(Por Eduardo Silva)
Olá!
Domingo eu fui ao Parque Olímpico na Barra da Tijuca, pra conferir o terceiro dia do Troféu Maria Lenk. Como o evento teste era fechado ao público, e apenas alguns poucos convites foram distribuídos, nenhuma das ruas estava fechada, apesar de estarem rolando seletivas para a ginástica ali perto, na HSBC Arena.
Talvez por isso mesmo tenha sido fácil estacionar o carro ali nas redondezas. Um mercado e uma drogaria estavam com seus estacionamentos abarrotados. Até em um conjunto de condomínios, aberto, tentei parar e não consegui. A solução foi escolher um estacionamento pago ali perto, com muitas vagas disponíveis.
Andei uns 400 metros até a entrada do Parque. Mal olharam pro ingresso: só um segurança passou o detector de metais. Passei pelo Centro Olímpico de Tênis, aparentemente pronto, e pelo Velódromo, com alguma coisa ainda por fazer. Passei pela Arena Carioca 1, 2 e 3 e a do Futuro, que estão quase prontas. Do lado direito, na altura da Arena Carioca, um grande espaço ainda vazio. Não sei se será um estacionamento para VIPs ou algo que o valha.
Chegando no Estádio Aquático Olímpico, tinha três opções de comida disponíveis: espetinhos, pizza ou salgadinhos. Optei pelo terceiro, e o preço de um cone com 16 unidades tava 12 reais, mais um refrigerante, que custou 5. Daria pra tapear a fome de duas pessoas, então não achei o preço ruim.
Ver o acabamento do estádio reforçou uma impressão que já tinha por fotos: achei feio. Simplório demais pro evento que é. Li que o Rio está sendo elogiado por não gastar tanto assim, mas acho que a “casca” podia ter um design um pouco mais caprichado.
A entrada foi bem rápida, até porque não tinha muita gente. Mas meu ingresso mal foi olhado.
Lá dentro, um calor absurdo, até pela longa caminhada. Do portão até o estádio estimo uns 300 metros de distância. Não pareceu ter aexr condicionado, e o estádio é fechado. Fiquei no que será a categoria A, e achei os assentos bem apertados, naquele esquema de “se alguém quiser passar, você vai ter que levantar”. Ah, e um detalhe: durante o evento uma cadeira com alguém sentado em cima quebrou. Eu que tenho 1,83 e peso uns 92 kilos, senti o assento bem frágil, além de apertado. Acho que gordinhos podem ter problemas.
E por falar em assentos, reparei também que o estádio possui 4 pilastras, que fatalmente serão pontos cegos. E pelo mapa na compra de ingressos, dá pra perceber que serão de Categoria B, que custaram 500 reais. Como os de Categoria C são atrás e no alto, ainda de acordo com o mapa, percebi que são 3 blocos de assentos destinados a essa Categoria.
E cruzando algumas informações (ingressos que eu mesmo tenho, com o de amigos ou ingressos paralímpicos), vi que provavelmente os blocos 200, 221 e 222 são da Categoria C. Contando três pra esquerda e mais três pra direita, completamos com alguma certeza a Categoria B.
O problema é que fazendo essa contagem, que vai do 217 até o 225, é possível prever que portadores dos ingresoss dos blocos 219 e 223 podem ter algum tipo de problema com essas pilastras. Não acho aceitável um evento desse porte ter pontos cegos; e, em tendo, ingressos que custam 500 reais podendo estar nesses lugares. O menos pior seria que apenas a Categoria C, a mais barata, estivesse nessa situação. Até pelo tamanho enorme da Categoria A, acho que essa distribuição não foi muito bem feita. A B poderia ficar com os lugares no meio do estádio, mesmo que lá no alto, e os lugares menos nobres para a Categoria C.
O sistema de som abria pra todos as entrevistas do SporTV com os atletas após as provas. O som chegou a falhar algumas vezes, mas nada muito absurdo. O placar, provisório, passou bem as informações.
Resumindo, a experiência foi bem legal, algumas coisas poderiam ser melhoradas, mas acho que os Jogos serão um sucesso.
Estive no “Estádio Aquático” em três dos cinco dias de provas. Nesta quarta estarei lá novamente. Em função do trabalho tive acesso a diferentes áreas. É simples mesmo. Faltou grana. As pilastras (quatro) que criaram pontos cegos e comprometeram a capacidade prometida anteriormente, o que enfureceu a FINA, não estavam no projeto original. Mas a sustentação do teto ficaria muito cara sem elas. O placar eletrônico deveria ser suspenso, sobre a piscina, estilo ginásio NBA. O projeto também mudou e o definitivo deve roubar mais alguns assentos. O acabamento não é dos melhores em banheiros e partes internas – vide a cadeira quebrada. Não foi o único relato semelhante que eu ouvi. O calor é muito forte. Na zona mista, por onde passam os atletas para entrevistas, é um forno. Tudo bem que a temperatura em agosto costuma ser mais amena. Costuma. Não temos garantia de que será. E com a casa cheia o ar vai circular menos, a sensação térmica será de mais calor. A piscina em si tem sido elogiada pelos atletas. Ponto positivo. E a simplicidade eficaz da arena também seria. A questão é: obra simples com orçamento enxuto, tudo bem. Obra simplória com orçamento alto é que não pega bem. É preciso fazer as contas para saber onde encaixar a piscina olímpica.
Em entrevista disseram que os lugares prejudicados pelas colunas nao foram vendidos e sera colocados a venda como visao parcial. Assim espero pois paguei caro pela final do dia 06 na categoria B. Alem do sofrimento p conseguir.
Tem o link desta entrevista? Eu também tenho categoria B para esta final.