX masculino e o BMX feminino. Na primeira, são 32 atletas. Na segunda, 16. Cada país tem um limite de três atletas no masculino e dois no feminino. O Brasil tem uma vaga garantida em ambas as disputas.

A UCI tem um Ranking Olímpico com pontos que serão contados de Maio de 2014 a Maio de 2016. A somatória dos pontos dos três melhores atletas por país indica a pontuação deste país no Ranking. No masculino, os quatro primeiros terão três competidores cada, os três seguintes dois e os seis subsequentes um. Excetuando esses 13 países, os quatro melhores no Ranking “normal” da UCI terão um competidor cada. As outras três vagas serão preenchidas através do Campeonato Mundial de BMX (que foi realizado em julho na Bélgica). Os três melhores dos países que não atingirem a cota máxima de vagas virão para o Rio – e estes devem ser de três países diferentes.

No feminino, há o mesmo princípio, mas os três primeiros no Ranking Olímpico terão apenas dois atletas cada e os quatro seguintes um. Já o Ranking Normal permitirá aos três melhores (excetuando os sete primeiros do Olímpico) indicar um ciclista. Já via Mundial, serão dois classificados observando as mesmas condições expostas para o masculino. Por conta disso, não temos ainda nenhum classificado.

CICLISMO DE ESTRADA

Federação Internacional: UCI

O ciclismo de estrada tem quatro provas, duas por gênero: estrada masculino, estrada feminino, contrarrelógio masculino e contrarrelógio feminino. As únicas vagas garantidas ao Brasil são nas provas de estrada, duas em cada uma. Cada país pode ter apenas cinco homens (sendo que na prova contrarrelógio são apenas dois) e quatro mulheres (com a mesma limitação na prova contrarrelógio).

Das 142 vagas na estrada masculino, a grande maioria (136) virão do Ranking por Nações de 2015. Esse ranking se baseia nos resultados obtidos em toda a temporada 2015. Sempre observando todas as normas descritas anteriormente, é assegurada aos cinco primeiros colocados cinco vagas. Aos indicados nas posições 6 a 15, quatro. Assim, temos 65 vagas.

Depois, entrarão os Rankings Continentais por Nação – tirando sempre os países que já se classificaram pelo Ranking Mundial. Na África e na Ásia, o primeiro tem três atletas e o segundo, terceiro e quarto mais dois cada. Na Oceania, o melhor classificado ficará com duas vagas. Na América, os três primeiros terão três vagas cada e dois seguintes duas. Na Europa, cada um dos seis primeiros tem três participantes e os dez seguintes duas. Ainda teremos os dois primeiros de América, Ásia e África podendo indicar mais um atleta, desde que não tenham cumprido a cota máxima estipulada pelo UCI.

No contrarrelógio masculino, serão 40 competidores. Os 15 primeiros no ranking mundial indicam um ciclista cada. O melhor da Oceania, os dois melhores da África e Ásia, os quatro melhores da América e os seis melhores da Europa mais um. Restam, assim, dez vagas preenchidas pelos mais bem posicionados no Campeonato Mundial cujos países não tenham atingido a cota máxima (e necessariamente vindos de dez países diferentes).

Na prova feminina de estrada, são 65 ciclistas. 62 no esquema do Ranking Olímpico: quatro para os cinco primeiros, três para os oito seguintes e outros dois para os nove subsequentes. As três vagas restantes ficam com os líderes de África, América e Ásia excetuando os 22 países que já tenham obtido vaga pelo Ranking Olímpico. No contrarrelógio, competirão 25 ciclistas. Os 15 melhores países no Ranking indicam um atleta e as 10 melhores no Mundial vindas de 10 países diferentes – e cujos países não tenham cumprido a cota máxima, se garantem no Rio.

20160221_142649CICLISMO DE PISTA

Federação Internacional: UCI

Com 10 provas, o ciclismo de pista é a modalidade com agenda mais “cheia” dentre as organizadas pela UCI. São elas: velocidade masculino, velocidade feminina, velocidade por equipes masculino, velocidade por equipes feminino, keirin masculino, keirin feminino, perseguição por equipes masculino, perseguição por equipes feminino, omnium masculino e omnium feminino.

Antes de mais nada, vamos às cotas máximas por país (o Brasil não tem nenhuma vaga assegurada por definição, mas Gideon Monteiro se classificou no omnium): são oito homens (com limite de dois na velocidade e keirin e um time/atleta nas demais) e sete mulheres (mesmas condições). Todas as provas masculinas serão disputadas por nove atletas ou times, com exceção da omnium, que terá 18 competidores. Em todos os casos, o Ranking Mundial será o critério adotado para Seleção.

Também há uma cota máxima de países por Continente: cinco para a Europa nas provas de velocidade e keirin, seis para a perseguição e oito para a omnium; para a América, dois na velocidade e perseguição, três na kirin e seis na omnium; dois para a Ásia em todas as categorias menos a omnium (com cinco); dois para a Oceania em todas as categorias, menos perseguição individual e kirin (uma) e uma para a África em todas as categorias.

Para o feminino, vale exatamente tudo o que foi dito para o masculino, diferindo apenas o número máximo de países da América: dois em todas as categorias, menos a omnium, com cinco.

CICLISMO MOUNTAIN BIKE

Federação Internacional: UCI

Outra categoria com apenas duas provas, o mountain bike masculino e o feminino. São 50 competidores no masculino e 30 no feminino, com uma vaga reservada para o Brasil e um limite máximo de três homens e duas mulheres por país. Os cinco primeiros no ranking olímpico classificam três ciclistas para o masculino, contra dois dos oito seguintes e um dos dez subsequentes. As demais vagas são preenchidas por um atleta de cada um dos dois primeiros de cada Confederação que não estejam entre os 23 melhores do Ranking. No feminino, os oito primeiros indicam duas atletas e os nove seguintes um. Os líderes das demais Confederações, com exceção da Europa, também indicam uma atleta.

ESGRIMA

Federação Internacional: FIE

A esgrima é composta por dez eventos: espada individual masculino, espada individual feminino, florete individual masculino, florete individual feminino, sabre individual masculino, sabre individual feminino, espada por equipes masculino, espada por equipes feminino, florete por equipes masculino e florete por equipes feminino. Entre atletas individuais e de competições por equipe, o Brasil tem oito vagas garantidas no geral. Há um limite de oito homens e oito mulheres por país, sendo que, nas competições por equipe cada país pode ter só um time e, nas individuais, dois atletas.

Nas disputas por equipes, são oito times em cada uma. Os quatro primeiros colocados no Ranking Mundial de cada categoria se classificam. Caso estejam entre as posições 5 e 16, os melhores de cada Confederação (América, Europa, África e Ásia/Oceania) também passam. Caso alguma delas não tenha representantes nessa faixa, o melhor não-classificado, independentemente da zona, vem pro Rio.

A FIE usa dois critérios distintos para as seis categorias individuais. Um deles é válido para quatro categorias – espada e florete masculino e espada e sabre feminino. Nas três categorias que estão presentes nas competições coletivas (a exceção é o sabre feminino) os 24 competidores também disputam as provas individuais em suas respectivas categorias e outras 11 vagas são distribuídas: duas para os primeiros de cada zona, com exceção da africana, que tem só uma vaga (e excluindo os países já classificados no coletivo) e uma para os segundos. No sabre feminino, apenas essas 11 vagas são concedidas, já que não existe prova por equipes. Por fim, no sabre masculino e no florete feminino, são 32 competidores. Os 14 melhores do ranking, um de cada um dos dois melhores países por zona e mais dez por intermédio de seletivas continentais: quatro na Europa, três na América, dois na Ásia/Oceania e um na África. Sempre deve ser respeitado o limite de dois atletas por país e, no caso dos países que não tenham atletas entre os 14 melhores, esse limite é de um por país. Um homem e uma mulher serão convidados.

Leonardo Dahi, Pedro Migão e Rafael Rafic

Imagens: Brasil2016.gov, Getty Imagens e Arquivo Ouro de Tolo