(por Cleber Caldas, Engenheiro Especialista em Telecomunicações, fanático por esportes e árbitro qualificado de saltos ornamentais)

Uma das grandes preocupações de moradores do Rio e dos que vêm de fora, sejam espectadores, voluntários ou trabalhadores contratados, é a disponibilidade de acesso à Internet nas diversas localidades onde ocorrerão competições e eventos. A ideia é dar um panorama geral do que se planeja para esta área.

Parque Olímpico e pontos principais de competição

Nas arenas, além de locais de trabalho da imprensa e os que abrigarão os membros da família olímpica, a América Móvil, grupo composto pelas empresas Net, Claro e Embratel, oferecerá acesso Wi-Fi para todos, gratuitamente. Os que forem assinantes das empresas do grupo, no entanto, poderão se beneficiar de maior capacidade. Detalhes dessa diferença ainda não foram divulgados.

Nas áreas comuns do Parque Olímpico não haverá cobertura integral de Wi-fi. Porém em pontos específicos, também não divulgados, o acesso será oferecido. Um exemplo é provavelmente o Live Site do Parque Olímpico, que será patrocinado pelo grupo.

Quanto à rede de dados móveis (3G/4G) implantada nesses locais, em princípio o uso será restrito aos assinantes Claro, mas também poderá se estender aos clientes de operadoras que por ventura entrarem em acordo com o grupo, o que ainda está em negociação. Os demais, logicamente, dependerão da infraestrutura disponibilizada pela sua própria operadora.

É de se imaginar que no Parque Olímpico da Barra, por exemplo, dadas as suas dimensões, operadoras que não entrarem em acordo com a América Móvil poderão ter dificuldades em oferecer um serviço de grande qualidade e robustez aos seus clientes.

20160612_091738Busca por falha zero

O “corredor principal de dados” de fibra óptica, conhecido tecnicamente como “backbone da rede”, terá redundância tripla, de forma que o risco de pane tenda a zero durante o período dos Jogos. A instalação ficou a cargo da Embratel, que será responsável pelo tráfego de vídeo, áudio e todo tipo de dados, inclusive de resultados e cronometragem dos eventos.

Seus dois novos “datacenters”, que hoje hospedam exclusivamente sites e sistemas das Olimpíadas, como o de venda de ingressos, serão posteriormente destinados para uso dos seus clientes, principalmente corporativos.

Cerca de 3.000 pessoas, sendo 500 delas voluntárias, trabalharão na manutenção da infraestrutura de telecomunicações dos Jogos.

Outras áreas do Rio

Fora das arenas e do Parque Olímpico, a responsável pelo oferecimento de link Wi-fi é a Linktel. Haverá disponibilidade em Copacabana e outras áreas públicas ao longo da orla do Rio de Janeiro, além de 23 estações nas linhas 1 e 2 do metrô, aeroportos do Galeão e Santos Dumont e vários centros comerciais. Outros pontos de acesso se espalharão ainda pela Rodovia BR 040, no trecho que liga Xerém à Avenida Brasil, em Duque de Caxias.

Além de contrato firmado com o Flamengo, para oferecer Wi-fi aos atletas americanos e britânicos que usarão suas instalações para treinamento, também há acordos assinados com Trustive, Boingo, British Telecom e AT&T, entre outras operadoras estrangeiras, para que seus clientes tenham serviço de roaming automático no Rio.

Marina-da-Gloria-credito-Renato-Sette-Camara-Prefeitura-do-Rio-1Quanto ao custo, fala-se em um plano Linktel Rio 2016 Wi-fi, que custará R$ 9,90 e dará acesso a toda rede sem fio da empresa até o final dos Jogos Olímpicos. Válido em todo país e por tempo ilimitado. Havia também negociação com possíveis patrocinadores para que o acesso fosse gratuito mediante veiculação de propaganda, como aconteceu na Copa do Mundo, mas não há nenhuma confirmação sobre o resultado disso.

Precaução nunca é demais

Essas informações ao menos nos dão esperança de termos algum conforto, economia e boas experiências no acesso à Internet durante as Olimpíadas. Mas ainda assim é sempre bom ter um “plano B” engatilhado, como planos de dados móveis que possam ser contratados se necessário. Para quem vem de fora do Rio, é bom não esquecer de ter o “roaming” de dados ativado ou comprar chips locais para uso no período, o que pode baratear as comunicações.

Abraço a todos!

Imagens: Ouro de Tolo e Brasil2016.gov

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19 Replies to “Acesso à Internet na Rio 2016”

  1. Muy Buena información Cleber, para nosotros los extranjeros, usted recomienda comprar un chip de CLARO al llegar a Brasil. Es fácil instalarlo? se necesita algún número de documento? Gracias

  2. Quer dizer que se não for cliente Claro não terá 3G no Pq Olimpico? Pobres de nós clientes Tim, Vivo, OI etc.
    Espero ao menos que esse Wi-fi dentro das arenas funcione perfeitamente, mesmo que o ideal fosse Wi-fi gratuito dentro de todo o Pq Olímpico

    1. Exatamente. Alguma cobertura até poderá ter, mas não será tão forte quanto da Claro e alguma outra que entrar em acordo comercial com ela.

  3. Migão, off-topic

    Você tem informações sobre o uso de equipamentos eletrônicos nos locais de competicação ?

    Vai ser possível entrar com carregadores portáteis aqueles que parecem chaveiro e câmeras de pequeno porte ?

  4. Perdoe desviar do assunto, mas preciso fazer um comentário: Impressionante a velocidade com que os ingressos de natação (caríssimos, como já sabem) se esgotam no site! Tentei comprar uma final por 260,00 e não consegui… São os americanos que estão esgotando os ingressos?

    1. A capacidade do Centro Aquático Olímpico é menor que a prevista. São poucos ingressos mesmo

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