“Lápides petrificadas

Congelados quadrados de ilusão
Onde repousam eternas lutas solidificadas
Onde ecoa silenciosa emoção.
Sonhos, ilusão, pensamentos
Proibidos jeitos de viver em sociedade
Esmagados retos estão os talentos
Moldados em soberana verdade.
Verdade soberana que a todos retifica
Tornando quadrados pensamentos sinuosos
Suprema força que ao sonho clarifica
Bastardos são momentos amorosos.
Preto e branco vence batalha derradeira
Renúncia ao viver em prol de um bem comum
Retrai e interioriza personalidade verdadeira
Amorfa massa sem querer algum.
Sentimento grita retido no peito
Contudo sufoca interna sensação
Querer pessoal é tornado defeito
Rebelião debelada no interno coração.
Amargura no caso estranha não é
Resposta casual reação natural
Vida nossa assim se faz ralé
Bem total dominador sem igual.
A vida cala-se à lápide retorna
Enterrado sete palmos sob pesado concreto
Quente nem frio cama morna
Jamais deixa o pulsante músculo aberto…”