Essa semana surgiu a “bomba”de que o jogador Rafinha, lateral-direito brasileiro do Bayern de Munique, pediu para não defender a Seleção Brasileira.

Causa espanto quando isso ocorre. Apesar de a Seleção Brasileira há algum tempo não ser a mesma e andar “esculachada”, o sonho de todo moleque quando começa a jogar sua pelada no campinho de terra ou na rua é defender o time do coração e jogar na Seleção.

É algo que choca, que fere, para nós como é fosse uma traição à pátria.

E assusta mais ainda quando vemos o fato virar rotina. Diego Costa recentemente fez o mesmo. O que anda acontecendo?

A resposta é muito simples, ainda mais quando vemos que o lateral que acabou de dispensar a Seleção comemorou sua convocação. Business.

Não digo dinheiro porque não dá pra dizer efetivamente que ofereceram grana para que ele recusasse e partisse para a naturalização. Não diretamente porque evidente que o business, o “show”, pesou nisso aí. Devem ter oferecido um plano de carreira, vantagens que indiretamente refletem no lado financeiro, no reconhecimento do atleta.

Tudo hoje no futebol é isso, é business. Otário é o torcedor que sofre, se mata, muitas vezes tira o parco dinheiro de casa para acompanhar o clube do coração sem perceber que no futebol de hoje só ele se preocupa com esse lado emocional. Nem dá pra dizer que a vida do atleta é curta e ele tem de pensar no futuro. Qualquer jogador mais ou menos que fizer carreira mesmo apenas nos grandes clubes brasileiros, sem jogar na Europa, faz um pé de meia legal. Basta não ser idiota.

Esse é o problema do jogador de futebol. Não ser idiota. Basta ver quantos que logo ao surgirem se mandam pra China, Ucrânia ou Oriente Médio para serem esquecidos e enriquecerem empresários.

Não acredito que seja pelo bom momento da Alemanha em campo e ruim do Brasil, futebol é cíclico e isso em algum momento mudará. Vejo pelo lado da vaidade pessoal mesmo, só que o rapaz terá problemas. Ao contrário de Diego Costa ele jogou um mundial sub 20. Existe polêmica se o torneio é um “nível A” da Fifa, daqueles que não permite naturalização. Mas a simples existência da dúvida já lhe prejudica.

A naturalização é algo antigo no futebol. Puskas mesmo jogou copa pela Hungria e Espanha, mas o esporte mudou e o fator naturalização faz perigar a essência do futebol que é o amor. A FIFA tenta impedir, como essa história de campeonatos nível A, mas seleções do Oriente Médio já perceberam que podem montar esquadrões usando o dinheiro do petróleo.

Há casos e casos. Como os filhos de Mazinho, que nasceram e foram criados na Espanha, entendo. Thiago optou pela Espanha e Rafinha (como tem Rafinhas no futebol), pelo Brasil. Mas a naturalização apenas por fins comerciais acho errado.

Quanto ao Rafinha, uma pena que ele não entenda o peso que tem essa camisa amarela.

Pena para ele, lógico, porque a seleção, apesar dos 7×1, continuará.

Faz parte de nossa história.

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