Finalmente chegou o grande momento. Neste domingo começou o grupo Especial do Rio de Janeiro e começou debaixo de chuva forte e persistente.

Assisti o desfile de domingo no mesmo setor 3 do acesso, mas dessa vez mais ao final dele. Quase em cima do primeiro módulo de jurados.

A Viradouro abriu a noite quase meia hora atrasada por causa do dilúvio e não abriu bem. O polêmico samba, que eu defendi firmemente nesse pré-carnaval, começou muito bem e suportou bem as inacreditáveis dez quedas do sistema de som no inicio do desfile. Porém caiu muito depois de meia hora e posso dizer que o computo geral não é bom.

Também contribuiu para isso a desanimacão da escola, castigada pela forte chuva desde a concentracão. Apesar disso, a harmonia ainda foi bem. Já a bateria, como sempre em chuva, sofreu com a afinação dos instrumentos.

Porém parte plástica foi ruim, e em vários casos sofrível, a ponto de sequer disputar título de acesso.

Será difícil permanecer.

Depois veio a Mangueira que também sofreu demais com a chuva. O ótimo samba não cansou porém muitas alas sem cantar o samba em uma harmonia claudicante e que não segurou 2 das 4 vezes em que o som caiu.

mangueiraA evolucão, mesmo que bastante compacta foi lentíssima e mais uma vez a Manga teve que correr ao final. A escola demorou longos 5min para começar a evoluir e 2 carros tiveram graves problemas na curva.

Bateria boa a medida que a chuva permitiu, mas acelerou ao final para puxar a escola.

Plasticamente, duas escolas bem diferentes. As fantasias, mesmo sem destaques ou luxos, estavam boas. Mas o conjunto alegórico foi bastante complicado.

Dificilmente voltará no desfile das campeãs.

Ainda com chuva, chegou a hora da Mocidade fazer seu aguardado primeiro desfile depois da contratação de Paulo Barros. Mas o desfile não empolgou.

Os carros alegóricos tiveram ideias boas mas que não foram executadas de maneira impactante. Os dois últimos inclusive tinham acabamento débil.

As fantasias estavam tão difíceis de serem entendidas que quase todas tinham na frente uma placa escrita com o que representavam.

Todo esse problema em fantasias se refletiu em enredo, que também ficou sem muito sentido, especialmente os dois primeros setores.mocidade2015

O samba já cansou na primeira passada. É de péssima qualidade e não foi nada funcional. Isso refletiu em alguns problemas de harmonia.

Evolução muito lenta no inicio e bem rápida no final, muito mais rápida do que o necessário. Sem buracos, mas longe da perfeição.

Bateria passou estranha aos ouvidos, mesmo sendo a diferente bateria da Mocidade, mas meu parco conhecimento não conseguiu identificar o problema.

Deve brigar por uma vaga nas campeãs, o que para a Mocidade já seria uma vitória, mas não deve disputar na parte de cima da tabela.

A 4ª escola foi a Vila Isabel, primeira a desfilar sem chuva. Para as dificuldades que sabemos que a escola teve, foi um desfile agradável. Para começar uma comissão de frente muito bem concebida com acrobatas em camas elásticas.

As Fantasias foram bem feitas (a presidente da escola foi por muito tempo, chefe de atelier) , escola bem vestidas, mas o conjunto alegórivo estava castigado. Mesmo o abre-alas, o navio fantasma e o carro da fênix, que se destacavam, tinham algum problema.

O samba ainda teve um bom rendimento no início, mas também cansou após uns 30min. Destaque positivo para a bateria da Vila.

Primeira escola a trazer o casal de mestre-sala e porta-bandeira junto com a bateria e não na frente da escola. Porém isso pode ter acabado com a evolução da escola, que foi um ponto fraco.

A evolucão que vinha bem rápida até a entrada da bateria, de repente travou e ficou lentíssima, em um para-e-anda irritante. O último carro só passou no 1º módulo de julgamento com 70min.

A harmonia foi de mediana para boa, mas as baianas insistiam em ficar mudas.

A Vila pode ser a surpresa na briga pelo desfile das campeãs.

O “esquecido” Salgueiro fez um desfile que se não empolgou, tecnicamente foi muito bom.

Plasticamente, mais um show de Renato Lage, esbanjando requinte, bom gosto e fácil entendimento tanto em fantasias como em alegorias. Única ressalva que faço é quanto a Alegoria 2, a qual achei mal concebida, sem volume e sem um motivo para tal, talvez fosse melhor reservar o tripé para representar a corrida pelo diamante.

Uma evolução simplesmente perfeita e, apesar do péssimo samba, uma harmonia boa, mesmo que não perfeita.salgueiro2015

Agora, o samba é o grande ponto fraco da escola, ele consegue ser com sobras o pior samba de uma safra fraquíssima no Especial e precisa ser bastante penalizada.

Primeira escola a postular título.

Para encerrar a noite, desfilou a Grande Rio. Uma Grande Rio diferente do que estamos acostumados: sem luxo e sem globais.

Um desfile burocrático, o exato oposto da proposta do alegre samba, o que causou um desfile sonolento. Plasticamente, a Grande Rio não foi muito bem. Carros simples, pequenos, com acabamento feito de forma fácil. Fantasia boa, mas um nível abaixo de Salgueiro e Vila Isabel.

O samba tentou ser alegre, mas foi mais um a cansar em pouquíssimo tempo. Harmonia mediana, com algumas alas cantando e outras não. Evolução perfeita.

É mais um desfile que, com sorte, disputa uma das últimas vagas do desfile das campeãs.

Resumindo, não dá para cravar que a campeã não saiu hoje por causa do Salgueiro. Mas nem ele fez um desfile tão perfeito e eu aposto que pelo menos alguma escola amanhã será melhor que a vermelho-e-branca.

2 Replies to “Primeira noite de desfiles na Sapucaí não tem favoritismo”

  1. Não achei o samba do Salgueiro o pior, nem de longe. Não foi um dos melhores do ano, muigo menos um dos melhores do Salgueiro nos ultimos anos, mas serviu bem à escola e a comunidade cantou. exagerou em dizer que foi péssimo.

  2. Gente, estou encantada com tanta bobagem que li aqui. Juro que parei de ler no meio disso ai, que nao se pode chamar de texto. Estou me sentindo desrespeitada até. Ai resolvi ler tudo e perder meu tempo em responder.Ai consegui ler até onde o texto fala sobre o entre aspas “esquecido” salgueiro. Que escola é “esquecida”, sendo que de 2008 pra cá, brilhou em 4 vices campeonatos e um campeonato? Texto tosco.
    Ai vem o pior, Grande Rio sem estrelas globais?????? É uma indagação? A escola esteve perfeita, mesmo sem os cobrados artistas globais…impecavel na comissao de frente, enredo, samba-enredo, evolucao, enfim. Triste!

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