No jogo contra o SESI – SP, o Rexona – SESC não deu chances para o jovem time paulista, vencendo por um placar de 3 sets a 0 (25/21, 25/17 e 25/12). O time vem conseguindo manter a regularidade, permanecendo na liderança da Superliga, com os mesmos 18 pontos do Dentil/ Praia Clube. No entanto, o time de Uberlândia está em segundo lugar devido ao número de sets perdidos.

O time do Rexona fez um bom jogo, com a levantadora Roberta apresentando um bom entrosamento com a ponteira holandesa Anne Buijs e com a central Juciely, que era um dos problemas enfrentados pelo técnico Bernardinho no início dessa temporada.

Além disso, a levantadora surpreendeu em dois lances virando bolas de segunda, fez defesas incríveis e, merecidamente recebeu o prêmio de melhor jogadora das mãos da holandesa, eleita a melhor pelo voto popular.

Destaque também para Juciely, que foi a maior pontuadora do time, com 13 pontos, sendo muito importante no bloqueio e com suas bolas de “China”; e para a líbero Fabi, sempre incansável nos seus peixinhos.

A ponteira Gabi, por sua vez, continuou sendo a bola de segurança do time, e a central Carol continua implacável nos bloqueios. Anne Buijs está ficando cada vez mais a vontade no time e evoluindo a cada dia.

Por outro lado, o time do SESI-SP não apresentou o mesmo voleibol que havia imposto grandes dificuldades contra o Praia Clube, apesar de a oposta Lorenne ter sido a maior pontuadora da partida, com 14 pontos. Entre os destaques do time no jogo, podemos citar a oposta Lorenne (ex- Rexona), a levantadora Giovana (ex- Rio do Sul) e a líbero Laís (ex- Camponesa/Minas).

Após o jogo, realizei uma rápida entrevista com três jogadoras-chave do time do Rexona: Gabi, Fabi e Anne Buijs (vídeo acima). Gabi comentou que o maior protagonismo no time com a saída da Natália está sendo muito importante pra ela, que já está na sua quinta temporada pelo time do Rexona- SESC.

E ela está contando com a ajuda da Anne Buijs, ponteira holandesa recém-contratada para o lugar da Natália, para dividir essa responsabilidade com ela nas viradas de bola. Gabi falou também sobre o grande aprendizado na última temporada, tanto no Rexona, como na seleção brasileira. Ela vem melhorando cada vez mais o passe, mas também outros fundamentos, já que precisa ser uma jogadora mais completa devido à sua baixa estatura no universo do vôlei (ela tem 1,80m), para não dar prejuízo ao time.

Posteriormente, falou que tem ótimas expectativas para o próximo ciclo olímpico, que será de renovação de parte da seleção, com a saída da Fabiana Claudino e da Sheilla. É um processo um pouco complicado no início, mas a atual geração está vindo da base para assumir seu lugar na seleção principal e encarar os novos desafios.

Ela chegou à seleção há quatro anos e espera estar em Tóquio-2020. Por fim, sobre a eliminação do Brasil para a China nas Olimpíadas, a jogadora enfatizou que foi um jogo muito disputado. O jogo foi decidido nos detalhes, com destaque para as substituições da seleção chinesa e para o desempenho fabuloso da jovem Ting Zhu, eleita a melhor jogadora do campeonato e que foi o grande diferencial da equipe nessa partida.

A nossa segunda entrevistada, o grande mito Fabi Alvim, falou que está ajudando no que for possível a jovem líbero Vitória, contratação do time para esta temporada, para que ela evolua pessoalmente e como atleta. E está contando com o trabalho da Vitória para que ela continue ajudando o time nessa Superliga.

Ao ser questionada sobre a sua motivação para continuar jogando no time do Rexona, após 11 anos, a líbero disse que tem um grande amor por esse time e irá encerrar sua carreira no Rio num futuro próximo. Ela vem aproveitando ao máximo cada partida, e também declarou o seu amor ao vôlei e à posição de líbero.

Como comentarista na Rio 2016, ela fez um rápido panorama do vôlei nessas Olimpíadas. O time masculino sagrou-se campeão após uma campanha difícil, de muita superação, enquanto o feminino não conseguiu o resultado que gostaria.

No entanto, o resultado foi muito positivo para o vôlei, pois há 20 anos que o Brasil figura entre as principais seleções. E para ela, foi uma experiência inigualável comentar uma Olimpíada no Brasil e ainda no Rio de Janeiro, cidade em que ela nasceu e vive atualmente.

Por fim, a nossa terceira entrevistada, Anne Buijs, comentou que as principais motivações de ter aceitado jogar no time do Rexona- SESC foram o interesse em aprender com o técnico Bernardinho e a sua vontade de morar no Rio de Janeiro, uma cidade muito bonita. Ela está muito feliz de estar aqui, trabalhando com o Bernardinho e as meninas, e podendo ajudar o time.

Quando questionada sobre a evolução da seleção holandesa no vôlei feminino, ela destacou o excelente trabalho do novo técnico, que conseguiu uma grande evolução do time, extraindo ao máximo das jogadoras. Com isso, a Holanda conseguiu o segundo lugar na Liga Europeia de Vôlei Feminino em 2015 e uma vaga na Rio 2016, após 20 anos sem participação nos jogos.

Sobre o desafio de substituir a ponteira brasileira Natália Zílio no time carioca, Anne falou que é uma tarefa muito difícil, pois é uma excelente jogadora, campeã olímpica, mas que ela vem tentando aos poucos suprir essa ausência. Ela está buscando fazer o seu melhor, se dedicando ao máximo nos treinos e espera que os fãs estejam felizes com o seu trabalho.

Neste jogo contra o SESI-SP, a ponteira ganhou pela segunda vez o prêmio Viva Vôlei, de melhor jogadora em quadra. Ela disse que ficou muito feliz de ter ganhado novamente o prêmio, porém deu o troféu para Roberta, por considerá-la superior em quadra, além de ter jogado somente dois sets.

E contou que o mais importante foi ter ajudado a equipe a ganhar do time paulista, que é um time muito jovem, todavia muito competente.

chapecoense[N.do.E.: este artigo deveria ter subido ontem, mas respeitamos luto em virtude do terrível acidente aéreo que vitimou integrantes da Chapecoense, jornalistas e tripulantes. O Ouro de Tolo expressa sua solidariedade às famílias das vítimas e a torcida da Chapecoense. PM]

Imagens: Ouro de Tolo e BBC

26 Replies to “A chave do sucesso do Rexona: o trio Gabi, Fabi e Anne”

  1. Parabéns, parceira! Grande matéria! Gostei muito! Que seja a segunda de muitas wue virão… Ótima matéria! Grande beijo!

  2. Parabéns minha afilhada pela matéria e o vídeo. Mais uma vez surpreendendo. Gostei muito que venha outras. Bjks

  3. Vanessa, matéria excelente! Realmente o Rexona está atropelando nessa Superliga. Se o Praia e o Osasco não se prepararem bem, perderão de 3 a 0 fácil!

  4. Boa, Vanessa! Sempre comentários técnicos enriquecedores. Acredito que a ponteira holandesa Anne Buijs, recém-contratada do Rexona, vai ser o grande destaque desta temporada. Beijos

  5. As equipes estão cada ano mais fortes, Rexona se continuar na ponta da tabela pode fazer uma final contra o Praia. Seria bom , fugindo do clássico Rio e Osasco como nos outros anos.

  6. Realmente esse foi o melhor jogo da Roberta, espero q seja o início de uma grande temporada. E Fabi é sem comentários né. Grande trabalho Vanessa

  7. adorei a entrevista com as meninas principallmente com a Anne Buijs que eu estava do lado ate minah voz sai no começo de fundo,parabens vanessa

  8. Mto bom, Vanessa!!!
    Bom poder contar com vc, com matérias maravilhosas sobre vôlei…
    Bora mais VÔLEI!!!
    Parabéns!!!

  9. Parabéns pelo texto, gostei muito desse formato de entrevista passando a opinião de cada atleta e também um breve sobre a cada jogadora e sua trajetória.

  10. Parabéns pelo post. Você deve continuar avançando, publicando com tanto carinho novas matérias… Continue prosseguindo para o alvo querida afilhada.

  11. Rexona já virou referência no vôlei feminino brasileiro!
    Mesmo com a maior concorrência é um time enjoado de se bater. Entra favorito em todas as competições praticamente!

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