Admita meu caro, que esse é o sonho máximo de manchete do morador do Sudeste ao abrir seu jornal, seu site ou o que gosta de consultar. Especialmente ao paulistano, farto dos desgovernos tucanos, péssima gestão da Sabesp e os reservatórios no fim. A chuva anda amainando a situação, mas a direção da empresa já diz que as águas de março não serão suficientes.
O povo brasileiro tem sido agraciado desde o período eleitoral com uma série de notícias que vão fazendo esvair sua confiança e crença. A extensa lista de novas medidas, somadas a uma falta de sensibilidade e a estagnação econômica que vivemos no momento, estão fazendo com que a paciência do brasileiro em geral esteja se esgotando.
Durante dois anos, o governo brasileiro adiou aquilo que todos sabiam. Medidas de ajuste que, implantadas, permitiriam um crescimento mínimo sem grandes alardes no bolso do povão. Mas, nesse período, teríamos grandes eventos no país. Nosso combalido caixa federal, parecendo uma cachoeira a irrigar as obras faraônicas da Copa e o período pré-eleitoral na sequência.
O baixíssimo nível da campanha presidencial somado ao claudicante momento monetário da maioria produz nesse momento uma massa revoltosa que tem sua razão (às vezes exagera, confunde, explode por nada) e está prestes a eclodir.
A presidente da República tem obrigação, nesse momento, de por panos quentes. Mas parece mais interessada em governar com o retrovisor mirado nos anos 90, quando seu partido político era o estilingue. Nesse momento temos estradas paralisadas por caminhoneiros e uma inacreditável entrevista essa semana ela diz que nada subiu e não vê motivos para manifestações.
Ora, Dona Dilma, 53 milhões de pessoas a elegeram de forma legítima e democrática e respeitando as regras, devem até lutar para que a senhora fique no cargo até seu último dia. Mas não queira que, às portas dos palácios as pessoas vibrem quando o avião presidencial decolar de Brasília no ano novo de 2019 para ouvirmos rojões de alegria. A quantidade de más noticias recentes leva a todos, crêr que o cenário será esse.
Aposentadorias sendo mexidas, direitos trabalhistas manobrados, juiz andando com carrão que vai a leilão, muito mais dinheiro para o gabinete dos nobres deputados, enchente por chuva de cinco minutos, mamata nas passagens aéreas do Congresso, procuradoria geral se metendo em prisão. Já vimos revoltados quebrando ônibus, metros e escolas. São vândalos? Sei lá…
Esse juizinho do Porsche não deveria amanhecer preso ao lado do presidente do tribunal e pagar todos os pecados da injustiça desse país? 
A Petrobras sangra dia a dia e o joguete político varia a bel prazer. Ou o roubo começou entre 1500 e 1996 ou a oposição retira as assinaturas da CPI, afinal a operação da polícia vai resolver tudo.
O copo encheu. Uma boa parte do povo quer que transborde. Numa mistura de civismo e revolta podemos viver uma situação nervosa. E saiba. Quando escolherem a maneira de apaziguar, analise as medidas, porque serão terríveis. A marolinha e o escorregão vão quebrar muita gente.
Tristeza…