A coluna Jogo Misto traz hoje uma das grandes porta bandeiras do carnaval: Selminha Sorriso. Iniciou no Império Serrano, foi campeã pela Estácio de Sá, mas foi na Beija Flor que se imortalizou como uma das maiores de nossa história.

Selminha é nossa convidada de hoje, em entrevista realizada pelo colunista Emerson Braz com a colaboração da equipe de editores e colunistas do Ouro de Tolo.

Ouro de Tolo: Você é casada com o vice-presidente da Portela, Marcos Falcon. Como é conciliar a presença em duas coirmãs?

SS: É… ele é o meu “namorido” (risos), ainda não casamos, somos namorados há alguns anos, e assim, eu pretendo me casar com ele sim. Porque é o homem que eu amo, que eu respeito, que eu quero bem. E às vezes, é um pouco complicado, né? (risos).

alexandre_louzada,_selminha_sorriso_e_marcos_falcon_(2)_620Chega a ser engraçado. Lá em casa é tudo azul e branco, tem beija-flor, tem águia, tem chapéu da Beija-Flor, tem chapéu da Portela (risos), tem adesivo da Beija-Flor, tem adesivo da Portela…

Mas o mais legal de tudo é que a gente torce um pelo outro, respeitando as escolas que estamos e coincidentemente a Portela é madrinha da Beija-Flor e todos nos damos muito bem. Agregamos valores e o resultado final na avenida é Deus quem vai escolher, porque as duas irão fazer um grande desfile, disso eu não tenho a menor dúvida.

2) O deslocamento do casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira para a frente da escola prejudicou a qualidade técnica pela distância da bateria?

SS: De jeito nenhum! Eu continuo mantendo a minha vontade de permanecer à frente da escola, no momento em que descobrimos, em 2002, que foi nosso primeiro ano, uma ideia inovadora do nosso mestre, do nosso gênio Laíla. Melhorou muito pra nós a tranquilidade de não correr riscos; riscos esses que poderiam ser pequenos choques com a rainha da bateria, um pequeno encontro da bateria com o casal, o assédio das câmeras e fotógrafos com as rainhas de bateria, no nosso caso, é a nossa querida Raíssa de Oliveira.

Algumas escolas sofrem um pouco mais: alguns casais quando vinham à frente da bateria com rainhas artistas (não só do samba, porque todos nós somos artistas do samba), mas artistas da televisão, do teatro… esse assédio é muito pior.

Porque esse choque, essa colisão (risos), digamos… esse encontro de câmeras, de fotógrafos entre rainhas de bateria famosas… famosas o ano inteiro era muito maior. Mas acho que a tranquilidade de vir à frente, você também ajuda a escola que é o mais importante, você ter um pensamento de equipe, pensar no coletivo. Eu não posso pensar só em mim e no meu quesito, nós temos que pensar no quesito Mestre-Sala e Porta-Bandeira e pensar nos demais quesitos que formarão o contexto final de todo o desfile.

editoraverso_selminha9995aEntão, eu acho que vir à frente da escola pra mim é mais importante e muito mais tranquilo e que eu espero poder continuar. Alguns casais hoje pensam em voltar para a frente da bateria, tem que ser respeitado, cada um sabe o que é melhor pra si. Mas a minha palavra e a do Claudinho, a nossa vontade e o nosso desejo é de permanecer à frente da escola.

3)Até que ponto as Comissões de Frente, pelo tamanho dos seus carros alegóricos/tripés, atrapalham o trabalho da Porta-Bandeira e do Mestre-Sala plantados logo atrás do “paredão”?

SS – É… (risos)… Não é o melhor não… (risos)…

É muito legal vir ali com a Comissão de Frente, fazendo a integração, mas quando o elemento cenográfico é muito grande, não digo que atrapalhe, mas a gente prefere que seja menor (risos).

Acho que quando é menor, é melhor pra todos nós… o deslocamento é mais fácil, é mais rápido, é mais tranquilo. Mas aí já não cabe a mim. Cabe a mim é dançar com o Claudinho, e aí eu não posso entrar nessa seara porque eu não sou coreógrafa de Comissão de Frente e nem Diretora de Carnaval, não sou Presidente e não decido (risos). Opino, claro!

A Beija-Flor tem uma excelente característica que é nos deixar opinar. Não tem ditadura, tudo lá é conversado e negociado, quando todos se sentem satisfeitos aí realmente o trabalho começa. Eu prefiro que seja menor o elemento cenográfico das Comissões de Frente.

4) Para você, qual seria a forma de julgamento mais justa para o quesito: a atual, em que apenas se julga a apresentação na cabine ou uma que a apresentação seja desnecessária mas o julgador possa julgar por todo trecho do seu campo de visão?

SS: Eu quero que me julguem o tempo todo (risos)! Do começo ao fim, pode julgar! A gente está ali para isso. Nós fazemos o que amamos. Todos os casais se preparam todos os anos, o ano inteiro para o desfile.

Já foi tempo, até estava conversando com o nosso mestre, o Laíla, que antes não tinha esse profissionalismo, as pessoas não se preparavam tanto, era um pouco mais amador, brincavam mais. Então, a gente brinca até o ensaio técnico, que é um ensaio sério também. Já foi o tempo em que ensaio técnico era apenas uma grande brincadeira, hoje é tão cobrado como se fosse o desfile (risos), é tão sério quanto.

A gente estava falando sobre isso, que todo o carnaval ficou mais sério, mais competitivo, tem muito mais investimento, mais cobrança, visibilidade. Então todo mundo começou a levar mais a sério. As pessoas não bebem, treinam como se fossem atletas de alta performance, se preparam pro dia com muita seriedade. Todos ficaram competentes, porque se preparam.

Quem não se preparou, quem não levou a sério, o vento levou. E é isso, podemos ser julgados o tempo todo. Mas acho que o principal é na cabine do julgador, sim. Mas enquanto ele estiver tendo visão eu acho que ele tem o direito de avaliar, mas acho que o principal mesmo é na frente dele.

5) Qual o desfile mais tenso que já passou?

SS: Foi o desfile onde eu tive que entrar na avenida sabendo que minha mãe teve um aneurisma e estava em estado de coma (2005, Beija-Flor tricampeã) e que queria muito que o carnaval passasse, coisa que nunca aconteceu, pra que eu pudesse cuidar da minha mãe.

Esse foi o desfile mais tenso, mais difícil, ao mesmo tempo eu consegui, por amor à arte, por respeito à minha escola, por respeito ao meu amor pela minha mãe. E a toda história minha e do Claudinho e de todo o carnaval que a Beija-Flor preparou para ganhar. A cada um que torceu, a cada um que estava ali desfilando, a cada um que trabalhou… naquele momento eu consegui entrar na avenida e quase arrancar todas as notas máximas, naquele ano nós perdemos um décimo, mas ganhamos o Estandarte de Ouro de melhor casal.

321_3125-claudinho2E tudo fica como experiência, a gente vai ficando mais sensível, porque vai vendo que as coisas vão acontecendo, que o mundo já não é um conto de fadas, e assim o mundo atual está cobrando da gente mais em tudo. Mais cuidado com a saúde, mais cuidado com a segurança, é preciso estudar mais, é preciso estar melhor em tudo. Em todos os segmentos, a vida tem cobrado mais da gente, o universo tem cobrado mais. Que nós sejamos pessoas melhores, para que possamos construir um mundo melhor, já que um período da vida do ser humano ele só destruiu , então tá na hora de reconstruir. Foi um desfile bem difícil e… acho que eu tô bem mexida…

Até meu grande amigo e irmão Ivson Monteiro de Gusmão que me lembrou que a minha mãe faz, no dia 09 de fevereiro, 10 anos de falecida. Parece que foi ontem, eu não esqueço. É tudo muito estranho, mas a gente tem que procurar viver melhor a cada dia, fazer o melhor, viver melhor. Plantar o bem pra colher o bem, passar pelas dificuldades sem deixar o coração endurecer e viver em paz. Paz interior, principalmente!

6) Em 2007 na hora que o samba de Nilópolis falava em “O mundo deve o perdão…” você e o Claudinho se ajoelhavam. Foi seu momento de maior emoção na avenida?

SS: É, pedindo perdão pro mundo mesmo. Esse mundo que eu falei ainda agora numa das perguntas, esse mundo que a gente não tem cuidado, aonde tem muita gente vaidosa, muita gente que não faz o bem, que deseja o mal, que faz o mal… A esse mundo a gente tem que pedir perdão, por essas pessoas que não encontraram a luz, pra que elas encontrem e procurem fazer o bem, sem olhar a quem. Ter o coração mais leve…

E também o momento que falava de Oxum, né? Eu sou filha de Oxum, amo Oxum… ela é uma mãe realmente muito boa pra mim, nunca me desampara, nunca deixa o mal chegar até mim, sempre me livra dos perigos, dos olhos maus, me livra em todos os sentidos das maldades.

Então, esse momento para mim foi bem importante. A deusa do encanto, Oxum, que é a deusa do amor. E eu me sinto assim: uma pessoa que tem um coração muito bom e quando eu sinto raiva eu fico meio chateada comigo, porque eu não vim ao mundo para fazer mal, para querer o mal, para ter o coração duro. Eu vim aqui pra ter o coração leve, pra tentar ajudar, pra agregar. Quem me conhece um pouquinho sabe que eu sou agregadora, que eu não sou uma pessoa que deseja o mal a ninguém, que faço mal pra ninguém.

beijaflor2007É muito estranho, né? (risos). Falei de novo “é muito estranho”, mas é isso… fazer o bem sempre, gente! A gente colhe o bem! Passamos por dificuldades, mas sempre vencemos. Porque o amor, a luz está sempre mais forte com a gente que tem o coração puro, o coração leve.

7) Em Nilópolis existe uma grande preocupação com a renovação e você comanda uma escolinha de futuras Porta-Bandeiras e Mestres-Salas. Você já sabe quem a substituirá?

SS: Ainda não, porque eu tenha garra bastante, o suficiente pra dançar mais um tempo. Esse tempo quem vai decidir é Deus, porque a gente nunca sabe o dia seguinte, né? Eu posso dançar mais um, posso dançar mais dois, posso dançar mais dez, mais vinte…

Posso ser como a tia Maria Helena, posso ser como a tia Dodô, a rainha Dodô. E posso ser como eu mesma, com a vontade de Deus e dos deuses até quando eu tiver saúde e a escola me quiser, óbvio! (risos). Porque isso também é importante, a vontade da escola.

Mas hoje eu tenho bastante força física, bastante garra, vontade de crescer todos os dias pra continuar fazendo o que eu amo e que eu quero fazer por muitos anos. Então, esqueçam aí porque eu vou dar trabalho por muito tempo (risos), no bom sentido. Eu e o Claudinho estamos cheios de gás pra continuar fazendo o que a gente ama fazer e começamos a sonhar quando éramos crianças e é isso que eu quero fazer e vou fazer durante muito tempo por que é o que eu quero e o que eu espero que Deus permita.

8) O que ocorreu para trocar a Estácio pela Beija-Flor? Foi proposta financeira?

SS:Não! Não mesmo! O que também não acho errado, o carnaval se profissionalizou. Algumas pessoas, a depender da escola em que elas atuem, nem tem condições de trabalhar direito, o que não é o nosso caso aqui na Beija-Flor, graças a Deus. Eu consigo manter a minha jornada de trabalho… uma jornada tripla. Então é tranquilo para a gente trabalhar na Beija-Flor e ter uma jornada de trabalho fora. Claro que quando se aproxima o carnaval fica mais difícil, eu preciso gozar férias e sempre gozo férias agora, perto do carnaval.

Mas o motivo à época foi uma insatisfação com o tempo de entrega da nossa roupa e também confesso que vi o falecido Bicho Novo (lendário mestre-sala da Deixa Falar, que depois virou Estácio de Sá) passar por um constrangimento; aquilo tudo ficou dentro do meu coração e eu fiquei sentida como ser humano e como porta-bandeira.

Eu acho que as histórias precisam ser respeitadas. Os personagens que tanto fizeram pelo carnaval não podem ser desrespeitados, não podem passar despercebidos, só existe o hoje porque teve o ontem. Se estamos colhendo frutos hoje é porque alguém lá atrás plantou as sementes.

Então é muito errado quando eles tratam um senhor ou uma senhora, que algumas pessoas podem até achar que eles não fazem mais tanta diferença, e eu sou muito revoltada com isso, não gosto disso! Não aceito! Isso ficou guardado em mim e juntou essa parte da fantasia que nunca era entregue em tempo hábil. No último ano foi demais o stress e aí, a convite do nosso querido Laíla, que eu tenho como se fosse um pai, nós resolvemos aceitar a proposta de vir pra Beija-Flor e isso já vai fazer 20 anos.

Mestre-sala-e-porta-bandeiraSempre me emociona muito, porque parece que eu nasci aqui. Passei pela Unidos de Lucas, que foi a escola que eu comecei desde criança, me mudei para o Império Serrano e lá começou a minha história. Tive contato com o grande mestre Fuleiro (lendário diretor de Harmonia do Império Serrano), levei bronca pra caramba (risos), vários puxões de orelha. Também o Mário Dentinho… e depois, por uma fatalidade, por um mau planejamento, seja lá como foi que aconteceu o rebaixamento do Império Serrano, eu estava meio desiludida, mas houve a insistência de alguns grandes amigos – muitos já faleceram – as pessoas que me incentivaram e falaram bem de mim para o falecido Acyr (Acyr Pereira Alves, presidente da Estácio de Sá na época da contratação).

Mas uma das pessoas responsáveis pela minha ida ao Estácio foi o Chiquinho do Babado da Folia; ele achava um absurdo eu ter potencial e parar por causa da primeira desilusão (risos) que tinha sido o Império ter sido rebaixado e eu ter tido uma nota muito baixa.

E no ano seguinte eu fui campeã com a Estácio formando par com o Claudinho e a gente tá aí, né? (risos). Tá jogando, treinando, porque só vence realmente quem treina. Você pode ser bom pra caramba, mas se você não treinar… Aquela pessoa, que a princípio nem é tão talentosa, aquele jogador que nem é tão talentoso, mas ele treinou, ele foi ficando melhor… e a gente tem treinado, tem corrido na frente da bola e quando a bola vem a gente já está lá na frente (risos).

Não foi financeiramente não! Mas eu não sou contra ao que acontece hoje no mercado da escola de samba. Não sou contra mesmo! Acho que se profissionalizou, todo mundo tem direito de ser profissional. Apenas quando vestir a camisa, vestir com amor e com garra. Realmente fazer dali a sua própria escola de origem.

9) Qual a emoção de empunhar a bandeira do Salgueiro no filme “Trinta”? Já recebeu algum convite para desfilar pela escola?

SS: (risos) Bom… foi muito emocionante estar vivendo uma outra época. E eu me senti muito feliz porque eu pude desenvolver o que eu tinha estudado, que era o bailado original, digamos, quase intocável da porta-bandeira. Me inspirei na grande rainha que não está mais entre nós, a tia Dodô, da Portela, para tentar me aproximar da dança da época, do personagem.

Foi muito emocionante, com todo respeito que eu tenho a todas as coirmãs: naquele momento eu era salgueirense (risos), eu era porta-bandeira do Salgueiro. Claro que todos os seus familiares, todas as personalidades da escola, que assistiram o filme devem ter relembrado esses grandes momentos inesquecíveis, maravilhosos, emocionantes.

2011-459580471-2011093012876.jpg_20110930Eu tive realmente que honrar a Academia do Samba, a porta-bandeira da época… e ao João Trinta que foi uma pessoa muito especial na minha vida. Não fui porta-bandeira dele na Beija-Flor, mas pude desfilar com ele em vários eventos e fui passista dele, semi-destaque dos shows… Muito especial…

Uma noite muito emocionante, onde o Matheus Nastchergale foi perfeito interpretando o Joãosinho. Na hora que eu o vi no camarim, na maquiagem, fiquei chocada (no bom sentido, claro) ao relembrar do João, até porque eu estive no sepultamento dele lá em São Luís do Maranhão e pude ver como foi um momento histórico. Foi muita emoção e responsabilidade, o Salgueiro é uma grande escola, pela qual eu tenho um imenso respeito a todos e pedi licença e naquele momento, em 1974, eu fui a porta-bandeira.

Quanto a convites para outras escolas, não… não costumo ser assediada não. Até porque eu não me permito: tenho um amor muito grande pela Beija-Flor e se for vontade de Deus e dos deuses quero continuar por lá fazendo o meu trabalho, empunhando a minha bandeira que eu amo tanto. Aquela bandeira linda, cheirosa e maravilhosa… e soberana e fazendo o trabalho lá com o futuro da escola.

Com o trabalho do Departamento Cultural, com os nossos amigos Ivson, Alan, Luciane, André, Drica… toda turma… Poloni, Cobaslky, Prates, Felipe, Wagner… ah, todos! Ah, esqueci de alguém? Esqueci de vários… mas vocês sabem que vocês moram no meu coração e O Grupo O Beija-Flor é muito importante pra escola e eu quero dizer que eu amo vocês… estou aproveitando, nem está na pergunta, mas eu quero dizer que eu amo muito vocês.

Muito obrigada por vocês sentirem meus sentimentos, respirar meu ar, sentir a minha alegria e algumas vezes a minha dor, mas graças a Deus, temos muito mais alegrias na vida. O futuro a Deus pertence, vamos ver o que Deus tá escrevendo, e a gente só sabe nos dias seguintes, quando ele vira a página. Vamos torcer sempre e fazer o bem. Torcer para as nossas páginas serem bem coloridas, bem alegres.

10) No desfile de 2013 o casal foi escondido pelo carro da Comissão de Frente, enorme. Houve desconforto?

SS:Um pouco. Mas a vantagem de você estar bem ensaiado, bem harmonizado, bem integrado com o seu mestre-sala e também com a sua direção da escola, sabendo o que vai acontecer, é importante demais. Nós acabamos tendo que dançar mais que o dobro do combinado, do planejado entre nós, a Comissão de Frente, a Direção de Carnaval e Harmonia.

beijaflor_edit02-7Nós tivemos duas vezes e meia mais de tempo em cada julgador, mas a vantagem de estarmos bem ensaiados e bem preparados nos proporcionou muita tranquilidade, e que se não fosse isso seria muito difícil. Outro ponto pra destacar nessa pergunta é a maturidade, pode falar quem quiser, mas a maturidade conta muito nos momentos de desafio, nos momentos difíceis. Você ser maduro na vida e profissionalmente, nos obstáculos que podem surgir, é importante demais.

Tanto em 2012 como em 2013 nós tivemos obstáculo de tempo e de entrada. Conseguimos superar graças a um monte de coisas… a tranquilidade que a escola nos dá, o preparo físico, o preparo de ensaio, a nossa integração, a certeza de que nós poderíamos ajudar a escola a ganhar o carnaval ou uma grande colocação.

Mas não foi fácil não aquela hora ali, quando nós percebemos que o carro não andava no momento em que tínhamos que entrar, nós tivemos que usar o plano B, C, D, E… (risos) e ir embora e lembrar que naquela hora ali não existem problemas. Ali é pra existir soluções e sonhos e assim fizemos.

11) No desfile de 2014, houve a interação. Como funcionou?

SS: Muito ensaio, muita dedicação, determinação… era um sonho que poderia dar certo. Deu porque aconteceu, alguns jurados não entenderam, mas valeu a tentativa.

12) Muitas pessoas acusam a Beija-Flor de usar seu poderio econômico para tirar profissionais de outras escolas. Isso realmente procede?

SS: Não! Desconheço! Desconheço mesmo! A escola tem uma equipe formada há muito tempo por ela. Tanto os de visibilidade, como todos os artistas de lá, os artistas anônimos que só as obras aparecem, são pessoas de muito tempo lá na escola. Eu não sei disso. Desconheço realmente.

O Ouro de Tolo agradece a entrevista e deseja sucesso à grande Selminha Sorriso.

Imagens: SRZD, Extra e O Globo