Ah, Brasília… A cidade planejada. Bem, particularmente costumo chamá-la de “planejada”. Com algum tempo de vivência, fica fácil perceber os erros de planejamento trafegando pelas quadras das Asas Norte e Sul. Ok, vamos parando por aqui, uma vez que o propósito do texto é enaltecer a capital, não o contrário. Sim, para quem não lembra ou perdeu essa aula quando criança, Brasília foi concebida em formato de avião. Por isso temos áreas com nomes de Asa Norte e Asa Sul. Captou?
Como afirmei categoricamente, Brasília foi planejada. Não para 2 milhões de pessoas, mas aí já é outra história. Por ironias da vida, essa época de Copa do Mundo é o período menos agradável para se visitar o centro político brasileiro. Famosa por suas áreas verdes, o clima da terra dos brasilienses e candangos é o famigerado (?) tropical de altitude. Ops, travou aí, amigão? Acalme-se, sorria. Agora, acompanhe.
Em outras palavras, quis dizer que temos um verão muito úmido e chuvoso, ao passo que recebemos um inverno seco e relativamente frio. Anualmente a temperatura média bate na casa de 21ºC, às vezes chegando aos 30ºC em setembro e por volta dos 12ºC nas madrugadas de julho. As chuvas dificilmente duram o dia inteiro e costumam se concentrar no período vespertino, mas são mais frequentes entre novembro e janeiro. A temperatura nunca foi um problema por essas bandas.
O grande dilema aqui é a variação “mais louca que o padre do balão” (citação óbvia e necessária a Rômulo Mendonça, o mito da ESPN Brasil) da umidade relativa do ar. Ela fica em 70% por aqui, mas no inverno – diga-se, o período em que você, turista, está vindo para cá, o da Copa – ela pode chegar a 13%. Excuse me… É isso, baby. Então, venha preparado, especialmente se você estiver vindo de locais de umidade bem elevada, como Rio de Janeiro e Fortaleza, por exemplo. Do nada no meio a esse texto me veio uma imagem de um banguense tentando se adaptar à secura de Brasília.
Percebeu? Brasília merece um livro só para discorrermos sobre suas variações climáticas. Tanto é que o último parágrafo não foi suficiente para elucidar a questão, e ainda não acabei. Reafirmo, venha preparado. O que isso quer dizer: traga garrafa d’água (se não for suficiente, pode vir com um GALÃO DA MASSA), chapéu Panamá ou boné do New York Yankees (preferencialmente, por questões estéticas e de bons costumes, mas pode ser qualquer boné também), protetor solar e óculos escuros, pois o céu daqui é o céu dos Simpsons. Olhe para cima, você vai gostar. Também é muito mais claro do que em outros locais, um risco à pele. Vale a pena estar protegido. Caso tenha a insuficiência de vitamina D como eu, caia no sol que é sucesso. Ih, mas não tem praia. Não tem problema (Ou tem?). Costuma-se dizer por essas ruas que em um dia você vivencia as quatro estações do ano. Se tiver essa sorte, certamente será uma experiência inesquecível.
Aeroporto
Com uma população de quase 2 milhões e 800 mil habitantes para uma área de aproximadamente 5.802 km², o projeto da cidade a divide em blocos numerados, além de setores temáticos para atividades pré-determinadas. Acredite, é setor para tudo quanto é lado. Setor Bancário, de Embaixadas, Hospitalar, de Rádio e TV, Comercial, Hoteleiro, Oficinas, Indústria e Abastecimento, Indústrias Gráficas, de Mansões, de Diversões (opa, aqui o famoso Conic, o lugar mais underground em meio a todo esse cenário político. Wow.), etc. Existem mais setores, mas minha cabeça não vai lembrar tudo. Esses exemplos são suficientes.
O aeroporto. Ai, o aeroporto. Tinha tanto para elogiar as novas obras inauguradas no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek (juro que escrevi sem Google), mas depois do recente alagamento na área de desembarque doméstico a nove dias da abertura do Mundial fica difícil tecer elogios. Mas vou tentar ainda assim. Afinal, sou resiliente. O aeroporto JK sempre foi um pulgueiro, que lembrava mais a Rodoviária Novo Rio do que propriamente um aeroporto. Ok, ainda assim, estava longe de ser um dos piores aeroportos do país – aí você consegue ter uma noção de como o Brasil era uma referência em transporte aéreo.
Além do que, a acessibilidade era extremamente complicada. Para acessar o aeroporto – localizado oficialmente no Lago Sul (região nobre da cidade), digo oficialmente porque ninguém aqui diz que ele está no Lago, e sim na Asa Sul – os motoristas que vinham do Eixão Sul ficavam travados por longos minutos em um balão (rotatória ou qualquer sinônimo que seja utilizado no Brasil) que dava acesso ao aeroporto e outros destinos da cidade, como os já citados Lago Sul e Asa Sul, além da via EPGU que dá acesso as cidades-satélites do Guará, Núcleo Bandeirante e Candangolândia. Resultado: um trânsito daqueles, dia após dia. Pessoas chegando de todos os cantos de Brasília e se cruzando naquele balão. Uma obra ridícula de fácil de efetuar. Tanto é que bastou a Copa do Mundo chegar que deram fim (GRAÇAS!) ao falecido Balão do Aeroporto. Agora quem deseja ir ao JK passa apenas por um túnel, sem maiores estresses. E depois dizem que a Copa não deixa legados. Conta outra, vai. Calma que não acabou.
Além disso, o aeroporto JK inaugurou um novo terminal – de primeiro mundo, aliás, que me lembrou bastante um dos 432 milhões de terminais oferecidos pelo Aeroporto Internacional Hartsville-Jackson, em Atlanta, Georgia. Após 17 meses de obras, a área total passou do terminal passou de 60 mil para 110 mil m². Para quem possui mobilidade reduzida, seis jogos de esteiras rolantes estão operando normalmente. As janelas são bem amplas, conferindo proteção à questão solar. As pontes de embarque – os famosos fingers – subiram de 13 para 29. Novos banheiros foram inaugurados, além da reforma dos antigos, além um espaço bem amplo nos corredores. Nos pontos comerciais, o aumento foi de 30 para 80. Balcões de check-in, de 71 para 95. Posições remotas, 27 para 41. As taxiways e pistas de pouso e decolagem agora ocupam 300 mil m².
E sim, finalmente agora o JK tem sala VIP! Considero um essencial em qualquer grande aeroporto para servir os viajantes frequentes. Nada pior que aguardar longas conexões nos desconfortáveis e insalubres saguões. Com as reformas, o JK espera receber anualmente cerca de 25 milhões de passageiros, contra os 16 de antes. O estacionamento, uma das maiores deficiências, e a área dos taxistas também foram ampliados. Rá, mas a Inframerica foi incapaz de consertar as goteiras. Viu no que deu?
Centro de Brasília – Estádio, Hotéis, Monumentos, Táxis
O aeroporto JK (de novo?) está localizado a 11 km da área central de Brasília. Conselho do amigo: BSB não foi pensada para transporte público, e sim para cada um fazer seus trajetos com os devidos veículos. Ainda assim, há transportes (deficientes, é verdade). Sim, e se você vem de Rio ou São Paulo, que o transporte público é insuficiente (sei bem disso), pode se preparar. Aqui o buraco é bem pior.
Vamos lá: se você está vindo para cá como o Pedro Migão – isto é, vindo para um ‘bate e volta’ entre Aeroporto-Estádio-Aeroporto, a corrida de táxi ficará por volta de R$43 na bandeira 1 e R$ 52 na 2. 16 km separam o aeroporto do Estádio Nacional Mané Garrincha. Hey, isso não é ida e volta, ok? Multiplique por dois e terá o seu valor final.
Do aeroporto também saem ônibus comuns da cidade que levam até a Rodoviária do Plano Piloto, que fica a 2 km do Estádio Nacional. Atenção: o Eixo Monumental (onde está a Rodoviária e o Estádio) estará fechado no dia dos jogos, porém, os ônibus terão acesso. Explico o trânsito especial mais abaixo. Chegando à Rodoviária, você pode fazer a agradável caminhada rumo ao estádio. Acredite, não há como se perder. É uma reta apenas. A linha que faz esse trajeto é a 102. Mais informações podem encontradas no site da DF Trans (www.dftrans.df.gov.br). Utilizando o metrô (mapa aqui: http://www2.transportes.gov.br/bit/03-ferro/3-princ-ferro/2-Emp-Ferro-Urb/metrodf/Imagens/metrodf.jpg), a estação mais próxima do Estádio é a Estação Central, que fica na mesma rodoviária citada acima. Como a maioria dos turistas se concentrará nos setores hoteleiros, o metrô provavelmente não será utilizado, uma vez que a caminhada dos hotéis ao estádio é uma solução mais rápida.
Quanto à alimentação nos arredores do estádio, a única coisa (sim, coisa!) próxima é um… (adivinhe…) (DUDUPÁ…) McDonald’s. Sim, a famosa cilada de turista. Ele fica apenas a 800 metros do Mané Garrincha e em dias de jogos fica lotado por ser a única (e porca) opção de alimentação.
Atrações
O turismo em Brasília é bem óbvio, como o de qualquer outra capital em que a sede do poder político da nação está concentrada. Como a maioria dos monumentos está reunida no Eixo Monumental – aproveite o fato dele estar fechado – e vá conhecer o/a:
– Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida
– Catedral Rainha da Paz
– Centro de Convenções Ulisses Guimarães, onde está o Fifa Ticketing Center
– Esplanada dos Ministérios
– Ginásio Nilson Nelson
– Memorial dos Povos Indígenas
– Memorial Juscelino Kubitschek
– Museu da Cidade de Brasília
– Museu Nacional de Brasília
– Palácio de Justiça de Brasília. Detalhe: visitas internas são proibidas.
– Palácio do Buriti. Detalhe: visitas internas são proibidas.
– Palácio do Itamaraty
– Panteão da Pátria Tancredo Neves
– Parque da Cidade Sarah Kubitschek, maior parque urbano do mundo.
– Planetário de Brasília
– Praça do Buriti
– Praça do Cruzeiro
– Praça dos Três Poderes – que engloba o Palácio do Planalto (Executivo), o Congresso Nacional (Legislativo) e o Supremo Tribunal Federal (Judiciário).
– Quartel General do Exército
– Setor de Diversões Sul, o Conic. Atenção: vá apenas se você for bastante apreciador da cultura underground. Se você for do Rio, imagine uma Lapa sem vidro elétrico – ou seja, sem a boemia, sem a malandragem – mas com todas aquelas figuras folclóricas que circulam por lá durante a noite. Mas em geral, não é um lugar apropriado para o turista comum. Tanto que nem aparece nos guias de turismo por aqui.
– Shopping Conjunto Nacional, o mais antigo shopping da cidade.
– Teatro Nacional Claudio Santoro
– Torre de TV de Brasília
Horários, valores e dias de funcionamentos desses e outros destinos podem ser consultados em: (http://www.soubrasilia.com/brasilia/pontos-turisticos/)
Isso só no Eixo Monumental. Fora dele, há locais paradisíacos também. O Pontão do Lago Sul é certamente um dos locais mais procurados e visitados. É considerado o maior centro de entretenimento da cidade. Situado às margens do Lago Paranoá, fica logo ao lado da Ponte Costa e Silva. É fácil de chegar. Vindo da Asa Sul, basta atravessar a ponte e assim que terminar de cruzá-la o Pontão estará a sua esquerda. Faça o retorno e adentre-o. É um espaço onírico. Há várias opções gastronômicas e lojas. O Restaurante Soho, o Quiosque da Nestlé, o Mormaii Surf Bar e a Cervejaria Devassa são opções bem procuradas lá dentro. Existem outras também. Arriscaria-me a dizer para um turista chegando a Brasília pela primeira vez que o Pontão do Lago Sul é um local indispensável.
Para quem admira ou tem curiosidade pela vegetação de cerrado, uma visita ao Jardim Botânico de Brasília é aconselhável. Fundado em 1985, o espaço oferece imensa variedade de plantas nativas e não-nativas do cerrado, todas devidamente identificadas. Há também diferentes espécies de animais e trilhas ecológicas que podem ser feitas pelos visitantes. Amantes da natureza irão se sentir em casa por aqui. Entre os monumentos, a Torre de TV Digital e a Ponte Juscelino Kubitschek – que o Governo do Distrito Federal (GDF) brada como a mais linda do mundo devido ao recebimento da Medalha Gustav Lindenthal em 2003 – têm sido bastante visitadas.
Alerta: Já disse no começo do texto, reitero aqui. Brasília é uma cidade deficiente de transporte público. Inclusive táxis. Nessa semana mesmo, um australiano que está aqui para ver a Copa do Mundo esperou cerca de uma hora por um táxi no Palácio da Alvorada após concluir a visita. Saiu nos jornais locais e tudo mais. Ao contrário do Rio, por exemplo, táxi aqui não fica circulando para lá e para cá. O turista teve dificuldade de solicitar o táxi, pois a atendente da companhia não falava inglês. Um repórter da TV Globo teve que ajudá-lo a fazer o pedido pelo telefone, e após ter sido perguntada sobre o tempo de espera, a funcionária não tinha previsão de transporte. Após essa longa hora, o turista desistiu do táxi e retornou ao hotel de carona com outros visitantes do local. Quando digo que aqui transporte público é tenso…
Acredite, meu amigo. Rio e São Paulo – que conheço bem – mesmo com seus problemas parecem o paraíso da mobilidade urbana quando comparados com a nossa realidade. Para se ter noção, o DF possui hoje 3.400 táxis, segundo o GDF. Aqui, a proporção é de um táxi para 700 habitantes. No Rio, por exemplo, a frota é de um táxi pra 150 moradores. Sentiu a vibe?
Quanto às opções de bares, o Beirute possivelmente é o mais tradicional de Brasília. Isso não implica que ele necessariamente seja o melhor, mas é o mais indicado para aproveitar a experiência brasiliense, digamos assim. Existem duas unidades, uma na quadra 107 da Asa Norte e a outra na 109 da Asa Sul. Há também outras opções conhecidas, como o Bar Calaf especializado em cozinha espanhola e uma programação musical agitada. O Calaf tem fama de ser o melhor estabelecimento para dançar, paquerar e apreciar música ao vivo. Veja bem, não sou frequentador de bares, portanto, meu conhecimento todo é teórico. Na prática não posso indicar nada.
O Boteco 406 Sul, da mesma rede daquele que você encontra na Avenida Beira-Mar, em Fortaleza, faz um sucesso tremendo em Brasília. Agora sim, esse eu conheço e posso recomendar. Além do ótimo serviço repleto de petiscos e as famosas coxinhas de camarão, palmito e frango, a decoração atrai atenção, com paredes decoradas de azulejos brancos e azuis, como os finados botequins cariocas. Mais opções de bares: (http://www.soubrasilia.com/brasilia/bares-brasilia/)
A Copa
Na capital federal, oficialmente a Copa do Mundo começa no dia 15, com o duelo entre os suíços e equatorianos. É… No Equador é mais forte (oops), mas a Suíça é mais precisa. Clichê. Enfim, esse jogo não tem tanto apelo. Os grandes atrativos mesmo são as passagens da Seleção Brasileira por aqui no dia 23 (duelo contra Camarões) e do melhor jogador do mundo na atividade. Sim, Cristiano Ronaldo e o escrete português estarão aqui no dia 26, batalhando contra Gana (eu vou, desculpa aí). Só por essas duas passagens, Brasília já está abençoada. Afinal, não são todas as cidades que receberão a anfitriã e o grande astro do esporte simultaneamente. É muita sorte. A FIFA Fan Fest será realizada no Taguaparque, em Taguatinga, cidade satélite a 21 km do Estádio Nacional. Entre as atrações já confirmadas, teremos Banda Calypso, CPM 22, Cristiano Araújo (QUEM???), Daniel, Daniela Mercury, Ellen Oléria, Fresno, Fundo de Quintal, Gusttavo Lima, A̶g̶o̶n̶i̶a̶ Harmonia do Samba, Leo Jaime, Margareth Menezes, Maria Cecília & Rodolfo (QUEM???), Naldo, entre outros. Impressionante, tanta gente e nada que preste. Só o Leo Jaime, o mito (Você vai de carro pra escola, e eu só vou pé…). Ao todo serão 49 atrações.
Aproveite Brasília, aqui não é só o lugar em que você vê Paulo Octávio indo em cana (estamos sem manchetes). Há uma atmosfera incrível na capital da esperança. Então venha para cá e seja “candango, calango e B̶e̶i̶j̶a̶-̶F̶l̶o̶r̶”. Explore-a, você irá curtir (comentar e compartilhar também). Obrigado ao Pedro Migão e o Rafael Rafic pelo convite e fica aqui o agradecimento pela oportunidade de escrever sobre a cidade que me adotou – afinal, não sou daqui – para o Ouro de Tolo.
Atenção, daqui para baixo não há a necessidade de ler. Só leia se for assistir algum dos jogos aqui. Abaixo está o resumo do esquema de trânsito para os dias de jogos da Copa na cidade.
Brasília em dias de jogos
É o seguinte, moçada. O Detran/DF já anunciou tudo. Nos sete dias dias de jogos na capital, em algumas vias o tráfego será fechado seis horas antes do pontapé inicial das partidas e reaberto três horas após a conclusão delas. Já adianto: tenha o Google Mapas aberto para acompanhar. Brasília é um verdadeiro jogo de batalha naval. Ô lugarzinho para ter letras e números combinados. Abra agora, não reclame depois.
Para os jogos iniciados às 13h, as vias serão interditadas às 7h e voltarão ao fluxo normal a partir das 18h. No caso das partidas às 17h, as vias estarão interditadas entre 11h e 22h.
Aposto que o leitor está se perguntando que vias são essas. Acalme-se, amigo. Não deixo nada em branco. Abriu o Mapas? Última chance. Como na Copa das Confederações, a N1 do Eixo Monumental será interditada e desviada para o Eixo Rodoviário Norte – o popular Eixão Norte – a partir da Rodoviária do Plano Piloto. A via – próxima ao estádio – funcionará como “Fan Walk”, espaço estabelecido pela Fifa para o tráfego de pedestres.
As ligações entre a N1 e S1 estarão fechadas. A via S1 funcionará apenas com faixas reduzidas, uma vez que as duas pistas à esquerda serão exclusivas para os ônibus deixarem os torcedores nas proximidades do estádio. Além disso, a N2 terá acesso restrito desde o balão da W5/W4 Norte até a via Contorno do Estádio Nacional, assim como a S2 (a via do amor… Brincadeira) será bloqueada no trecho que liga a S1 a W5, por motivos de fluxo de pedestres.
Nos dias 15 e 19 – domingo e o feriado de Corpus Christi – o “Eixão do Lazer” funcionará apenas na parte norte. O Detran prevê que a parte sul terá um intenso fluxo de carros em razão das partidas do mundial.
E obviamente, esse mesmo Detran recomendou que os motoristas deem preferência aos maravilhosos (ironic) transporte público e táxis, com pontos de embarque e desembarque no estacionamento do Brasil 21, em frente ao estádio. Paraciclos foram instalados ao lado do Planetário para aqueles que preferirem usar bicicletas. Ou seja, é Brasília ficando cada vez mais holandesa. “Wilhelmus van Nassouwe ben ik, van Duitsen bloed” já é um lema popular em Brasília (WHAT?)
Sobre a recomendação do Detran, a população brasiliense dirá sim. “Sim, vou pegar meu belo carrinho e assistir o meu joguinho”. Para isso, os estacionamentos a serem utilizados pelos torcedores serão os do Parque da Cidade, que possui 10 mil vagas ao longo de sua extensão. Ônibus gratuitos para torcedores com ingressos comprados também estarão disponíveis. Vale lembrar: o Parque da Cidade não poderá ser acessado pela entrada da 901 Sul. Essa via será exclusiva para os ônibus levarem os torcedores que optarem por estacionar no parque. O estacionamento 13 – onde está o quiosque do atleta e a administração do parque – será destinado ao embarque e desembarque de passageiros.
Além do Parque da Cidade, outras opções de estacionamento são: a Plataforma Superior da Rodoviária do Plano Piloto, a Feira Popular, junto à antiga Rodoferroviária, nos Setores Comerciais Sul (SCS) e Norte (SCN) e nos Setores de Rádio e TV Sul (SRTVS) e Norte (SRTVN).
[Leonardo Coelho – 23, carioca de sangue, brasiliense por adoção – é jornalista e atualmente trabalha com pesquisas nas áreas de saúde, dinâmica de sistemas, engenharia de software, método científico e economia aplicada ao mercado financeiro na Universidade de Brasília (UnB). É também aluno do curso de Modelos de Pensamento da Universidade de Michigan e um fissurado pela língua inglesa. É torcedor do America (Hei de torcer, torcer, torcer…) – Ops, melhor deixar quieto – e um desiludido com futebol, porém incentiva a Copa do Mundo no Brasil. É fã do Bruce Springsteen e é um canadian local music junkie, conhece (quase) todas as bandas do Canadá, do Vancouver Nights ao The New Pornographers. Ex-cinéfilo e apreciador da boa leitura, é definitivamente um cara free spirit e até hoje sente falta de Caitlin’s Way. Além do America, é torcedor de New York Yankees (MLB), Dallas Cowboys (NFL), Dallas Mavericks (NBA), Calgary Flames (NHL), Seattle Storm (WNBA), Wisconsin Badgers (NCAA) e Acadêmicos do Salgueiro (Liesa)]